SOFTWARE LIVRE NA EDUCAÇÃO: Diálogos com uma Pedagogia da Autonomia Prof. Denis Carlos Luckner Prof. Luís C. Z. Dhein FEEVALE Novo Hamburgo, setembro de 2009.
"Não morda meu dedo, olhe para onde estou apontando". (Seymour Papert) 2
Olhares para o Software Livre Olhar interdisciplinar. Buscando compreender a complexidade do movimento. 3
Precisamos refletir sobre os caminhos que estamos trilhando Pedagogia da libertação Autonomia tecnológica Pensamento tecnológico crítico 4
[...] para mim, a questão que se coloca é: a serviço de quem as máquinas e a tecnologia avançada estão? O problema é saber a serviço de quem eles entram na escola (FREIRE, 1984a, p. 1). 5
A serviço de quem está essa tecnologia na educação? Da aprendizagem? Do mercado? 6
Não conseguimos compreender a complexidade da sociedade que está se configurando. Pós-moderno Não há absolutos 7
Movimentos na história da Informática Educativa 8
B. F. Skinner: - Investigou a utilização de tecnologias para ensinar; - Máquina de ensinar; - Instrumento pedagógico; 9
Seymour Papert: - É possível utilizar a informática para melhorar a aprendizagem; - Linguagem Logo; - O aluno como um sujeito com capacidade de criar, inventar e não apenas consumir tecnologias. 10
O que se busca com a informática na escola? Por onde vamos? 11
Comunidades de Software Livre nos ajudam a pensar: -Inteligência coletiva; -Generosidade; 12
Nem tudo é líquido! A discussão do Software livre educacional é um marco na história das tecnologias educacionais. 13
Aproximação com as ideias de Paulo Freire Não basta saber ler que Eva viu a uva. É preciso compreender qual a posição que Eva ocupa no seu contexto social, quem trabalha para produzir a uva e quem lucra com esse trabalho. Estudar não é um ato de consumir ideias, mas de criá-las e recriá-las. Educação na cidade, 1991. 14
Informática na Educação: Novas Perspectivas, novos desafios 15
As discussões sobre a informática educativa nas escolas estão se redimensionando; São muitas as questões que estão surgindo a medida que os computadores estão chegando nas escolas. São questões que transitam desde a manutenção das máquinas até o pessoal que irá trabalhar com elas. 16
Estudo de Tom Dwyer (2007)(et all) "O investimento em informática tem trazido melhor as no desempenho dos alunos? Esta pergunta não está sendo examinada parece que a informatização das escolas é um ato de fé." 17
"uma das dificuldades mais duradouras em torno da questão de tecnologia e educação é que muitas pessoas pensam em tecnologia em primeiro lugar e depois em educação" (apud Schacter, 1999, p. 10) 18
Quem é o profissional que está dinamizando o uso das tecnologias nas escolas pesquisadas? 19
Informática Tecnologias Digitais: Nova linguagem; Complexifica as relações humanas; Complexifica a relação que mantemos com o conhecimento; 20
Informática Tecnologias Digitais: Percebe-se muitas discussões sobre o quanto o aluno sabe de informática. É preciso compreender que a Escola precisa ser um espaço para potencializar a solidariedade, a autoria e a investigação. Informática instrumentalista limitadora; Potencial das tecnologias digitais Projetos. Exemplo: Produção de vídeo documentário; 21
Letramento Digital Movimentos que acontecem nas escolas 22
Escola não é espaço de consumo, é espaço de produção de conhecimento 23
Escola! A escola vive um momento de turbulência Há pouco tempo atrás informação era poder Quanto vale o conhecimento? 24
Para pensar! Estamos rompendo Paradigmas-Paradinhas; Douglas Kellner: Precisamos ler criticamente as imagens da mídia; Isso exige tempo! O que é ter Tempo na sociedade contemporânea? 25
Para pensar! Resistência reflexiva: Precisamos desmistificar as tecnologias, para evitar os modismos. Não podemos esquecer que trabalhamos com seres humanos. 26
Como diz o professor Danilo Streck (STRECK, 2003), Para uma educação estar à altura de seu tempo, portanto, não basta que se troque quadro de giz por "slides", no que alguns chamam de colonização 'high t ech', numa indústria que movimento milhões de dólares em pesquisa e produção de equipamentos didáticos. 27
Escola precisa ser o espaço do tempo lento, do tempo da decodificação da informação. "Se não se ligar, a escola se desqualificará" (Per r enoud) 28
A escola deve entrar nesse universo Tecnológico, buscando apropriar-se de todo o potencial que as tecnologias digitais oferecem para o campo educacional. 29
Professor e Aluno neste universo Aluno: Precisa aprender a ter critérios; Professor: Provocador guia; Não é ele quem vai dar as respostas, ele irá potencializar as perguntas, provocar o desejo, deixando sempre um pequeno vazio. Desejo - Sentimento de falta - Vazio = Busca do conhecimento 30
Aprender não é mais um ato solitário e silencioso. Aprender passa a ter uma dimensão coletiva e em constante movimento. 31
Inclusão Digital 32
Inclusão Digital é diferente de educação digital Alfabetização digital - letramento digital; Inclusão Digital pode aumentar a desigualdade digital? 33
Para Sérgio Amadeu (2005): a inclusão digital é mais do que o simples acesso, é um processo de capacitação social que busca evitar que as tecnologias da informação aprofundem as desigualdades socioeconômicas. 34
Inclusão Digital não é apenas o ensino de informática na escola, muito menos se restringe ao simples acesso a computadores. Envolve a tarefa de repensar a inserção das TIC no processo de construção de conhecimento através de acesso, colaboração, comunicação, representação e autoria. Documento da 1ª Oficina de Inclusão Digit al 35
O que podemos aprender com o software livre? Se você tem uma maçã e eu tenho uma maçã, e nós trocamos as maçãs, então você e eu ainda teremos uma maçã. Mas se você tem uma ideia e eu tenho uma ideia, e nós trocamos essas ideias, então cada um de nós terá duas ideias George Bernard Shaw 36
Olhando para a Escola 37
Plataforma mercadológica X Plataforma Livre Migração de Software X Migração de Pensamento Pedagogia da Migração Exemplo: Instituto Paulo Freire 38
Movimento de resistência - O Linux é culpado de tudo. Resistência ao diferente Dimensão epistemológica positivista? Movimento de compreensão Dimensão do inacabamento Dimensão da diferença Compreensão da mudança 39
Dimensão Pedagógica 40
Dimensão Pedagógica que dialoga com o Software Livre - Autonomia do sujeito; - Trabalho Coletivo; - Criação de espaços para compartilhar produções; - Dimensão ética; - Dimensão crítica; - Leitura do mundo: Conscientização. 41
Algumas atividades: - Criação de fases dentro do jogo Super Tux. (3ª série) As Novas Aventuras do Super Tux - Trabalho em grupos; - Criação; - Autoria; - Seminário de apresentação, com espaço de discussão; - Produção do Cd com o jogo e as fazes; 42
Algumas atividades: - Discutindo o universo tecnológico; (8ª série) Me disseram que o Windows era melhor. Então o que adianta eu estudar aqui no Linux. Se depois quando eu for trabalhar vou usar Windows. Acho que o Linux vai me deixar confusa. Dimensão epistemológica: Qual é a ideia sobre o conhecimento? Visão mercadológica limitada e aprisionada? Visão questionadora Libertadora Curiosa - Inacabada? 43
Software Livre para espaços escolares 44
Gcompris 45
Jclic 46
TuxPaint 47
Audacity 48
SuperTux 49
Outros: Gimp Editor de Imagens Pacote BrOffice Editor de textos, slides, planilhas e banco de dados. 50
Lembrem-se de que vocês vivem em um tempo exepcional, em uma época única, e que têm essa grande felicidade, esse incalculável privilégio, de estarem presentes ao nascimento de um novo mundo. Aur obindo 51
SOFTWARE LIVRE NA EDUCAÇÃO: Diálogos com uma Pedagogia da Autonomia Prof. Denis Carlos Luckner Prof. Luís C. Z. Dhein FEEVALE Novo Hamburgo, setembro de 2009. 52
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