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Transcrição:

ANUÁRIO BRAZTOA 2015 Patrocínio: Apoio: Realização:

4. EDITORIAL 5. DIRETORIA 6. A BRAZTOA 11. ASSOCIADOS 13. O AMBIENTE DO TURISMO EM 2014 22. O MERCADO EM NÚMEROS RELATÓRIO DESCRITIVO DOS RESULTADOS DA PESQUISA BRAZTOA FATURAMENTO DAS EMPRESAS ASSOCIADAS O SETOR DE TURISMO NO BRASIL EM 2014 O IMPACTO DAS OPERADORAS NA CADEIA PRODUTIVA DO TURISMO DOMÉSTICO EM 2014 PRINCIPAIS DESTINOS DAS VIAGENS COMERCIALIZADAS DESTINOS DOMÉSTICOS EMISSIVO INTERNACIONAL TIPO DE PRODUTO COMERCIALIZADO DIÁRIAS EM HOTÉIS CRUZEIROS MARÍTIMOS CONSIDERAÇÕES FINAIS 41. TENDÊNCIAS INTERNACIONAIS DOS TURISTAS 46. RELAÇÃO DE ASSOCIADOS 55. AGRADECIMENTOS 3

ANUÁRIO BRAZTOA 2015 EDITORIAL Sabe-se bem que os desafios nos fazem crescer, aguçam nossas percepções e exigem mais da criatividade de cada um. O ano de 2014 foi desafiador e, por isso mesmo, muito rico para todos nós do turismo e de outras áreas também. Começamos esse período trabalhando com os holofotes voltados para o Brasil por conta da Copa do Mundo e das eleições, mas, junto disso, nos deparamos com um consumidor com comportamento atípico, retraído, por conta da incerteza política e instabilidade econômica. Usamos nosso know how e feeling de mercado para atrair o turista inibido e mostramos que existiam, sim, excelentes oportunidades de se viajar em períodos ainda não explorados por eles. Começamos 2015 confirmando que mesmo em tempos de crise, o consumidor não deixa de viajar. O que muda, na verdade, é o perfil da viagem, que acontecerá dentro das possibilidades de cada um. A alta do Dólar que começou em 2014 e se estende aos dias atuais é um grande exemplo disso. Muitos turistas que tradicionalmente vão ao exterior, optaram por explorar melhor as belezas nacionais. Outros, mudaram seu roteiro e passaram a priorizar a, que conta com o Euro estável e favorável em comparação à moeda americana. Com tantas manobras, fechamos 2014 em crescimento maior que o PIB nacional, que ascendeu em 0,1%. Em resumo, todo esse cenário leva a um 2015 onde as operadoras não pouparão esforços em busca da inovação, criatividade, aproximação cada vez maior com a rede de distribuição, o consumidor e, consequentemente, resultados positivos para todos os envolvidos na cadeia produtiva do setor. Superação, mão na massa e otimismo são as palavras de ordem. JOSÉ ZUQUIM MAGDA NASSAR EDUARDO BARBOSA PLÍNIO NASCIMENTO VICE-PRESIDENTE VICE-PRESIDENTE VICE-PRESIDENTE VICE-PRESIDENTE 4

DIRETORIA A cada dois anos, a BRAZTOA elege, dentre os seus associados, sua diretoria, que pode ser reeleita para mais um mandato. DIRETORIA PARA A GESTÃO 2013-2015: PRESIDÊNCIA EM EXERCÍCIO: 1º Vice-Presidente: José Zuquim (Ambiental) 2º Vice-Presidente: Magda Nassar (Soft Travel) 3º Vice-Presidente: José Eduardo S. Barbosa (Flot) 4º Vice-Presidente: Plínio Augusto V. Nascimento (Nascimento) DIRETORIAS: Financeira: Celso Luiz dos Santos Garcia (CI) Administrativa: Manuel Nogueira (JVS) Técnica: Maria Estela Rama Farina (Velle) Comunicação: Ana Carina Homa (Landscape) ASSESSORIAS DA PRESIDÊNCIA: Incentivo: Aldo Leone Filho (Agaxtur) Assistência de Viagem: Celso Guelfi (Brazilian Assist - GTA) Nacional e Rodoviário: Salomão Barros Costa (Pomptur) Tributação e Legislação: Elton Flávio Silva de Oliveira (CVC) Receptivo : Cláudio Del Bianco (Del Bianco) Socioambiental: Andrea Leone Bastos (Agaxtur) Relacionamento com Associados: José Roberto da Silva (Sanchat Tour) Tecnologia: Roberto Haro Nedelciu (Raidho) Representantes & Colaboradores: Danielle Clouzet Roman (Interamerican) Novos Negócios: Nicanor Cordeiro de Abreu Filho (Trade Tours) Capacitação: Olga Sasaki Arima (Designer Tours) ASSESSORIAS REGIONAIS: Sudeste: Edson Rodrigues Ruy (Intercontinental) Nordeste: Afrânio Lages Filho (Aerop) Centro-Oeste: Carlos Alberto de Sá (Voetur) Sul: Abrahão Finkelstein (Mercatur) CONSELHO FISCAL: Titular Roberto Roman (Travel Ace) Titular Marcelo Cusnir (New Age) Titular Carlos Frederico Marx Ulhôa Levy (Interpoint) Suplente Jorge Watanabe ( Total) Suplente Roberto Vertemati (CVC) CONSELHO DE ADMISSÃO E ÉTICA: Titular Fausto Adriano (Soft Travel) Titular Deusa Maria Rodrigues (Designer) Titular Roberto Sanovicz (ADVtour) CONSELHO CONSULTIVO: Eduardo Vampré do Nascimento (Nascimento) José Zuquim (Ambiental) José Eduardo Sampaio Barbosa (Flot) 5

ANUÁRIO BRAZTOA 2015 A BRAZTOA 6

A BRAZTOA Fundada em 1989, consolidou-se como uma das mais importantes e representativas entidades do turismo brasileiro, afiliada a OMT, com 91 associadas, sendo 76 operadoras de turismo doméstico, emissivo e receptivo internacional, 12 colaboradoras e empresas de representação de produtos e destinos, e 3 Convidados. Visão Ser reconhecida pelos associados, parceiros e setor turístico, nacional e internacional, como referência de competência e vanguarda na promoção de ações e parcerias para o setor empresarial. Missão Promover ações e parcerias que valorizem as atividades empresariais dos associados, apoiando o desenvolvimento do mercado turístico de forma sustentável. Valores Buscar a responsabilidade econômica, social e ambiental; a flexibilidade; a inovação e a criatividade; a melhoria contínua; a ética e o profissionalismo; a valorização das relações humanas; e o comprometimento com o desenvolvimento do setor turístico. 7

ANUÁRIO BRAZTOA 2015 A BRAZTOA Entre os objetivos da entidade, está o de valorizar a atuação de seus associados em regime de mercado organizado, liberdade de iniciativa e lealdade de concorrência. Dessa forma, atua desenvolvendo ações institucionais, de fomento e de promoção e apoio à comercialização. A MAIOR PROMOÇÃO DE VIAGENS DO BRASIL A Turismo Week é uma ação integrada entre os associados, fornecedores (hotéis, companhias aéreas, empresas de receptivo e atrativos, dentre outros) e destinos, para oferecer ao mercado, por um período determinado, vendas de viagens pelo Brasil e pelo mundo, com preços promocionais. A campanha ocorre duas vezes ao ano. Além do período de venda de viagens para multidestinos, as semanas temáticas garantem a promoção para destinos específicos, com exclusividade. Conta com o site www.turismoweek.com.br para publicação das ofertas, uma rede no Facebook com aproximadamente 50 mil seguidores e uma campanha publicitária para o trade e consumidor final. A BRAZTOA é pioneira na disseminação da cultura de sustentabilidade junto às operadoras e à cadeia produtiva do turismo de lazer. Aplica o conceito nas suas atividades e projetos, realiza capacitações, oficinas e publicações de referência demonstrando às empresas quais são os benefícios e como podem incorporar a sustentabilidade à sua gestão e, através do maior prêmio de turismo sustentável do país, reconhece e dá visibilidade às melhores iniciativas, de todo o setor. O Programa Braztoa de Sustentabilidade tem uma parceria com a Travelife (sistema de certificação em sustentabilidade, cujos requisitos europeus foram customizados para operadoras de turismo e para a realidade brasileira) e tem a chancela da Global Partnership for Sustainable Tourism (Aliança Global para o Turismo Sustentável), uma organização internacional membro da ONU-Organização das Nações Unidas. 8

Ganhadores do 3o Prêmio Braztoa de Sustentabilidade (2014) TOP Sustentabilidade: HOTEL FAZENDA PARQUE DOS SONHOS Associadas Braztoa: 1o CVC BRASIL 2o AMBIENTAL 3o MGM OPERADORA 2o ATIVA RAFTING E AVENTURA 3o MAIOBA TURISMO 2o SOFITEL GUARUJÁ JEQUITIMAR 3o MABU THERMAS GRAND RESORT 2o CHÃ DE JARDIM 3o AOKA 2o SEBRAE PIAUÍ 3o PREFEITURA DE CAIRU Agência de Viagem: 1o VENTO SUL TURISMO Meios de Hospedagem: 1o HOTEL FAZENDA PARQUE DOS SONHOS Parceiros do Trade: 1o PARQUE AVENTURAS Parceiros Institucionais: 1o COSTAS DOS CORAIS CONVENTION & VISITORS BUREAU 9

ANUÁRIO BRAZTOA 2015 A BRAZTOA As ações do Programa Braztoa de Sustentabilidade são possíveis graças a importantes parceiros, que reconheceram a importância da sustentabilidade para a sociedade e acreditaram no comprometimento e capacidade de realização da BRAZTOA e seus associados. PATROCINADOR PARCEIROS INSTITUCIONAIS MÍDIA CONSULTORIA Consultoria em Sustentabilidade APOIO APOIADORES LOCAIS DO 3º PRÊMIO BRAZTOA DE SUSTENTABILIDADE A BRAZTOA desde 1990 realiza eventos 100% focados em negócios, capacitação e tendências para o agente de viagem. São atividades indispensáveis aos profissionais do setor. Os dois de maior porte ocorrem em São Paulo, com abrangência internacional: no primeiro semestre, em parceria com a WTM Latin America e no segundo, em parceria com a ABAV. Realiza dois outros encontros em âmbito regional: ECB Rio de Janeiro e ECB Porto Alegre. São viagens de negócios em que a BRAZTOA conecta seus associados a destinos e fornecedores estratégicos no mundo todo, com o objetivo de ampliar, diversificar e aprimorar a cesta de ofertas de viagens. Já foram realizados encontros em: Portugal, Argentina, Canadá, Las Vegas, Catalunha, Uruguai, Bélgica e Londres. 10

ASSOCIADOS A entidade conta com 91 associados, crescendo de forma constante e buscando sempre ser representativa nos diferentes mercados do país. São oferecidos pacotes para todos os continentes, com produtos segmentados conforme a atividade turística ou o tipo do público atendido. Quanto às operações, 56 operadoras estão envolvidas com o turismo doméstico, 76 com o turismo emissivo internacional e 29 com o turismo receptivo internacional. GRÁFICO SEDE ASSOCIADOS 91 ASSOCIADOS ACRE AMAZONAS RONDÔNIA RORAIMA AMAPÁ P A R Á MARANHÃO PIAUÍ TOCANTINS CEARÁ PERNAMBUCO ALAGOAS SERGIPE RIO GRANDE DO NORTE PARAÍBA BAHIA 69% 64 SEDE SP MATO GROSSO GOIÁS MINAS GERAIS DISTRITO FEDERAL 12% 10 SEDE RJ MATO GROSSO DO SUL PARANÁ SÃO PAULO ESPÍRITO SANTO RIO DE JANEIRO 19% 17 OUTROS ESTADOS RIO GRANDE DO SUL SANTA CATARINA GRÁFICO TIPOS DE OPERAÇÃO GRÁFICO PORTE DAS EMPRESAS OPERADORAS DE TURISMO DOMÉSTICO 56 operadoras OPERADORAS DE EMISSIVO INTERNACIONAL 76 operadoras OPERADORAS DE RECEPTIVO INTERNACIONAL 29 operadoras GRANDE mais de 100 colaboradores MÉDIO de 50 a 99 colaboradores PEQUENO de 10 a 49 colaboradores 20 20 46 72% 100% 37% MICRO de 1 a 9 colaboradores 5 11

ANUÁRIO BRAZTOA 2015 ASSOCIADOS A BRAZTOA tem associados nas categorias: Operadoras de Turismo, Representantes e Colaboradores e Convidados. Em operadoras enquadram-se as empresas especializadas na prestação de serviços de operações de viagens, tal como excursões e passeios, organização e execução de programas, roteiros, itinerários, receptivo, transferência e assistência ao viajante. Representantes são pessoas jurídicas sediadas e legalmente constituídas no Brasil para atuarem como representantes de empresas de serviços turísticos no exterior; e colaboradores são empresas que promovem e/ou comercializam produtos e serviços turísticos. A categoria convidados é a mais nova, que congrega parceiros de diversos setores do trade turístico que poderão ser indicadas por associados. CADEIA PRODUTIVA DO TURISMO DE LAZER A cadeia produtiva do turismo é bastante complexa e segundo a Organização Mundial do Turismo, impacta e é impactada por 52 setores da economia. Esta é uma engrenagem composta por uma sucessão de operações integradas, realizadas entre as empresas desses diferentes setores, com níveis elevados de dependência entre as partes, tendo por objetivo comum atender e fomentar a atividade turística doméstica e internacional. O papel central das Operadoras de Turismo na cadeia produtiva As operadoras desempenham o papel central na cadeia produtiva do turismo, por realizar ações básicas para a movimentação e direcionamento de toda a cadeia; seja pela relação com a REDE DE FORNECEDORES, para a formatação das viagens; ou para viabilizar a DISTRIBUIÇÃO destas, por intermédio das agências de viagens ou outros canais. GESTÃO DO FORNECIMENTO DAS VIAGENS GESTÃO DA DISTRIBUIÇÃO DAS VIAGENS Destinos Governos Consumidor Operadoras internacionais Meios de hospedagem Agências de incentivo Agências próprias Parques, shows, museus... OPERADORA Agências de receptivo, guias Organizadora de eventos OPERADORA Agências multimarcas Cartões de assistência Locadoras de veículos Cruzeiros Meios de transporte aéreo, terrestre... GDS Empresas Representantes e Filiais Franquias Sites de compra, last minute, online 12

O AMBIENTE DO TURISMO EM 2014 13

ANUÁRIO BRAZTOA 2015 O CENÁRIO ECONÔMICO E O SETOR DE TURISMO EM 2014 1. O Cenário Econômico e as Viagens de Turismo. O quadro econômico global efetivado no ano em análise determinou os fluxos monetários e de mercadorias entre as nações e influenciou o mercado das viagens e turismo. O gráfico 1 resume os resultados e as expectativas dos principais blocos econômicos globais, no qual fica exposto um aumento de 3,3% da riqueza mundial. Os países emergentes despontam com um crescimento vigoroso de 4,4% 1 e a China, com 7,4%. Os Estados Unidos da América alavancaram o bloco dos países desenvolvidos, cuja performance foi estimada em 1,8% pelo Fundo Monetário. GRÁFICO 1 ECONOMIA MUNDIAL 2014 2015 CRESCIMENTO DA ECONOMIA MUNDIAL - REGIÕES E PAÍSES SELECIONADOS - PIB PREVISÃO PARA 2014 E 2015 - VARIAÇÃO ANUAL (%) 8 7,4 7,1 7 VARIAÇÃO ANUAL (%) 6 5 4 3 2 1 0 3,3 3,8 Mundo 1,8 2,3 Economias Desenvolvidas 0,8 1,3 Área do Euro 2,2 3,1 Estados Unidos 4,4 5,0 Emergentes e em Desenvolvimento 0,3 1,4 Brasil China Fonte: FMI 2014 2015 Nesse contexto, vale alertar para os seguintes aspectos que permearam o comportamento da economia mundial 2 : a continuação da recuperação da economia americana em 2014; o crescimento a passos curtos do comércio mundial, apesar da queda dos preços do petróleo e das commodities desequilibrando a balança de pagamentos a favor dos países industrializados; o risco de deflação nos países desenvolvidos permaneceu, enquanto a inflação avançou moderadamente nos países em desenvolvimento; o desaquecimento da economia chinesa permaneceu e a consequente redução da demanda por bens e serviços mundiais; a lenta recuperação da economia da zona do euro manteve-se e o enfraquecimento da moeda frente ao dólar americano, e, aumentaram os conflitos no Oriente Médio e no Leste Europeu, afetando o comércio mundial. 1 Exceto o Brasil, que cresceu apenas 0,1% naquele ano. 2 World Economic Situation and Prospect 2015, United Nations,New York, 2015. 14

A relação estreita entre a dinâmica das economias e o mercado de viagens é evidente, principalmente, no segmento do lazer, que depende, sobremaneira, do emprego e do nível de renda disponível das famílias para gastar em viagens. Por sua vez, as viagens internacionais, no mesmo período, continuaram seu ritmo de crescimento, segundo dados da UNWTO 3. As chegadas de turistas internacionais atingiram a marca de 1.138 milhão em 2014, um aumento de 4,7% em relação ao ano anterior, de acordo com o barômetro da instituição. GRÁFICO 2 TURISMO RECEPTIVO GLOBAL POR REGIÃO - 2014 EUROPA MILHÕES ÁSIA E PACÍFICO AMÉRICAS ÁFRICA ORIENTE MÉDIO 588 263 181 56 50 Fonte: UNWTO, 2014. Em relação ao segmento de passageiros transportados via aérea em 2014, a IATA Associação de Transporte Aéreo, anunciou recentemente que o petróleo negociado a preços baixos e a existência de mais rotas à disposição beneficiaram os consumidores com tarifas aéreas modestas e impulsionaram o crescimento do setor. 4 3 United Nations World Travel Organization. 4 Economic performance of the airline industry, IATA JAN 2015.. 15

ANUÁRIO BRAZTOA 2015 O CENÁRIO ECONÔMICO E O SETOR DE TURISMO EM 2014 Os resultados econômicos informados pelos associados da IATA para o ano em questão encontram-se no quadro 1. QUADRO 1 INDICADORES ECONÔMICOS DO TRANSPORTE AÉREO MUNDIAL INDÚSTRIA MUNDIAL DE TRANSPORTE AÉREO TIPO 2013 2014 (%) GASTO EM TRANSPORTE AÉREO (US$ BILHÕES) PASSAGEM DE IDA E VOLTA (US$/PAX.) TOTAL DE PASSAGEIROS (MILHÕES) RPK (REVENUE PASSENGER KILOMETERS)(BILHÕES) CRESCIMENTO DO MERCADO DE VIAGENS 753 498 3.134 5.793 2,70% 789 483 3.306 6.126 3,00% 4,78-3,01 5,49 5,75 11,11 Fonte: IATA, 2014. RPK: É a soma da multiplicação do número de passageiros pagantes pela distância de cada voo. A Associação de Transporte Aéreo reforça a ideia de que o desenvolvimento econômico no mundo está tendo um impulso significativo do transporte aéreo, uma vez que uma maior conexão entre as cidades permite que o fluxo de mercadorias, pessoas, capital, tecnologia e ideias gere benefício econômico de forma mais ampla e reduza os custos do transporte aéreo. Além disso, para os economistas do turismo, o comportamento conjuntural da economia influencia as decisões de viagens, principalmente das famílias 5 (demanda elástica), mas também das empresas públicas e privadas, que tomam suas decisões baseadas em investimentos necessários à sua atividade econômica ou na prestação de serviços às suas demandas específicas (clientes). Na ótica doméstica, o ano de 2014 foi marcado por dois eventos de grande importância para o cenário sócio, político e econômico do Brasil. Em primeiro lugar, por termos sido a sede da Copa do Mundo, fato que gerou muitas expectativas para todos os 5 Em tempos de crise as viagens podem ser adiadas. agentes econômicos. Em segundo lugar, pela realização das eleições federal e estaduais no país, momento de grande debate e de incertezas políticas e econômicas sobre o futuro da conjuntura nacional. No plano esportivo, o resultado da organização do evento foi positivo, ou seja, os jogos e a movimentação de torcedores nacionais e estrangeiros abrilhantaram a festa. As viagens por transporte aéreo pelo território nacional durante o período (junho e julho/2014) obtiveram um crescimento de 3,22% em suas receitas por quilômetros voados, enquanto que, no mercado internacional, esse percentual foi de 5,26%. A média ponderada final do período da Copa do Mundo resultou no crescimento da demanda pelo transporte aéreo em 3,69%. Para os operadores BRAZTOA, segundo dados parciais coletados pelo Datatur, o primeiro semestre foi muito promissor em termos de vendas e superou as expectativas para o ano em estudo. Entretanto, durante o período do certame mundial, as viagens nacionais e internacionais a lazer mantiveram-se em ritmo lento se comparadas ao ano imediatamente anterior. 16

A sondagem da Fundação Getúlio Vargas, referente ao primeiro semestre de 2014, demonstrou que o faturamento das empresas de turismo situou-se em 11,1% de aumento em relação ao mesmo período do ano anterior, com destaque para os meios de hospedagem, turismo receptivo, transporte aéreo, bem como parques e atrações. As operadoras de turismo frustraram-se, principalmente, de abril a junho de 2014, quanto às previsões de elevação do faturamento, bem como a redução da demanda por destinos nacionais e a estabilidade da demanda por destinos internacionais induziu ao setor a redução do quadro de funcionários em relação ao primeiro trimestre do ano corrente. Na versão da sondagem realizada pela FGV em julho daquele ano, os investimentos já realizados pelas empresas, o fortalecimento da demanda internacional e a taxa de câmbio favorável foram considerados os mais relevantes fatores que contribuíram para a expansão do faturamento. Por outro lado, a compra de serviços diretamente pela internet, a majoração dos custos financeiros e o excesso de burocracia foram julgados como importantes razões que desestimularam o aquecimento dos negócios (BDET, JUL 2014). 6 6 BDET, Julho de 2014, Fundação Getúlio Vargas e MTUR. 17

ANUÁRIO BRAZTOA 2015 O CENÁRIO ECONÔMICO E O SETOR DE TURISMO EM 2014 GRÁFICO 3 EVOLUÇÃO DO FATURAMENTO DAS OPERADORAS DE TURISMO 1º TRIMESTRE DE 2009 AO 2º TRIMESTRE DE 2014 FATURAMENTO X PREÇO COMPARAÇÃO COM TRIMESTRE IMEDIATAMENTE ANTERIOR SALDO DE RESPOSTAS (%) 100 80 60 40 20 0-20 -40-60 96 86 75 56 42 77 90 82-29 64-56 78 34 9 87 70 50-3 -43 77 66 52 26 ÁREA DE ESTABILIDADE 83 42-2 27-23 67 45 43 2o 0 46 30 55 36 13 58 45 34 8-80 -100-98 -98 1º trim/09 2º trim/09 3º trim/09 4º trim/09 1º trim/10 2º trim/10 3º trim/10 4º trim/10 1º trim/11 2º trim/11 3º trim/11 4º trim/11 1º trim/12 2º trim/12 3º trim/12 4º trim/12 1º trim/13 2º trim/13 3º trim/13 4º trim/13 1º trim/14 2º trim/14 Fontes: FGV e MTur FATURAMENTO PREÇO Do ponto de vista da economia, as taxas de crescimento acumulado no ano, do PIB brasileiro foram de 2,7% e 0,7% no primeiro e no segundo trimestre, respectivamente, e, apesar de positivas, já apontavam para um recuo na atividade econômica. Os investimentos das empresas (formação bruta de capital fixo) despencaram de 3% para (-) 2,6% no mesmo período. Em conjunto, a demanda agregada (consumo das famílias, gastos do governo, investimento das empresas e exportações das empresas) recuou 2,16% naquele semestre 7. O segundo recorte temporal em análise, representado pelo período de julho a dezembro de 2014, foi marcado pela acirrada disputa presidencial e, também, pela eleição dos demais cargos majoritários (Governadores, Senadores, Deputados Federais e Estaduais). Apesar da derrota sofrida pela Seleção 7 Indicadores Econômicos, Fundação IBGE, 2015. Brasileira no certame mundial no primeiro semestre, alimentava-se a esperança de uma recuperação econômica nos últimos meses do ano efetivando-se um crescimento positivo, ainda que reduzido. A pesquisa FOCUS do Banco Central, divulgada em 27 de julho daquele ano, apontava uma expectativa de crescimento anual do PIB em 0,9% e uma taxa de câmbio de R$ 2,35 para US$ 1,00, além de uma taxa de juros (SELIC) de 11,00% ao ano e uma taxa de inflação estimada de 6,41%, muito próximo da meta do Governo Federal. Esse cenário não se consolidou completamente, ou seja, a pressão sobre os preços administrados aumentou e o câmbio disparou no segundo semestre, atingindo ao final do ano o valor de R$ 2,65 para US$ 1,00, pressionando os custos para a parcela de viajantes que buscavam o destino internacional. Por outro lado, o câmbio elevado estimulou a demanda por viagens domésticas. 18

O gráfico 4 apresenta a tendência econométrica da taxa de câmbio e a escalada de desvalorização do Real, fato que comprovamos no início deste ano. Sabemos que o estimulo às exportações por um lado e os custos operacionais das impor- tações de máquinas e equipamentos, além de outros bens essenciais à produção do país, devem-se equilibrar, de maneira a evitar um desequilíbrio na balança em transações correntes e no balanço de pagamentos. GRÁFICO 4 EVOLUÇÃO DA TAXA DE CÂMBIO 2º SEMESTRE DE 2014. TENDÊNCIA DO CÂMBIO 2º SEMESTRE 2O14 3,0000 2,5000 v = 0,0044x + 2,207 R 2 = 0,91864 TAXA DE CÂMBIO 2,0000 1,5000 1,0000 0,5000 0,0000 0 20 40 60 80 100 120 JULHO A DEZEMBRO 2014 Fonte: BDET- Julho 2014 Fundação Getúlio Vargas. Nesse mesmo período, o fluxo aéreo de passageiros entre julho e dezembro de 2014 apresentou um crescimento de 7,08% em relação ao ano anterior, apesar da retração da demanda por viagens a lazer no período (estimada em 5,13%), afetando sobremaneira os negócios das operadoras de turismo. A demanda por lazer é o foco principal desse segmento da oferta de serviços turísticos, segundo os entrevistados na pesquisa qualitativa realizada em janeiro do ano corrente. (FGV) A explicação, da FGV, para o crescimento do fluxo aéreo está correlacionada ao desempenho de outros agentes, tais como, a demanda corporativa privada e pública (ambas cresceram 9,2% e 27% respectivamente), além da demanda receptiva estrangeira que utiliza os serviços das companhias aéreas nacionais com deslocamentos domésticos. O cenário do enfraquecimento econômico no período também colaborou para a redução dos fluxos 8 Média do período. 9 Outubro de 2014. de viajantes a lazer no segundo semestre. A queda de salário real (corroído pela inflação); a elevação dos juros, principalmente do crédito ao consumidor (cartão de crédito e cheque especial) e o parco desempenho dos setores de atividade econômica ameaçando o emprego e a renda, influenciaram as decisões de viagens pelos brasileiros. Em 2013, a intenção de viagem dos brasileiros, no período em questão, era de 32,5% 8, enquanto que, em 2014, passou para 31,8%. O Boletim de Desempenho Econômico do Turismo, publicado pela FGV 9, revelou que o faturamento apurado no terceiro trimestre de 2014, em comparação ao mesmo trimestre de 2013, registrou variação média de 3,7% para os serviços turísticos. Os mais elevados aumentos percentuais do faturamento foram apurados nos ramos meios de hospedagem e turismo receptivo, enquanto que os menores foram computados nos segmentos de parques e atrações turísticas e operadores de turismo, cuja variação foi de 0,5%. 19

ANUÁRIO BRAZTOA 2015 O CENÁRIO ECONÔMICO E O SETOR DE TURISMO EM 2014 GRÁFICO 5 COMPARAÇÃO DO FATURAMENTO: 3º TRI 2014 COM 3º TRI DE 2013. 7,2 6,6 3,7 5,0 2,1 1,9 0,8 0,5 CONSOLIDADO MEIOS DE HOSPEDAGEM TURISMO RECEPTIVO AGÊNCIAS DE VIAGENS TRANSPORTE AÉREO ORGANIZADORAS DE EVENTOS PARQUE E ATRAÇÕES OPERADORAS DE TURISMO Fonte: FGV e MTur A sondagem revelou, ainda, que apenas 24,5% dos empresários ligados ao setor de operadoras turísticas tiveram 2014 como um ano positivo e de expansão dos negócios. Os investimentos já realizados pelas empresas, o fortalecimento da demanda internacional e a maior divulgação dos atrativos e roteiros turísticos foram considerados os fatores que mais contribuíram para o aquecimento dos negócios das operadoras. Por outro lado, a elevação dos custos financeiros foi apontada como importante razão que desestimulou a expansão do faturamento. Encerramos o ano em análise, com o PIB brasileiro atingindo a cifra de R$ 5,52 trilhões em termos nominais e um crescimento real de 0,1%, segundo a Fundação IBGE (Gráfico 6). A partir de 2011, é possível notar a tendência de retração nesses indicadores comprovando o esgotamento do modelo de financiamento do consumo interno das famílias (por meio de juros baixos e isenção fiscal) para assegurar a produção das empresas e o crescimento da riqueza nacional. 20

GRÁFICO 6 EVOLUÇÃO DO PIB E DO PIB PER CAPITA 2000 A 2014 9 8 4,4 7 6 5 4 4,4 5,7 4,3 4,0 6,0 4,8 5,0 3,9 6,5 3,9 3 2,8 3,1 3,1 2,8 2,8 2,7 2 1 0-1 1,3-0,1 1,7 1.2-0,1 1,9-0,2-1,3 1,8 0,8 1,8 0,1-0,7-2 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 PIB PIB per capita Os resultados econômicos obtidos naquele ano resultaram da variação positiva de 0,2% do valor adicionado e do recuo nos impostos (-0,3%). Nessa comparação, a Agropecuária (0,4%) e os Serviços (0,7%) cresceram e a Indústria caiu (-1,2%). O PIB per capita ficou em R$ 27.229, com queda (-0,7%), em volume, em relação a 2013 (Fundação IBGE). A taxa de investimento em relação ao PIB foi de 19,7% e a de poupança 15,8% corroborando com a afirmação de que 2014 configurou-se como um momento conjuntural de grande fragilidade econômica. Embora o reduzido crescimento da economia brasileira possa ter influenciado aos agentes econômicos (famílias, empresas e governo) em suas decisões estratégicas e de reposicionamento no mercado, os seguintes resultados refletem a sustentação moderada do mercado de viagens e turismo, quais sejam: a demanda agregada monetária por viagens do setor privado (empresas) cresceu 9,2%; o setor público gastou 25,88% a mais com passagens e diárias; o turismo receptivo internacional ampliou seus gastos em 29,79%; e as famílias reduziram seus dispêndios com viagens aéreas em 14,35% resultando em um índice ponderado tipo Laspeyre de 1,1126 para as viagens e turismo no Brasil em 2014. O olhar econômico indica, também, que o aumento de preços, do câmbio e dos juros, além da desconfiança dos empresários e do consumidor nas políticas econômicas adotadas até o segundo semestre do ano passado, atuaram como obstáculos a um maior crescimento das vendas no mercado de bens e serviços, dentre os quais, destacamos o de viagens e turismo no Brasil. 21

ANUÁRIO BRAZTOA 2015 O MERCADO EM NÚMEROS Relatório Descritivo dos Resultados da Pesquisa BRAZTOA. Os resultados aqui apresentados 10 são decorrentes do Grupo Focal realizado em março de 2015, junto a representantes dos associados BRAZTOA, em complementação aos dados coletados através de questionários do Datatur, estudo de coleta quantitativa de números. Vale lembrar que as informações são projetadas para representar o universo dos associados, não o mercado de operadoras, e a participação na pesquisa é voluntária, portanto, não é um estudo amostral com amostra probabilística 11. Os dados do receptivo internacional estão consolidados junto com o emissivo doméstico. 10 As variações apresentadas nas tabelas referem-se ao comparativo entre 2014 e 2013. 11 Comentários do Consultor Fabrizio Caritatos, coordenador da pesquisa DATATUR. 22

1. FATURAMENTO DAS EMPRESAS ASSOCIADAS O faturamento bruto das empresas associadas BRAZTOA em 2014 foi de R$ 11,87 bilhões representando 6,01 milhões de embarques. O aumento nominal do faturamento foi de 6,65% e do volume de embarques de 1,86%. TABELA 1 FATURAMENTO E PASSAGEIROS TRANSPORTADOS 2014 TIPO/ANO 2012 2013 2014 (VARIAÇÃO %)* FATURAMENTO (R$ BI) 10,70 11,13 11,87 6,65 PASSAGEIROS (MILHÕES) 5,70 5,90 6,01 1,86 Fonte: BRAZTOA, Projeto Datatur edição 2014.(*) Comparativo entre 2014 e 2013. A variação positiva do mercado ficou um pouco abaixo do que foi projetado com base no primeiro semestre. O entendimento é que o resultado do segundo semestre foi pior do que o primeiro. Justamente no segundo semestre que tem um peso maior para o segmento internacional em que a maioria das operadoras associadas atua, comenta o consultor Fabrizio Caritatos. Os eventos Copa do Mundo e Eleições Majoritárias, somados ao reduzido número de feriados ao longo de 2014, surgiram como fatores inibidores das viagens, contrariando as expectativas dos analistas. Levando-se em conta o faturamento por categoria de associado, os operadores de turismo ampliaram suas receitas em 6,54%, enquanto os representantes e colaboradores alcançaram 10,63%. TABELA 2 FATURAMENTO POR CATEGORIA 2014 TIPO/ANO 2012 2013 2014 (VARIAÇÃO %)* OPERADORES 10.341.757,58 10.750.000,00 11.452.592,00 6,54 COLABORADORES 342.257,00 379.000,00 419.280,00 10,63 Fonte: BRAZTOA, Projeto Datatur edição 2014.(*) Comparativo entre 2014 e 2013. 23

ANUÁRIO BRAZTOA 2015 O MERCADO EM NÚMEROS O setor de turismo no Brasil em 2014 Segundo a World Travel&TourismCouncil (WTTC), considerando toda a cadeia produtiva do setor turístico, o Brasil ocupa a sexta posição entre as maiores economias de turismo do mundo, movimentando aproximadamente US$ 209,2 bilhões em 2014, cerca de 9,2% do Produto Interno Bruto (PIB). O ranking é liderado pelos Estados Unidos (U$$ 1,4 trilhões), seguido pela China (US$ 850,1 bilhões). CONTRIBUIÇÃO TOTAL DO TURISMO NA ECONOMIA BRASILEIRA EM US$ BILHÕES 250 200 186,9 216,3 203,9 207,4 209,2 150 100 62,6 73,2 91,7 112,0 126,4 146,7 149,2 50 0 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 Ao analisar apenas a contribuição direta do turismo, a cifra atinge US$ 77,4 bilhões, cerca de 3,7% do PIB, e o setor emprega diretamente algo em torno de 3 milhões de pessoas nas áreas de hotelaria, companhias aéreas, agências de turismo, outros tipos de transporte de passageiros, restaurantes e lazer. A expectativa é que, em 2023, o setor seja responsável por 10,6 milhões de empregos diretos e indiretos, o que representará 9,5% do total de empregos. Fonte: Assessoria econômica do Ministério do Turismo 24