DESTAQUES DE CONJUNTURA ECONÔMICA AMÉRICA LATINA



Documentos relacionados
Desempenho do Comércio Exterior Paranaense Março 2013

DESTAQUES DE CONJUNTURA ECONÔMICA AMÉRICA LATINA

O indicador do clima econômico piorou na América Latina e o Brasil registrou o indicador mais baixo desde janeiro de 1999


Aspectos recentes do Comércio Exterior Brasileiro

Perspectivas da economia em 2012 e medidas do Governo Guido Mantega Ministro da Fazenda

Desempenho do Comércio Exterior Paranaense Novembro 2012

TRIBUNAL DE CONTAS DO DISTRITO FEDERAL II RELATÓRIO ANALÍTICO

ANEXO VII OBJETIVOS DAS POLÍTICAS MONETÁRIA, CREDITÍCIA E CAMBIAL LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS

Desempenho do Comércio Exterior Paranaense Junho 2010

Análise Setorial. Fabricação de artefatos de borracha Reforma de pneumáticos usados

RISCOS E OPORTUNIDADES PARA A INDÚSTRIA DE BENS DE CONSUMO. Junho de 2012

NOTA SOBRE O COMÉRCIO EXTERIOR NA AMÉRICA DO SUL

Desempenho do Comércio Exterior Paranaense Março 2009

Os investimentos no Brasil estão perdendo valor?

Desempenho do Comércio Exterior Paranaense Maio 2012

RB CAPITAL ANHANGUERA FUNDO DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO- FII. CNPJ nº / (Administrado por INTRADER DTVM Asset servicing.

O processo de abertura comercial da China: impactos e perspectivas

Recessão e infraestrutura estagnada afetam setor da construção civil

Investimento em infraestrutura: efeitos multiplicadores sobre o crescimento do PIB

101/15 30/06/2015. Análise Setorial. Fabricação de artefatos de borracha Reforma de pneumáticos usados

ANO % do PIB (Aproximadamente) % do PIB mundial % do PIB mundial % do PIB mundial 2013/ % do PIB mundial

Boletim Econômico Edição nº 89 novembro de 2014 Organização: Maurício José Nunes Oliveira Assessor econômico

CENÁRIOS ECONÔMICOS O QUE ESPERAR DE 2016? Prof. Antonio Lanzana Dezembro/2015

ANÁLISE DAS EXPORTAÇÕES MATO-GROSSENSES Janeiro a Dezembro / 2007

Cenário Econômico para 2014

Nota de Crédito PJ. Janeiro Fonte: BACEN Base: Novembro de 2014

Balança Comercial 2003

fev./2010. ago./2011. fev./2012. nov.

REDUÇÃO DA TAXA DE POUPANÇA E AS EMPRESAS NÃO FINANCEIRAS:


Exportação de Serviços

A pergunta de um trilhão de dólares: Quem detém a dívida pública dos mercados emergentes

Boletim de Conjuntura Econômica Outubro 2008

SUMÁRIO EXECUTIVO INTRODUÇÃO SETOR EXTERNO. O Cenário Internacional

Perspectivas da Economia Brasileira

SINAIS POSITIVOS TOP 20 (atualizado a 10JUL2014)

Relatório Econômico Mensal Agosto 2011

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio. Balança Comercial do Agronegócio Março/2015

BRASIL Comércio Exterior

* (Resumo executivo do relatório Where does it hurts? Elaborado pela ActionAid sobre o impacto da crise financeira sobre os países em

DESTAQUES DE CONJUNTURA ECONÔMICA AMÉRICA LATINA

A estratégia para enfrentar o aprofundamento da crise mundial Guido Mantega Ministro da Fazenda

AS RELAÇÕES ECONÓMICAS PORTUGAL ANGOLA E A ESTRATÉGIA DO BANCO BIC PORTUGUÊS*

Questões de Economia Cesgranrio. Macroeconomia

ANEXO I QUADRO COMPARATIVO DOS GOVERNOS LULA E fhc

Fase 2 (setembro 2012) Sondagem: Expectativas Econômicas do Transportador Rodoviário

Instrumentalização. Economia e Mercado. Aula 4 Contextualização. Demanda Agregada. Determinantes DA. Prof. Me. Ciro Burgos

Serviços para empresas

Volume de crédito segue em expansão em 2008

27/09/2011. Integração Econômica da América do Sul: Perspectiva Empresarial

ABDIB Associação Brasileira da Infra-estrutura e Indústrias de base

A Crise Internacional e os Desafios para o Brasil

Análise Setorial. Fabricação de artefatos de borracha Reforma de pneumáticos usados

Especial Lucro dos Bancos

A melancolia das commodities: o investimento empresarial na América Latina Nicolás Magud

MOTIVAÇÕES PARA A INTERNACIONALlZAÇÃO

Estudos sobre a Taxa de Câmbio no Brasil

Red Econolatin Expertos Económicos de Universidades Latinoamericanas

Boletim Econômico Edição nº 77 julho de 2014 Organização: Maurício José Nunes Oliveira Assessor econômico

X Encontro Nacional de Economia da Saúde: Panorama Econômico e Saúde no Brasil. Porto Alegre, 27 de outubro de 2011.

Fundo de Pensões BESA OPÇÕES REFORMA

Operações Crédito do SFN

Quero um empréstimo É uma ordem!

Políticas Públicas. Lélio de Lima Prado

Desempenho da Agroindústria em histórica iniciada em Como tem sido freqüente nos últimos anos (exceto em 2003), os

ECONOMIA INTERNACIONAL II Professor: André M. Cunha

Texto para Coluna do NRE-POLI na Revista Construção e Mercado Pini Fevereiro 2012

Os fatos atropelam os prognósticos. O difícil ano de Reunião CIC FIEMG Econ. Ieda Vasconcelos Fevereiro/2015

TRABALHO DE ECONOMIA:

1. COMÉRCIO 1.1. Pesquisa Mensal de Comércio Sondagem do comércio

Bancos financiam crescentemente a produção

NOTA CEMEC 03/2015 FATORES DA QUEDA DO INVESTIMENTO

Um Novo Modelo de Desenvolvimento para o Brasil

NOTA CEMEC 02/2015 COMO AS EMPRESAS NÃO FINANCEIRAS SE FINANCIAM E A PARTICIPAÇÃO DO MERCADO DE DÍVIDA CORPORATIVA

Monitor do Déficit Tecnológico. Análise Conjuntural das Relações de Troca de Bens e Serviços Intensivos em Tecnologia no Comércio Exterior Brasileiro

Os bancos públicos e o financiamento para a retomada do crescimento econômico

CENÁRIOS 2013: PERSPECTIVAS E O SETOR DE BKs 19/03/2013

Teleconferência Resultados 3T10

O crédito ao setor privado atingiu R$1.948 bilhões no final de 2011, após acréscimos de 2,2% no mês e de 18,9% em relação a dezembro de 2010.

O BNDES e a Internacionalização das Empresas Brasileiras

Comunicado à Imprensa. S&P reafirma ratings da Tele Norte Leste Participações S.A.

INVESTIMENTOS NA INDÚSTRIA

EconoWeek Relatório Semanal. EconoWeek 18/05/2015

Imagem Corporativa Marta Telles Tel: (11) Márcia Avruch Tel.

Portal de Informações FEBRABAN. Módulo I Crédito

RELATÓRIO DE MISSÃO INTERNACIONAL À ALEMANHA

O MERCADO DE TRABALHO NA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA EM 2011 E

IMF Survey. África deve crescer mais em meio a mudanças nas tendências mundiais

Metodologia. Pesquisa Quantitativa Coleta de dados: Público Alvo: Amostra: 500 entrevistas realizadas. Campo: 16 a 29 de Setembro de 2010

Apresentação de Teresa Ter-Minassian na conferencia IDEFF: Portugal 2011: Coming to the bottom or going to the bottom? Lisboa, Jan.31-Fev.

NOTA CEMEC 06/2015 CÂMBIO CONTRIBUI PARA RECUPERAÇÃO DE MARGENS E COMPETITIVIDADE DA INDÚSTRIA

Indicadores de Desempenho Julho de 2014

A REORIENTAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL BRASILEIRO IBGC 26/3/2015

Indústria de Transformação Cearense em 2013: Algumas Evidências para os Resultados Acumulados até o Terceiro Trimestre

NORDESTE: DESEMPENHO DO COMÉRCIO EXTERIOR EM 2009

Pequenas e Médias Empresas no Canadá. Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios

Comentários gerais. consultoria em sistemas e processos em TI, que, com uma receita de R$ 5,6 bilhões, participou com 14,1% do total; e

Março / Cenário Econômico Bonança e Tempestade. Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

Setor Externo: Triste Ajuste

Transcrição:

DESTAQUES DE CONJUNTURA ECONÔMICA AMÉRICA LATINA Junho de 2015 (segunda quinzena) 1 1 ARGENTINA Dados oficiais apontam para retomada da atividade econômica no país. O Indec 2 divulgou crescimento do PIB de 1,1% no primeiro trimestre do ano e crescimento de 1,7% no índice mensal de atividade econômica de abril. Em contraponto, análises privadas indicam que o primeiro trimestre apresentou uma queda de 0,8% no PIB 3. PERSPECTIVAS MACROECONÔMICAS Pesquisa junto a bancos e consultores privados traça cenário macroeconômico para este ano e o próximo. Pesquisa realizada com analistas privados 4 mostra expectativa média de melhora na atividade econômica nos próximos meses (especialmente em razão da proximidade das eleições presidenciais de outubro) com o encerramento do ano com uma recessão de -0,6% do PIB. Para 2016, o cenário é de crescimento econômico da ordem de 1%. A inflação prevista é de 29% em 2015, e entre 32% e 45% em 2016. 5 CÂMBIO Câmbio paralelo se desvaloriza e amplia brecha cambial. Em junho, o câmbio paralelo (dólar blue) apresentou uma desvalorização de 7,6% (passando de 12,65 ARS/US$ no dia 1º para 13,61 ARS/US$ no dia 30). No mesmo período, o câmbio oficial se desvalorizou 1,2% (passando de 9,04 ARS/US$ no dia 1º para 9,15 ARS/US$ no dia 30). Com isso, a brecha cambial no período passou de 40% para 49%. Análises privadas indicam que o movimento não gera impactos imediatos na inflação, mas evidencia certa instabilidade cambial, com possíveis efeitos em investimentos e na atividade econômica. PRODUÇÃO INDUSTRIAL Atividade industrial registra 22 mês consecutivo de queda. O Indec 6 divulgou que a atividade industrial 7 de maio teve retração de 0,9% em relação ao mesmo mês de 2014. Nos cinco primeiros meses do ano, a queda acumulada é de 1,7% em relação ao mesmo período de 2014. Importante parcela da queda é atribuída ao setor automobilístico, que apresentou contrações na produção de veículos de 9% em maio e 15,8% no acumulado do ano. 1 2 3 4 5 6 7 Dados atualizados até 30/06/15. Este é um documento de caráter informativo elaborado com base em informações públicas produzidas por terceiros. Nada no documento deve ser interpretado como posicionamento, visão ou projeção deste Ministério. Instituto Nacional de Estadística y Censos Índice médio de consultorias privadas apresentado por deputados da oposição no congresso argentino. A apresentação destes dados no congresso é motivada pelos questionamentos feitos aos dados oficiais de crescimento do Indec, que são ainda objeto de moção censura por parte do FMI. LatinFocus Consensus Forecast O levantamento LatinFocus Consensus Forecast, a que se refere este bullet, chama a atenção pela amplitude das previsões privadas utilizadas para construção dos cenários médios. Sobre o crescimento do PIB em 2015, as previsões vão desde uma queda de 3% até um crescimento de 1,5%. Para 2016, há previsões desde queda de 3% até crescimento de 3,5%. Sobre a inflação, para 2015 as previsões vão desde 23,5% a 42%. Para 2016, há previsões de inflação de 21,1% até 45%. Instituto Nacional de Estadística y Censos Estimador mensual industrial (EMI)

RENTABILIDADE DAS PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS Pesquisa indica que 69% das pequenas e médias empresas do país estariam operando com rentabilidade nula ou negativa. O levantamento, realizado pela Confederação Argentina de la Mediana Empresa (CAME), indica ainda que o setor agropecuário seria o mais afetado (com 77,8% com rentabilidade nula ou negativa). São apontadas como causas a queda na atividade econômica, a elevação dos custos e a carga fiscal crescente. 2 DÍVIDA EXTERNA Dívida externa privada se reduz e pública cresce. Segundo dados do Indec 8, a dívida externa total da argentina atingiu, no primeiro trimestre do ano, US$ 144,9 bilhões (crescimento de 5,9% em relação a igual período de 2014). No período, a dívida privada teve contração de 6,4% (passando a US$ 64,9 bilhões) e a pública aumentou 12,5% (passando a US$ 78,1 bilhões). Estimativas privadas indicam que próximo governo herdará compromissos externos de US$ 10 bilhões de dólares em 2016 e 2017. Análises privadas apontam que, nos anos de 2016 e 2017, o país deverá arcar com compromissos externos de aproximadamente US$ 10 bilhões/ano. Estes valores não contabilizam os compromissos com os holdouts 9. Apesar do considerado baixo nível de reservas (US$ 33,8 bilhões), existe certo consenso entre os analistas de que o endividamento externo do país é relativamente baixo e que próximo governo não teria grande dificuldade para financiá-lo. DÍVIDA PÚBLICA Governo emite dívida pela sexta vez desde março. Em sua sexta emissão no ano, o governo captou o equivalente a 5,1 bilhões de pesos (US$ 560 milhões) em títulos do tesouro nacional chamados Bonac. No período, já se somam o equivalente a 29,5 bilhões de pesos (US$ 3,2 bilhões) em novas dívidas neste tipo de operação. Analistas privados indicam preocupação com o tamanho e velocidade deste endividamento. A taxa média de retorno oferecida foi de 30% ao ano. POLÍTICA MONETÁRIA Emissão monetária se acelera. Análises privadas mostram preocupação com o crescimento da emissão monetária no país. Segundo dados do BCRA 10, a taxa de crescimento da base monetária, que em 2014 foi de 22,5%, em maio passou a 32,5% 11. As emissões decorrentes das transferências ao Setor Público são as que geram maiores preocupações. Em 2014, os repasses foram de ARS 161 bilhões de pesos 12 (frente a ARS 94 bilhões em 2013 e ARS 47 bilhões em 2012). Para 2015, algumas análises apontam para um crescimento de até 50% nestas transferências. A preocupação de alguns analistas é que o ritmo das emissões, combinado com o déficit fiscal crescente, poderia dificultar a manutenção da estabilidade cambial. COMÉRCIO EXTERIOR Saldo comercial de janeiro a maio é o menor em 15 anos. Nos cinco primeiros meses do ano, o saldo comercial acumulado foi de US$ 776 milhões, 65% menor que o mesmo período de 2014. As exportações caíram 19% e as importações 15%. Destacam-se as quedas observadas nas exportações de manufaturas industriais, com retrações próximas a 30% em quase todas as 8 9 10 11 12 Instituto Nacional de Estadística y Censos Títulos não renegociados da moratória de 2001 e objeto da moratória técnica que o país se encontra em razão de decisão judicial nos Estados Unidos. Banco Central da República Argentina Frente a maio de 2014. O equivalente a US$ 17,6 bilhões.

categorias. Estimativas privadas apontam que 2015 deverá se encerrar com um saldo acumulado de US$ 3,6 bilhões (frente a um saldo de US$ 6,7 bilhões em 2014). Retração das exportações poderá ter impacto significativo no PIB. De acordo com análises privadas, considerando o peso das exportações no PIB argentino (de 15% em 2014) uma queda estimada de 15% das exportações em 2015 poderia representar uma queda de cerca de 2,0% no PIB. 3 Governo sinaliza ampliação do acesso a dólares de alguns setores importadores. A área econômica indicou a ampliação em 30% do montante da moeda norte-americana a que alguns setores industriais têm acesso mensalmente para a compra de bens e insumos do exterior. A medida é justificada pelo governo pela estabilidade cambial recente e pela melhora no nível de reservas (atualmente em US$ 33,8 bilhões). INVESTIMENTOS ESTRANGEIROS DIRETOS IED caem 41% em 2014. Segundo informe da UNCTAD, o total de IED na Argentina em 2014 foi de US$ 6,6 bilhões (frente a US$ 11,3 bilhões em 2013 e US$ 15,3 bilhões em 2012). Segundo o organismo, todos os grandes receptores de IED na América do Sul, à exceção do Chile, apresentaram quedas. A América do Sul como um todo recebeu US$ 121,0 bilhões (4% a menos que o registrado em 2013). BOLÍVIA ACORDOS ENERGÉTICOS Governo firma acordo com o Paraguai para fornecimento de gás liquefeito de petróleo (GLP). Pelo instrumento, foram acordados os termos e condições para o estabelecimento de relações comerciais e futuros contratos de venda de GLP ao Paraguai através das empresas estatais Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB) e Petróleos Paraguayos (Petropar). Foi fixado um prazo de 60 dias para o início do fornecimento do produto ao país vizinho. Segundo o Ministerio de Hidrocarburos y Energía, existe a posibilidade de abastecer em 100% o mercado paraguaio. Este é o quarto acordo de integração energética assinado pela Bolívia, que já possui tratados com Argentina, Brasil e Peru. Economia mantém crescimento acima de 5,0%. Segundo o Instituto Nacional de Estadística (INE), o Índice Global de Atividade Econômica (IGAE) registrou variação de 5,15% nos doze meses até abril, mesmo índice observado em março. O desempenho é atribuído ao dinamismo do mercado interno. O Ministerio de Economía y Finanzas projeta um crescimento do PIB de 5,0% para 2015. A CAF (Corporação Andina de Fomento) estima que esse indicador possa ficar acima de 5%, em razão da descoberta de petróleo em Santa Cruz. IMPOSTOS Senado aprova prorrogação do Imposto sobre Transações Financeiras (ITF). A medida, a ser promulgada pelo Executivo, estende, até 2018, a vigência do imposto, que incide sobre determinadas operações realizadas ou denominadas em moeda estrangeira. A norma estabelece uma nova escala progressiva de alíquotas. Em 2015, o índice será de 0,15%; em 2016, 0,20%; em 2017, 0,25%; e em 2018, 0,30%. O governo espera arrecadar 2,4 bilhões de bolivianos (US$ 348 milhões) com o ITF entre 2015 e 2018. O Ministerio de Economía y Finanzas ressalta que o principal objetivo do imposto é o aprofundamento da utilização da moeda nacional vis-à-vis o dólar, e que o tributo representa apenas 0,06% da arrecadação fiscal. CHILE INVESTIMENTOS

4 Chile situou-se entre os 20 países que mais receberam investimento estrangeiro em 2014. De acordo com o Informe Mundial de Investimentos da UNCTAD, o país ocupou o 2º lugar na América Latina e o 17º lugar em nível mundial. Os investimentos estrangeiros diretos (IED) no país aumentaram 38% no ano, impulsionados pelos altos níveis de fusões e aquisições. Por outro lado, o IED destinado a novos projetos diminuiu significativamente (-35%) em relação a 2013. Apesar disso, o menor volume nas operações de aquisições locais e a queda nos investimentos internos fizeram com que o IED alcançasse uma proporção recorde de 40% sobre a formação bruta de capital fixo. EMPREGO Desemprego acima do esperado no trimestre março-maio. No período, o desemprego atingiu 6,6%, superior aos 6,3% previstos pelo mercado e a maior alta desde o trimestre julhosetembro de 2014. Esse resultado representou um incremento de 0,5 pontos percentuais em relação ao trimestre móvel anterior e 0,3 pontos percentuais em doze meses. COLÔMBIA Crescimento do PIB chega a 2,8% no primeiro trimestre. De acordo com o DANE 13, o resultado, obtido na comparação com igual período de 2014, teve como destaques positivos os setores de comércio (+5,0%), construção civil (+4,9%) e atividades financeiras e imobiliárias (+4,4), e como principais resultados negativos os setores de mineração (-0,1%) e refino de petróleo (-11,2%). Apesar de o crescimento registrado ser bastante inferior ao observado entre os primeiros trimestres de 2014 e 2013 (+6,4%), ainda foi superior à média mundial (+2,2%) e ao observado em outros países da região, como México (+2,5%) e Peru (+1,7%). INVESTIMENTOS Investimento Estrangeiro Direto diminui em 2015. De acordo com dados do Banco Central, o investimento externo direto em maio chegou a US$ 1,2 bilhão, um aumento de 1,4% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Entretanto, no acumulado do ano, o fluxo de IED para o país reduziu-se 13,9% em relação a igual período de 2014, chegando a US$ 5,6 bilhões. O principal destaque negativo foram os investimentos em petróleo e mineração, que tiveram redução de 19,9%. FINANÇAS INTERNACIONAIS Banco Mundial concederá empréstimo de US$ 1,5 bilhão. A nova linha de crédito deverá ser estabelecida no início do novo ano fiscal do Banco, contado a partir de 01 de julho de 2015. De acordo com a entidade, as operações compreendidas por esse empréstimo estarão orientadas à administração das contas públicas e ao estímulo à competitividade e a novas fontes de crescimento. Atualmente, a Colômbia acumula débito de US$ 7,9 bilhões com a instituição, com a qual tem 12 operações vigentes, concentradas em três eixos principais: infraestrutura, meioambiente e desenvolvimento social. FMI aprova linha de crédito flexível à Colômbia. A operação, que tornará disponível ao país um montante de US$ 5,4 bilhões e terá duração de dois anos, tem como objetivo mitigar os efeitos de pressões externas, como a queda nos preços do petróleo, sobre a economia local. De acordo com o FMI, o objetivo não é a utilização integral dos recursos, mas sua disponibilidade como uma forma de precaução e proteção contra choques externos. Desde 2009, quando a 13 Departamento Administrativo Nacional de Estatísticas

contratou pela primeira vez, a Colômbia vem renovando sucessivamente essa linha de crédito flexível com a entidade multilateral. 5 EQUADOR SISTEMA GERAL DE PREFERÊNCIAS (SGP) Estados Unidos renovam SGP. O Congresso americano aprovou a renovação do instrumento até 31/12/2017, com retroatividade a 2013. A decisão beneficia 120 países e ainda depende da sanção presidencial. Os Estados Unidos são o principal sócio comercial do Equador. Produtos como flores, manga, abacaxi, polpas de frutas, elaborados de madeira, entre outros, serão beneficiados pelas preferências tarifárias. O SGP concede tarifa zero ou tarifas reduzidas aos países beneficiários. COMÉRCIO EXTERIOR Governo lança instrumento de financiamento das exportações. A Corporación Financiera Nacional (CFN) passou a oferecer créditos aos exportadores de, no mínimo, US$ 100 mil, na modalidade Factoring Internacional. Para ter acesso ao mecanismo, os exportadores devem fornecer as faturas de vendas de seus produtos à CFN, com data máxima de vencimento de 180 dias. Os recursos serão depositados em até 48 horas. A medida visa dar liquidez aos exportadores e há a expectativa de que beneficie 3 mil empresários. EMPRÉSTIMOS EXTERNOS País recebe USS 500 milhões da China. A quantia será utilizada no financiamento do Plan Anual de Inversiones deste ano. Os recursos fazem parte dos acordos que o governo firmou com aquele país, que figura como importante fonte de financiamento do orçamento público. O Ministerio de Finanzas informou que a parcela se soma aos US$ 400 milhões recebidos da China no mês passado, e que o Equador continuará recebendo recursos chineses e de outras fontes, com o objetivo de financiar projetos de grande rentabilidade. MÉXICO COMÉRCIO INTERNACIONAL México considera aplicar restrições a importações estadunidenses. A medida, que vem sendo estudada pela Secretaria de Economia mexicana, consistiria na imposição de impostos de importação, atualmente inexistentes, sobre produtos importantes na pauta comercial, como carne e maçã. As restrições vêm sendo estudadas no âmbito da possível retaliação mexicana aos Estados Unidos, a ser autorizada pela Organização Mundial do Comércio, em razão de barreiras impostas à exportação de carne bovina mexicana ao país vizinho, consideradas violadoras das normas multilaterais de comércio pelo Órgão de Solução de Controvérsias da OMC. A demanda mexicana busca autorização para retaliações no valor de US$ 653 milhões. INVESTIMENTOS País perde posição em ranking de investimento externo direto. De acordo com relatório anual da UNCTAD, o México não se encontra mais entre os 10 principais destinos de inversão estrangeira direta, ocupando apenas a 13ª posição. A posição anterior havia sido conquistada em razão do grande montante recebido em 2013 (US$ 45 bilhões), resultado, em especial, da aquisição do Grupo Modelo pela cervejaria AB InBev. Os dados se referem a 2014, quando o IED no México chegou a US$ 23 bilhões, uma redução de 48,8% em relação ao ano anterior. O único país latino-americano nas 10 primeiras colocações é o Brasil, que ocupa a 6ª posição. INFRAESTRUTURA E ENERGIA Novas licitações em energia atrairão US$ 6,8 bilhões. A Comissão Federal de Eletricidade anunciou que realizará o quarto bloco de licitações em infraestrutura energética e gasodutos,

com a oferta de 24 novos projetos de infraestrutura energética, incluindo 5 gasodutos. Segundo a instituição, o valor arrecadado deve chegar a US$ 6,8 bilhões. Espera-se que as obras desse bloco, incluídas na ampla reforma energética em curso no país, estejam prontas até o final da atual administração. 6 PARAGUAI CENÁRIO ECONÔMICO Standard & Poor s eleva grau de investimento do Paraguai. Em seu ultimo relatório, a S&P elevou a classificação do país para BB, aproximando-o de conseguir o grau de investimento, que começa dois níveis acima, a partir de BBB. Essa melhor avaliação foi fundamentada na resistência da economia do Paraguai às tendências negativas na região e também à implementação de políticas macroeconômicas prudentes. TAXA DE JUROS Banco Central reduz a taxa de juros. A instituição reduziu a taxa básica de juros para 6%, a terceira redução feita neste ano. Em março, a taxa havia caído de 6,75% para 6,50% e, em abril, diminuiu para 6,25%. O BCP explicou que a decisão se deve ao fato de que o cenário externo continua se deteriorando, com sucessivas revisões para baixo nas projeções de crescimento das principais economias regionais e globais. INFLAÇÃO Paraguai ganha destaque no controle da inflação. De acordo com o Banco Central, o país ocupa o primeiro lugar no ranking dos países com melhor controle sobre a inflação, ao lado de Nova Zelândia, Dinamarca e Alemanha, conforme relatado no último Relatório de Competitividade Mundial emitido pelo Fórum Econômico Mundial. O documento também destaca os baixos níveis de dívida pública do país, posicionando Paraguai em 13º geral mundialmente e em segundo na América do Sul. O Fórum Economico Mundial reconhece ainda a estabilidade macroeconómica, colocando o Paraguai em quinto lugar nesse ranking na região e 54ª no mundo inteiro, a frente de Uruguai e Brasil, países que atualmente têm classificação de grau de investimento. Banco Central reduz a estimativa de crescimento. O BCP diminuiu de 4,5% para 4% sua previsão de crescimento para 2015, devido a um menor desempenho do comércio exterior e uma menor produção de energia elétrica. O Fundo Monetário Internacional (FMI) estima um crescimento de 4%, enquanto a CEPAL e o Banco Mundial esperam uma expansão de 4,2%, Mesmo com essa redução, a se confirmarem as estimativas, a economia paraguaia apresentaria o segundo maior crescimento na região, atrás apenas da Bolívia (+ 4,2%), em um ano em que se espera um desempenho regional de apenas 1%. PERU Economia se expande 4,2% em abril. Segundo o Instituto Nacional de Estadística e Informática (INEI), trata-se do 69º mês de crescimento ininterrupto da produção nacional e do melhor resultado em 13 meses. Os setores com melhor desempenho foram pesca, manufatura primária e mineração, com destaque para os minerais metálicos. A pesca registrou incremento de 154,0%, a manufatura primária de 35,9% e os minerais metálicos de 18,2%. O crescimento do setor de pesca deveu-se principalmente ao aumento da captura de enxoveta e a mineração foi favorecida pela consolidação de novos projetos. Na manufatura primária destacou-se a produção de farinha e azeite de pescado, devido à maior disponibilidade de anchoveta.

CRÉDITO BANCÁRIO Empréstimos bancários em moeda estrangeira se reduzem. O crédito em dólares apresentou retração de 0,8% no mês e de 9,9% nos 12 meses até maio. O coeficiente de dolarização do crédito ao setor privado, em maio, foi de 35,0%, inferior em 4,3 pontos percentuais a maio de 2014. Nos últimos anos, vem se verificando significativa queda nesse coeficiente (em maio de 2006, era de 65%). 7 NÍVEL DE EMPREGO Taxa de desemprego sobe no trimestre. Segundo o Instituto Nacional de Estadística e Informática (INEI), a taxa de desemprego na região metropolitana de Lima situou-se em 7% no período março-abril-maio. A cifra representa elevação de 1,2 pontos percentuais na comparação com o mesmo trimestre de 2014. O órgão aponta, não obstante, melhoria em outros indicadores no período. A população ocupada e a população com emprego adequado registraram incremento de 0,4% e de 4,0%, respectivamente, e houve redução de 5,5% no subemprego. URUGUAI PIB Economia cresceu 4% no primeiro trimestre. Segundo o Banco Central, no primeiro trimestre de 2015 a economia uruguaia cresceu 4% em relação ao mesmo período de 2014. Esse desempenho se deveu principalmente ao crescimento da indústria manufatureira (11,3%), da oferta de eletricidade, gás e água (18,1%) e de transporte, armazenamento e telecomunicações (6,1%). Construção foi a única atividade que apresentou desempenho negativo (-2,6%). CRÉDITO Em abril, o crédito ao consumo registrou o menor crescimento dos últimos cinco anos. O aumento do crédito para consumo passou de 4,6% nos 12 meses encerrados em março para 1,7% nos 12 meses encerrados em abril. Esta taxa foi a menor já registrada num mês de abril desde 2010. DESEMPREGO Desemprego em alta. A taxa de desemprego atingiu 8,1% no mês de abril, acima da taxa registrada em março, 7,3%, e em abril de 2014, 6,8%. Essa foi a maior taxa desde maio de 2009, quando também atingiu 8,1%. Segundo consultoria privada (KPMG), espera-se que a taxa de desemprego continue a registrar valores acima de 7,5% nos próximos meses. VENEZUELA FINANCIAMENTO INTERNACIONAL Presidente anunciou que o País assinou acordo com o Irã. Segundo Maduro, o país asiático outorgará uma linha de crédito com um valor inicial de US$ 500 milhões, para financiar investimentos e ajudar a melhorar a oferta de bens básicos no país latino americano. RESERVAS INTERNACIONAIS Banco Central procura dar maior liquidez às suas reservas internacionais. Segundo recente informe publicado pelo BCV, as reservas internacionais em ouro totalizaram US$ 13,09 bilhões no final de março deste ano. Isso significa que houve uma queda de 13,3%, ou US$ 2,02 bilhões, em um ano, dado que em março de 2014 esse valor era de US$ 15,11 bilhões. O país também realizou dois saques, em abril e junho deste ano, de suas reservas em direitos especiais de saque no Fundo Monetário internacional, no valor total de US$ 1,98 bilhão. Analistas explicam que o BCV está trocando ativos ilíquidos por líquidos, para poder utilizá-los, porque o país tem restrita liquidez operacional em suas reservas internacionais, dado que 72% delas são em ouro e a maior parte é guardada no Banco Central do País.

PETRÓLEOS DE VENEZUELA S.A. Nova parceria entre as estatais russa e venezuelana. Em 21/06, a estatal Petróleos de Venezuela S.A. (PdVSA) informou que constituirá com a russa Rosneft uma empresa mista que desenvolverá infraestrutura e operará nos setores de petróleo e gás no nordeste do país latino americano, nas regiões da Península de Paria, Mejillones, Patao e Rio Caribe. 8 PDVSA vende ativos nos Estados Unidos. A petroleira estatal fechou acordo para vender sua participação (50%) na Refinaria Chalmette Refining LLC, localizada no Estado de Louisiana, Estados Unidos, para a empresa americana PBF Energy Inc. A venda inclui também outros ativos associados à operação da refinaria. Segundo a empresa, a decisão de vender está em linha com as prioridades de sair de ativos não estratégicos e não alinhados com as políticas de alianças comerciais tanto da empresa quanto do país. O valor da operação ainda não foi divulgado.

9 ANEXO: INDICADORES TAXA DE CRESCIMENTO DO PIB MUNDO 3,3* 3,4 AMÉRICA LATINA 1,3* 0,8 % RESERVAS SOBRE O PIB % DÍVIDA BRUTA SOBRE O PIB 2014 A 2015* 2014 2014* ARGENTINA 0,5-0,3 5,8 48,6 BOLÍVIA 5,4 5,0 B 44,2 32,4 BRASIL 0,1-1,1 B 16,8 65,2 CHILE 1,9 3,25 B 15,3 13,9 COLÔMBIA 4,6 3,6 B 11,7 38,0 EQUADOR 3,8 1,9 B 3,8 29,8 MÉXICO 2,1 3,0 B 14,9 50,1 PARAGUAI 4,4 4,3 B 22,3 21,4 PERU 2,4 3,8 30,0 20,7 URUGUAI 3,5 2,8 33,2 62,8 VENEZUELA -4,0* -7,0 10,5 45,6 UNIÃO EUROPEIA 1,4* 1,8 ZONA DO EURO 0,8* 1,4 ÁSIA (PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO) 6,8* 6,4 ESTADOS UNIDOS 2,4 A 3,1 0,7 104,8 CHINA 7,4 A 6,7 38,1 C 41,1 Fonte: Autoridades nacionais e FMI (World Economic Outlook Update April/2015). * Estimativas/Previsões FMI. A Dado oficial do país. B Estimativa/Previsão oficial do país. C State Administration of Foreign Exchange (SAFE) TAXA DE CÂMBIO, INFLAÇÃO E CONTA CORRENTE (OITO MAIORES ECONOMIAS DA AMÉRICA LATINA) DEPRECIAÇÃO DA MOEDA NACIONAL* (últimos 12 meses, em relação ao dólar) RESULTADO EM CONTA CORRENTE** (% do PIB, em 2014) INFLAÇÃO*** (%, em 2014) ARGENTINA 11,7% -0,9 E 23,9 BRASIL 40,9% -3,9 6,4 CHILE 15,5% -1,2 E 4,6 COLÔMBIA 38,3% -5,0 E 3,6 MÉXICO 21,0% -2,1 4,1 PERU 13,7% -4,1 3,2 URUGUAI 17,8% -4,7 8,3 VENEZUELA 0% A 4,3 E 68,5 * Fonte: Banco Central do Brasil (variações entre 30 de junho de 2014 e 30 de junho de 2015). ** Fonte: FMI. *** Fonte oficial dos países. A O cálculo apresentado diz respeito ao câmbio oficial venezuelano, fixado em 6,3 VEB/US$. E Dado estimado pelo FMI.