A percepção e cognição do espaço construído no Centro de Educação Infantil da UNESP, campus de Bauru - SP



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Transcrição:

Departamento de Geociências Laboratório de Pesquisas Urbanas e Regionais Simpósio Nacional sobre Geografia, Percepção e Cognição do Meio Ambiente HOMENAGEANDO LÍVIA DE OLIVEIRA Londrina 2005 A percepção e cognição do espaço construído no Centro de Educação Infantil da UNESP, campus de Bauru - SP Rosío Fernández Baca Salcedo Arquiteta, Professora Dra. da Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação da UNESP rosiofbs@faac.unesp.br Maria Solange Gurgel de Castro Fontes Arquiteta, Professora Dra. da Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação da UNESP sgfontes@faac.unesp.br RESUMO Frente à insuficiência do espaço construído para o desenvolvimento das crianças menores de 7 anos do Centro de Convivência Infantil (CCI) da UNESP, foi realizada a presente pesquisa, que é um trabalho piloto de um projeto maior intitulado: "Arquitetura escolar de ensino infantil: diretrizes para a elaboração projetual", cujos objetivos são: conhecer e analisar a percepção dos usuários sobre o espaço construído do CCI, avaliar o espaço físico/atividades psicopedagógicas e subsidiar futuras intervenções projetuais. O presente trabalho foi estruturado em quatro fases. A primeira, a abordagem teórica sobre percepção, ambiental: Tuan, Piaget, Oliveira, Kowatowski, Elali, entre outros. A segunda fase compreende a arquitetura escolar de ensino infantil, e mais especificamente o Centro de Convivência Infantil da UNESP de Bauru. A terceira fase corresponde ao trabalho de campo realizada em março de 2004. Para conhecer a percepção dos usuários sobre o espaço construído foram realizadas entrevistas as funcionárias e aos pais, e a realização de desenhos por parte das crianças. A partir de uma análise detalhada sob o ponto de vista técnico e da percepção dos usuários, os dados contribuíram para uma discussão a cerca dos espaços de educação infantil para as crianças. Na última fase, o trabalho propôs diretrizes projetuais com o fim de orientar a elaboração de propostas arquitetônicas adequadas às necessidades dos usuários. O trabalho reforça a importância dos estudos de percepção ambiental, no sentido de contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos usuários e subsidiar a elaboração dos projetos de arquitetura escolar. INTRODUÇÃO Hoje em dia, torna-se cada vez mais necessário os estudos de percepção e cognição ambiental dos usuários para identificar as necessidades, expectativas e condutas em função do espaço, que possam subsidiar os projetos de arquitetura. De acordo com Moore (1984, p. 65-66), os estudos de comportamento ambiental na arquitetura incluem o exame sistemático das relações entre o ambiente e o comportamento humano e suas implicações 1

nos processos de projetos. As questões básicas a serem respondidas são: Como as pessoas se relacionam com o meio ambiente construído?. Quais são suas necessidades?. Como aplicar tais respostas no processo de projeto? Cada vez que um arquiteto move seu lápis ele faz suposições sobre as necessidades humanas e decide sobre como o meio ambiente construído pode melhor satisfazer essas necessidades. A proposta de intervenção projetual na arquitetura de educação infantil, parte da necessidade de conhecer a percepção e cognição ambiental dos usuários (professoras, funcionárias e crianças), entre outros. Isto é conhecer as expectativas, preferências, condutas, valores e significados dos usuários na sua relação com o espaço. A distinção entre espaço perceptivo e espaço cognitivo se relaciona com as preposições acerca da percepção e inteligência. Segundo Oliveira (1996, p. 203) a percepção sempre estará ligada a um campo sensorial e ficará conseqüentemente subordinada a presença do objeto, que lhe oferece um conhecimento por conotação imediata. Também, a percepção é conseqüência de um processo em que as características peculiares do indivíduo, da classe ou grupo social influenciam a avaliação do objeto. Oliveira (1996, p.203) destaca ainda que a inteligência pode invocar o objeto em sua ausência, mediante a função simbólica, e, quando o objeto está presente, ela o interpreta pelas ligações mediatas elaboradas graças aos quadros conceituais de que o sujeito dispõe. Por outro lado, Oliveira e Del Rio (1996, p. x) expressam que a cognição é o processo mental mediante o qual, a partir do interesse e da necessidade, estruturamos e organizamos nossa interface com a realidade e o mundo, selecionando as informações percebidas, armazenando-as e conferindo-lhes significado. Ainda, pode-se distinguir a categoria cognitiva do espaço da de lugar, quando o local é percebido como único e carregado de significados e valores. Em relação ao lugar, Tuan (1983, p.151) destaca que o espaço em contato com o homem assume muitos significados e transforma-se em lugar à medida que adquire definição e significado. Assim o espaço percebido se transforma em lugar aos olhos do observador. Na elaboração de projetos de arquitetura, segundo Moore (1984), há necessidade de conhecer a percepção e cognição ambiental por grupos de idade, a fim de proporcionar espaços construídos acordes com as expectativas, preferência e condutas dos usuários. Tuan (1983, p.151) chama a atenção que a superfície da terra é extremamente variada, (...) mas são mais variadas as maneiras como as pessoas percebem e avaliam essa superfície. Duas pessoas não vêem a mesma realidade. Nem dois grupos sociais fazem exatamente a mesma avaliação do meio ambiente (...).Todos os seres humanos compartilham percepções comuns, um mundo comum, em virtude de possuírem órgãos similares. As pessoas podem perceber a mesma forma, textura, cor, etc. de um objeto, mas o significado que atribuem ao objeto pode ser diferente em função das características individuais, dos costumes, do sexo, da procedência, da personalidade, da renda, do temperamento, da cultura e da idade. Como conhecer a percepção e cognição das pessoas dos diversos grupos de idade?, Como a percepção e cognição das pessoas na sua relação 2

com o espaço podem subsidiar o projeto de arquitetura de educação infantil?. Tratando-se de crianças menores de sete anos, atividades realizadas com fantoches e/ou desenhos pode identificar as necessidades e preferências das crianças. Já para os adultos que trabalham nesses ambientes, como professores e funcionários podem identificar suas satisfações e insatisfações através da linguagem, questionários, entre outros. Neste contexto, o presente trabalho tem como objetivos identificar e analisar a percepção e cognição dos usuários sobre o espaço construído, com a finalidade de propor diretrizes para futuras intervenções projetuais. Para tal foi utilizado a metodologia da avaliação pós-ocupação segundo Ornstein (1992) e Elali (2002). CENTRO DE CONVIVÊNCIA INFANTIL DO CAMPUS DA UNESP DE BAURU-SP O Centro de Convivência Infantil (CCI) Gente Miúda, localizado no Campus da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), em Bauru, foi fundado em fevereiro de 1988, incorporado pela UNESP em 12 de agosto de 1988. Este CCI atende a Portaria da UNESP N 49, de 07/03/96, que aprova o Regimento dos Centros de Convivência Infantil, e tem por objetivo proporcionar a prestação de serviços necessários ao acolhimento, ao atendimento e à socialização, nos aspectos pedagógico e educacional, de crianças menores de 7 anos de idade. Desde sua fundação, esse CCI vem ocupando um local improvisado estabelecendose nas salas do Escritório Técnico da UNESP. Inicialmente, os espaços foram adequados de maneira muito precária, não comportando as condições mínimas necessárias (área, ventilação, iluminação, entre outros) para abrigar o desenvolvimento das atividades psicopegagógicas. Em 1994, foi construído o berçário, que abriga crianças de 4 meses a 2 anos. Posteriormente em 2002, diante da necessidade de ampliação de salas de atividades foi construído um novo bloco contendo 4 salas de atividades e um banheiro. Atualmente, o CCI é composto de áreas livres, que abriga um quiosque e o parquinho infantil, também e dos seguintes blocos: o berçário; a administração e sala de soninho; salas de atividades dos grupos II, III, IV e V e o bloco que contém a sala de atividades do grupo VI, além do refeitório, a cozinha, consultório odontológico e banheiros das funcionárias. (figuras 1 a 5, anexas). O CCI abriga 75 crianças, 22 funcionárias, entre quais uma supervisora e uma coordenadora, além de ainda existir uma lista de espera. A pesquisa realizada por Salcedo et al. (2004) ressalta que apesar das novas salas de atividades terem abrigado o desenvolvimento dos grupos II, III, IV e V, os grupos I e VI, ainda estão acomodados em espaços inadequados para o desenvolvimento das atividades psicopedagógicas, que exigem espaços apropriados para as mesmas. Vale ressaltar que, o CCI não possui sala de apoio técnico, vestiários e refeitório adequado para atender às funcionárias. Além disso, carece de ambientes como: área de serviço/lavanderia, despensa adequada, recepção, sanitários públicos e cozinha/lactário, entre outros. Os espaços físicos existentes apresentam problemas como insolação, ventilação, áreas insuficientes, mobiliários inadequados, entre outros. 3

Além dos problemas físicos encontrados, verifica-se ainda que os ambientes físicos do CCI não refletem a proposta pedagógicas (Construtivista) e as necessidades dos usuários. Por isso, torna-se necessário que os projetos de intervenção em ambientes de educação infantil contemplem as relações entre o ambiente e o comportamento humano (percepção e cognição ambiental), para atender as necessidades dos usuários (professores, funcionário e crianças) e identificar a satisfação e insatisfação em relação ao espaço construído. MATERIAIS E MÉTODOS Para atingir os objetivos do trabalho foram realizadas entrevistas junto às professoras e funcionárias através da aplicação de questionários e elaboradas atividades em sala de aula, junto às crianças, em que através de desenhos expressaram suas preferências e insatisfação com os espaços construídos. A definição da população para aplicação dos questionários e desenhos foi feita a partir do levantamento do número de funcionárias e crianças atendidas. Para garantir a representatividade das opiniões da população, foi considerado um nível de confiabilidade de 95,5%, e margem de erro de 10%, numa população total de 97 pessoas, 22 funcionárias e 75 crianças. Segundo Ornstein (1992, p.80), bastariam 50 pessoas para representar o universo. Contudo a população local, capaz de responder o questionário é representada apenas pelas funcionárias e professoras. Para o outro extrato da população foi realizada uma atividade junta às crianças maiores de 5 anos, que fazem parte dos grupos V e VI. Os questionários aplicados a todas as professoras e funcionárias continham questões relacionadas com o ambiente de trabalho, mais especificamente sobre o tamanho dos espaços físicos, o conforto ambiental, o mobiliário, as necessidades e as suas preferências. Os questionários e desenhos foram aplicados em março de 2004. Os questionários foram respondidos pelas funcionárias nos horários vagos, utilizando em média 30 mim e os desenhos, feitos pelas crianças, também duraram em média 30 mim. RESULTADOS E DISCUSSÕES O trabalho de campo realizado em 2004, junto às crianças, professoras e funcionárias e do CCI, evidencia subsídios importantes na identificação de espaços satisfatórios e insatisfatórios que podem contribuir para a melhoria da qualidade do espaço construído. Em relação aos desenhos elaborados pelas crianças, as Tabelas 1 e 2 apresentam uma amostra dos ambientes preferidos e os considerados insatisfatórios por crianças dos grupos V e VI. Segundo Piaget & Inhelder (2002, p.57), o desenho infantil é uma forma de função semiótica que se inscreve a meio-caminho entre o jogo simbólico, cujo mesmo prazer funcional e cuja mesma autotelia apresenta, e a imagem mental, com a qual partilha o esforço de imitação do real. Quando a criança desenha a sua preferência em relação ao 4

espaço construído, ela traz a imagem do objeto ausente já percebido, experimentado, conhecido, vivenciado. Ainda, pode-se acrescentar que a criança quando representa a sua preferência em relação ao espaço, ela desenha seus lugares, sua relação íntima e pessoal com o espaço. Segundo Tuan (1983, p. 156), os lugares íntimos são tantos quantos as ocasiões em que as pessoas verdadeiramente estabelecem contato. Como são estes lugares? São transitórios e pessoais. Podem ficar gravados no mais profundo da memória e, cada vez que são lembrados, produzem intensa satisfação. Este fato é evidenciado nos desenhos elaborados pelas crianças, em que representam as suas preferências. Como pode-se observar na Tabela 1, o parque infantil foi representado pela totalidade das crianças como o lugar, porque nesse ambiente as crianças desenvolvem a maioria das atividades lúdicas. E falar em crianças é falar em ludicidade, em espaços lúdicos convidativos, atraentes, que respondam as suas necessidades psicológicas, motoras, sociais e afetivas. Espaços lúdicos que estimulem as crianças nas suas sensações, criatividade, imaginação, aprendizado e interação. Também, pode-se observar que os desenhos apresentam elementos simbólicos como os brinquedos, a vegetação, o sol, entre outros. Ainda, pode-se ressaltar que nos desenhos a criança é representada sozinha ou interagindo com outras crianças. Em relação aos desenhos que evidenciam a insatisfação, apresentados na Tabela 2, 50% das crianças desenharam o quiosque, 33,3% representaram a sala de atividade e 16,7% o banheiro, como espaço de maior insatisfação. Observando o desenho do quiosque, pode-se apreciar o mobiliário e a cobertura. Vale ressaltar que o mobiliário existente no quiosque é inadequado tanto para os adultos, quanto mais para as crianças, talvez isto tinha criado um impacto negativo nas crianças. A insatisfação com a sala de atividade e banheiro, pode ser um protesto das crianças em virtude de não estarem utilizando as novas salas e o banheiro que foram inaugurados em fevereiro de 2004 e destinados às crianças dos outros grupos. Fato confirmado em entrevista com a Coordenadora do CCI, vigente na época. Assim, pode-se confirmar que os desenhos infantis representam as motivações, sentimentos e insatisfação com o espaço. 5

Tabela 1 Desenhos infantis de crianças do Grupo V e VI que expressam o que eles mais gostam Crianças Gostam Observações Criança 1 O desenho mostra o parque infantil, inserido em uma área com arborização, e destaca o escorregador. Criança 2 A área do parque infantil, com destaque para os brinquedos gira-gira e os balanços de pneus. Observa-se ainda a presença de árvores Criança 3 Parque infantil com seus vários balanços de pneus Criança 4 Parque infantil com a presença de uma criança entre o brinquedo gira-gira e uma árvore Criança 5 Parque infantil com a presença de árvore e escorregador. Observa-se ainda a presença do Sol. Criança 6 Parque infantil cheio de crianças brincando em vários balanços e escorregador; Criança 7 Parque infantil com balanço, escorregador e árvores 6

Tabela 2 Desenhos infantis de crianças dos grupo V e VIi que expressam o que eles menos gostam Crianças Não gostam Observações Criança 1 A criança não gosta do banheiro. De acordo com a professora, a criança não gosta de usar o banheiro velho, uma vez que existe um outro novo que é usado por crianças de outros grupos. Criança 2 O desenho mostra uma mesa com uma criança desenvolvendo uma tarefa, ou seja uma atividade realizada em sala. Criança 3 Quiosque. Criança 4 Quiosque, onde são evidenciados os bancos altos que são inadequados para as crianças. Criança 5 Quiosque Criança 6 Criança sentada junto a mesa, onde desenvolve uma atividade. Criança 7 - Não desenhou o que menos gosta Em relação as professoras e funcionárias, os questionários aplicados demonstram que na instituição trabalham vinte e duas funcionárias, sendo sete recreacionistas, sete auxiliares de recreacionistas, três auxiliares de cozinha, dois auxiliares de serviços gerais, uma secretaria, uma coordenadora e uma supervisora. A maioria (45,5%) tem entre vinte e trinta anos, e em relação ao tempo de serviço, 50,0% trabalham no local entre um e cinco anos. As questões contidas nos questionários abordam sobre as preferências, problemas, necessidades e sugestões em relação ao espaço construído no CCI. 7

Em relação ao espaço físico onde trabalha, considerando a área construída. Você considera que a área é adequada para as atividades que desenvolve?.por quê? A maioria (54,5%) considerou que a área construída no CCI não é adequada às atividades que desenvolve e 45,5% responderam que o espaço físico e satisfatório. Entre as respostas que indicam insatisfação com o espaço físico estão: cozinha pequena (50,2%), salas de atividades pequenas (16,6%), sala de estimulação do berçário pequena (16,6%) e falta de quadra esportiva (16,6%). Além disso, não se tem lavanderia e zeladoria. Pode-se dizer que as construções antigas não são adequadas para o desenvolvimento das atividades. Em relação à cozinha, a reforma realizada, em 2003, que acrescentou a coifa, os armários e a localização do fogão industrial na parte central, melhorou o desenvolvimento das atividades, porém a área do espaço físico ainda é insuficiente. Outro ambiente muito reduzido é a despensa e os produtos armazenados ficam amontoados. Por outro lado, entre as respostas que indicaram satisfação com o espaço físico estão: reforma e ampliação das salas de atividades (60,0%), salas amplas (20,0%) e áreas diversificadas para desenvolver as atividades psicopedagógicas (20,0%). Ressalta-se que as salas de atividades construídas, em 2003, são amplas. Em relação aos espaços onde você desenvolve as atividades. Você considera que são ventilados, no inverno, no verão?. As informações para o conforto térmico são resultado da percepção dos usuários. Assim, a maioria (72,8%) considera que os ambientes possuem ventilação razoável, e 13,6% consideram que são razoavelmente ventilados e outros 13,6% que não são ventilados. As salas novas são bastante ventiladas devido à disposição das janelas, que permite a circulação cruzada do ar. Outros ambientes como a sala de soninho das crianças, a cozinha, o refeitório e a sala do Grupo VI, que estão nas antigas instalações, foram considerados abafados devido a falta de ventilação cruzada e devido a distribuição inadequada das mesmas. A maioria das respostas (81,8%) indica que os ambientes são frios no inverno. Isto pode ser explicado porque a implantação dos prédios é dispersa, fato que possibilita a grande exposição aos ventos. Além disso, a circulação entre eles é feita através de espaços abertos, expondo constantemente os ambientes as correntes de ar frio. Por outro lado, 81,8% das entrevistadas disseram que os ambientes são quentes no verão, exceto as novas salas de atividade. Elas atribuem essa falta de conforto, na construção antiga, a péssima disposição das janelas, devido cobertura, que é de telha de cimento amianto, que tem grande capacidade de armazenar calor. O mobiliário é adequado aos usuários considerando todas as atividades que precisam? Uma minoria (36,4%) das funcionárias disse ser suficiente. A maioria (63,6%) das funcionárias respondeu que o mobiliário existente é inadequado para desenvolver as atividades. Assim, entre essas respostas estão: 55,6% indicaram a ausência de mobiliário apropriado para os adultos, tanto nas salas de atividade como no refeitório, resultando na utilização dos mobiliários das crianças durante toda a permanência no local; 22,2%, expressaram não haver mobiliário adequado para as crianças na sala de TV; 11,1% 8

responderam falta de mobiliário adequado para as crianças no berçário, e outras 11,1% disseram que o mobiliário nas salas de atividades é inadequado e as mesas são muito grandes. As mesas hexagonais, com diâmetro de 1,60 m, não permitem arranjos diferenciados, que possibilitem a formação de pequenos grupos, para o desenvolvimento das atividades psicopedagógicas. Elas sugerem mesas individuais com possibilidades de integração para formar grupos diferenciados. Existe interferência de ruído de seu ambiente de trabalho com outros espaços?. Só 27,3% das entrevistadas disseram que não há interferência de ruído. A maioria das respostas (72,7%) indica haver interferência de ruído no seu ambiente de trabalho, principalmente quando se corta a grama e durante as constantes reformas nos antigos prédios, além da grande interferência da construção das salas novas, no segundo semestre de 2003. Em relação à área externa. Você considera que a área é adequada para as atividades que desenvolve? A maioria das respostas (72,7%) indica que a área externa é adequada para o desenvolvimento das atividades, uma vez que é ampla e sombreada. Já a minoria das entrevistadas (27,3%) disse que os equipamentos da área externa são insuficientes, pois falta uma quadra esportiva coberta (33,3%), falta uma piscina (33,3%) e um tanque de areia (33,4%). Quais são os principais problemas relacionados ao espaço físico como um todo? As respostas indicaram como principais problemas no espaço físico: a falta de ventilação (20,0%), a falta de ambientes para a refeição, planejamento de atividades e descanso para as funcionárias (20,0%), a falta de mobiliário adequado para os adultos (18,0%), a falta de iluminação (10,0%), a falta de mobiliário adequado para as crianças (8,0%), interferência de ruídos (8,0%), o refeitório das crianças é pequeno (6,0%), falta de uma adequada sala de sono para as crianças (2,0%), interferência de ruídos externos (2,0%), além de péssima localização dos banheiros das funcionárias (2,0%), falta de uma lavanderia (2,0%) e falta de uma sala de televisão e vídeo para as crianças (2,0%). A falta de ventilação foi verificada nas construções antigas, onde a disposição das janelas não possibilita uma ventilação cruzada. Outro problema importante é a falta de espaços próprios para as atividades das educadoras e demais funcionárias. A maioria das funcionárias permanece o dia todo no CCI, e o horário de trabalho inicia às 8h e finaliza as 18h, tendo um intervalo de almoço das 12 as 14 horas, e não possuem um lugar adequado para almoçar e descançar. Além disso, não existe um ambiente próprio para o planejamento das atividades psicopedagógicas. Por outro lado, o mobiliário das salas de atividade e da sala de múltiplo uso são inadequados pois não são proporcionais ao tamanho das crianças. 9

Que lugar considera mais agradável no CCI? A maioria das respostas (66,7%) indicou a área externa (o parque), por que é bonito, arborizado, amplo e as crianças amam este lugar ; 11,2%, o quiosque, as salas novas, o berçário e a sala de leitura, foram citados em 5,5% das respostas respectivamente. O parque concentra uma grande diversidade de brinquedos ao ar livre, o que possibilita o lazer e aprendizado das crianças. Outros lugares agradáveis identificados foram às salas novas, por serem ventiladas, além do berçário, pelo prazer de conviver com crianças pequenas. Qual lugar você considera mais desagradável? Em relação ao lugar mais desagradável, a maioria (54,5%) respondeu não haver. Entretanto, 45,5% das respostas indicaram como lugar desagradável, o refeitório das crianças, por ser um lugar pequeno, com ventilação e iluminação precárias. Além disso, sua localização, próxima a sala do grupo VI, do banheiro das crianças e dos adultos, torna esse ambiente um espaço de circulação. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES A pesquisa no Centro de Convivência Infantil da UNESP de Bauru, serviu para identificar as expectativas, preferências, necessidades dos usuários na sua relação com o espaço construído. Tais aspectos servirão para subsidiar futuras intervenções projetuais no local, seja no que se refere ao espaço físico, remanejamento dos espaços internos, aquisição de mobiliário, entre outros. No ambiente construído estudado, verificou-se que os espaços livres de edificações, como o parquinho, são os preferidos pelas crianças, pois constitui o lugar onde são desenvolvidas atividades lúdicas, que estimulam o desenvolvimento psico-motor infantil, além de ser um ambiente arejado e sombreado, que favorece o convívio das crianças ao ar livre. Quanto aos espaços internos observou-se que apesar da recente ampliação, a área total ainda é insuficiente para comportar todo o mobiliário, comprometendo o espaço de circulação das funcionárias e das crianças, fato que justifica a insatisfação dos usuários. Além deste comprometimento na parte funcional das mesmas, muitos ambientes das construções antigas carecem de condições adequadas de conforto ambiental, como ventilação cruzada, iluminação natural e interferência de ruídos de outros ambientes, o que evidencia o desconforto para a realização das atividades e conseqüentemente insatisfação dos usuários. Outro aspecto negativo, identificado, diz respeito à quantidade e qualidade do mobiliário para as várias faixas de idade das crianças e dos adultos. Os mesmos móveis são utilizados por crianças de 1 a 7 anos de idade. Quanto às funcionárias, vale ressaltar que, inexiste mobiliário para as mesmas, exceto na secretaria. Essa constatação também reflete grande insatisfação dos mesmos. 10

Com base nos resultados sobre a percepção e cognição ambiental, pode-se concluir a importância desses estudos na elaboração das propostas projetuais que satisfaçam as reais necessidades, expectativas e preferências dos diferentes estratos dos usuários, que levem a melhorar a qualidade dos espaços construídos. Para isso considera-se prioritário preservar e valorizar as preferências dos usuários, especificamente o parquinho e as salas novas. Em relação aos espaços insatisfatórios, torna-se essencial reformar as construções antigas, em função das atividades a serem realizadas e da melhoria do conforto ambiental. Além disso, também é prioritário a ampliação do refeitório, da cozinha, sala de atividades do berçário e a construção de duas salas de atividades para abrigar os Grupos II e VI, bem como a sala de atividades das professoras, sala de televisão e vídeo e área de lavanderia. As sugestões apresentadas reforçam as idéias de Moore (1984, p.71), que destaca que o propósito central da arquitetura é reorganizar os ambientes de forma a remover os aspectos negativos e reprojetá-los de maneira a remover as causas de desajustes deixando intactos os ajustes. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CENTRO DE CONVIVÊNCIA INFANTIL GENTE MIUDA. Projeto Pedagógico. Bauru: UNESP, 2003. ELALI, Gleice Azambuja. Ambientes para educação infantil: um quebra cabeça?. Contribuição metodológica na avaliação pós-ocupação de edificações e na elaboração de diretrizes para projetos arquitetônicos na área. São Paulo: Tese (Doutorado na FAU-USP), 2002. MOORE, Gary T. Estudos de Comportamento Ambiental. In: SNYDER, James C. e CATANESE, Anthony. Introdução à arquitetura. Rio de Janeiro: Campus, 1984. OLIVEIRA, Lívia de. Percepção e Representação do Espaço Geográfico. In: Percepção ambiental. São Paulo: Studio Nobel e Editora UFSCar, São Carlos, 1996. ORNSTEIN, Sheila. Avaliação Pós-Ocupação (APO) do ambiente construído/sheila Ornstein, Marcelo Romero (colaboradores). São Paulo: Studio Nobel Editora da Universidade de São Paulo, 1992. PIAGET, Jean e INHELDER, Bärbel. A Psicologia da Criança. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2002. RIO, Vicente del & OLIVEIRA, Lívia de. Percepção ambiental. São Paulo: Studio Nobel e Editora UFSCar, São Carlos, 1996. SALCEDO, Rosío F. B.; FONTES, M. S. G. de C.; SILVA, C. R.; SILQUEIRA, H. A.; NIRSCHL, A; ARAUJO, P. C. Avaliação Pós-Ocupação no Centro de Convivência Infantil do Campus da UNESP de Bauru-SP. In: I Conferência Latino-Americana de Construção Sustentável- 11

clacs e 10 Encontro Nacional de Tecnologia do Ambiente Construído- ENTAC. São Paulo: Anais do Encontro, 2004, CD-ROOM. TUAN, Yi-Fu. Espaço e Lugar (1983), Ed. Difel S.A., São Paulo. 12

Figura 1: Implantação Figura 2: Prédio do berçário 13

Figura 3: Prédio I: Administração, secretaria, lactário e sala de soninho. Figura 4: Prédio II: refeitório, cozinha, consultório odontológico, banheiros e sala de atividades do Grupo VI.

-15- Figura 5: Prédio novo: Salas de atividades dos Grupos II, III, IV e V e banheiro. Simpósio Nacional sobre Geografia, Percepção e Cognição do Meio Ambiente Londrina 2005