Perspectivas da economia brasileira Guido Mantega Ministro da Fazenda Seminário Rumos da Economia São Paulo, 12 de abril de 2013 1
A economia brasileira começa 2013 com condições externas e internas um pouco mais favoráveis do que em 2012 Crescimento do PIB global, em % ao ano Fonte: FMI 2
EUA: Recuperação da atividade econômica Crescimento do PIB ante o trimestre imediatamente anterior, em % Fonte: Bloomberg 3
Zona do Euro não retoma crescimento Crescimento do PIB da Zona do Euro, em % a.a. * Projeções Fonte: FMI 4
Japão: medidas anunciadas o Política fiscal Expansão dos investimentos em infraestrutura Reconstrução das áreas afetadas pelo terremoto Deduções tributárias para investimentos em infraestrutura e P&D Isenção de impostos para determinadas aplicações de longo prazo o Política monetária Meta de inflação de 2% ao ano, a partir de cenário deflacionário Duplicação da base monetária entre 2012 e 2014 Recompra de títulos públicos para reduzir taxa longa de juros (7,5 trilhões de ienes por mês) Aumento do apoio de liquidez às instituições financeiras e estímulo às operações de crédito o Políticas estruturais Aumento da produtividade Aumento da participação da força de trabalho (mulheres) 5
Taxas de Câmbio Reais Efetivas Em índice, Base 100 = Janeiro de 2008 Fonte: BIS 6
Ligeira melhora do comércio mundial Crescimento do comércio mundial (valor), em % a.a. * Projeção FMI Fonte: FMI 7
Dinamismo do mercado de trabalho brasileiro Taxa de desemprego aberto, países selecionados, em % da PEA Fonte: FMI e IBGE 8
Mercado interno dinâmico Pesquisa Mensal do Comércio, vendas no comércio varejista ampliado, com ajuste sazonal, em % a.a. * Acumulado em 12 meses até fevereiro/2013 Fonte: IBGE 9
Criação de empregos formais Novos postos de trabalho, em milhões * Para 2012 e 2013, dados do CAGED inclusive declarações fora do prazo. 2013: acumulado em doze meses até fevereiro de 2013. Fonte: RAIS e CAGED/MTE 10
Evolução do PIB em tempos de crise (2007-2012): bom desempenho da economia brasileira Crescimento do PIB, média anual 2007-2012, em % Mundo: 3,3 % Fonte: Bloomberg 11
Dinâmica do crescimento em 2012 (crescimento trimestral dessazonalizado, em %) Fonte: Bloomberg 12
Investimento voltou a crescer Produção de Bens de Capital, em % a.m., dessazonalizado Fonte: PIM-IBGE 13
Recuperação da Formação Bruta de Capital Fixo Indicador* de FBKF, variação em % Indicador Pesos Variação (% ) sobre o período anterior (com ajuste sazonal) Dez/12 Jan/13 Fev/13 Trimestre Formação Bruta de Capital Fixo 100,0% 3,4 3,7-0,4 3,8 Absorção de bens de capital 53,2% 7,7 5,9 0,6 8,5 Produção de bens de capital 85,8% -1,9 9,2 1,6 4,7 Importação de bens de capital 22,0% 0,5 12,8-6,4 9,8 Exportação de bens capital -7,7% -47,2 5,3 0,8-32,0 Construção Civil 46,8% -3,3 7,3-6,2-0,6 * Proxy, calculada pelo Ministério da Fazenda, para a expansão física (quantum) de Bens de Capital e Construção Civil. Fonte: SPE/Ministério da Fazenda 14
Porém, crise internacional exige: Mais estímulos aos investimentos Aumento da produtividade e competitividade Redução de custos Redução de tributos 15
Programa de Infraestrutura Fonte: EPL, EPE e MME 16
Ampliação do comércio exterior Fluxo de comércio exterior, em US$ bilhões Fonte: MDIC 17
Demanda por infraestrutura Fonte: ANAC, ANTAQ, ABCR e Anfavea 18
Medidas de estímulo ao investimento: reduções de custo 19
Redução nos preços de energia elétrica no Brasil Preço INDUSTRIAL de energia elétrica em países selecionados, em R$*/MWh Preço RESIDENCIAL de energia elétrica em países selecionados, em R$*/MWh * Taxa média de câmbio em 2011 equivalente a R$ 1,67 por US$ Fontes: ANEEL e Agência Internacional de Energia 20
Transição para a nova matriz macroeconômica Políticas monetária, cambial e fiscal. Normalmente, tem efeito defasado de 6 a 12 meses. No Brasil, essa defasagem é acentuada por: Efeito-riqueza negativo (mesmo para empresas do setor produtivo) Crise internacional Retração dos bancos privados 2012: fase de desintoxicação da economia viciada em altas taxas de juros e câmbio valorizado 2013: início dos benefícios 21
Programa de desonerações (medidas instituídas a partir de janeiro de 2011) Impacto (em R$ bilhões) 2012 2013 2014 Redução da CIDE para zero para gasolina e diesel 8,9 11,4 11,4 Redução do IPI (automóveis, caminhões, material de construção, linha branca, BK, móveis, papel de parede etc.) 8,5 11,8 7,1 Redução para zero do prazo de apropriação dos créditos de PIS/COFINS sobre aquisição de bens de capital 7,6 - - Aumento dos limites das faixas de tributação do SIMPLES e MEI 5,7 5,9 6,5 REINTEGRA - Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para Empresas Exportadoras 3,4 3,4 2,7* Desoneração da folha de pagamentos 3,8 16,0 24,7 Redução do IOF sobre operações de crédito pessoa física (de 3% para 1,5%) 2,8 3,6 3,6 Alíquota zero de PIS/COFINS sobre trigo e massas 1,1 0,6 - Banda Larga - Redes 0,5 1,0 1,0 Desoneração da Cesta Básica - 5,5 8,2 Aumento do Limite do Lucro Presumido - - 1,0 Demais 2,2 10,9 22,0 TOTAL 44,5 70,1 88,2 22 * Os valores do Reintegra de 2014 correspondem aos pedidos de restituição de 2013 com impacto em 2014.
Reforma tributária e competitividade INSS: Desoneração da Folha de Pagamentos Reforma do ICMS Reforma do PIS/COFINS 23
FUNDAMENTOS SÓLIDOS Resultado fiscal Resultado do setor público consolidado**, em % do PIB * Acumulado em 12 meses até Fev/2013 ** Para valores anteriores a 2002, a série histórica do Setor Público Consolidado inclui Petrobrás e Eletrobrás. Fonte: Banco Central do Brasil 24
Dívida do setor público em declínio Dívida líquida do setor público*, em % do PIB * Para valores anteriores a 2002, a série histórica inclui Petrobrás e Eletrobrás. Fonte: Banco Central do Brasil e Ministério da Fazenda 25
Inflação sob controle IPCA, em % a.a. Fonte: IBGE e Banco Central do Brasil 26
Desaceleração da inflação IPCA, em % a.m. Fonte: IBGE 27
Pressão de alimentos e serviços IPCA, contribuição de grupos selecionados no total apurado, em % a.a. e % a.m. 2008-2012 (% anual) Jan-Mar 2013 (% mensal) * Exclui o item Alimentação fora do domicílio, que foi incluído no grupo Alimentação e Bebidas. Fonte: IBGE 28
Núcleo de inflação IPCA, em % a.m. * Núcleo por exclusão (IPCA-EX): exclui itens mais voláteis em Alimentação e os itens de Combustíveis. Fonte: IBGE 29
Entre 2006 e 2011, Brasil foi o país que mais aumentou o bem-estar *O Indicador SEDA de bem-estar avalia 150 países a partir dos seguintes indicadores: renda per capita, estabilidade econômica, mercado de trabalho, distribuição de renda, sociedade civil, governança, educação, saúde, desenvolvimento e infraestrutura. Fonte: Boston Consulting Group 30
Índice de Felicidade Futura*: Satisfação com a vida em cinco anos Entre 156 países, o Brasil ocupa a 1º posição no ranking do Índice de Felicidade Futura * Índice calculado pelo Centro de Políticas Sociais da FGV, com base no Gallup World Poll (2011), consideradas as respostas à pergunta subjetiva sobre a expectativa da satisfação de vida de cada pessoa em cinco anos. Fonte: CPS/FGV 31
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