CORREÇÃO MONETÁRIA. Prof. M. Sc. Jarbas Thaunahy Santos de Almeida



Documentos relacionados
O QUE DEVO SABER PARA CONTRATAR O MEU FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO?

O que devo saber para contratar meu Financiamento Habitacional

captação de recursos empréstimos financiamento.

Juros Simples.

( C ou VP ) Capital ou Valor Presente é o valor aplicado através de alguma operação financeira.

REGIME DE CAPTALIZAÇÃO COMPOSTA

UNIVERSIDADE DE SANTO AMARO MERCADO DE CAPITAIS PRINCIPAIS PRODUTOS BANCARIOS Prof. Esp. Tomás de Aquino Salomão

Elementos de Análise Financeira Matemática Financeira e Inflação Profa. Patricia Maria Bortolon

Renda Fixa Privada Certificado de Recebíveis Imobiliários CRI. Certificado de Recebíveis Imobiliários - CRI

RESOLUÇÃO Nº R E S O L V E U:

Matemática Financeira - Vinícius Werneck, professor do QConcursos.com

EMPRÉSTIMOS. Nos financiamentos a longo prazo o devedor ou mutuário tem também três modalidades para resgatar sua dívida:

Perguntas e Respostas Alteração no rendimento da caderneta de poupança. 1) Por que o governo decidiu mudar as regras da caderneta de poupança?

JUROS E TAXAS INTRODUÇÃO

Matemática. Aula: 04/10. Prof. Pedro Souza. Visite o Portal dos Concursos Públicos

Elementos de Análise Financeira Juros Compostos Profa. Patricia Maria Bortolon

a) Buscar informações no site da Caixa Econômica Federal, ou

Prof. Luiz Felix. Unidade II MATEMÁTICA FINANCEIRA

Imediatas: parcelas pagas em 30, 60 e 90 dias Antecipadas: sendo a primeira parcela paga no ato

AMORTIZAÇÃO E EMPRÉSTIMOS

Matemática Financeira. Aula 03 Taxa Real de Juros

Componente Curricular: Matemática Financeira Professor: Jarbas Thaunahy

Componente Curricular: Matemática Financeira Professor: Jarbas Thaunahy

Matemática Financeira

REGULAMENTO A CONCESSÃO E MANUTENÇÃO DE EMPRÉSTIMO SIMPLES AOS PARTICIPANTES E ASSISTIDOS DO PLANO BENEFÍCIO PREV-RENDA.

Exemplos de Preenchimento dos Atributos relativos ao Fluxo Financeiro (caráter meramente exemplificativo)

OPERAÇÕES FINANCEIRAS DE CURTO PRAZO - PARTE I

ENTENDENDO COMO FUNCIONA A RENDA FIXA. Renda Fixa Plano B 124,0 % 10,0 % Renda Fixa Plano C 110,0 % 9,1 % Selic 71,0 % 6,5 %

COMO CRIAR UM PLANO DE AMORTIZAÇÃO

Caderneta de Poupança

MATEMÁTICA FINANCEIRA

REGIUS SOCIEDADE CIVIL DE PREVIDÊNCIA PRIVADA. Regulamento de Empréstimos Plano CV- 03

prestação. Resp. $93.750,00 e $5.625,00.

Curso Preparatório CPA20

Lista de exercício nº 4* Fluxos de caixa não uniformes, inflação, juros reais e nominais

EXERCÍCIOS PROF. SÉRGIO ALTENFELDER

2) Um equipamento de valor R$ 640,00 tem aumento de 15%. Qual o valor do novo preço?

Conceitos Básicos 09/10/2015. Módulo IV Capitalização Composta. CAPITALIZAÇÃO COMPOSTA Montante e Juro Fórmulas Derivadas

OPERAÇÕES FINANCEIRAS DE CURTO PRAZO - PARTE II

2. (ANEEL 2004 ESAF) A

Lista de Exercícios 1

Lista de Exercícios para a Prova Substitutiva de Matemática Financeira Parfor Matemática

Cartilha de Poupança

SISTEMAS DE AMORTIZAÇÃO

Impactos do Plano Verão para as instituições financeiras

Capítulo 6 Série Uniforme Prestações Iguais

COMISSÃO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR N o 76, DE I RELATÓRIO

SISTEMAS DE AMORTIZAÇÃO SISTEMA DE AMORTIZAÇÃO CONSTANTE - SAC SISTEMA DE AMORTIZAÇÃO CONSTANTE - SAC SISTEMA DE AMORTIZAÇÃO AMERICANO

REGIUS SOCIEDADE CIVIL DE PREVIDÊNCIA PRIVADA REGULAMENTO DO PROGRAMA DE EMPRÉSTIMO PESSOAL PERMANENTE PLANO DE BENEFÍCIOS 03

RESOLUÇÃO Nº 1980 R E S O L V E U:

Prof. Diogo Miranda. Matemática Financeira

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTO

Pra que serve a Matemática Financeira? AVALIAÇÃO DE PROJETOS DE INVESTIMENTOS MATEMÁTICA FINANCEIRA 20/01/2016. Danillo Tourinho Sancho da Silva, MSc

UFSC CFM DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA MTM 5152 MATEMÁTICA FINACEIRA II PROF. FERNANDO GUERRA. LISTA DE EXERCÍCIOS SISTEMAS DE AMORTIZAÇÃO DE EMPRÉSTIMOS

Os juros podem ser capitalizados segundo dois regimes: simples ou compostos.

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA MATEMÁTICA FINANCEIRA MAT 191 PROFESSORES: ENALDO VERGASTA, GLÓRIA MÁRCIA, JODÁLIA ARLEGO

Alterações na Poupança

Mercado Financeiro e de Capitais Prof. Cleber Rentroia MBA em Finanças e Banking

Prof. Eugênio Carlos Stieler

CIÊNCIAS CONTÁBEIS MATEMATICA FINANCEIRA JUROS SIMPLES

Elementos de Análise Financeira Matemática Financeira e Empréstimos para Capital de Giro

CAIXA ECONOMICA FEDERAL

Aula 08 Matemática Financeira. Amortização de Empréstimos

Introdução à matemática nanceira


Semana Nacional de Educação Financeira Tema. Opções de investimentos em um cenário de juros em elevação

Matemática Financeira

REGULAMENTO PARA CONCESSÃO DE EMPRÉSTIMO SIMPLES - CV

GABARITO DOS EXERCÍCIOS

Prof. Dr. João Muccillo Netto

Conhecimentos Bancários. Item Caderneta de Poupança

Matemática Financeira Aplicada

Capítulo 10 Fluxos de Caixa e Inflação

Cédula de Crédito Imobiliário - CCI

Aplicações Financeiras

CENT RO DE CI ÊNCI AS S O CI AIS E APLI CADAS - CCS A

CIRCULAR Nº 523. Documento normativo revogado pela Resolução 619, de 29/05/1980, a partir de 16/06/1980.

Matemática Régis Cortes JURO SIMPLES


MERCADO FINANCEIRO E DE CAPITAIS MÓDULO 7 POLÍTICA CAMBIAL

ANÁLISE 2 APLICAÇÕES FINANCEIRAS EM 7 ANOS: QUEM GANHOU E QUEM PERDEU?

Preçário BANCO PRIVADO ATLANTICO. Instituição Financeira Bancária TABELA DE TAXAS DE JURO. Data de Entrada em vigor: 8 de Janeiro 2015

INTRODUÇÃO À MATEMÁTICA FINANCEIRA

Dispõe sobre o Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou relativas a Títulos ou Valores Mobiliários (IOF).

Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium. Séries Uniformes de Pagamento

Introdução: Mercado Financeiro

1. (TTN ESAF) Um capital de R$ ,00, aplicado a 22% ao ano, rendeu R$ 880,00 de juros. Durante quanto tempo esteve empregado?

REGULAMENTO DE EMPRÉSTIMO A PARTICIPANTE DO PLANO DE BENEFICIO CEBPREV.

Título : B2 Matemática Financeira. Conteúdo :

MATEMÁTICA FINANCEIRA - ADMINISTRAÇÃO

ECONOMIA. Profa. Juliane Ganem Site: julianematematica.webnode.com

CUSTO JURÍDICO NO CRÉDITO IMOBILIÁRIO JUL/2002

Capitalização Composta


ADM020 Matemática Financeira

Mercado de Câmbio. Mercado de câmbio é a denominação para o mercado de troca de moedas.

GLOSSÁRIO DE MATEMÁTICA FINANCEIRA Com conceitos dispostos aproximadamente na ordem em que são apresentados na disciplina TT 007 Economia de

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA CAMPUS DOM PEDRITO CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM AGRONEGÓCIO

PROFESSOR: SEBASTIÃO GERALDO BARBOSA

Transcrição:

CORREÇÃO MONETÁRIA 1 Prof. M. Sc. Jarbas Thaunahy Santos de Almeida

Roteiro 2

Roteiro 3

Introdução 4

Introdução 5

Introdução 1. Em maio de 2008, João emprestou R$ 20.000,00 a Pedro, à taxa de juros compostos de 2,15% a.m., pelo prazo de 1 ano; tendo sido acordado que haveria correção monetária de acordo com a variação do IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado). Considere que o valor do IGP-M, em maio de 2008, era I 0 = 392,592, passando a ser I 1 = 406,885 em maio de 2009. Qual o valor corrente que João deve receber? 6

Introdução HP 12C M = C(1 + i) t M = 20000(1 + 0,0215) 12 M = R$ 25.816,09 [f] [CLx] [f] [2] 20000 [CHS] [PV] 2,15 [i] 12 [n] [FV] I = 406,885/392,592 I = 3,64% M = 25816,08 x (1 + 0,0364) M = R$ 26.755,96 HP 12C [f] [CLx] [f] [2] 406,885 [ENTER] 392,592 [ ] 25816,08 [x] 7

Investimentos com cláusulas de correção monetária Cálculos a juros simples n I n [ (1 I k k 1 )] 1 M M C( i. t I) C( 1 i. t)(1 I) 8

Investimentos com cláusulas de correção monetária 2. Seja o investimento de um capital de R$ 10.000,00, pelo prazo de 5 anos e à taxa de juros simples de 3% a.m., com cláusula de correção monetária de acordo com a variação de um dado indexador. Supondo que I 0 = 120,50 tenha sido o valor do indexador considerado, na data de investimento, e que seu valor ao final do prazo de investimento seja I 5 = 383,22, determinar o valor de resgate, se: a) Tiver sido estipulado que somente o principal seja monetariamente corrigido; b) Tiver sido estipulado que tanto o principal como os juros sejam monetariamente corrigidos. 9

Investimentos com cláusulas de correção monetária a) Tiver sido estipulado que somente o principal seja monetariamente corrigido M C( i. t I) (0,36.5 M 10000 M R$39.802,49 2,180249) 10

Investimentos com cláusulas de correção monetária b) Tiver sido estipulado que tanto o principal como os juros sejam monetariamente corrigidos. M C( 1 i. t)(1 I) M 10000(1 0,36.5)(1 M R$89.046,97 2,180249) 11

Investimentos com cláusulas de correção monetária Cálculos a juros compostos M C[( 1 i) n I] M n C( 1 i).(1 I) 12

Investimentos com cláusulas de correção monetária 3. Se no exemplo anterior, a taxa for de 1,8% a.m., a juros compostos, pede-se: a) Determinar o valor de resgate, se tiver sido estipulado que somente o principal seja monetariamente corrigido. b) Determinar o valor de resgate, se tiver sido estipulado que tanto o principal como os juros sejam monetariamente corrigidos. 13

Investimentos com cláusulas de correção monetária a) Determinar o valor de resgate, se tiver sido estipulado que somente o principal seja monetariamente corrigido. M C[( 1 i) n I] M 10000[(1 0,018) M R$50.967,81 60 2,180249] 14

Investimentos com cláusulas de correção monetária b) Determinar o valor de resgate, se tiver sido estipulado que tanto o principal como os juros sejam monetariamente corrigidos. n M C( 1 i).(1 I) M 10000(1 0,018) M R$92.752,96 60.(1 2,180249) 15

Aplicações em Cadernetas de poupança Uma das modalidades de investimento mais populares em nosso mercado de capitais, não só por permitir a aplicação de pequenos valores, mas, também, por terem os rendimentos isentos de tributação. Utiliza a TR (Taxa Referencial), como indexador, desde janeiro de 1991 (Plano Collor II). Taxa nominal de 6% a.a., ou 0,5% a.m. Recentemente, pela medida provisória nº 567, de 03 de maio de 2012, a remuneração das cadernetas de poupança sofreu uma alteração para depósitos a partir de 04 de maio de 2012. 16

Aplicações em Cadernetas de poupança S k ( 1 ). TR i 1. Sk 100 1 17

Empréstimos com cláusulas de correção monetária Planos de correção uniforme Para simplificar a análise, consideraremos o caso de um empréstimo que deva ser resgatado pelo sistema francês, na hipótese em que a correção monetária seja efetuada na data de vencimento de cada prestação. 18

Empréstimos com cláusulas de correção monetária 4. Seja um empréstimo de R$ 200.000,00, contratado à taxa de juros compostos de 10% a.a. e pelo prazo de 5 anos, que deva ser resgatado de acordo com o sistema francês em 5 pagamentos anuais. Supondo que ao longo dos 5 anos considerados, as taxas anuais de inflação, como medidas pela variação de um certo índice de preços, tomado como indexador para fins de correção monetária, sejam as abaixo especificadas Período 1 5%; Período 2 6%; Período 3 7%; Período 4 5%; Período 5 6%. Monte o quadro de amortização do empréstimo não considerando e considerando a correção monetária. 19

Empréstimos com cláusulas de correção monetária 20

Empréstimos com cláusulas de correção monetária R = (1 + I).R = (1+0,05).52759,50 = R$ 55397,47 A = 1,05 x 32759,50 = R$ 34.397,47 J = 1,05 x 20000 = R$ 21.000,00 M = 200000 x 1,05 x 1,1 = R$ 231.000,00 SD = 231000 55397,47 = R$ 175.602,53 21

Empréstimos com cláusulas de correção monetária Planos de correção não uniforme Tal tipo de prática é financeiramente inconsistente. Isto é, é um plano de correção monetária em que, regra geral, a dívida não é quitada quando do pagamento da última prestação contratual. 22

O esquema da Taxa flutuante de juros Uma esquema alternativo de indexação dos contratos é o chamado de taxa flutuante de juros. Tal sistema, que é muito comum em transações internacionais e que, aqui entre nós, tem sido empregado, com algumas peculiaridades, para financiamentos habitacionais no âmbito do SFH, consiste em estabelecer que o valor nominal da taxa de juros pactuada seja periodicamente atualizado. 23

Empréstimos internacionais Leva em conta os tributos incidentes sobre transações com moeda estrangeira. O que deve ser ressaltado aqui é o risco cambial enfrentado pelo tomador do empréstimo, no Brasil, de um empréstimo no exterior. Isto fica bastante evidente quando se comparam as taxas efetivas de juros, respectivamente implícitas no empréstimo denominado em US$, e em sua conversão para R$. 24

Empréstimos no Sistema Financeiro de Habitação No chamado Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), que é regulado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), temos tanto operações de captação de poupança, através das cadernetas de poupança e das letras imobiliárias, como operações de financiamento. Em particular, financiamentos imobiliários, que se enquadrem dentro de certos limites, que são periodicamente alterados pelo CMN, podem ser levantados segundo as regras do que se denomina Sistema Financeiro de Habitação (SFH). Em linhas gerais, a CEF utiliza o SAC, sendo que além das prestações de amortizações e juros, são cobrados prêmios de seguro (MIP Morte e Invalidez Permanente e DIF Danos Físicos do Imóvel) e taxa de administração. 25

Empréstimos no Sistema Financeiro de Habitação O atual sistema de indexação tem como indexador a taxa referencial de juros (TR); sendo que os saldos devedores, amortizações, juros e seguros são atualizados mensalmente. 26