INDICADORES PROATIVOS, É POSSÍVEL? PROACTIV (SAFETY LEADING) INDICATORS, IS IT POSSIBLE?

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Transcrição:

INDICADORES PROATIVOS, É POSSÍVEL? PROACTIV (SAFETY LEADING) INDICATORS, IS IT POSSIBLE? Paula Lima Grupo Portucel Soporcel Fábrica de Cacia paula.lima@portucelsoporcel.com Resumo A medição e monitorização do desempenho do sistema de gestão da segurança e saúde no trabalho constitui a base para a melhoria contínua. Só assim é possível a Organização sentir que está no bom caminho. No entanto, a cultura de prevenção exige que as métricas do desempenho do sistema não se concentrem só em indicadores reativos (como os índices de sinistralidade) mas, essencialmente,em conseguir determinar probabilidades de ocorrência de eventos (indicadores proativos), e direccionar a sua atuação para evitar a ocorrência. Os indicadores proativos dão-nos um aviso antecipado do que pode correr mal. Abstract Measuring and monitoring the performance of OHS management system forms the basis for continuous improvement. Only then can the organization feel that it s on the right track. However, the culture of prevention requires that the system performance metrics do not concentrate only in reactive indicators (such as the indexes of accidents) but, essentially, to determine probabilities of event occurrences (proactive indicators), and direct its activities to prevent the occurrence. Proactive (OHS Leading) indicators give us an "early warning" of what can go wrong. 1 Introdução A performance do sistema de gestão da segurança e saúde no trabalho deve ser monitorada de forma a determinar se os objectivos e metas traçados estão a ser alcançados. Um indicador não é mais do que uma forma de acompanhar e medir o alcance de uma meta/objectivo. A norma OHSAS 18002:2008 1 refere que a Organização deve usar tanto indicadores reativos como indicadores proativos na avaliação do desempenho do seu sistema de gestão da segurança e saúde no trabalho, mas deve focar-se essencialmente em medições proativas. Os indicadores reativos surgem após a ocorrência de eventos e monitorizam acidentes, danos para a saúde e incidentes (incluindo quase-acidentes), mas também outras evidências históricas de mau desempenho do sistema de gestão da segurança e saúde no trabalho. Os indicadores proativos, por sua vez, monitorizam a conformidade com o programa de gestão, com critérios operacionais e com requisitos legais e regulamentares aplicáveis. Exemplos de indicadores reativos são os danos para a saúde, acidentes, taxas de tempo perdido devido a incidentes ou danos para a saúde, número de acções decorrentes de inspecções levadas a cabo pelas Autoridades, número de acções decorrentes de reclamações das partes interessadas,etc. Os indicadores proativos incluem avaliações da conformidade com requisitos legais e outros, a avaliação da utilização eficaz dos resultados de inspeções aos locais de trabalho, a avaliação da

eficácia da formação em higiene e segurança, a avaliação da utilização eficaz dos resultados de auditorias internas e externas, a avaliação da eficácia da consulta aos trabalhadores, a avaliação da implementação do programa de gestão da segurança e saúde no trabalho, a avaliação da cultura de segurança e da satisfação dos trabalhadores, a avaliação/ rastreio de saúde no trabalho, avaliações de postos de trabalho, etc. A escolha dos indicadores que melhor convém à gestão da Organização é uma tarefa importante que obriga a uma reflexão e ponderação sobre o seu propósito versus recursos disponíveis para obter os dados que alimentam os indicadores. Os indicadores devem ser definidos para servir os vários níveis da Organização e abranger várias áreas do sistema de gestão da segurança e saúde no trabalho. Na fábrica de Cacia do grupo Portucel Soporcel, para além de estarem definidos indicadores reativos (indíces de sinistralidade) que dão uma perspectiva à Gestão de topo do posicionamento e permitem benchmarking, estão também definidos alguns indicadores proativos que permitem ao longo do tempo demonstrar se há desvios aos princípios de segurança e saúde no trabalho definidos na Política dos Sistemas de Gestão da Organização. 2 Exemplos de Indicadores Proativos Ná Fábrica de Cacia do grupo Portucel Soporcel as principais áreas da gestão da segurança e saúde no trabalho onde se concentram os indicadores proativos são: gestão dos riscos (identificação de perigos, avaliação e gestão de riscos dos postos de trabalho), Formação em higiene e segurança e saúde no trabalho (formação para pessoal interno e formação para trabalhadores externos), consulta aos trabalhadores, controlo operacional, gestão da emergência, auditorias, ações corretivas e preventivas, saúde no trabalho e verificação da conformidade legal. O apuramento dos indicadores obriga a colecta de dados de diferentes fontes. São apresentados, de seguida, alguns exemplos de indicadores proativos referentes às áreas de gestão da segurança e saúde no trabalho referidas anteriormente. 2.1. Gestão dos riscos A identificação dos perigos, avaliação dos riscos e o estabelecimento de planos de acções de gestão dos riscos são a base de trabalho para um sistema de gestão de segurança e saúde do trabalho. Tratase de um mapeamento de riscos e de definir se se tratam de riscos inaceitáveis que têm de ser minimizados ou se se tratam de riscos aceitáveis que devem estar controlados. A medição da evolução dos níveis de risco nos postos de trabalho permite ter uma visão se o sistema está a melhorar em termos de gestão dos riscos. Na fábrica de Cacia do grupo Portucel Soporcel estão definidos 4 níveis de risco: nível 1 risco inaceitável para os quais são estabelecidas medidas de gestão traduzidas em planos de ações de riscos não aceitáveis, de modo a eliminar, substituir ou tornar o risco aceitável. níveis 2,3 e 4 riscos aceitáveis para os quais são estabelecidas medidas de gestão prioritariamente para os riscos classificados com Nível 2 e 3. Para os riscos aceitáveis, de Nível 4, são mantidos os controlos existentes por forma a garantir que os riscos se mantém controlados, podendo ser implementadas ações preventivas de modo a evitar que estes assumam um nível mais gravoso. Quadro 1 Indicadores de Gestão dos riscos A evolução do número de riscos nível 1 permite à Gestão de topo, em sede de revisão dos sistemas de gestão verificar se os planos de ações definidos foram eficazes e se necessitam de ajustamento.o acompanhamento deste indicador é anual. 2.2 Formação em SHST A formação em SHST é promovida pela fábrica aos trabalhadores do grupo, bem como a trabalhadores externos (prestadores de serviços). Relativamente aos trabalhadores externos, estes sempre que pretendam prestar serviço à fábrica devem receber uma formação em higiene,segurança e ambiente, de curta duração, mas cujo objectivo é informar sobre os riscos da instalação, os procedimentos de segurança e ambiente e os procedimentos em caso de

emergência. No quadro seguinte pode verificar-se que o número de trabalhadores externos que efectuaram a formação correspondem a 100% dos trabalhadores externos. Quadro 2 Formação inicial de SHA de trabalhadores externos A maior parte destes trabalhadores externos trabalha também em outras fábricas do sector da pasta e papel e obrigando-se a efectuar formação de higiene, segurança e ambiente em todas estas empresas sempre que vão prestar serviços. Pelos dados apurados em 2012 ao nível do sector e coordenados pela CELPA (Associação Nacional da Indústria Papeleira) chegou-se aos nº de horas/homem de formação ministrada nas empresas associadas da CELPA: Fig.1 Horas de formação ministrada a trabalhadores externos nas fábricas das empresas associadas da CELPA Com base nestes dados, a Gestão de topo em sede de Associação do sector decidiu abraçar o projecto CSIP Cartão de Segurança da Indústria Papeleira e criar um programa de formação comum ao sector focado nos riscos do sector, nas medidas de prevenção e na actuação em caso de emergência. Este cartão tem a validade de 3 anos e permite a entrada para prestação de serviços nas empresas associadas da CELPA sem ter de assistir a formação inicial na fábrica onde vai prestar serviço.o impacto deste projecto é medido anualmente, principalmente pelo número de trabalhadores externos com CSIP ao nível das Paragens Programadas,das fábricas, para manutenção. 2.3 Consulta aos trabalhadores No grupo Portucel Soporcel a consulta aos trabalhadores é efectuada em: - Reuniões da Comissão de SHST (Comissão de composição paritária com representantes dos trabalhadores e representantes da entidade empregadora que devem realizar-se trimestralmente), e - Reuniões das sub-comissões de HST (Reuniões que envolvem várias áreas da organização e que devem realizar-se mensalmente). Quadro 3 Número de reuniões de SHST realizadas Fig.4 Número de reuniões de SHST realizadas O cumprimento do planeamento das reuniões é analisado anualmente pela gestão de topo e pelo serviço de HST por forma a ajustar o planeamento à disponibilidade dos intervenientes (evitar paragens programadas, épocas tradicionalmente de férias, etc.). 2.4 Controlo operacional Existem vários indicadores associados ao controlo operacional no sistema de gestão de segurança e saúde no trabalho. De seguida apresentam-se alguns exemplos. 2.4.1 Uso de EPI adequado e em bom estado A utilização do Equipamento de Proteção individual é verificada diariamente pela equipa da segurança nos diversos locais de trabalho, por amostragem. Esta avaliação abrange trabalhadores do grupo e trabalhadores externos. O resultado destas avaliações é remetido semanalmente para a Gestão de topo que toma medidas nos casos não conformes. Quadro 4 Grau de cumprimento do uso de EPI O indicador de grau de cumprimento do uso de EPI é apresentado mensalmente em relatório de higiene

e segurança e permite ao Serviço de HST ajustar a periodicidade destas verificações. 2.4.2 Cumprimento das condições de segurança das máquinas internas (MAET) Diariamente, circulam e operam na fábrica diversas máquinas de elevação e transporte (pás carregadoras, giratórias, gruas móveis, empilhadores, etc.) que são trimestralmente vistoriadas pela equipa de segurança. O grau de cumprimento de todos os requisitos de segurança é avaliado e permite detectar situações não conformes que podem colocar em causa a segurança dos operadores. Quadro 5 Grau de cumprimento das condições de segurança de MAET O indicador de grau de cumprimento das condições de segurança de MAET é apresentado mensalmente em relatório de higiene e segurança e permite ao Serviço de HST avaliar a eficácia das verificações e propor medidas que permitam atingir o objectivo. 2.4.3 Cumprimento dos procedimentos de segurança O cumprimento dos procedimentos de segurança (Autorizações de trabalho, consignações, autorização de actos de foguear, autorização de entrada em espaços confinados, etc.) pelos trabalhadores do grupo e por trabalhadores externos é verificado diariamente pela equipa da segurança nos diversos trabalhos,por amostragem.. O resultado destas avaliações é remetido semanalmente para a gestão de topo que toma medidas nos casos não conformes.o indicador de grau de cumprimento dos procedimentos de segurança é apresentado mensalmente em relatório de higiene e segurança. Quadro 6 Grau de cumprimento dos procedimentos de segurança 2.4.4 Cumprimento do plano anual de inspecções de segurança O cumprimento do planeamento do Serviço de higiene e segurança também é medido (semestralmente) para que o serviço possa ter uma noção dos ajustes a fazer para o conseguir cumprir. Quadro 7 Grau de cumprimento do plano anual de inspeções de segurança 2.5 Gestão da Emergência Existem vários indicadores associados à gestão da emergência. Um exemplo é a extensão da implementação de acções corretivas decorrentes de simulacros. Os simulacros permitem detectar falhas na gestão da emergência que é necessário colmatar. O plano de ações corretivas decorrentes de simulacros é seguido nas reuniões da Comissão de SHST. Quadro 8 Grau de implementação do plano de ações correctivas decorrentes de simulacros 2.6 Auditorias As auditorias (internas e externas) medem a conformidade do sistema de gestão com os requisitos da norma de referência. Os resultados das auditorias dão uma visão à gestão de topo da eficácia do sistema de gestão da segurança e saúde implementado. Quadro 9 Número de não conformidades em Auditoria Externa

A evolução é analisada anualmente em sede de reunião de revisão do sistema de gestão da segurança e saúde no trabalho. 2.7 Ações Corretivas A extensão da implementação dos planos de ações corretivas decorrentes de incidentes pode ser medida para que a gestão de topo verifique o seu cumprimento e, caso não esteja a ser cumprido, tome as medidas necessárias para que possam ser fechados. Quadro 10 Grau de implementação de ações corretivas número de testes a realizar mas que poderá ser ajustado conforme a evolução de casos positivos. Este indicador é seguido diariamente pela Direção de Pessoal que toma as medidas disciplinares e anualmente pela Gestão de topo em sede de reunião de revisão do sistema de gestão da SST. Quadro 12 Exames médicos anuais a trabalhadores com idade superior a 18 e inferior a 50 anos (fábrica de Cacia do gps) Os planos de ações corretivas decorrentes de incidentes são analisados em Reunião da Comissão de SHST. 2.8 Saúde no Trabalho O grupo Portucel Soporcel promove anualmente exames periódicos aos trabalhadores com idade superior a 18 e inferior a 50 anos,sendo que a periodicidade definida na legislação é bienal.com esta medida procura-se melhorar as condições de saúde dos trabalhadores e prevenir doenças e acidentes. Como indicador da implementação desta actividade tem-se a extensão de implementação de exames anuais. Quadro 11 Exames médicos anuais a trabalhadores com idade superior a 18 e inferior a 50 anos (fábrica de Cacia do gps) 2.9 Verificação da conformidade legal O código de ética e a Política dos Sistemas de Gestão do grupo Portucel Soporcel exigem o cumprimento dos requisitos legais de segurança. Relativamente à Legislação na área da segurança o cumprimento de todos os requisitos obriga ao estabelecimento de planos de ações para que se implementem as soluções que permitem cumprir a Legislação em vigor. Assim, anualmente é avaliado o grau de cumprimento dos requisitos legais e caso não seja 100% a Gestão de topo verifica as causas e redefine planos de ações para se conseguir atingir o objectivo. Quadro 13 Grau de cumprimento dos requisitos legais de segurança Estes resultados são analisados pela Direção de Pessoal que toma as medidas necessárias para cumprir o objectivo e pela Gestão de topo em sede de revisão do sistema de gestão da SST. 2.8 Saúde no Trabalho Por razões de segurança são efectuados diariamente, pela área da saúde no trabalho, testes de álcool e de substâncias psicotrópicas por forma prevenir acidentes. Existe um objectivo anual de 3 Conclusão Os indicadores proativos são fundamentais para prever eventos não ocorridos e avaliar a eficácia do sistema de gestão da segurança e saúde no trabalho. A dificuldade está na escolha dos indicadores que melhor servem a gestão da Organização. A vantagem destes indicadores é que permitem uma visão mais abrangente das

melhorias do sistema e do nível de controlo/gestão do risco. O desafio para a Organização é saber actuar conforme os resultados obtidos. Referências [1] OHSAS Project Group 2008. OHSAS 18002:2008 Occupational health and safety management systems Guidelines for the implementation of OHSAS 18001:2007.2008.