Formação de Combate a Incêndio



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Transcrição:

Allianz Portugal. S.A. Portugal tel : +351 213 165 300 fax: +351 213 578 140 info@allianz.pt www.allianz.pt Formação de Combate a Incêndio Direcção Negócio Empresa http://empresas.allianz.pt/riscos/brochuras.html

Formação no Combate a Incêndio. 1. Introdução A maioria dos incêndios ocorre, directa ou indirectamente, devido a intervenção humana. Simultaneamente, a participação humana é fundamental na segurança contra incêndios nas suas diversas fases, quer de prevenção, quer na vertente de actuação em caso de emergência. De facto, as medidas passivas e físicas relacionadas com as características construtivas dos edifícios e os equipamentos de protecção instalados não eliminam as possibilidades de ocorrência de um incêndio nem garantem, por si só, a limitação das suas consequências. Consequentemente, as medidas de natureza humana são fundamentais para a redução da probabilidade da ocorrência de um incêndio e determinantes para a restringir a sua extensão. Por conseguinte, a formação de combate a incêndio desempenha um papel de extrema importância na consecução dos objectivos da protecção, nas suas diversas vertentes, quer de vida humana como de danos patrimoniais, também na interrupção da actividade e da disponibilidade das instalações ou ainda no prejudicial impacto ambiental. A criação de grupos organizados com capacidade de eliminar um incêndio numa fase precoce, tem demonstrado ser uma medida bastante eficiente com resultados bastante proveitosos. Sensibilizar todos os funcionários de uma organização que a responsabilidade da segurança não compete apenas a alguns, mas sim a todos, faz parte de um processo evolutivo cujas consequências serão benéficas para a sociedade em geral, afinal mais vale prevenir que remediar. Neste documento referem-se os princípios básicos em que consiste a Formação no Combate a Incêndios, da sua relevância e as dificuldades que podem surgir durante a actuação em situações reais. Serão ainda abordados temas relativos ao equipamento utilizado e os procedimentos da formação, nas suas componentes prática e teórica. Grupo formação Combate a Incêndios nas suas próprias instalações ou nas instalações da empresa. Este tipo de formação pode ser ministrado por empresas especializadas, por entidades profissionais ou com reconhecida experiência, de que se salientam a Escola Nacional de Bombeiros (ENB) e mesmo os bombeiros locais, Reservados todos os direitos. Página 2 de 8

Formação no Combate a Incêndio. 2. Objectivos Sendo a acção humana a principal interveniente, não só nas causas de um incêndio, mas também na sua prevenção e combate, é de extrema importância que os colaboradores de uma empresa estejam bem preparados para executar estas tarefas. Esta preparação apenas é possível através de uma formação prévia e periodicamente ministrada, com um forte enfoque na parte prática. Esta formação pretende preparar os formandos para actuar em caso de emergência, de forma a responder rapidamente e numa fase precoce a um eventual sinistro de incêndio. Esta formação tem também como propósito a familiarização e compreensão de funcionamento com os diversos equipamentos de protecção existentes, sejam eles: Equipamentos de protecção Individual (EPI s); Extintores; Bocas-de-incêndio; Equipamentos de produção de espuma; Mantas ignífugas; outros. Equipamentos de protecção Por fim, esta formação tem como objectivo o ensino e a mecanização de procedimentos para que, em caso de incêndio, todos os funcionários saibam o que têm que fazer, como, quando e onde. Procura-se assim evitar situações de pânico ou descontrolo, muito comuns nos casos de sinistros de incêndios, mantendo o sangue frio necessário para fazer este tipo de combate. Reservados todos os direitos. Página 3 de 8

Formação no Combate a Incêndio. 3. Importância da Formação em Combate a Incêndios As empresas necessitam de auto-protecção de modo a estarem preparadas para a actuação em caso de emergência. Uma das componentes que integram a capacidade de resposta de uma entidade face a um incêndio é a formação dos funcionários. A formação deve ser considerada uma função de rotina, com reciclagem pelo menos anual, da qual se destaca o treino regular acerca da utilização dos equipamentos de extinção. A Formação no Combate a Incêndios pode fazer parte de uma organização e gestão de segurança mais vasta, nomeadamente a componente de prevenção do Plano de Segurança, e/ou de uma futura constituição de Brigadas de Incêndio (ver capítulo 6). Na eventualidade de não ser possível extinguir o incêndio emergente os funcionários encontrar-se-ão habilitados a proteger as instalações até à chegada de meios de socorro exteriores, acautelando que atinja proporções irreversíveis ou mesmo catastróficas. Tendo consciência da complexidade que a utilização dos equipamentos de protecção pode apresentar deve ser efectuada formação na sua utilização com vista a não comprometer, ou mesmo tornar inútil, o investimento feito nos diversos equipamentos de protecção, que são normalmente bastante dispendiosos. Esta é uma situação recorrente, da qual não se obtém quaisquer resultados práticos. Quando o material de protecção existe e ninguém se encontra habilitado a operá-lo pode-se considerar que é inexistente. É comum que as pessoas hesitem sob uma situação de pânico, perdendo o célere discernimento mental necessário para proceder rápida e eficazmente perante um incêndio. Caso a actuação de extinção seja efectuada numa fase ainda precoce do desenvolvimento do incêndio verificam-se que normalmente os danos resultantes são muito restritos. É portanto decisiva uma actuação imediata ao foco de incêndio com os meios adequados garantindo um melhor controlo e domínio da situação. A formação permite acelerar todo o processo de combate, quer devido à mecanização dos procedimentos de actuação, quer na selecção do tipo de agente extintor e método a aplicar... e ganhar alguns segundos que podem ser preciosos. A participação humana é essencial para que os investimentos realizados na segurança tenham utilidade, pelo que é importante continuar a desenvolver uma cultura de segurança de forma mais sistemática. Neste caso, a criação de equipas organizadas para limitar os danos e extinguir um incêndio na sua fase Reservados todos os direitos. Página 4 de 8

Formação no Combate a Incêndio. inicial, tem demonstrado ser uma medida eficiente com resultados bastante positivos. È de toda a conveniência que a seguradora seja informada que a empresa efectuou formação no Combate a Incêndios aos seus funcionários. 4. Dificuldades no Combate a um Incêndio. O combate a um incêndio é uma tarefa mais difícil do que à primeira vista se possa pensar, a temperatura elevada que um incêndio pode atingir, o fumo que liberta com as consequentes dificuldades em respirar e ver, a luz, e até mesmo o ruído formam um cenário medonho, e somente a prática pode proporcionar alguma destreza nestas situações. A primeira grande dificuldade centra-se precisamente na temperatura, torna-se difícil para quem combate um incêndio pela primeira vez, ter noção da distância a que deve estar quando se combate um incêndio, até onde pode chegar, até onde o fato garante a protecção adequada. Muitas vezes não existe qualquer tipo de vestuário de protecção, o que acresce a dificuldade do combate. Em certos casos a rapidez de actuação é decisiva, não havendo sequer tempo para vestir o fato. Cada equipamento de combate tem as suas potencialidades, e as suas limitações, para um combate eficaz a um incêndio é essencial conhecer bem essas características. A eficácia de um combate a incêndio depende muito, não só dos meios utilizados, mas também da forma como são empregues, e mais uma vez para alguém que nunca utilizou um desses equipamentos, será muito provável que não o use da forma mais eficaz nem mesmo da forma mais segura. Algumas particularidades são de extrema importância no capítulo da segurança e da eficácia, por exemplo: - um extintor deve ser sempre experimentado no local onde ele se encontra, evitando assim que, caso ele não esteja em condições, se perca tempo a transportá-lo para junto do foco de incêndio. - ao combater um incêndio com um extintor dever-se-á recuar quando o extintor começa a perder pressão de uma forma clara, evitando assim que ao esvaziar completamente o Teste de um extintor portátil Reservados todos os direitos. Página 5 de 8

Formação no Combate a Incêndio. extintor junto das chamas, estas possam causar queimaduras à própria pessoa. Existem diversas outras situações que requerem alguma prática para que possam ser feitas com alguma eficácia, por exemplo o desenrolar das mangueiras flexíveis. É uma tarefa relativamente fácil de executar mas que sem experiência e treino poderá levar algum tempo, que é precioso quando se combate um incêndio. Outro aspecto é a precaução que se deve ter para que as chamas não envolvam pelas costas quem está a combater o fogo. 5. Em que consiste a Formação O primeiro passo numa formação em combate de incêndio é seleccionar os colaboradores que irão receber a formação. Esta selecção deverá ser feita de acordo as capacidades físicas e mentais dos colaboradores, e deverá ser ministrada a uma equipa por sector e por turno, para assim se garantir a presença de pessoal qualificado para o combate a incêndio, em qualquer local das instalações e a qualquer hora do período de laboração. A formação a ministrar será composta por uma parte teórica e uma parte prática. Quanto à primeira será indiferente o local da sua realização (nas instalações de quem ministra a dita formação ou na própria empresa), no entanto é de todo aconselhável que a parte prática seja realizada nas instalações da empresa, dado que esse será o local onde os formandos poderão ter de aplicar os conhecimentos aprendidos. Formação teórica Formação prática A profundidade dos conteúdos e das aulas teóricas deverá ser ajustado às capacidades e necessidades dos Reservados todos os direitos. Página 6 de 8

Formação no Combate a Incêndio. formandos, no entanto existem capítulos essenciais neste tipo de formação, pode-se dar como exemplo de uma formação teórica: princípios do fogo ou físico-química da combustão, evolução de um incêndio, formas de propagação, classes do fogo, agentes extintores e segurança no combate a incêndios. A parte prática deverá incluir o ensino e alguma mecanização do uso de todos os meios de extinção e equipamentos de protecção individual disponíveis nas instalações. A nível de meios de extinção é comum a formação com extintores, podendo ser alargada a outros meios como mangueiras rígidas ou flexíveis, mantas ignífugas, entre outros. A forma mais comum de simular um incêndio com combustíveis líquidos é colocá-los numa tina metálica e com uma tocha provocar o início da combustão. Caso estes líquidos combustíveis sejam altamente voláteis será necessário adicionar-lhes uma larga quantidade de água por questões de segurança. Em relação aos combustíveis sólidos, basta apenas alguma madeira (por exemplo paletes velhas) a arder para se simular um incêndio. Em relação a combustíveis gasosos, uma das formas de simulação será a de uma instalação com um queimador, que pode simular um incêndio numa fuga de uma conduta. No final de cada formação deverá ser feita uma reunião com todos os intervenientes (empregados, bombeiros, formadores, técnicos da empresa, etc.) para que se debata os pontos fortes e fracos da formação, detectando as principais falhas e os aspectos a melhorar. Esta reunião deve ser feitas com todos os intervenientes pois serão estas pessoas que poderão estar num combate a incêndio. Este tipo de formação deve ser complementado por outras relacionadas com evacuação. Posteriormente poderão ser efectuados simulacros, exercícios que verificam os resultados da implementação dos procedimentos e a sua funcionalidade. Reservados todos os direitos. Página 7 de 8

Formação no Combate a Incêndio. 6. As Brigadas de Incêndio O tema que tem vindo a ser exposto neste documento, formação em combate a incêndio, não deve ser confundido com a formação de Brigadas de Incêndio. De facto, as nomenclaturas e terminologias encontradas nas literaturas acerca do assunto são ambíguas, sendo certo que não existe uma clara definição para cada uma das situações. É corrente referir-se a este tipo de acções como Formação em Combate a Incêndios, ou Formação de Equipas de Primeira Intervenção ou mesmo Formação de Brigadas de Incêndio. Relativamente às Brigadas de Incêndio (B.I.) as Regras Técnicas do Instituto de Seguros de Portugal (ISP) 1 descrevem em que consistem as B.I. e qual o conteúdo programático da formação. De acordo com a Regra Técnica 5 (RT 5), a constituição de uma B.I. tem como objectivo prover a entidade de meios humanos capazes de utilizar os equipamentos de protecção contra incêndios disponíveis, tanto de 1ª como de 2ª intervenção (extintores e R.I.A) e ainda de coordenar a evacuação. São ainda referidos número e função dos elementos que compõem a B.I., a periodicidade do treino e a necessidade de manter um registo das acções de formação e intervenções em que participe. As entidades formadoras deverão garantir que a formação que oferecem será realizada em absoluta conformidade com a RT 5 e o respectivo esquema programático. Deverão também emitir um certificado à entidade alvo de formação que reconheça a constituição das B.I. de harmonia com os todos os requisitos. Assim, sendo as B.I. um tipo de preparação mais avançado que a formação em Combate contra Incêndios, além de proporcionar noções básicas de prevenção, conhecimento e treino para uma eficaz utilização dos meios de protecção contra incêndios, estabelece ainda quais as funções específicas dos elementos que compõem a brigada. Deste modo cada funcionário saberá as tarefas a desempenhar, possuindo as competências próprias para o fazer da forma mais proveitosa. A formação na utilização de equipamento de combate a incêndio é um passo importante para uma futura constituição de equipas de primeira intervenção ou de brigadas de incêndio, ou de um Corpo de Bombeiros Privativo, que apenas o Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil poderá, segundo a lei vigente, homologar. 1 Após a liberalização da tarifação estas regras deixaram de estar em vigor. No entanto, permanecem como um documento de referência, cujos conteúdos podem ser validamente considerados. Reservados todos os direitos. Página 8 de 8