Perspectivas da economia brasileira Guido Mantega Ministro da Fazenda

Documentos relacionados
A economia brasileira em 2013 Guido Mantega Ministro da Fazenda

A Política Fiscal Brasileira em Tempos de Crise

A Crise Econômica e o Futuro do Mundo

Perspec(vas para a Economia Brasileira Ministro da Fazenda Guido Mantega

Economic Research - Brasil Apresentação Semanal. De 11 a 15 de Junho de Rodolfo Margato (11)

Novo ciclo de desenvolvimento ( ) Ministro Guido Mantega

Henrique de Campos Meirelles Novembro de 2009

CENÁRIO MACROECONÔMICO BRASILEIRO : DESAFIOS E OPORTUNIDADES

Perspectivas Econômicas

CENÁRIO ECONÔMICO 2017:

Panorama Econômico Internacional e Brasileiro

Marco A.F.H.Cavalcanti (IPEA) XIII Workshop de Economia da FEA-RP Outubro de 2013

CENÁRIO MACROECONÔMICO. Agosto de 2017 DEPEC Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

CENÁRIO MACROECONÔMICO. Setembro de 2017 DEPEC Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

Economic Research São Paulo - SP - Brasil Apresentação Semanal. De 10 a 14 de Setembro de Lucas Augusto (11)

Perspectivas para Economia Brasileira em 2009

Economic Research - Brasil Apresentação Semanal. De 09 a 13 de Abril de Mirella Pricoli Amaro Hirakawa

Economic Research - Brasil Apresentação Semanal. De 16 a 20 de Abril de Mirella Pricoli Amaro Hirakawa

Construindo a. Ministro da Fazenda Joaquim Levy. retomada do crescimento 4 de março de 2015

Audiência Pública. Comissão de Assuntos Econômicos do Senado Federal. Alexandre Tombini Presidente do Banco Central do Brasil.

Perspectivas para a economia brasileira e a América Latina. Ilan Goldfajn Economista-Chefe e sócio Itaú Unibanco

Economic Research São Paulo - SP - Brasil Apresentação Semanal. De 20 a 24 de Agosto de Lucas Augusto (11)

Responsabilidade Macroeconômica para o Crescimento. Henrique de Campos Meirelles

Programa de Aceleração do Crescimento Ministro Guido Mantega Dezembro 2010

CENÁRIO MACROECONÔMICO. Janeiro de 2018 DEPEC Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

Economic Research São Paulo - SP - Brasil Apresentação Semanal. De 06 a 10 de Agosto de Rodolfo Margato (11)

Análise de Conjuntura Outubro/2011

Política Industrial para a retomada do desenvolvimento Painel 1: Caminhos para a retomada

CENÁRIO ECONÔMICO BRASILEIRO EM TEMPOS DE CRISE. Marcelo Barros Amanda Aires

CONJUNTURA ECONÔMICA. Por Luís Paulo Rosenberg. Junho/ 2013

Desafios e Perspectivas da Economia Brasileira

Economic Research São Paulo - SP - Brasil Apresentação Semanal. De 10 a 14 de Dezembro de Lucas Nobrega Augusto (11)

Análise de Conjuntura Agosto / 2012

Os Desafios da Indústria Brasileira. Ministro Guido Mantega Setembro 2010

Perspectivas econômicas

Economic Research São Paulo - SP - Brasil Apresentação Semanal. De 03 a 06 de Setembro de Lucas Augusto (11)

Economic Research São Paulo - SP - Brasil Apresentação Semanal. De 16 a 20 de Julho de Rodolfo Margato (11)

Economic Research São Paulo - SP - Brasil Apresentação Semanal. De 29 de Outubro a 2 de Novembro de Lucas Nobrega Augusto (11)

Apresentação Semanal. De 26 de Fevereiro a 2 de Março. Mirella Pricoli Amaro Hirakawa

A RESPOSTA BRASILEIRA A CRISE

meses Maio 1,23 2,82 5,41 0,79 2,88 5,58 Jun. 0,96 3,81 5,84 0,74 3,64 6,06 Jul. 0,45 4,27 6,03 0,53 4,19 6,

Março/2012. NEPOM Núcleo de Estudos de Política Monetária do IBMEC/MG

Perspectivas: Cenário macro e curva de juros. Fernando Barbosa Pesquisa Macroeconômica Itaú Unibanco

Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias Miriam Belchior Ministra de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão Abril de 2014

CENÁRIO E PERSPECTIVAS

meses Maio 1,23 2,82 5,41 0,79 2,88 5,58 Jun. 0,96 3,81 5,84 0,74 3,64 6,06 Jul. 0,45 4,27 6,03 0,53 4,19 6,

Economic Research São Paulo - SP - Brasil Apresentação Semanal. De 17 a 21 de Dezembro de Lucas Nobrega Augusto (11)

Economic Research São Paulo - SP - Brasil Apresentação Semanal. De 23 a 27 de Julho de Adriana Dupita (11)

Economic Research - Brasil Apresentação Semanal. De 02 a 06 de Abril de Mirella Pricoli Amaro Hirakawa

BRASIL 5a. ECONOMIA DO MUNDO: CHEGAREMOS LÁ?

Brasil em Perspectiva

Economic Research São Paulo - SP - Brasil Apresentação Semanal. De 8 a 12 de Outubro de Lucas Nobrega Augusto (11)

Terça 28 de março 05:00 IPC (semanal) FIPE. 08:00 Sondagem da Construção (mar) FGV - INCC-M (mar) FGV

Política Monetária no Brasil: Um Caso de Sucesso

Índices de Preços. Em 12

MAIO/2019 VAMOS DE DADOS? UMA VOLTA PELO BRASIL E SEUS PRINCIPAIS PARCEIROS COMERCIAIS FERNANDA CONSORTE

MCM Consultores Associados. Setembro

CENÁRIO MACROECONÔMICO. Julho de 2017

Decifrando a economia no pós crise. com Denise Barbosa & Antonio Lacerda

Uma estratégia para dobrar a renda per capita do Brasil em quinze anos

Índices de Preços. Em 12

CONJUNTURA. Maio FONTE: CREDIT SUISSE, CNI, IBGE e BC

Análise Conjuntural: Variáveis- Instrumentos e Variáveis- meta

Índices de Preços. Em 12

Depois do pesadelo. Luís Paulo Rosenberg

CENÁRIO MACROECONÔMICO. Novembro de 2017 DEPEC Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

Perspectivas da Economia Brasileira em 2013 e Reforma do ICMS Interestadual

CENÁRIO MACROECONÔMICO. Junho de 2017

Negociações Coletivas, Crescimento e Salários

Investimentos em Infraestrutura e Crescimento Econômico Brasileiro

Análise de Conjuntura Novembro/2011

Cenário Econômicoe Perspectivas. Outubro de 2017

Retomada do Crescimento e Reformas Estruturais

Relatório Conjuntura Econômica Brasileira 1º trimestre de 2013

Apresentação Semanal. De 27 de junho a 08 de julho de Rodolfo Margato

Apresentação Semanal. De 25 a 29 de Junho de Tatiana Pinheiro (11)

AGOSTO DE Fabiana D Atri Economista Sênior do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos - DEPEC

EM % Média : 3,8% Média : 2,7% FONTE: IBGE ELABORAÇÃO: BRADESCO

O ajuste econômico: 2016/2018

Retomada do Crescimento e Reformas Estruturais

Conjuntura Macroeconômica Brasileira. Gabriel Coelho Squeff Técnico de Planejamento e Pesquisa Diretoria de Estudos e Políticas Macroeconômicas

CENÁRIO MACROECONÔMICO. Abril de 2018 DEPEC Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

Conjuntura Nacional e Internacional Escola Florestan Fernandes, Guararema, 3 de julho de º. PLENAFUP

CENÁRIO MACROECONÔMICO

Luís Abel da Silva Filho

Economic Research São Paulo - SP - Brasil Apresentação Semanal. De 03 a 07 de Dezembro de Lucas Nobrega Augusto (11)

COMPORTAMENTO SEMANAL DE MERCADO

Desempenho da Indústria Automobilística Brasileira

PERSPECTIVAS Antonio Carlos Borges

PIB DO BRASIL (VARIAÇÃO ANUAL) FONTE: IBGE ELABORAÇÃO E PROJEÇÃO: BRADESCO

Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) Colocar a economia no rumo do crescimento

VARIAÇÃO ANUAL DO PIB BRASILEIRO (%)

Cenário Econômico. Diretoria de Desenvolvimento Econômico Guilherme Mercês. LUBES 5 Encontro com o Mercado

Análise de Conjuntura

Economic Research São Paulo - SP - Brasil Apresentação Semanal. De 17 a 21 de Setembro de Lucas Nobrega Augusto (11)

Economic Research São Paulo - SP - Brasil Apresentação Semanal. De 30 de Julho a 03 de Agosto de Rodolfo Margato (11)

Retomada do Crescimento e Reformas Estruturais

CRESCIMENTO DO PIB BRASILEIRO

CRESCIMENTO DO PIB BRASILEIRO

Transcrição:

Perspectivas da economia brasileira Guido Mantega Ministro da Fazenda Seminário Rumos da Economia São Paulo, 12 de abril de 2013 1

A economia brasileira começa 2013 com condições externas e internas um pouco mais favoráveis do que em 2012 Crescimento do PIB global, em % ao ano Fonte: FMI 2

EUA: Recuperação da atividade econômica Crescimento do PIB ante o trimestre imediatamente anterior, em % Fonte: Bloomberg 3

Zona do Euro não retoma crescimento Crescimento do PIB da Zona do Euro, em % a.a. * Projeções Fonte: FMI 4

Japão: medidas anunciadas o Política fiscal Expansão dos investimentos em infraestrutura Reconstrução das áreas afetadas pelo terremoto Deduções tributárias para investimentos em infraestrutura e P&D Isenção de impostos para determinadas aplicações de longo prazo o Política monetária Meta de inflação de 2% ao ano, a partir de cenário deflacionário Duplicação da base monetária entre 2012 e 2014 Recompra de títulos públicos para reduzir taxa longa de juros (7,5 trilhões de ienes por mês) Aumento do apoio de liquidez às instituições financeiras e estímulo às operações de crédito o Políticas estruturais Aumento da produtividade Aumento da participação da força de trabalho (mulheres) 5

Taxas de Câmbio Reais Efetivas Em índice, Base 100 = Janeiro de 2008 Fonte: BIS 6

Ligeira melhora do comércio mundial Crescimento do comércio mundial (valor), em % a.a. * Projeção FMI Fonte: FMI 7

Dinamismo do mercado de trabalho brasileiro Taxa de desemprego aberto, países selecionados, em % da PEA Fonte: FMI e IBGE 8

Mercado interno dinâmico Pesquisa Mensal do Comércio, vendas no comércio varejista ampliado, com ajuste sazonal, em % a.a. * Acumulado em 12 meses até fevereiro/2013 Fonte: IBGE 9

Criação de empregos formais Novos postos de trabalho, em milhões * Para 2012 e 2013, dados do CAGED inclusive declarações fora do prazo. 2013: acumulado em doze meses até fevereiro de 2013. Fonte: RAIS e CAGED/MTE 10

Evolução do PIB em tempos de crise (2007-2012): bom desempenho da economia brasileira Crescimento do PIB, média anual 2007-2012, em % Mundo: 3,3 % Fonte: Bloomberg 11

Dinâmica do crescimento em 2012 (crescimento trimestral dessazonalizado, em %) Fonte: Bloomberg 12

Investimento voltou a crescer Produção de Bens de Capital, em % a.m., dessazonalizado Fonte: PIM-IBGE 13

Recuperação da Formação Bruta de Capital Fixo Indicador* de FBKF, variação em % Indicador Pesos Variação (% ) sobre o período anterior (com ajuste sazonal) Dez/12 Jan/13 Fev/13 Trimestre Formação Bruta de Capital Fixo 100,0% 3,4 3,7-0,4 3,8 Absorção de bens de capital 53,2% 7,7 5,9 0,6 8,5 Produção de bens de capital 85,8% -1,9 9,2 1,6 4,7 Importação de bens de capital 22,0% 0,5 12,8-6,4 9,8 Exportação de bens capital -7,7% -47,2 5,3 0,8-32,0 Construção Civil 46,8% -3,3 7,3-6,2-0,6 * Proxy, calculada pelo Ministério da Fazenda, para a expansão física (quantum) de Bens de Capital e Construção Civil. Fonte: SPE/Ministério da Fazenda 14

Porém, crise internacional exige: Mais estímulos aos investimentos Aumento da produtividade e competitividade Redução de custos Redução de tributos 15

Programa de Infraestrutura Fonte: EPL, EPE e MME 16

Ampliação do comércio exterior Fluxo de comércio exterior, em US$ bilhões Fonte: MDIC 17

Demanda por infraestrutura Fonte: ANAC, ANTAQ, ABCR e Anfavea 18

Medidas de estímulo ao investimento: reduções de custo 19

Redução nos preços de energia elétrica no Brasil Preço INDUSTRIAL de energia elétrica em países selecionados, em R$*/MWh Preço RESIDENCIAL de energia elétrica em países selecionados, em R$*/MWh * Taxa média de câmbio em 2011 equivalente a R$ 1,67 por US$ Fontes: ANEEL e Agência Internacional de Energia 20

Transição para a nova matriz macroeconômica Políticas monetária, cambial e fiscal. Normalmente, tem efeito defasado de 6 a 12 meses. No Brasil, essa defasagem é acentuada por: Efeito-riqueza negativo (mesmo para empresas do setor produtivo) Crise internacional Retração dos bancos privados 2012: fase de desintoxicação da economia viciada em altas taxas de juros e câmbio valorizado 2013: início dos benefícios 21

Programa de desonerações (medidas instituídas a partir de janeiro de 2011) Impacto (em R$ bilhões) 2012 2013 2014 Redução da CIDE para zero para gasolina e diesel 8,9 11,4 11,4 Redução do IPI (automóveis, caminhões, material de construção, linha branca, BK, móveis, papel de parede etc.) 8,5 11,8 7,1 Redução para zero do prazo de apropriação dos créditos de PIS/COFINS sobre aquisição de bens de capital 7,6 - - Aumento dos limites das faixas de tributação do SIMPLES e MEI 5,7 5,9 6,5 REINTEGRA - Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para Empresas Exportadoras 3,4 3,4 2,7* Desoneração da folha de pagamentos 3,8 16,0 24,7 Redução do IOF sobre operações de crédito pessoa física (de 3% para 1,5%) 2,8 3,6 3,6 Alíquota zero de PIS/COFINS sobre trigo e massas 1,1 0,6 - Banda Larga - Redes 0,5 1,0 1,0 Desoneração da Cesta Básica - 5,5 8,2 Aumento do Limite do Lucro Presumido - - 1,0 Demais 2,2 10,9 22,0 TOTAL 44,5 70,1 88,2 22 * Os valores do Reintegra de 2014 correspondem aos pedidos de restituição de 2013 com impacto em 2014.

Reforma tributária e competitividade INSS: Desoneração da Folha de Pagamentos Reforma do ICMS Reforma do PIS/COFINS 23

FUNDAMENTOS SÓLIDOS Resultado fiscal Resultado do setor público consolidado**, em % do PIB * Acumulado em 12 meses até Fev/2013 ** Para valores anteriores a 2002, a série histórica do Setor Público Consolidado inclui Petrobrás e Eletrobrás. Fonte: Banco Central do Brasil 24

Dívida do setor público em declínio Dívida líquida do setor público*, em % do PIB * Para valores anteriores a 2002, a série histórica inclui Petrobrás e Eletrobrás. Fonte: Banco Central do Brasil e Ministério da Fazenda 25

Inflação sob controle IPCA, em % a.a. Fonte: IBGE e Banco Central do Brasil 26

Desaceleração da inflação IPCA, em % a.m. Fonte: IBGE 27

Pressão de alimentos e serviços IPCA, contribuição de grupos selecionados no total apurado, em % a.a. e % a.m. 2008-2012 (% anual) Jan-Mar 2013 (% mensal) * Exclui o item Alimentação fora do domicílio, que foi incluído no grupo Alimentação e Bebidas. Fonte: IBGE 28

Núcleo de inflação IPCA, em % a.m. * Núcleo por exclusão (IPCA-EX): exclui itens mais voláteis em Alimentação e os itens de Combustíveis. Fonte: IBGE 29

Entre 2006 e 2011, Brasil foi o país que mais aumentou o bem-estar *O Indicador SEDA de bem-estar avalia 150 países a partir dos seguintes indicadores: renda per capita, estabilidade econômica, mercado de trabalho, distribuição de renda, sociedade civil, governança, educação, saúde, desenvolvimento e infraestrutura. Fonte: Boston Consulting Group 30

Índice de Felicidade Futura*: Satisfação com a vida em cinco anos Entre 156 países, o Brasil ocupa a 1º posição no ranking do Índice de Felicidade Futura * Índice calculado pelo Centro de Políticas Sociais da FGV, com base no Gallup World Poll (2011), consideradas as respostas à pergunta subjetiva sobre a expectativa da satisfação de vida de cada pessoa em cinco anos. Fonte: CPS/FGV 31

32