Ano Opcional em Obstetrícia e Ginecologia e Áreas de Atuação em Obstetrícia e Ginecologia

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Transcrição:

Universidade Federal de São Paulo COREME Residência MÉDICA - 2015 Ano Opcional em Obstetrícia e Ginecologia e Áreas de Atuação em Obstetrícia e Ginecologia Nome do Candidato N.Inscrição INSTRUÇÕES Verifique se este caderno de prova contém um total de 30 questões, numeradas de 1 a 30. Se o caderno estiver incompleto, solicite outro ao fiscal da sala. Não serão aceitas reclamações posteriores. Para cada questão existe apenas UMA resposta correta. Você deve ler cuidadosamente cada uma das questões e escolher UMA resposta. Essa resposta deve ser marcada na FOLHA DE RESPOSTAS que você recebeu. VOCÊ DEVE Procurar, na FOLHA DE RESPOSTAS, o número da questão a que você está respondendo. Verificar, no caderno de prova, qual a letra (A, B, C, D, E) da resposta que você escolheu. Marcar essa letra na FOLHA DE RESPOSTAS fazendo um traço no quadrinho que aparece abaixo dessa letra. ATENÇÃO Marque as respostas com caneta esferográfica azul ou preta. Marque apenas uma letra para cada questão: mais de uma letra assinalada implicará anulação dessa questão. Responda a todas as questões. Não será permitida qualquer espécie de consulta, nem o uso de aparelhos eletrônicos. Você terá 2:00h para responder a todas as questões e preencher a Folha de Respostas. "Direitos autorais reservados. Proibida a reprodução, ainda que parcial, sem autorização prévia". edudata

2 UNIFESP Residência Médica 2015 Obstetrícia e Ginecologia

1. Paciente de 28 anos, diabética tipo I há 15 anos, descobriu estar grávida de 14 semanas. Apresenta sobrepeso e hipertensão arterial. Em uso de insulina, metformina e captopril. Escolha a alternativa correta: Manter captopril e suspender metformina no terceiro trimestre Suspender imediatamente metformina e captopril Manter medicamentos, orientar dieta e exercício físico diário Manter metformina se quantidade de insulina total acima 100 unidades/dia Suspender captopril se feto morfologicamente normal à ultrassonografia 2. Secundigesta 26 semanas, refere parto normal anterior na 28ª semana. Apresenta 3 contrações médias em 10 minutos. Altura uterina = 23 cm. Batimento cardíaco fetal = 140 bpm. Colo pérvio para 1,5 cm, médio, cefálico, bolsa íntegra. A conduta imediata é: Ampicilina, atosiban, sulfato de magnésio Clindamicina, atosiban, progesterona Penicilina cristalina, nifedipina, sulfato de magnésio Ampicilina, terbutalina, progesterona Penicilina cristalina, nifedipina, betametasona 3. Primigesta, 40 anos submetida a esvaziamento de mola hidatiforme completa há 42 dias tem os seguintes valores de hcg: 80.000 mui/ml, 7.000 mui/ml, 3.000 mui/ml, respectivamente: pré-esvaziamento, 28 e 35 dias após. Apresenta sangramento genital discreto há 3 dias. Assinale a alternativa correta. Afastar restos molares através de ultrassonografia pélvica transvaginal Oferecer quimioterapia profilática com Actinomicina D devido ao sangramento genital Evolução normal, repetir hcg semanalmente até atingir valor abaixo de 5 mui/ml Iniciar quimioterapia para neoplasia trofoblástica gestacional com metotrexate Indicar histerectomia profilática devido a idade materna e dispensar seguimento posterior 4. Puérpera, 72 h após parto cesárea, referindo cefaleia, turvação visual, escotomas. Pressão arterial: 160 x 110 mmhg, edema +3/+4. Proteinúria negativa na internação. Assinale a alternativa correta. Ministrar analgésico e reavaliar sintomas em 1 hora Ministrar sulfato de magnésio se proteinúria em fita positiva Ministrar analgésico e solicitar exames para HELLP síndrome Ministrar sulfato de magnésio imediatamente Ministrar hidralazina e sulfato de magnésio se persistir hipertensão UNIFESP Residência Médica 2015 - Obstetrícia e Ginecologia - 3

5. Tercigesta 30 semanas, 1 cesárea prévia, assintomática, apresenta à ultrassonografia por via abdominal e transvaginal, placenta em parede anterior, recobrindo e ultrapassando por 3 cm o orifício interno do colo, com sinais de acretismo. Altura uterina = 34 cm, batimento cardíado fetal = 144 bpm. Assinale a alternativa correta. Cesárea eletiva entre 35ª a 36ª semana com histerotomia corporal longitudinal Cesárea eletiva acima da 37 ª semana com histerotomia corporal longitudinal Aguardar trabalho de parto para realizar cesárea e considerar abandonar placenta in situ" Oferecer prova de trabalho de parto de acordo com ressonância magnética na 33ª semana Oferecer prova de trabalho de parto de acordo com ultrassonografia transvaginal na 33ª semana 6. Primigesta, 20 anos, 40 semanas, apresenta evolução do trabalho de parto segundo partograma. Ao exame obstétrico de admissão: Altura uterina 33 cm, avaliação da bacia: conjugado diagonal: 12,0cm; espinhas ciáticas apagadas, bituberoso: 11cm. Às 24h, foi instalada analgesia peridural contínua. Considerando-se a avaliação às 7h00, assinale a correta: A paciente apresenta vício pélvico e desproporção cefalopélvica, portanto a cesárea está indicada A bacia é limítrofe, com redução dos diâmetros anteroposteriores, está indicado o fórcipe de Kielland médio baixo Trata-se de sofrimento fetal com apresentação transversa persistente, a cesárea está indicada. A bacia é limítrofe, com redução dos diâmetros transversos, está indicado o fórcipe de Kielland médio Trata-se de occipito transversa esquerda baixa, está indicado ultimar o parto pela aplicação do fórcipe de Kielland baixo 4 UNIFESP Residência Médica 2015 Obstetrícia e Ginecologia

7. Secundigesta, primípara, 36 anos, 41 semanas e 3 dias, parto vaginal há 10 anos, sem comorbidades, procura pronto atendimento e relata estar preocupada por ter passado da data, solicita realização da cesárea. Exame físico: altura uterina 33 cm, BCF 140, dinâmica uterina ausente, toque: demonstra colo médio, 50% de esvaecimento, dilatado para 2,0 cm, amolecido, posição medianizada, apresentação cefálica -1, bolsa íntegra, amnioscopia líquido claro com grumos. Cardiotocografia categoria I. ILA normal. Qual a conduta? Internação e preparo do colo com misoprostol na dose de 25 mcg via vaginal a cada 6 horas e posterior indução com ocitocina Internação e indução com ocitocina com dose inicial de 2mU/min e ajuste conforme necessário Conduta expectante, orientação sobre sinais de trabalho de parto e reavaliação em 2 dias Impossibilidade de aguardar o trabalho de parto espontâneo, internação e resolução por cesárea Descolamento das membranas após concordância da paciente, orientação e reavaliação em 2 a 3 dias 8. Quartigesta, tercípara, 34 anos, 39 semanas, todos partos anteriores por via vaginal, sem comorbidades, procura pronto atendimento em período expulsivo do parto. Exame físico: altura uterina 31 cm, BCF 142, dinâmica uterina presente com contrações fortes, 4/60 /10, toque: dilatação total do colo, bolsa rota, apresentação pélvica completa, plano +4. Após expulsão do polo pélvico e realizada a alça de cordão, qual a conduta? Realizar manobra erguendo o tronco fetal em direção ao ventre materno e desprendimento da cintura escapular no diâmetro transverso da bacia Desprender a cintura escapular no diâmetro anteroposterior da bacia, por abaixamento para liberar o braço anterior e depois o posterior Desprender a cintura escapular no diâmetro anteroposterior da bacia, elevar o tronco para liberar o braço posterior e depois o anterior Liberar o braço anterior, transformar a espádua posterior em anterior por movimento helicoidal e liberar o outro braço Erguer o tronco fetal em direção ao ventre materno, introduzir o dedo indicador e médio na boca fetal para promover o desprendimento UNIFESP Residência Médica 2015 - Obstetrícia e Ginecologia - 5

9. Primigesta, 19 anos, 39 semanas, pré-natal sem intercorrências, relata que as contrações iniciaram duas horas antes da internação, apresenta evolução do trabalho de parto segundo partograma. Ao exame obstétrico de admissão: altura uterina 33 cm, avaliação da bacia: normal. Considerando-se a avaliação às 6h00, qual distocia funcional pode ser caracterizada clinicamente? Fase latente prolongada Parada de dilatação Parada da descida da apresentação Fase ativa protraída Divisão pélvica prolongada 6 UNIFESP Residência Médica 2015 Obstetrícia e Ginecologia

10. Sobre as distocias de partes moles, assinale a correta: A cesárea é a via de parto de escolha nas distocias de colo uterino por rigidez do colo decorrente de espasmos Para evitar a distocia de vagina secundária a septos, estes devem ser seccionados previamente ao trabalho de parto A analgesia de parto é indicada para o tratamento da aglutinação do colo uterino em razão de processo infeccioso local As bartolinites de grande dimensão não devem ser puncionadas no parto, é indicada a cesárea Na presença de varizes vulvares de grande volume, a ligadura é medida habitualmente recomendada para o parto vaginal 11. Paciente na 13ª semana de gestação realiza o ultrassom morfológico do 1º. Trimestre. Na ilustração abaixo, quais os critérios estão de acordo com Fetal Medicine Foundation para a realização da medida da TN? Magnificação adequada, posição fetal neutra, caliper ON to ON. Corte médio sagital, caliper ON to ON, flexão da cabeça fetal. Magnificação adequada, corte médio sagital, transdutor paralelo ao nariz. Posição fetal neutra, transdutor paralelo ao nariz, corte médio sagital. Magnificação adequada, caliper ON to ON, flexão da cabeça fetal. UNIFESP Residência Médica 2015 - Obstetrícia e Ginecologia - 7

12. Gestante de 22 semanas e 6 dias, secundigesta e primípara procura serviço de Medicina Fetal para US morfológico de segundo trimestre. Antecedentes Obstétricos: há 3 anos, parto normal com 38 semanas. A ultrassonografia endovaginal é mostrada abaixo. Assinale a alternativa correta: A ultrassonografia do colo uterino tem boa sensibilidade para detecção de prematuridade quando realizada entre 11 e 14 semanas. Esta paciente tem baixo risco para parto prematuro devido ao comprimento do colo e ao antecedente obstétrico Esta paciente tem risco para parto prematuro elevado e deverá ser medicada com progesterona. A conduta deverá ser baseada na ausência do eco glandular endocervical e na presença de contrações uterinas. A ultrassonografia do colo é indicada na presença de quadro clinico de trabalho de parto prematuro. 8 UNIFESP Residência Médica 2015 Obstetrícia e Ginecologia

13. Paciente na 28ª semana de gestação com Teste de Coombs indireto de 1/64, apresenta ao seu obstetra resultado do Ultrassom Obstétrico com Doppler revelando pico de velocidade sistólico aumentado (1,7 múltiplos da mediana) na artéria cerebral média. Em vista deste resultado, qual a melhor conduta a ser tomada? Sugerir a realização de cariótipo, em vista da grande associação destes achados com aneuploidias. Transfusão intrauterina de hemácias para tratamento de anemia fetal moderada e/ou grave. Oferecer apoio psicológico à paciente por não haver possibilidade de tratamento efetivo durante o pré-natal. Solicitar autorização judicial para interrupção da gestação por tratar-se de patologia incompatível com a sobrevida. Realizar amniocentese para diagnosticar o grau da intensidade de hemólise a cada 2 semanas. 14. Gestante de 30 semanas, referindo diminuição da movimentação fetal, apresentando à ultrassonografia oligoamnio, peso fetal no percentil 2 e Doppler do ducto venoso conforme figura abaixo. A melhor conduta é: Corticoterapia, sulfato de magnésio e resolução do parto. Sulfato de magnésio e reavaliação da vitalidade fetal em 24 horas. Corticoterapia, amnioinfusão e reavaliação da vitalidade fetal em 24 horas. Corticoterapia e resolução da gestação se perfil biofísico alterado. Sulfato de magnésio, amnioinfusão e resolução imediata do parto. UNIFESP Residência Médica 2015 - Obstetrícia e Ginecologia - 9

15. Parturiente de 37 semanas e 4 dias, primigesta. Ao exame físico apresenta PA: 120 x 80mmHg, altura uterina 33cm, dinâmica uterina 3 contrações fortes em 10 minutos, ao toque vaginal colo com dilatação de 5cm, médio, -1 De Lee. Baseando-se na cadiotocografia abaixo, qual a classificação do traçado e a conduta correta? Categoria 0, sem conduta específica, controle habitual do trabalho de parto Categoria I, cardiotocografia intermitente Categoria II, assistência clinica ao trabalho de parto Categoria II, oxigenioterapia e cardiotocografia contínua Categoria III, resolução imediata do parto 16. Paciente procurou UBS devido queixa de irregularidade menstrual há 2 anos. Ela tem 22 anos, casada, branca. Refere menarca aos 12 anos com ciclos regulares até os 20 anos, após refere atraso menstrual de até seis meses. Usa medicação prescrita pela psiquiatria, mas não sabe o nome. Atualmente está 5 meses sem menstruar e sem outros problemas. Qual é a etiologia mais provável? Síndrome dos ovários policísticos Falência ovariana prematura Pólipo endometrial Hiperprolactinemia Adenomiose 10 UNIFESP Residência Médica 2015 Obstetrícia e Ginecologia

17. Mulher com 47 anos procurou o ambulatório de climatério devido à parada da menstruação e ondas de calores há 4 meses. Paciente é magra (IMC 23), hipertensa controlada sem outros problemas clínicos. Após conversa com o médico, foi decidido uso terapia hormonal combinada. Qual o esquema que vai melhorar sintomas e diminuir o risco de câncer de cólon? Estradiol + ciproterona Estradiol + tibolona Estrogênios conjugados equinos + acetato de medroxiprogesterona Estriol + acetato de medroxiprogesterona Estrogênios conjugados equinos + ciproterona 18. Adolescente com 16 anos procurou o ambulatório de Ginecologia junto com a mãe médica, pois quer iniciar anticoncepção. Após o exame médico, foi optado em uso de anticoncepção oral de baixa dose. A mãe médica relatou que usa também anticoncepção oral, mas estava preocupada, pois trabalhos científicos demonstraram que existe um maior risco de trombose com progestágeno que ela está usando. Qual o progestágeno que aumenta mais o risco de trombo embolismo? ciproterona levonorgrestrel acetato de medroxiprogesterona gestodeno drosperinona 19. Quanto ao câncer do corpo uterino, pode-se afirmar que: Independente do tipo histopatológico e do grau de diferenciação celular, o procedimento a ser realizado é a histerectomia total, salpingooforectomia bilateral, coleta do lavado peritoneal, omentectomia e linfadenectomia pélvica e periaórtica sistemáticas. A radioterapia pélvica, a quimioterapia sistêmica e a hormonioterapia são as modalidades de tratamento adjuvante no câncer do endométrio. No câncer do endométrio o estadiamento é clínico e o tratamento deve ser cirúrgico. Nos sarcomas uterinos a quimioterapia adjuvante está sempre indicada. Os carcinossarcomas uterinos devem ser tratados e estadiados como carcinomas do endométrio de alto grau. UNIFESP Residência Médica 2015 - Obstetrícia e Ginecologia - 11

20. Nos casos de carcinoma espinocelular de colo do útero EC IB1 em que foi realizada histerectomia Querleu C1, colpectomia superior e linfadenectomia pélvica bilateral, qual dos exames anatomopatológicos abaixo NÃO indica a radioterapia adjuvante? Adenocarcinoma de colo uterino medindo 1,8cm; margens livres, paramétrios livres, linfonodos negativos, ausência de invasão angiolinfática, invasão estromal profunda de 1/3. Carcinoma espinocelular de colo uterino medindo 0,9cm; margens livres, paramétrios livres, linfonodo positivo, ausência de invasão angiolinfática. Carcinoma de colo uterino medindo 2,5cm; margens livres, paramétrios livres, linfonodos negativos, presença de invasão angiolinfática. Carcinoma espinocelular de colo uterino medindo 1cm; margens comprometidas, paramétrios livres, linfonodos negativos, ausência angiolinfática. Adenocarcinomaespinocelular de colo uterino medindo 1,5cm; margens livres, paramétrios comprometidos, linfonodos negativos, presença de invasão angiolinfática. 21. As lesões precursoras de câncer cervical são lesões induzidas pelo Papilomavírus Humano. Qual a sequência diagnóstica mais adequada dos métodos diagnósticos para orientar a melhor conduta e seguimento? Clínico, citológico, biologia molecular, colposcópico e histopatológico Biologia molecular,colposcópico, histopatológico e citológico Clínico,citológico,colposcópico, histopatológico e biologia molecular Colposcópico, citológico e biologia molecular Citológico e biologia molecular 22. Entre as dermatoses vulvares, o líquen escleroso: Apresenta áreas hipertrofiadas de clitóris e lábios menores e monte de vênus Deve ser tratado exclusivamente com anti-histamínicos Tem como sintoma dor intensa e recidivante e desencadeia hipercromia da pele É doença precursora de neoplasia glandular em pacientes jovens É doença inflamatória destrutiva que acomete áreas genital, perineal, perianal, inguinocrural 23. O que promove a eversão do epitélio glandular cervical? Os processos inflamatórios na endo e ectocervix Os estímulos estrogênicos na puberdade, na gravidez, no uso de contraceptivos A influência do hipoestrogenismo na ectocervix A ruptura da mucosa basal da endocervix que promove o deslizamento epitelial A alteração hormonal observada na transição menopausal 12 UNIFESP Residência Médica 2015 Obstetrícia e Ginecologia

24. O que desencadeia a falha terapêutica de imunomoduladores, como imiquimode, na conduta das lesões de baixo grau? Excesso de imunoglobulinas e baixo risco oncogênico viral Aplicação insuficiente do imunomodulador sobre a lesão a ser tratada Ausência de receptor de membrana celular para o fármaco Ativação inadequada de células dendríticas, defeitos nas células T, baixa carga viral Apenas a lesão de alto grau responde ao estimulo da modulação terapêutica 25. Lúcia, 25 anos, com historia de ardor vulvovaginal com melhora espontânea há 2 semanas, apresenta-se, no momento, com corrimento amarelado e pastoso, além de pequena área endurecida em grande lábio direito. Relata que está com novo parceiro há 3 meses, e que nas últimas relações sexuais não usou métodos de barreira. Seu médico solicitou sorologias a fim de afastar doenças sexualmente transmissíveis, detectando positividade do RPR (rapid plasma reagin). O que seu médico deve fazer a seguir? Solicitar VDRL ou FTA-ABS Solicitar RPR confirmatório e Elisa Solicitar TPHA ou FTA-ABS Solicitar TPHA e VDRL Solicitar RPR confirmatório e FTA-ABS 26. Frente a um diagnóstico de infecção genital por Chlamydiatrachomatis, está INCORRETO: Fazer controle de cura em 3 semanas pós-tratamento é dispensável Os testes diagnósticos moleculares como PCR são os de maior sensibilidade e especificidade O tratamento em mulheres HIV soropositivas deve ser igual ao das imunocompetentes Nas mulheres grávidas, a doxiciclina por 7 dias é o tratamento de escolha, já que há baixos índices de cura com dose única de azitromicina Recomenda-se rastreamento anual para mulheres abaixo de 25 anos 27. MJB, 43 anos, IV G IIIPc, refere enxaqueca com aura no período pré-menstrual há 2 anos e necessita de método contraceptivo. Qual método é critério de elegibilidade 4 para esta paciente? Acetato de medroxiprogesterona 150mg trimestral Etinilestradiol 35mcg e ciproterona 20mcg diários DIU de cobre por 10 anos SIU de levonorgestrel por 5 anos Desogestrel diário 75 mcg UNIFESP Residência Médica 2015 - Obstetrícia e Ginecologia - 13

28. O que significa método contraceptivo LARC? Método contraceptivo reversível de longa ação acima de 5 anos, ou definitivo, como a laqueadura tubária e a vasectomia Método contraceptivo reversível injetável a cada 3 meses por pelo menos 3 anos de duração de uso Método contraceptivo reversível não oral, como adesivo e o anel vaginal, com pelo menos 3 anos de longa duração de uso Método contraceptivo reversível de longa duração, pelo menos 3 anos, como o implante subdérmico, dispositivo intrauterino ou sistema intrauterino liberador de levonorgestrel Método contraceptivo oral reversível de uso contínuo de longa duração, por pelo menos 5 anos de duração 29. Mulher de 28 anos com queixa de dor pélvica (dismenorreia e dispareunia) há três anos. Ao toque vaginal evidenciou-se nodulação de aproximadamente 1,5cm, endurecida, pouco móvel e dolorosa. Frente aos achados, qual exame subsidiário deve ser solicitado? Ultrassonografia endovaginal simples CA 125 Tomografia computadorizada de pelve Colonoscopia Ressonância magnética de pelve 30. Mulher de 32 anos com queixa de infertilidade. Foi identificado na ultrassonografia tumor anexial cístico, hipoecogênico com debris em seu interior, medindo 3cm. Indicada a videolaparoscopia, identificou-se cisto ovariano que, após sua abertura, houve saída de líquido denso achocolatado. Qual a melhor opção cirúrgica para este caso? Exérese da cápsula do cisto Ooforectomia Drenagem Drenagem e cauterização Cauterização 14 UNIFESP Residência Médica 2015 Obstetrícia e Ginecologia

UNIFESP Residência Médica 2015 - Obstetrícia e Ginecologia - 15

16 UNIFESP Residência Médica 2015 Obstetrícia e Ginecologia