GESTÃO DAS INFORMAÇÕES DAS ORGANIZAÇÕES MÓDULO 10



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Transcrição:

GESTÃO DAS INFORMAÇÕES DAS ORGANIZAÇÕES MÓDULO 10

Índice 1. A evolução dos sistemas integrados de gestão...3 2. Características de um SIG...5 2

1. A EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS INTEGRADOS DE GESTÃO A recente história dos sistemas integrados de gestão corporativa (SIG) parece repetir o ciclo das modas e modismos gerenciais. Os executivos lhe dedicam horas e horas de reuniões e de sono. Seus atributos despertam devaneios futuristas. As revistas e jornais de negócios lhe dedicam capas e matérias especiais. Usuários declaram suas virtudes e mostram os milhões economizados com sua implementação. Eles parecem ter conquistado corações e mentes e se tornado ideia fixa para gerentes e empresários. A descentralização na área da tecnologia da informação começou a acontecer no final da década de 1970. A vanguarda tecnológica nesta época incluiu minicomputadores com pacotes de aplicações dedicados a mecanizar funções empresariais especializadas. Experiências bem-sucedidas com informática entre os gerentes das empresas, adicionados com um senso mais claro do impacto de tecnologia nas suas operações empresariais, ocasionou um controle mais direto em cima de atividades de sistemas. Tecnologias emergentes, como automatização de escritório, robótica e CAD/CAM também contribuíram no processo. A computação pessoal e a caseira apressaram a tendência; assim como a espera por telefones inteligentes. Como os mini e micros saturaram as companhias, e como responsabilidades de sistemas aparecem agora nas funções de trabalho de cada vez mais empregados, a aprendizagem organizacional continua acontecendo variando muito de uma parte da organização para outra, e o uso de fases de crescimento da tecnologia da informação reaparece como uma base proativa de planejamento. Ajustes foram necessários em ambas as metodologias para refletir as mudanças da tecnologia e dos caminhos de desdobramento e administração. Foram acrescentadas mais fases e uma nova curva de aprendizagem deu lugar à visão original. O planejamento de sistemas empresariais também mudou substancialmente, e o planejamento de dados foi substituído pela noção mais larga de administração de recurso de informação. A administração de recurso de informação foca informações no processo de planejamento e da administração de mudança organizacional, combinando a orientação de dados com a perspectiva de administração dos melhores aspectos de fases de crescimento e planejamento, definidos por Sullivan (1985). Não obstante, como a informática cresce não só em tamanho e importância, mas também incrementa a descentralização, nenhuma dessas perspectivas de planejamento provou ser completamente satisfatória, até mesmo com atualizações. Hoje, uma pergunta característica que os gerentes fazem aos profissionais de sistemas de informação é: onde está aquilo de que eu necessito?. Em um mundo de múltiplos sistemas e bancos de dados, o apoio à decisão se tornou uma tarefa complexa de ir buscar, revisando, condensando, ajuntando, interpretando e apresentando informação de muitas fontes para numerosos destinos. 3

No final de 1997, o mercado dos sistemas integrados estava estimado em 10 bilhões de dólares. Estimavam-se, ainda, negócios de 20 bilhões de dólares em consultoria e fornecimento de softwares complementares, e até 10 bilhões em negócios com equipamentos e acessórios (Business Week, 1998). Os sistemas integrados compõem um fenômeno razoavelmente recente no panorama empresarial. Sistemas integrados podem ser aplicados, com pequenas adaptações, a qualquer empresa. O ganho de escala traz uma vantagem de custo importante sobre as soluções desenvolvidas especialmente para as necessidades de cada empresa. Sistemas integrados são (teoricamente) capazes de integrar toda a gestão da empresa, agilizando o processo de tomada de decisão. Permitem também que o desempenho da empresa seja monitorado em tempo real. As expectativas sobre seu impacto nas empresas são enormes, e os investimentos envolvidos, gigantescos. O orçamento de algumas empresas brasileiras para a implantação chega a duas dezenas de milhões de dólares e algumas transnacionais já divulgaram investimentos na casa de centenas de milhões de dólares. O problema é que as decisões sobre a implementação de tais sistemas têm sido tomadas em uma atmosfera de urgência, alimentada pelas máquinas promocionais dos fornecedores e baseadas nas agendas políticas dos executivos. A implementação desses sistemas tem caráter estratégico e provoca impactos sobre o modelo de gestão, a arquitetura organizacional e os processos de negócios. Porém, muitas empresas ainda não perceberam a amplitude e a profundidade das questões envolvidas na escolha e na implantação de um sistema integrado. Muito do que é declarado e escrito não passa, na melhor das hipóteses, de wishfull thinking teorização. Porém, muitos consultores e professores de administração já procuram romper a unanimidade pouco esclarecedora formada em tomo do assunto. Alguns já fazem prognósticos sombrios sobre o futuro desses sistemas. Exageros à parte, a questão é que o assunto está na agenda do dia e os investimentos envolvidos são astronômicos. Infelizmente, muitas empresas têm tomado decisões precipitadas sobre a implantação de tais sistemas. As opções acabam limitando-se aos líderes de mercado (SAP, BAAN e outros poucos) e às grandes empresas de consultorias (Andersen Consulting, Price Waterhouse Coopers e outras similares). Muitas empresas estão colocando tempo, dinheiro e energia em projetos mal-elaborados, sem avaliar cuidadosamente a estratégia e a visão de futuro da empresa e identificar as necessidades de informação. Mas as dificuldades não terminam com a escolha do software e do implementador. A etapa mais complexa é a própria implantação, um amplo processo de transformação organizacional, com impactos sobre o modelo de gestão, sobre a estrutura organizacional, sobre o estilo gerencial e, principalmente, sobre as pessoas. A implantação de um sistema integrado pode durar de doze a dezoito meses e deve envolver equipes multidisciplinares compostas por especialistas em tecnologia da informação, analistas de negócios e consultores com capacitação em redesenho de processos. Quem chega com sucesso ao final desta maratona costuma comemorar, e com boas razões. Porém, terá valido a pena? Talvez. McGee e Pruzak (1997) reconhecem que hoje o gerenciamento da informação é um fator de competitividade. De 4

fato, empresas como American Airlines e Federal Express devem parte de seu sucesso ao uso inteligente da informação. Mas nem todos os exemplos são claros, e parece difícil esclarecer a relação entre tecnologia de informação, competitividade e vantagem competitiva. Segundo os dois especialistas, investimentos maciços em tecnologia da informação não têm tido como contrapartida a realização de seu potencial transformador e a geração de lucros adicionais. Como se sabe, muito pouco disso foi concretizado. A verdade é que muito pouco se sabe sobre a correlação entre tecnologia de informação, competitividade e vantagem competitiva. No cerne da questão, parece estar uma crença quase irracional de que a tecnologia, em geral, e a tecnologia de informação, em especial, provêm soluções para todos os males. A ideia que problemas complexos possam ser rapidamente solucionados por investimentos em equipamentos sofisticados é sedutora. Contador (1996, p.101) afirma que a informática competitiva é aquela que se inspira na tecnologia e transpira negócios. Todos os recursos da tecnologia estão afeitos aos negócios da empresa. A empresa ou negócio que deseja possuir uma informática competitiva tem um plano estratégico vinculado ao planejamento estratégico de informação. Nenhuma ação de negócio está isolada do suporte que algum recurso de tecnologia possa oferecer. 2. CARACTERÍSTICAS DE UM SIG Atualmente, os sistemas de informação gerencial, SIG, são representados pelos ERP, em que a gestão do negócio é informatizada e parametrizada para que se tenha as atividades e os processos automatizados e controlados com máxima eficiência e eficácia. O sistema de informação gerencial produz um conjunto de relatórios de informações para apoio gerencial. O SIG produz informações que apoiam muitas das necessidades rotineiras de decisão da organização. Os três principais tipos de relatórios incluem: SIG relatórios periódicos: essa forma tradicional de fornecer informação aos gerentes utiliza um formato preestabelecido e projetado para fornecer regularmente informações aos gerentes. Exemplos típicos são o relatório semanal de vendas e os demonstrativos financeiros, que são programados mensalmente, quinzenalmente ou semanalmente para subsidiarem as reuniões periódicas das equipes de trabalho; SIG relatórios de exceção: são gerados para atender a um determinado conjunto de condições. Relatórios de exceção podem ser necessários quando algum processo supera determinados parâmetros e requer ação administrativa. Relatórios de exceção reduzem a sobrecarga de informação por promoverem a administração por exceção intervenções apenas quando for necessário tomar decisões; SIG relatórios por demanda: fornecem informações sempre que são solicitadas pelos gerentes para acompanharem o andamento dos processos administrativos, produtivos ou financeiros. Por exemplo, as linguagens de consulta e os geradores de relatórios dos sistemas de gerenciamento de bancos de dados (DBMS) permitem a um gerente numa estação de trabalho on-line obter respostas ou relatórios 5

imediatos sobre as vendas, horas extras, grau de endividamento de determinado cliente etc.; SIG relatórios em pilha: as empresas estão utilizando software de transmissão em rede para enviar seletivamente relatórios e outras informações para os PCs em rede de gerentes e especialistas ao longo de suas Intranets. Dessa maneira, entram numa sequência (fila ou pilha) na estação de trabalho da rede de computadores do gerente; sistemas de informações gerencias na web: com a popularização da Intranet (serviço de Internet montado exclusivamente para uso da corporação e hospedado em provedores que podem ser internos ou externos), as organizações estão cada vez mais disponibilizando os dados de seus Sistemas de Informações Gerenciais (SIGs) aos usuários pela Internet. Os gerentes, diretores e demais interessados podem acessar os dados usando a Intranet de sua empresa e o navegador (browser) dos computadores pessoais. Os dados são disponibilizados e acessados da mesma forma como se acessa um site comum na Internet, incluindo os mesmos utilitários de pesquisa, links em HTML, exibição de imagens estáticas ou dinâmicas e vídeos. Um software de gestão empresarial, mais conhecido pela sigla ERP (Planejamento dos Recursos Empresariais), deve ser uma fonte de informação segura e eficiente para gestão de seus negócios, atendendo aos requisitos de agilidade e segurança do processamento da comunicação corporativa, que estão sendo exigidos pela competitividade econômica atual. Ao contrário do que é muita vezes difundido no mercado, a solução de um ERP não é uma exclusividade das grandes corporações. Ela é acessível também às empresas de médio e pequeno portes. O segredo consiste apenas em saber escolher o software indicado às suas necessidades e ao seu ramo de atividades e optar por um fornecedor com solidez no mercado, preparado para garantir uma implantação sem traumas e a manutenção contínua do sistema. Um ERP é uma ferramenta de trabalho. Trata-se de sistema de computador (software) composto de vários módulos que se integram com o objetivo de tratar ou processar os dados transformando-os em informações decorrentes. Tais módulos são divididos em subsistemas que executam uma ou mais tarefas dentro de um determinado departamento da empresa. Cada subsistema é composto de um ou mais programas de computador escritos numa linguagem própria de computador. Os programas interagem com os usuários do sistema, recebendo, processando e devolvendo os dados sobre fatos que ocorrem na empresa. Os princípios básicos de funcionamento de um software de gestão empresarial são a integração e a parametrização. Ambos aplicam-se ao escopo de atividades empresariais contemplado pelo software, a sua abrangência. Integração é a capacidade do software de derivar, a partir de um fato novo, todas as decorrências. Suas vantagens: redução de trabalho, velocidade e segurança, entre outras. Conforme Contador (1997, p.104): Pouco efeito se obtém na implantação de novos sistemas se não forem planejados e desenvolvidos considerando, desde o início, as necessidades de integração. Numa empresa em que as informações e sistemas referentes a atividades cotidianas e rotineiras não estejam interligados aos sistemas de gestão, por exemplo, ou em que as diversas tecnologias não trabalham 6

integrada e cooperativamente, pode-se afirmar que não está sendo utilizada a maior contribuição da TI. Como as decorrências de um mesmo fato novo serão diferentes para cada empresa. deve-se poder informar ao software como são as suas políticas, normas, processos etc. Fazer isso é fazer parametrização. Suas vantagens: adequar o software às necessidades atuais da empresa e permitir a sua evolução futura. A abrangência do software é o universo de funcionalidades de que ele pode tratar. Exemplos: controle de rebanhos, gestão hospitalar, escala de professores, fabricação de autopeças etc. Sua importância: pesquisar detalhadamente se a abrangência atende a todos os processos da empresa. Isso é vital para fazer a compra certa. A ferramenta software de gestão empresarial estimula a qualidade da alimentação dos fatos novos. Consequentemente, elimina retrabalhos, poupa tempo e dinheiro sem burocracia, pela automação de processos. Portanto, o software de gestão vem atender a uma condição básica da administração da empresa moderna: integração total entre as áreas, com a eliminação de papéis, decisões imediatistas e acréscimo de planejamento, agilidade, controle e segurança de processos. Com o ERP, as médias empresas podem automatizar, por exemplo, os seguintes procedimentos: 1. A transmissão de dados por parte da produção e do financeiro para a equipe de vendas, antes que esta preencha um pedido de um cliente, quando deverá estabelecer prazo e local de entrega de produtos e demais condições comerciais. 2. Ressuprimento de materiais (produtos, matérias-primas ou materiais auxiliares) a partir de planos de venda e de produção ou de políticas de estoques reguladores. 3. Informações sobre as projeções da gerência comercial e financeira para a área industrial, para que esta tenha condições de planejar as suas metas. Enfim, o software de gestão automatiza as operações diárias de uma empresa e o planejamento de suas metas e resultados, oferecendo base atualizada e confiável para a tomada de decisão nos níveis operacionais e estratégicos: controle de capital de giro, produção, estoques, qualidade, quadro de funcionários e terceirização de serviços; simulações de custos e margens de lucros; definição e acompanhamento de tabelas de preços; emissão de notas fiscais; cumprimento de obrigações trabalhistas tributárias; desempenho de vendas; controle de prazos de entrega de produtos e serviços de fornecedores; análise de clientes; controle de custos x faturamento, entre outros. 7

Portanto, hoje, o sistema de ERP é para o empresário ou executivo o que o Word e o Excel são há alguns anos para a secretária e para a área de contabilidade, respectivamente. Ou seja, recurso vital para a rotina de trabalho em companhias de diferentes segmentos e portes. 8