Mudanças setoriais no mercado de trabalho e evolução dos rendimentos

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Transcrição:

Mudanças setoriais no mercado de trabalho e evolução dos rendimentos Rodrigo Leandro de Moura Workshop Banco Central Mercado de Trabalho: Mudanças Estruturais, Evolução Recente e Perspectivas

Pontos Principais Evolução Recente da População Ocupada, Renda Real do Trabalho e da Custo Unitário do Trabalho Total e por Setor. Estima-se a elasticidade da demanda por trabalho em relação ao PIB: baixa no curto prazo (CP) ajuste pequeno no emprego no CP. Mas a elasticidade no setor de serviços mais alta: indica que foi necessária retração nesse setor (intensivo em mão de obra) para que o emprego começasse a desacelerar. Calcula-se o fluxo de trabalhadores entre setores e para o desemprego e fora da PEA: Oportunidades se tornam escassas em alguns segmentos empurrando trabalhadores para outros setores. E a oferta de trabalho? Aumento do fluxo do desemprego para a PEA. Demanda por trabalho desacelerando e oferta expandindo: compressão da renda do trabalho. Decomposição do crescimento da renda: efeito da Δ composição dos empregados (educação, idade, setor etc) e da mudança do nível (conjuntura econômica). 2

Evolução da População Ocupada por trimestre (em milhares), PNAD Contínua 3

Crescimento da População Ocupada (Taxa Acumulada em 4 trimestres) Total e por Grandes Setores 4

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Crescimento do Salário Real (Taxa Acumulada em 4 trimestres), PNAD Contínua 7

Crescimento do Salário Real na Agropecuária (Taxa Acumulada em 4 trimestres) 8

Crescimento do Salário Real nos Serviços (Taxa Acumulada em 4 trimestres) 9

Crescimento do Salário Real na Indústria (Taxa Acumulada em 4 trimestres) 10

Crescimento do Salário Real no Comércio (Taxa Acumulada em 4 trimestres) 11

Crescimento do Salário Real na Construção (Taxa Acumulada em 4 trimestres) 12

Crescimento do Salário Real em Outros Serviços (Taxa Acumulada em 4 trimestres) 13

Evolução do Crescimento Custo Unitário do Trabalho (Taxa Acumulada em 4 trimestres) Agregada e Grandes Setores 14

Evolução do Crescimento Custo Unitário do Trabalho (Taxa Acumulada em 4 trimestres) Indústria, Transformação e Construção 15

Evolução do Crescimento do Custo Unitário do Trabalho (Taxa Acumulada em 4 trimestres) Serviços, Comércio e Outros Serviços 16

Elasticidade da Demanda por Trabalho em relação ao PIB Estimamos a elasticidade do emprego com relação ao PIB A equação de demanda por trabalho é dada pela equação abaixo: em que, Lit é emprego no setor i no ano t, PIBit é o PIB real (VA real) do setor i no ano t e wit é a renda real média do trabalho no setor i no ano t. Bases de dados: PNAD Anual / PNAD Contínua e Contas Nacionais. Dados anuais dos setores de atividade formando um painel com 12 setores entre 1995 até 2013. Procedimento de estimação segundo Arellano e Bond (1991) e Arellano e Bover (1995). Utilizamos os regressores defasados como instrumento para solucionar o problema de endogeneidade. 17

Elasticidade da Demanda por Trabalho PNAD, Todos os setores Variável Dependente: ln(po t ) 1997-2001 1997-2003 1997-2005 1997-2007 1997-2009 1997-2011 1997-2013 ln(po t-1 ) 0,290 0,642*** 0,708*** 0,719*** 0,787*** 0,825*** 0,861*** (0.234) (0.182) (0.167) (0.124) (0.079) (0.051) (0.058) ln(pib t ) 0,287 0,529* 0,460* 0,390** 0,215 0,163 0,155** (0.204) (0.281) (0.245) (0.175) (0.137) (0.093) (0.061) ln(salário t ) 0.021-0.452-0.318-0.271-0.169-0.113-0.081 (0.086) (0.419) (0.317) (0.231) (0.149) (0.115) (0.094) Dummies de ano Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Elasticidade - PIB da Demanda por trabalho 1997-2001 1997-2003 1997-2005 1997-2007 1997-2009 1997-2011 1997-2013 Curto Prazo 0,287 0,529 0,460 0,390 0,215 0,163 0,155 Longo Prazo 0,404 1,478 1,575 1,388 1,009 0,931 1,115 Elasticidade de curto prazo vem diminuindo desde 2003, com maior intensidade após 2007. Mas está estável desde 2011. Elasticidade de longo prazo vinha diminuindo, mas voltou a crescer após 2011. Ajuste no emprego tende a ser menor no curto prazo, mas no longo prazo será mais elevado e duradouro. 18

Elasticidade da Demanda por Variável Dependente: ln(po t ) Trabalho - PNAD, Serviços 1997-2001 1997-2003 1997-2005 1997-2007 1997-2009 1997-2011 1997-2013 ln(po t-1 ) -0,029 0,524*** 0,683*** 0,720*** 0,808*** 0,819*** 0,816*** (0.227) (0.086) (0.045) (0.024) (0.021) (0.028) (0.027) ln(pib t ) 0,486** 0,573 0,478* 0,416*** 0,234** 0,201** 0,199*** (0.136) (0.330) (0.216) (0.080) (0.089) (0.076) (0.051) ln(salário t ) 0,243-0,022 0,031 0,018 0,112 0,137 0,15 (0.460) (0.912) (0.537) (0.345) (0.202) (0.190) (0.153) Dummies de ano Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Elasticidade de curto prazo de serviços maior que a média de todos os setores. Elasticidade de curto prazo vem diminuindo desde 2003, com maior intensidade após 2007. No entanto, está estável desde 2011. Elasticidade de longo prazo diminui desde 2005. Ajuste no curto prazo no setor de serviços deve ser um pouco mais elevado. 19 Elasticidade - PIB da Demanda por trabalho 1997-2001 1997-2003 1997-2005 1997-2007 1997-2009 1997-2011 1997-2013 Curto Prazo 0,486 0,573 0,478 0,416 0,234 0,201 0,199 Longo Prazo 0,476 1,204 1,508 1,486 1,219 1,110 1,082

Elasticidade da Demanda por Trabalho PNAD Contínua TODOS OS SETORES SERVIÇOS Variável Dependente: ln(po t ) 1ºtri/2013-1ºtri/2015 1ºtri/2014-1ºtri/2015 1ºtri/2013-1ºtri/2015 1ºtri/2014-1ºtri/2015 ln(po t-1 ) 0,899*** 0,920*** 0,581** 0,576** -0,108-0,12-0,17-0,183 ln(pib t ) 0,046 0,05 0,164 0,159 (0.154) (0.154) (0.204) (0.215) ln(salário t ) 0,146 0,130 0,144 0,144 (0.170) (0.184) (0.221) (0.235) Dummies de ano Sim Sim Sim Sim Elasticidade - PIB da Demanda por trabalho 1ºtri/2013-1ºtri/2015 1ºtri/2014-1ºtri/2015 1ºtri/2013-1ºtri/2015 1ºtri/2014-1ºtri/2015 Curto Prazo 0,046 0,05 0,164 0,159 Longo Prazo 0,455 0,625 0,391 0,375 Elasticidade de curto prazo baixa e estável. Elasticidade de curto prazo maior no setor de serviços. Elasticidade de longo prazo aumentou para todos os setores e ficou estável para o setor de serviços. Corrobora tendência dos resultados da PNAD anual. 20

Transição de Trabalhadores entre setores e condição de ocupação/atividade econômica Calculou-se o fluxo de trabalhadores que transitam de um determinado setor (ou condição de ocupação/atividade econômica) para outro setor, pela PNAD Contínua. Setores: Agropecuária Indústria Indústria Geral (Ext. Min. + Ind. Transf. + SIUP) Construção Serviços Comércio Transporte Alojamento/Alimentação Serviços prestados às empresas Educação/Saúde APU Serviços Domésticos Outros Serviços Condição de Ocupação / Atividade Econômica: Desemprego Fora da PEA 21

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E a Oferta de Trabalho? 34

Dinâmica da Renda do Trabalho Implementou-se o procedimento de Oaxaca-Blinder para decompor o crescimento da renda real do trabalho em efeito nível (mudança dos coeficientes) e efeito composição (mudança nas características dos trabalhadores). Estima-se uma equação salarial para dois trimestres (PNAD Contínua) ex.: 1º tri/2012 e 1º tri /2013: Wi,t = b0t + b1txi,t + ui,t Wi,t-1 = b0t-1 + b1t-1xi,t-1 + ui,t-1 Wi,t = renda real do trabalho, Xi,t = (educação, idade, vínculo, sexo, grandes regiões e setor). Calculando a média de cada equação e tirando a diferença: Wm,t - Wm,t-1 = (b0t - b0t-1) + (b1t - b1t-1)*xm,t-1 + (Xm,t - Xm,t-1)b1t Efeito Nível (Δ coeficientes) Efeito Composição Efeito Nível: mais relacionado à mudança da conjuntura econômica. Efeito Composição: mais relacionado a mudanças estruturais. 35

5.0 Decomposição do Crescimento da Renda Real do Trabalho: Efeito Nível + Efeito Composição + Resíduo, PNAD Contínua - TRI x TRI ano anterior, em % 4.0 3.0 2.0 1.0 0.0 mar/13 jun/13 set/13 dez/13 mar/14 jun/14 set/14 dez/14 mar/15-1.0-2.0-3.0-4.0 Efeito Composição Efeito Nível Resíduo Variação Total = Ef.Nivel+Ef.Comp.+Resid. 36

3.5 Decomposição do Efeito Composição da Renda Real do Trabalho - PNAD Contínua, TRI x TRI ano anterior, em % 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0.0 mar-13 jun-13 set-13 dez-13 mar-14 jun-14 set-14 dez-14 mar-15-0.5-1.0 educação idade vinculo mulher grandes_regioes setor Total (Ef. Composição) 37

Dinâmica da Renda Resultados: Efeito Composição: Aumento da escolaridade e envelhecimento da força de trabalho contribuem para pressionar a renda real do trabalho (entre 2 e 2,5%). Efeito Nível (Conjuntura Econômica) puxa a renda real do trabalho para baixo. O que está por trás desse efeito? Desaceleração da atividade econômica gerou um efeito negativo sobre a renda a partir da segunda metade do ano passado. Adicionalmente, no início desse ano, inflação mais elevada está contribuindo mais para a queda (próximo gráfico). Com a renda desacelerando, a PEA passou a crescer mais, pressionando o desemprego (gráfico a seguir). 38

15 Decomposição do Crescimento da renda média real em renda nominal e inflação (em %) - tri x tri do ano anterior 10 5 0-5 -10 Renda nominal Inflação Renda real mar-13 abr-13 mai-13 jun-13 jul-13 ago-13 set-13 out-13 nov-13 dez-13 jan-14 fev-14 mar-14 abr-14 mai-14 jun-14 jul-14 ago-14 set-14 out-14 nov-14 dez-14 jan-15 fev-15 mar-15 abr-15 39

3.0 Contribuição da Variação da PO e da PEA para a Variação da Taxa de Desemprego (em p.p.) - tri x tri do ano anterior 1.5 0.0-1.5 Contribuição da População Ocupada (PO) Contribuição da Pop. Economicamente Ativa (PEA) Var Tx. Desemprego -3.0 40

Conclusões No meu entendimento, a sequência dos fatos pode ser a seguinte: 1. Retração da economia no primeiro semestre do ano passado contribuiu para a desaceleração do crescimento da renda real. 2. Trabalhadores da indústria (construção) migraram para o setor de serviços também contribuiu para a redução da renda do trabalho. 3. PEA passa a crescer com maior intensidade a partir do fim do ano passado, pressionando o desemprego. 4. Paralelamente, a demanda por trabalho veio desacelerando gradualmente, fazendo com que o ajuste no emprego não ocorra de forma tão acentuada elasticidade da demanda por trabalho em todos os setores (incluindo serviços) permanece baixa. 41