Suplementação estratégica: recria e terminação em pastagem Ricardo Andrade Reis UNESP-Jaboticabal
Introdução Manejo Suplementação nas águas Suplementação na seca Considerações finais
DESAFIOS
DESAFIOS Impactos ambientais
DESAFIOS Impactos ambientais
DESAFIOS Impactos ambientais
Introdução Manejo Suplementação nas águas Suplementação na seca Considerações finais
- Hipótese: manejo de pasto tropical segundo a IL 95% - Alta proporção de folhas no pasto; - Alta quantidade de PB e de N solúvel; - Baixos conteúdos de fibra indigestível; - Alto consumo de nutrientes digestíveis; - Alto ganho por animal e por área; - Baixa degradação dos pastos = oferta x demanda
Composição química de capim- marandu, em função das alturas do dossel, no período das águas Variáveis Altura do dossel (cm) CV 15 25 35 % PB (% MS) 15,7 a 15,7 a 14,3 b 11,5 A (% PB) 47,2 46,1 51,0 18,2 B1+B2 (% PB) 24,7 28,8 25,4 30,5 B3 (% PB) 22,9 19,6 19,2 30,5 C (% PB) 5,2 5,5 4,4 42,1 g PB/kg MOD 203 ab 212 a 182 b 6,9 Fonte: Casagrande, 2010
Composição química de Brachiaria brizantha cv. Marandu manejado em diferentes alturas de manejo na recria de novilhos de corte (Águas 2011/2012) Variáveis 1 Altura do dossel (cm) Meses 15 25 35 Janeiro Fevereiro Março Abril MM (% MS) 8.90 9.02 8.66 8.49 9.25 8.72 9.11 EE (% MS) 1.80 1.98 2.00 1.87 1.66 2.10 1.90 PB (% MS) 16.94 15.74 15.33 14.00 14.92 17.60 15.89 B3 (% N) 26.10 28.18 29,20 29.27 26.26 27.11 29.37 C (% N) 12.16 11.75 11.80 12.64 9.79 11.84 13.42 FDNcp (% MS) 52.71 53.65 55.60 51.49 56.23 53.64 54.92 FDNpd (% MS) 45.62 46.86 48.09 45.01 45.80 48.66 46.17 FDNi (% MS) 14.85 14.07 14.80 13.32 16.84 12.91 16.89 Lignina (% MS) 3.22 3.39 3.10 2.75 3.51 3.21 3.50 CNF (% MS) 19.65 19.62 18.41 24.15 17.95 17.93 18.18 NDT (% MS) 61.00 60.56 60.98 62.77 59.45 61.11 59.79 Barbero, 2013
Introdução Manejo Suplementação nas águas Suplementação na seca Considerações finais
Suplementação: Período das águas
Resposta de bovinos a diferentes tipos de suplementos em função da característica dos pastos. Massa de forragem B Nível baixo (B) ou alto (A) Fibra B A B A Proteína B A B A B A B A Energia + + ++ ++ + ++ + + Proteína + 0 + + +++ + ++ + NNP + 0 0 0 ++ 0 + 0 A Siebbert & Hunter, 1982
Proteína metabolizável
Águas 2007 / 2008 3 Alturas 15, 25 e 35 cm 3 Suplementos Suplem. Mineral Suplem. Protéico-PDR (F. Algodão) Suplem. Protéico-PNDR (Glutenose) (isoprotéicos e isoenergéticos) PB=26% NDT=82% Casagrande, 2009
800 Sal Mineral GMD (g/dia) 600 400 y = 15,183x + 77,094 R 2 = 0,868 Suplemento y = -0,5097x 2 + 35,311x + 124,53 R 2 = 0,9198 200 5 15 25 35 Altura do dossel (cm) Ganho de peso de novilhas nelore nos pastos de capim marandu manejados em lotação continua em três alturas e suplementadas com diferentes fontes de proteína no período das águas. Casagrande et al (2009)
Águas 2008 / 2009 3 Alturas 15, 25 e 35 cm 3 Suplementos Suplem. Mineral Suplem. Protéico (PB=25%) (NDT=90%) Suplem. Energético (PB=13%) (NDT=90%) Vieira, et al., 2016
Ganho de peso kg/dia de novilhas em diferentes alturas de pasto e tipos de suplementação (águas 2010/2011) Vieira, et al., 2016
Águas de 2010 / 2011 Fontes de energia: Amilácea X Fibra solúvel 3 Alturas 15, 25 e 35 cm 3 Suplementos Mistura Mineral SPE Milho e Farelo de Algodão (PB=18%) SPE Polpa Cítrica e F. de algodão(pb=18%) Oliveira, 2011
Ganho de peso kg/dia de novilhos em diferentes altura de pasto e tipos de suplementação (águas 2010/2011) Oliveira, 2011
Águas de 2012 / 2013 Níveis de Suplementação Tipo do suplemento ------------------------Altura (cm)--------------------- 15 25 35 Recria nas águas e transição águas/seca Mistura Mineral X X Múltiplo: 0,3% do PC X X X Múltiplo: 0,6% do PC X Barbero et al., 2015, 2017
GMD (kg/dia) Recria: Altura de pastejo X dose de suplemento 1,24 1,2 1,16 1,12 1,08 1,04 1 1,11 1,08 1,15 1,15 1,13 1,2 15 25 35 Altura do pasto (cm) 15 cm + 0,6% PC; 25 cm + 0,3% PC e 35 cm + sal 15; 25 e 35 cm + suplemento (0,3% PC) Barbero et al. 2015
Águas de 2013 / 2014 Níveis de Suplementação Recria durante o período das águas Tipo do suplemento Mistura Mineral -------------------Altura (cm)--------------------- 15 25 35 X Proteinado: 0,1% do PC X X Múltiplo: 0,3% do PC X X Múltiplo: 0,6% do PC X Adaptado de KOSCHECK (2013)
Kg/animal/dia Ganho individual de PC 1,000 0,900 0,800 0,700 0,600 0,500 0,400 0,300 15 0,3 15 0,6 25 0,1 25 0,3 35 sal 35 0,1 Tratamentos Adaptado de KOSCHECK (2013)
Rendimento de carcaça % PC Série1 54,35 53,09 52,93 52,89 50,78 51,37 15 0,3 15 0,6 25 0,1 25 0,3 35 sal 35 0,1 Adaptado de KOSCHECK (2013)
Período e objetivo: Projeto temático Período: Dez. 2015 a Nov. 2021. Avaliar a eficiência da adubação nitrogenada e o uso de suplementação estratégica em sistemas de produção de bovino de corte em pastagem: - Impactos ambientais (emissão de CH 4, N 2 O e CO 2. Dinâmica de C do solo); - Produtividade (pasto e animal); - Eficiência econômica.
Desempenho de tourinho nelores em pastejo + suplemento. Tratamento Item Farelo algodão 50% DDGs 100% DDGs EPM P value Mineral Verão 2015 Inicial (kg) 334 351 344 352 15,3 0.634 Final (kg) 410 439 431 449 13,5 0.195 GMD (kg/ dia) 0.90 b 1.04 ab 1.04 ab 1.15 a 0,07 0.004 TL (UA ha -1 ) 6.21 6.07 5.80 6.00 0,27 0.747 Ganho/ ha (kg ha -1 dia) 6.55 b 8.37 a 7.45 ab 8.25 a 0,38 0.018 Verão 2016 Inicial (kg) 253 254 255 257 - - Final (kg) 340 b 370 a 368 a 374 a 11,37 0.03 GMD (kg/ dia) 0.83 b 1.10 a 1.09 a 1.08 ª 0,04 <.0001 TL (UA ha -1 ) 5.55 5.83 5.76 5.78 0.29 0.794 Ganho/ha (kg ha -1 dia) 6.33 b 8.27 a 7.97 a 8.28 a 0.58 0.028 Altura de pastejo 25 cm, pastejo contínuo com taxa de lotação variável. Adubação: 180 kg N/ha, Suplementação 0.3% PC Reis et al. 2017, dados não publicados
Desempenho de novilhos em pastos de capim marandu suplementado com mistura mineral ou suplementos proteicos energéticos. Verão 2017 Tratamentos GMD (kg/dia) GMD/ha (kg/dia/ha) TL (UA/ha) Mineral 0,85 7.48 5.37 Soja + milho 0,91 8.67 5.77 Milho 0,96 9.31 5.92 DDGS 0,92 9.20 5.77 Altura de pastejo 25 cm, pastejo contínuo com taxa de lotação variável. Adubação: 180 kg N/ha, Suplementação 0.3% PC Ferrari, 2017, dados não publicados
Eficiência zootécnica da associação entre a adubação e suplementação (0,3%PC) e sal mineral, sobre o GMD de tourinhos nelore recriados em pastagens de capim marandu na estação chuvosa. 180 kg n/ha/ano + 0,3%PC Doses N/ha/ano + Mineral Fonte: Dados não publicados Delevatti (2015, 2016, 2017); Ferrari (2017) e Romanzini et al. (2017).
Efeitos das pasto e da suplementaçao sobre a emissão de metano de tourinhos nelore recriados no período das águas Item Alturas (cm) SEM Effect 15 25 35 CH 4 (g/animal/dia) 129 132 123 9.83 Ns CH4 (g/kg PC ganho) 119 115 101 5.50 Ns (Adapted, Barbero et al., 2015) Item Alturas (cm) SEM 15 0.6 % PC 25 0.3 % PC 35-Sal mineral CH 4 (g/animal/dia) 115c 132b 190a 11.6 CH4 (g/kg PC ganho) 103c 115b 168a 10.1 Barbero et al, 2015, 2017
Introdução Manejo Suplementação nas águas Suplementação na seca Considerações finais
Águas Águas jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
Resposta de bovinos a diferentes tipos de suplementos em função da característica dos pastos. Massa de forragem B Nível baixo (B) ou alto (A) Fibra B A B A Proteína B A B A B A B A Energia + + ++ ++ + ++ + + Proteína + 0 + + +++ + ++ + NNP + 0 0 0 ++ 0 + 0 A Siebbert & Hunter, 1982
Período seco Acúmulo forragem 1 a Etapa Correção nutrientes limitantes 2 a Etapa Atender a exigência para o desempenho almejado 3 a Etapa Diferimento correto Corrigir PB Níveis de suplemento
Ganho de peso de tourinhos nelore terminados em pasto de capim marandu ou confinamento (Inclusão de DDGs). Seca 2016. Item DDGS F Algodão 50% 100% SEM P-valor Pasto 1,5 %PC suplemento Inicial PC (kg) 404 408 408 10,49 0,96 Final PC (kg) 499 507 505 13,49 0,91 GMD (kg/dia) 0,970 1,013 0,991 0,047 0,82 Confinamento 70% concentrado 30% silagem Item DDGS F Algodão 50% 100% SEM P-valor Inicial PC (kg) 412 411 403 11,85 0,86 Final PC (kg) 567 576 554 16,38 0,63 GMD (kg/dia) 1,551 1,655 1,507 0,076 0,38 Hoffmann, 2016 Dados não publicados
Pesos, inicial e final (kg) e ganhos de peso diário (kg/dia) de tourinhos nelore terminados em pasto de capim marandu ou em confinamento, dietas com 40% DDGs na MS. Seca 2017. Pasto 1,8 % PC suplemento Historico da recria Peso inicial Peso Final GMD Sal 371 483 1,193 Soja + milho moido 392 485 0,943 Milho moido 387 502 1,166 100% DDG 388 492 1,046 Confinamento 70% concentrado 30% silagem Historico da recria Peso inicial Peso Final GMD Sal 379 513 1,381 Soja + milho moido 393 536 1,473 Milho moido 387 527 1,448 100% DDG 388 521 1,375 Ferrari, 2017, dados não publicados
Ganho de Peso, Pasto x Convencional 2 1,5 1 0,5 0 1,25 0,99 GMD, kg 1,78 1,25 ANGUS SI NELORE SI ANGUS I NELORE I Pasto Convencional (Dallantonia, dados não publicados)
@ s/ha produzidas na recria... @ s produzidas na terminação... 30 20 10 0 Produtividade, @/ha 8,78 7,3 24,4 20,54 150 100 50 0 Produção @ 76 60,6 130 92,8 ANGUS SI NELORE SI ANGUS I NELORE I SI- 1,8 UA/ha, I- 4,5 UA/ha (Dallantonia, dados não publicados)
Introdução Manejo Suplementação nas águas Suplementação na seca Considerações finais
O manejo do pastejo, resulta em forragem de valor nutritivo mais alto, o que permite maior eficiência de utilização de nutrientes, resultando em maior produção; A intensificação de uso das pastagens implica na adoção da suplementação proteico-energética em diferentes épocas do ano, a qual pode contribuir sobre maneira para a aumentar o desempenho dos animais e eficiência de uso de nutrientes. Na adoção de técnicas de manejo de pastagens e suplementação deve-se avaliar os impactos econômicos e ambientais desta pratica
Obrigado!!!!!!! Prof Ricardo Andrade Reis rareis@fcav.unesp.br Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias Unesp Campus de Jaboticabal SP