POTENCIAL DE UTILIZAÇÃO DE ESPÉCIES ARBÓREAS MEDICINAIS POR MORADORES DA GLEBA OURO VERDE, IVINHEMA-MS: diagnótico do público beneficiado Adriana Aparecida da Silva Cordeiro 1 ; Glaucia Almeida de Morai 2 1 Etudante do Curo de Ciência Biológica da UEMS, Unidade Univeritária de Ivinhema; E-mail: dri.ilvacordeiro@gmail.com 2 Profeora do Curo de Ciência Biológica e Horticultura da UEMS, Unidade Univeritária de Ivinhema; E-mail: gamorai@uem.br Meio Ambiente Reumo A avaliação do grau de conhecimento de uma população reidente em uma localidade da região ul do etado de Mato Groo do Sul é o primeiro pao para regatar o interee comunitário pela utilização da planta medicinai. O objetivo dee etudo foram verificar o conhecimento e o uo popular de planta medicinai, etimar a atifação com eta terapia e identificar meio de obtenção e de utilização dea planta. Foi aplicado um quetionário direcionado a uma amotra da população da zona rural do município de Ivinhema, abordando ocioeconomia, planta conhecida, obtenção, forma de preparo e utilização, comprovação de reultado e interee em receber muda que etão endo cultivada no viveiro da Unidade Univeritária de Ivinhema. Mai de 39 planta foram citada pelo conjunto do entrevitado, endo que a maioria dele cultiva alguma planta medicinai em eu quintal, embora ete conhecimento retrinja-e a planta herbácea; outra planta com potencial fitoterápico, principalmente arbórea, poderiam er melhor aproveitada Na continuidade do projeto, eta informaçõe erão partilhada com a população em quetão durante a realização de oficina. Palavra-chave: Conhecimento. Fitoterápico. Flora. Introdução A flora de Mato Groo do Sul é ainda pouco explorada pela ciência, endo o Etado braileiro com menor índice de coleta por quilômetro quadrado da região Centro-Oete (PEIXOTO, 2003 apud SELEME, 2008). O regate cultural, atravé de regitro e documentação do conhecimento tradicional incluindo a informaçõe do uo empírico da planta, é indipenável, por etarem a mema ob o rico de deaparecimento (CABALLERO, 1987 apud BARATA-SILVA et al., 2005).
Aim, de acordo com Barata-Silva et al. (2005), o acúmulo de conhecimento empírico obre a ação do vegetai, vem endo tranmitido dede a antiga civilizaçõe até o dia atuai e a utilização de planta medicinai tornou-e uma prática generalizada na medicina popular. Queiroz (1986) alienta que a medicina tradicional repreenta um importante papel ocial por meio de eu elemento, põem em ação o ímbolo compartilhado por toda ociedade. A utilização de planta medicinai é tão antiga quanto o aparecimento do homem. A fitoterapia é um recuro terapêutico que paou a er reconhecida como pratica médica a partir de 1988 e vem crecendo em todo o mundo (RODRIGUES; CARVALHO 2001). A planta não ó ão utilizada para curar doença, ma também ão utilizada em rituai. Há mai de 3.000 a.c. o chinee já faziam uo e cultivavam planta medicinai que ainda no dia de hoje ão utilizada com eficácia tanto na medicina popular como por laboratório de produto farmacêutico (RODRIGUES; CARVALHO, 2001). Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), planta medicinal é toda planta que adminitrada ao homem ou animal, por qualquer via ou forma, exerça alguma ação terapêutica. O tratamento feito com o uo de planta medicinai é denominado de fitoterapia e o fitoterápico ão o medicamento produzido a partir dea planta (BANDEIRA et al., 2000). O objetivo geral deta ação de extenão é regatar o conhecimento do moradore da Gleba Ouro Verde, município de Ivinhema-MS, obre o uo de árvore nativa com potencial medicinal. Epecificamente neta etapa, objetivou-e realizar um diagnótico do conhecimento da população em quetão obre a epécie arbórea com potencial medicinal. Materiai e Método A área de etudo itua-e ao ul do Etado de Mato Groo do Sul, no município de Ivinhema. A população envolvida neta ação reide na gleba Ouro Verde, zona rural do município. O intrumento para o diagnótico do conhecimento deta população obre a planta medicinai arbórea foi um quetionário com quetõe aberta e fechada, incluindo pergunta obre o perfil ocioeconômico e obre o conhecimento referente à flora fitoterápica. O dado obtido foram analiado com bae no percentual de repota e parte da repota foi ubmetida à Análie de Correpondência Múltipla, uma ferramenta do Excel que permite a contrução de uma tabela (Tabela de Burt) onde toda a informaçõe podem er cruzada. A etapa eguinte da ação prevê a realização de reuniõe com o moradore para a
divulgação da informaçõe obtida e outra informaçõe obre a propriedade terapêutica já comprovada cientificamente, orientar obre o rico da utilização inadequada deta planta e incentivar o cultivo de epécie arbórea medicinai. Etão endo realizada coleta de emente e obtenção de outro materiai para a propagação de epécie medicinai e muda deta epécie erão produzida no viveiro da Unidade de Ivinhema. Eta muda erão ditribuída ao moradore da Gleba Ouro Verde, durante a Oficina obre a Produção e uo da planta medicinai arbórea. Reultado e Dicuão Foram entrevitado 29 moradore da gleba Ouro Verde durante o primeiro emetre de 2010. A maioria do entrevitado era do exo feminino (88,8%), provavelmente porque no horário da entrevita o homen etavam no trabalho. A faixa etária mai frequente foi a de 41 a 50 ano, com 31% da peoa, eguida pela faixa de 51 a 60 ano e 21 a 30 ano, amba com 17,2% do entrevitado. A renda familiar de 86,2% dele itua-e de 1 a 3 alário mínimo e o tamanho da propriedade fica entre 1 e 10 alqueire paulita (24.200 a 242.000 m 2 ) em 58,6% do cao. Quanto à ecolaridade, 62% do entrevitado não concluíram o enino fundamental e 10,3% equer ão alfabetizado. Apena um entrevitado cura o nível uperior. Foram citada mai de 39 planta conhecida pelo moradore entrevitado, realtando-e que 55,2% dele informaram conhecer de 6 a 10 planta medicinai e 34,5% citaram mai de 10 planta. Aproximadamente 78 % afirmaram ter aprendido obre a planta medicinai com eu acendente (pai e avó principalmente), 20% com peoa conhecida e 2% em livro. Dentre a planta conhecida, a mai citada foram: hortelã-pimenta (Mentha piperita), poejo (Mentha pulegium), boldo (Peumu boldu), erva cidreira (Melia officinali), alecrim (Romarinu officinali). Em 44,8% do cao, o entrevitado relataram conumir planta medicinai para reolver problema de aúde com freqüência (ao meno uma vez na emana); 17,2% utilizam regularmente (pelo meno uma vez ao mê); 34,5% fazem uo raramente (1 a 2 veze ao ano) e apena um entrevitado (3,5%) não faz uo de planta medicinai. Dentre o que fazem uo, 67,8% afirmaram que obtiveram cura do problema, contra o demai que relataram efetividade no uo em alguma veze (14,3%) ou temporariamente (17,9%). Sobre a forma de preparo, 65% do entrevitado referiram-e ao chá da planta
medicinai (Figura 1), o que revela o fato de que na maioria da veze a planta é utilizada de forma errônea porque ó a parte dura (raiz, caule e caca) devem er cozida (PASSOS; SOUSA; HUSSEIN, 2005). Do entrevitado, 68 % dieram que utilizam a folha no preparo de remédio (Figura 2), endo que em 48,3 % do cao, o moradore da Gleba Ouro Verde pouem de 1 a 5 epécie de planta medicinai em ua caa, 31% pouem de 6 a 10 e 13,8% pouem mai de 10 epécie cultivada em caa. 30 25 20 ) (% ta 15 o p re 10 5 0 banho chá curtida in natura infuão macerado uco Forma de Preparo Figura 1. Forma de preparo da planta medicinai utilizada por moradore da gleba Ouro Verde, Ivinhema-MS, 2010.
Figura 2: Parte da planta medicinai utilizada por moradore da gleba Ouro Verde no preparo de remédio, Ivinhema-MS, 2010. O reultado ão parciai, ma oberva-e que o moradore demontraram certo conhecimento obre planta medicinai, embora ete conhecimento retrinja-e a planta herbácea, endo que no quintai outra planta com potencial fitoterápico tenham ido encontrada, principalmente arbórea, a quai poderiam er melhor aproveitada. Na continuidade do projeto, eta informaçõe erão partilhada com ele durante a realização de oficina. Agradecimento: À PROEC, pela bola concedida. Referência BARATA-SILVA, A.W., MACEDO, R. L. G., GOMES, J. E. Potencial de utilização de epécie arbórea medicinai no Rio Grande do Sul. Revita científica eletrônica de engenharia floretal, Garça-SP, a. 3, n. 6, 2005. Diponível em: <www.revita.inf.br/floretal06/page/artigo/artigo08.pdf>. Aceo em: 19 out. 2009. BANDEIRA, M. A. M. et al. Informaçõe obre o uo correto da planta medicinai. Fortaleza: Secretaria Municipal de Deenvolvimento Social, 2000. QUEIROZ, M. S. Etudo obre medicina popular no Brail. Religião e ociedade, n. 5, p. 241-250, 1980.. RODRIGUES, V. E. G., CARVALHO, D. A. Planta Medicinai do Domínio do Cerrado. Lavra, MG: UFLA, 2001.