A INCLUSÃO DE PORTADORES COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA NO ENSINO REGULAR



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Transcrição:

A INCLUSÃO DE PORTADORES COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA NO ENSINO REGULAR BORBA, Lucimar Alves de 1 GOMES, Verânica Pereira 2 RESUMO: O estudo teve como objetivo promover uma sensibilizaéño dos profissionais que trabalham com portadores de necessidades especiais em classe de ensino regular, para que possa adquirir incentivos, autonomia, autoestima, passando a exercer a sua cidadania. Visando a socializaéño do deficiente auditivo em uma sociedade dominante, a qual se encontra educadores sem qualificaéño e ambiente inadequado para o atendimento necessärio do aluno. Sabemos que muitos obstäculos sño encontrados particulamente sobre os princöpios da educaéño inclusiva para que atenda as especificidades de cada um. Este estudo foi realizado atravãs de uma pesquisa de campo com quatro professores da escola SÑo Francisco utilizando alguns questionärios. Nas respostas obtidas observou- se alguns problemas encontrados pelos mesmos. Acredita-se que a medida que os profissionais envolvidos nesse processo recebam apoio especializados e uma formaéño continuada mais direcionada ao desenvolvimento da pratica pedagågica ao deficiente auditivo, certamente serño minimizados em parte os problemas encontrados no processo de inclusño, jä que esses profissionais terño como suporte uma proposta pela educaéño para todos, incluindo portadores de necessidades educativas especiais ao processo de inclusño no Ensino Regular. PALAVRAS-CHAVE: InclusÑo, Deficiente auditivo, Ensino-aprendizagem INTRODUÇÃO Este artigo tem como tema A InclusÑo de portador com deficiüncia auditiva no ensino regular, tem como a finalidade relatar alguns aspectos na qual uma crianéa portadora com deficiüncia auditiva, por apresentar dificuldades pråprias e diferentes das demais crianéas correspondentes è sua idade, requer recursos pedagågicos e uma atenéño especial. 1 GraduaÉÑo em pedagogia, pela Faculdade de CiÜncias Sociais Aplicadas do Vale do SÑo LourenÉo Edu vale, conclusño em 2007. Pås GraduaÉÑo em Psicopedagoga ClÖnica Institucional. Professora da rede Estadual de Jaciara-MT. EndereÉo eletrânico-lucimar-bbb@hotmail.com 2 GraduaÉÑo em pedagogia, pela Faculdade de CiÜncias Sociais Aplicadas do Vale do SÑo LourenÉo Edu vale, conclusño em 2007. Pås GraduaÉÑo em Psicopedagoga ClÖnica Institucional. Professora da rede Estadual de Jaciara-MT. EndereÉo eletrânico- ve_rpg@hotmail.com 1

Diante disso procuraremos compreender o histårico da educaéño especial como um todo. Com isso cada escola deve aperfeiéoar sua aéño pedagågica, sem considerar a educaéño especial uma parte separada da educaéño. Dessa forma, procuramos compreender melhor sobre a inclusño de alunos portadores de deficiüncia auditiva no ensino regular. Assim realizou-se uma pesquisa bibliogräfica sobre os temas principais que embasaram a pesquisa de campo em uma intituiéño escolar. Revisão de Literatura A deficiüncia auditiva ã definida como perda total ou parcial de resöduos auditivos, isto ocorre por diversas causas entre elas a virose materna adquirida durante a gravidez, ingestño de remãdios tåxicos, exposiéño a sons muitos fortes. A perda auditiva avaliada em decibãis e um portador de deficiüncia auditiva tem sua surdez classificada pelo especialista fonoaudiålogo como um grau de deficiüncia leve em que a perda ã entre 20 a 40 db, moderada entre 40 e 70 db, severa entre 70 e 90 db e profunda que ã acima de 90 db de perda. ê importante lembrar que o portador de deficiüncia auditiva moderada pode perceber os sons da palavra falada, o que nño ocorre com portador de perda severa e muito menos com portador de deficiüncia profunda. A pessoa com os növeis de perda auditiva leve, moderada ou severa sño mais freqëentes sño chamados de deficientes auditivos, enquanto a pessoa com perda profunda ã chamada de surdo, ou seja, a surdez profunda impede o indivöduo de ouvir a voz de outra pessoa, portanto perda total da audiéño. Se a crianéa que ã surda for estimulada desde o nascimento ela poderä com o tempo reunir sons das falas, jä que a crianéa portadora de deficiüncia auditiva se tambãm for estimulada, poderä reunir com mais facilidade os sons da fala. 2

A deficiüncia auditiva traz muitas limitaéíes para o desenvolvimento do indivöduo. Considerando que a audiéño ã essencial para a aquisiéño da linguagem falada, sua deficiüncia influi no relacionamento da mñe com filho e cria lacunas no processo psicolågicas de integraéño de experiüncias, afetando o equilöbrio e a capacidade normal de desenvolvimento da pessoa. (REDONDO, 2001, p. 5) Hä diferentes graus na escala da audiéño, com isso tem pessoas que escutam muito pouco, pois nño conseguem ouvir o ruödo de um aviño jä outras conseguem ouvir a voz de uma pessoa, mas nño conseguem compreender. A cada mil crianéas uma nascem surdas, outras jä desenvolvem os problemas auditivos ao longo da vida por causa de acidentes ou doenéa. As principais causas da deficiüncia sño hereditariedade, viroses maternas (rubãola, sarampo), doenéas tåxicas da gestante (söfilis, citomegalovörus, toxoplasmose), ingestño de medicamentos atåxicos (que lesam o nervo auditivo) durante a gravidez. ê adquirida, quando existe uma predisposiéño genãtica (otosclerose), quando ocorre menigite, ingestño de remãdios ototåxicos, exposiéño a sons impactantes (explosño) e virose. (BRASIL, 1997, p.33) Diante dessas causas ã importante que os pais fiquem atentos ao observarem seus filhos para poder detectar sinais diferentes logo nos primeiros meses de vida. Existem alguns sinais nos quais os pais podem estar observando seus filhos. Se o bebü nño se assusta com barulhos fortes, nño para de chorar, quando a mñe tenta acalmä-lo com a voz, nño procura de onde vem o barulho virando a cabeéa no sentido do barulho ou a crianéa muito quieta, os pais devem levar a crianéa a um especialista o fonoaudiålogo. Segundo REDONDO, (2001), o diagnåstico mãdico consegue identificar a causa mais provävel da perda auditiva, mas nem sempre isso ã possövel. O grau e o tipo da perda da audiéño diferem em razño da idade que ocorreu e do tipo de atendimento ä crianéa, pois quanto maior a deficiüncia maior os problemas lingëösticos e o tempo que precisarä para poder receber um atendimento 3

especializado. Cada crianéa deverä receber um atendimento de acordo com o grau de dificuldade. [...] as crianéas surdas geralmente nño tem acesso a uma educaéño especializada e ã comum encontrarmos em escolas páblicas e atã particulares, crianéas surdas que estño hä anos freqëentando estas escolas e nño conseguem adquirir nem a modalidade escrita da löngua portuguesa, pois o atendimento ainda ã muito precärio. (GOLDFELD, 2002 p. 34) De acordo com REDONDO, (2001), destaca que a educaéño da crianéa surda em fase de socializaéño precisa se adequar as suas caracterösticas pessoais. Afirma a inda que a observaéño de suas respostas aos primeiros atendimentos escolares e clönicos (estimulaéño auditiva, socializaéño, etc), serve para indicar o caminho a seguir: optar pelo ensino especializado (escola e classe especial) ou pelo ensino comum. As crianéas portadoras de deficiüncias devem receber atendimentos de acordo com sua realidade, no caso das crianéas surdas ela adquire e desenvolve a fala entre outras e a mömica para estar se comunicando com as pessoas. Com isso a educaéño para as crianéas surdas em fase de socializaéño com outras crianéas durante o peröodo escolar deve ser de qualidade, pois ã nesse momento de socializaéño que a crianéa comeéa a desenvolver com a fala ou pela forma de sinais, desenvolvendo assim a aprendizagem. Qualquer crianéa independente de seu passado e da renda familiar ou de caracteristicas pessaoais, tem direito a educaéño, espera-se obviamente que continue a estudar atã a adolescencia. A educaéño inclusiva tem sido como um processo de educar conjuntamente de maneira consicional, na classe de ensino comum alunos ditos normais com alunos portadores de deficiüncia ou nño de deficiencia que apresenta necessidades educacionais. A inclusño benificia a todos, uma vez que sadios sentimentos de respeito è diferenéa, de cooperaéño e de solidariedade podem se desenvolver. O ensino inclusivo ã a pratica da inclusño de todos independentes do seu talento, deficiencia, origem socio economica ou origem cultural- em escola e sala de aula provedora, onde todas as necessidades dos alunos sño satisfeitas. 4

Para a escola regulares, a rejeiéño das crianéas com deficiüncia contribui para aumentar a rigidez e a homogeneizaéño do ensino, para ajustar-se ao mito de que as tivessem apenas alunos normais, a intiutiéño nño necessitaria de outras modificaéíes ou adaptaéíes. A inclusño de estudantes com deficiencias nas classes regulares representam um avanéo historico em relaéño ao movimento de integraéño, que pressuponha algum tipo de treinamento do deficiente para permitir sua participaéño no processo educativo comum. (NOVA ESCOLA, 2003, p.46) A educaéño ã uma questño de direitos humanos e os individuos com deficiencia devem fazer parte da escola, as quais devem modificar seu funcionamento para incluir todos os alunos. A categoria com a capacidade de comunicar utilizando a linguagem ã um dos aspectos que distingue os seres humanos dos demais. Na tradiéño cultural das sociedades humanas, a comunicaéño ã basicamente oralista, o que acaba por dificultar a comunicaéño entre surdos e ouvintes. Diante disso, os portadores de deficiüncia comeéam a aparecer reivindicando seu espaéo na sociedade. [...] a defesa da cidadania e do direito a educaéño das pessoas portadoras de deficiüncia ã atitude muito recente em nossa sociedade. Manifestando atravãs de medidas isoladas, de indivöduos ou grupos a conquista e o reconhecimento de alguns direitos dos portadores de deficiüncia podem ser identificados com elementos integrantes de polöticas sociais, a partir de meados deste sãculo. (MAZZOTTA, 2001, p. 15) Segundo Mazzotta (2001), a histåria da educaéño especial no Brasil ocorreu no final da dãcada de cinqëenta e inöcio de sessenta do sãculo XX, sendo que alguns brasileiros deram inöcio no sãculo XIX dos atendimentos a deficientes mentais, surdos, cegos e deficientes fösicos, os brasileiros se inspiraram em experiüncias na Europa e Estados Unidos. 5

O atendimento na escola de portadores de deficiüncia foi fundada por D. Pedro II atravãs do Decreto Imperial nì 1428 na cidade do Rio de Janeiro o Imperial Instituto dos Meninos Cegos Algum tempo depois, atravãs do decreto nì 1320, a escola passou a se chamar Instituto Benjamim Constant (IBC). Este instituto foi o primeiro de outras fundaéíes sugeridas no decorrer dos anos, que tem como finalidade proporcionar aos portadores de deficiüncia atenéño especiais para que os mesmos possam se inserir ao meio da sociedade. Na metade do sãculo XX havia no Brasil quarenta estabelecimentos de ensino regular mantidos pelo poder páblico. Apås trinta e seis anos o atendimento aos portadores de deficiüncia foi assumido a növel nacional pelo governo federal com a criaéño de Campanhas que eram voltadas aos excepcionais. Durante a trajetåria da EducaÉÑo Especial no Brasil foram muitas as instituiéíes fundadas que atã sño reconhecidas atravãs do trabalho desenvolvido com a EducaÉÑo Especial, como por exemplo a AssociaÉÑo de Pais e amigos dos Excepcionais APAE, Sociedade Pestalozzi, Campanha para EducaÉÑo do Surdo Brasileiro- CESB, entre outras. Reconhecer a importîncia da participaéño dos portadores de deficiüncia no planejamento e na execuéño dos serviéos e recursos a eles destinados ã, sem dávida, um imperativo de uma sociedade que pretende ser democrätica. A capacidade de pressño dos grupos organizadores por portadores de deficiüncia sobre os värios aspectos da vida social. (MAZZOTTA, 2001, p. 65) A inclusño ã defendida pela ConstituiÉÑo Federal de 1988, onde ã garantido o compromisso liberal dos Estados brasileiros de educar a todos sem qualquer discriminaéño ou exclusño social assegurando o acesso ao ensino fundamental, para as crianéas em idade escolar, sejam normais ou especiais. Enquanto as classes especiais aumentavam em numero, as atitudes entre os professores e os especializados e os modelos administrativos desenvolvido para a aducaéño especail asseguravam que a educaéño regular e especial se desenolvessem como linhas paralelas do que convergentes. 6

O fim gradual das praticas educacionais escludentes do passado proporciona a todos os alunos algumas oportunidades igual para terem suas necessidades educacionais satisfeitas dentro da educaéño regular. Apesar dos obstäculos, a expansño do movimento da inclusño, em direéño a uma reforma educacional mais ampla, ã um sinal visivel de que as escolas e a sociedade vño continuar caminhando rumo a pratica cada vez mais inclusivas. A organizaéño do trabalho pedagågico que os sistemas de ensino devem assegurar, a fim de atender as necessidades especificas, assim como professores preparados par ao atendimento especializado ou para o ensino regular capacitados para integrar os alunos portadores de necessidades especiais nas classes comuns. Trata-se de buscar a personalizaéño da educaéño, ou seja, proporcionar atravãs de leis a proteéño do direito de todos è educaéño de uma forma a respeitar as caracterösticas individuais de cada ser humano, que torna o processo complexo, porãm ainda que tenhamos buscado outras formas esta ã sem dávida a de melhor soluéño. METODOLOGIA Este estudo tem como objetivo pesquisar como esta sendo a inclusño das crianéas portadoras de deficiüncia auditiva no ensino regular, compreendendo quais as dificuldades e necessidades para edesenvolver um bom trabalho com as mesmas. Diante disso, procurou-se compreender a histåria e as leis da inclusño no Brasil, o comnceito da deficiencia auditiva, o ensino-aprendizagem do portador de deficiencia auditiva e a inclusño do mesmo no ensino regular. Sendo assim, realizou se uma pesquisa bibliogräfica que ofereceu subsödios para adquirir maiores conhecimentos e habilidades sobre o tema. 7

A pesquisa bibliogräfica [ ] trata-se de levantamento de toda bibliografia jä publicada, em forma de livro, revistas, publicaéíes avulsas e e,presas escritas sua finalidade ã colocar o pesquisador em contato direto com tudo aquilo que foi escrito sobre determinado assunto com objetivo de permitir ao cientista o esforéo paralelo e analise de suas pesquisas ou manipulaéño de suas informaéíes [ ] (MARCONI, LAKATOS, 2006, p. 43-44) Em seguida foi realizada a pesquisa de campo, onde coletamos dados com o objetivo de compreender como os alunos portadores de deiciencia auditiva se interagem com seus professores er coletas na sala de aula. Conclusão O organismo humano sempre que se defronta com algo novo e tem uma capacidade incrövel de adaptaéño. No caso dos surdos a ausüncia do sentido de audiéño, permite que outros sentidos o substituam, nomeadamente a visño, de forma a desenvolver uma linguagem diferente, visual ou gestual. Esta ã a löngua natural do surdo, ã a que ele aprende sem esforéo que nño se desenvolve de forma automätica nem ensinada, tal como a löngua oral nos ouvintes, mas que ã simulada no contato e nas trocas comunicativas com os que o rodeiam. As dificuldades auditivas dos portadores de deficiüncia sño apenas um dos seus atributos e nño a sua caracteröstica mais importante. O respeito e a aceitaéño das diferenéas individuais podem ser aprendidos. Leva tempo e exige esforéo mas ã importante numa situaéño de ensino/aprendizagem tanto quanto em qualquer outra relaéño humana. Podemos constatar, nas áltimas dãcadas, foi empreendido inegävel esforéo por parte de determinados segmentos sociais e polöticos no sentido de incluir em värias leis o direito è igualdade educacional e atendimento integrado de aluno com deficiüncia auditiva na rede regular de ensino. 8

Com isso, inclusño ã igualmente um motivo que foréa o aprimoramento da capacitaéño profissional dos professores em serviéos e que questiona a formaéño dos educandos. Durante a pesquisa observamos a falta de preparo pedagågico do professor para atender essa clientela, pois os cursos de formaéño para os professores nño dä uma fundamentaéño teårica nem prätica para o exercöcio da funéño referente a esse processo. Mas contatamos tambãm que nem por isso, esses profissionais deixam de atender e entender os alunos portadores de deficiüncia auditiva. Pois nesse caso, o professor da classe regular necessita de acompanhamento do especialista. Podemos falar em integraéño ou inclusño dos portadores de deficiüncia auditiva no ensino regular a medida que esses segmentos se mobilizarem para tentar minimizar o tema em estudo, certamente estaremos dando um passo definitivo contra a exclusño e a favor da inclusño constituindo um motivo para que a escola se modernize e atenta ès exigüncias de uma sociedade que nño admite preconceito, discriminaéño, barreiras sociais, culturais ou pessoais. Portanto, atravãs desta pesquisa esperamos que todos se sensibilizassem, pois todos portadores de deficiüncia tem direito como todos nås. REFERÊNCIAS ANDRADE, Maria Margarida. Introdução à Metodologia do Trabalho Científico: elaboraéño de trabalhos na graduaéño. 6 ed. SÑo Paulo: Atlas, 2003. BRASIL, Secretaria Especial dos Direitos Humanos/ Conselho Nacional dos Direitos da CrianÉa e do Adolescente 3ñ ed. BrasÖlia: 2004. FONSECA, Vitor Da. Educação Especial: programa de estimulaéño precoce- um introduéño ès idãias de Feuerstein. 2ñ ed. Ver. Aumentada Porto Alegre: Artes Mãdicas Sul, 1995 GOLDFELD, Märcia. A crianéa surda: linguagem e cogniéño numa perspectiva sociointeracionista 2ñ. Ed. SÑo Paulo: Plexus Editora, 2001. GLAT, Rosana. A integraéño dos excepcionais: realidade ou mito? Mensagem da Apae, 1988. 9

MAZZOTTA, Marcos Josã Silveira Educação Especial no Brasil: Historia e polöticas páblicas/ 3.ed. SÑo Paulo: Cortez, 2001. REDONDO, Maria Cristina da Fonseca DeficiÜncia Auditiva./ Maria Cristina da Fonseca Redondo, Josefina Martins Carvalho. BrasÖlia: MEC. Secretaria de EducaÉÑo a Distîncia, 2001. Só, Elisabete. Inclusão e Integração: escolas para todos. III Congresso Brasileiro sobre EducaÉÑo Especial. Curitiba, 1999. STAINBACK, Susan. Inclusão Um guia para educadores. Editora Atmed: Porto Alegre, 1999. LAKATOS, Eva Maria, MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia do trabalho cientifico: procedimentos bäsicos, pesquisas bibliogräficas, projetos e relatårios, publicaéíes e trabalhos cientöficos 6ñ ed. SÑo Paulo: Atlas, 20001. 10