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Transcrição:

ÍNDICE FIESP DE COMPETITIVIDADE DAS NAÇÕES E ESTRATÉGIA DE CRESCIMENTO PARA O BRASIL IC-FIESP 2012 José Ricardo Roriz Coelho Departamento de Competitividade e Tecnologia Avaliação do Plano de Desenvolvimento Produtivo Departamento de Competitividade e Tecnologia / FIESP NOVEMBRO/ 2012 1

ÍNDICE I. INTRODUÇÃO II. RANKING IC-FIESP III. EVOLUÇÃO E DETERMINANTES DA COMPETITIVIDADE IV. COMPARAÇÃO DO DESEMPENHO BRASILEIRO V. ESTRATÉGIA DE CRESCIMENTO PARA O BRASIL 2

I. INTRODUÇÃO 3

CONCEITO Competitividade é a capacidade de um país de criar condições para que as empresas e organizações nele instaladas produzam o maior bem-estar possível para seus cidadãos e para que o façam crescer ao longo do tempo em relação ao dos cidadãos de outros países. OBJETIVOS E ANÁLISES REALIZADAS Identificar os principais avanços e restrições ao crescimento da competitividade brasileira; Analisar experiências bem sucedidas de outros países de forma a orientar a elaboração de propostas de políticas de médio e longo prazo. 4

Organizou-se um banco com mais de 50 mil informações agrupado em oito fatores determinantes para a competitividade. ESTRUTURA DO BANCO DE DADOS Índice de Competitividade FIESP (IC-FIESP) Economia Doméstica (11) Abertura (16) Governo (7) Capital (11) Infraestrutura (6) Tecnologia (6) Produtividade (8) Capital Humano (18) Atividade Comércio Consumo Juros Geral Gastos Custo Educação (6) (10) (1) (3) (3) (1) (2) (4) Investimento (4) Serviços (3) Política Fiscal (6) Sistema Financeiro (3) Negócios (3) Índice de Tecnologia (1) Resultado (6) Saúde (7) Consumo Preço Crédito Resultado Trabalho (1) (3) (5) (4) (7) 5

II. RANKING IC-FIESP 6

RANKING IC-FIESP 2011 GRUPO PAÍS NOTA RK GRUPO PAÍS NOTA RK Q1 Estados Unidos 91,8 1 ELEVADA Hong Kong 75,3 2 Suíça 74,7 3 Cingapura 74,4 4 Coréia do Sul 74,2 5 Noruega 70,2 6 Holanda 70,1 7 Irlanda 70,0 8 Japão 69,7 9 Israel 68,1 10 Dinamarca 68,0 11 Q2 Suécia 67,4 12 SATISFA- Alemanha 66,4 13 TÓRIA Finlândia 62,6 14 Canadá 61,7 15 Áustria 59,7 16 Nova Zelândia 59,1 17 Bélgica 58,9 18 França 56,2 19 Austrália 55,1 20 Reino Unido 54,9 21 China 52,9 22 Q3 Espanha 51,1 23 MÉDIA Rússia 50,0 24 Itália 47,3 25 Hungria 47,2 26 República Checa 46,5 27 Malásia 46,0 28 Argentina 41,9 29 Portugal 39,9 30 Polônia 38,3 31 Grécia 37,2 32 Chile 36,3 33 Q4 México 28,3 34 BAIXA Tailândia 26,3 35 Subiu uma posição no ranking África do Sul 24,0 36 Brasil 22,5 37 Venezuela 21,5 38 Colômbia 20,3 39 Filipinas 19,2 40 Indonésia 19,4 41 Turquia 17,2 42 Índia 8,9 43 7

III. EVOLUÇÃO E DETERMINANTES DE COMPETITIVIDADE 8

O Brasil destaca-se entre os países de crescente competitividade (Selecionados). Suécia, Finlândia e Japão são os que mais perderam competitividade no período. BRA 2000 Entre 2000 e 2011, o IC passou de 17,4 para 22,5, uma variação de 5,1 pts. Tamanho da Bola: IC

A análise da evolução brasileira será realizada comparativamente com o grupo de países Competitivos e Selecionados. Q1 Países Competitivos Estados Unidos Hong Kong Suíça Cingapura Coréia do Sul Noruega Holanda Irlanda Japão Israel Dinamarca 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 Países Selecionados (com renda intermediária e que mais avançaram no ranking de longo-prazo) Coréia do Sul 5 China 22 Rússia 24 Hungria 26 Argentina 29 Polônia 31 Indonésia 41 Turquia 42 10

A relação entre o IC-FIESP e o PIB per capita é clara: os 43 países estudados têm um IC médio que é mais que o dobro do índice brasileiro, e também um PIB per capita que é mais de duas vezes o nosso. Crescemos mais do que a média... COMPETITIVIDADE E PIB PER CAPITA - 2011 IC-FIESP 2011 PIB Per Capita 2011 US$ 1.000 PPC % real a.a. (00-11) Brasil 22,5 12,1 2,13 Selecionados 42,6 16,7 4,02 Média 50,0 27,8 1,92 Q1 - Elevada 73,3 42,8 1,33 Q2 - Satisfatória 59,5 34,7 1,74 Q3 - Média 43,8 22,3 2,09 Q4 - Baixa 20,8 9,7 2,58 * Paridade de Poder de Compra - PPC - é a taxa de câmbio calculada a partir dos valores de uma mesma cesta de bens e serviços. Fonte: FMI, IBGE, Banco Mundial e FIESP; elaboração /FIESP.

... mas nosso avanço em renda e competitividade foi menor quando comparado com a evolução dos países Selecionados. BRA 2000 SEL 2000 PIB per capita (US$ PPC de 2011) IC-FIESP 2011 Var. 00-11 2011 Var. 00-11 Brasil 12.112 28,7% 22,5 + 5,1 pts Selecionados 16.682 49,5% 42,6 + 8,6 pts

Crescemos 10,6% em IDH, mais do que a média dos 43 países (7,7%). Contudo, avançamos menos do que a média dos Selecionados (12,1%) e a média do nosso quadrante Q4 (12,4%). COMPETITIVIDADE (2011) E IDH (2011) IC-FIESP 2011 IDH 2011 de 0,000 a 1,000 Variação % 2000-2011 Brasil 22,5 0,718 10,6% Selecionados 42,6 0,760 12,1% Média 50,0 0,822 7,7% Q1 - Elevada 73,3 0,902 6,2% Q2 - Satisfatória 59,5 0,877 5,7% Q3 - Média 43,8 0,821 8,1% Q4 - Baixa 20,8 0,674 12,4% Fonte: PNUD; Elaboração: Decomtec/FIESP.

A despeito do Brasil ter demonstrado capacidade de transformar competitividade em desenvolvimento humano, nosso IDH ainda é menor do que a média dos países Selecionados. BRA 2000 SEL 2000 IDH IC-FIESP 2011 Var. 00-11 2011 Var. 00-11 Brasil 0,718 10,6% 22,5 + 5,1 pts Selecionados 0,760 12,1% 42,6 + 8,6 pts

Dentro dos Selecionados, destacam-se a Coréia do Sul e a China, que aumentaram 9 e 8 colocações no ranking, respectivamente, entre 2000 e 2011. O Brasil subiu 3 posições. BRASIL VERSUS SELECIONADOS NO RANKING DE LONGO-PRAZO (2000 A 2011) Coréia China Rússia Hungria Argentina Polônia X 30º 22º 33º 29º 32º 31º + 1 27º 24º 28º 26º + 3 + 2 + 3 + 8 14º 5º + 9 Brasil 40º 37º + 3 Indonésia Turquia 43º 42º 41º + 1 + 0 43º 40º 30º 20º 10º 1º 15

Aumento na produtividade da indústria, no gasto em P&D, na produção de patentes e no gasto em educação foram observados nos países que mais ganharam competitividade entre 2000 e 2010. QUEM MAIS GANHOU E QUEM MAIS PERDEU POSIÇÕES? (ENTRE 2000 e 2011) GANHARAM COMPETITIVIDADE: 1º Coréia do Sul + 9 2º China + 8 3º Irlanda + 7 PERDERAM COMPETITIVIDADE: 1º Suécia - 9 2º Finlândia - 8 3º Japão - 7 Produtividade da Indústria Gasto em P&D Patentes Gasto em Educação Crescimento da Produtividade Invest. Direto Estrangeiro Líq. Taxa de Poupança Saldo Com. De Manufaturados 16

Coréia do Sul, China e Irlanda são exemplos de países que mais ganharam competitividade no longo prazo... PAÍSES QUE GANHARAM COMPETITIVIDADE : 2000 a 2011 País Coréia do Sul (5º no IC) Principais Fatores de Ganho de Competitividade Gasto em P&D Número de Patentes Produtividade Total Produtividade da Indústria Gasto em educação China (22º no IC) Saldo comercial de manufaturados Taxa de poupança Investimento (FBCF) Número de patentes Gasto em educação Irlanda (8º no IC) Exportações de alta tecnologia Gasto em P&D Produtividade da indústria Gasto em educação 17

... enquanto Suécia, Finlândia e Japão são exemplos de países que mais perderam competitividade no longo prazo. PAÍSES QUE PERDERAM COMPETITIVIDADE : 2000 a 2011 País Principais Fatores de Perda de Competitividade Suécia (12º no IC) Finlândia (14º no IC) Saldo comercial de manufaturados Produtividade da indústria Investimento direto externo líquido Gasto em educação Gasto em P&D Taxa de poupança Crescimento da produtividade Investimento direto externo líquido Saldo comercial Japão (9º no IC) Exportações de alta tecnologia Taxa de poupança Número de patentes Formação bruta de capital fixo Crescimento da produtividade 18

Os países que avançaram no IC melhoraram a produtividade da indústria, o IDE e os indicadores sociais. Enquanto os países que retrocederam no IC apresentaram piora no saldo comercial (inclusive em alta tecnologia) e na produtividade. QUEM MAIS GANHOU E QUEM MAIS PERDEU POSIÇÕES? (ENTRE 2010 e 2011) GANHARAM COMPETITIVIDADE: 1º Hong Kong + 3 Holanda 2º Áustria + 2 PERDERAM COMPETITIVIDADE: 1º Japão - 3 Filipinas 2º Cingapura - 2 Produtividade da Indústria Invest. Direto Estrangeiro Líquido IDH Escolaridade Crescimento da Produtividade Exportações de Alta Tecnologia Saldo Comercial de Bens e Serviços Produtividade da Indústria 19

Em 2010, o Brasil aumentou a sua nota em apenas 0,1 ponto, mas aumentou a posição para 37º colocado no ranking. IC FIESP - Evolução da Competitividade do Brasil Nota Rank Nota 36,0 32,0 Investimento (FBCF) Acúmulo de Reservas Gasto Educação (% PIB) Juros Ranking 24 26 28,0 24,0 20,0 16,0 17,4 18,7 17,3 16,0 17,0 16,8 18,8 20,6 22,0 22,6 22,4 22,5 12,0 37 37 36 37 38 38 8,0 39 38 40 40 40 40 41 41 40 4,0 42 0,0 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 20 Fonte: FIESP; Elaboração: Decomtec/FIESP Exportações de manufaturas Exportações de alta tecnologia + 29% 28 30 32 34

IV. COMPARAÇÃO DO DESEMPENHO BRASILEIRO 21

O elevado consumo do governo brasileiro demanda uma carga tributária elevada para se sustentar. AMBIENTE DE NEGÓCIOS Carga tributária (% PIB) Consumo do Governo (% PIB) 36 24 32 20 28 16 24 20 12 Cons. do Governo (% PIB) 24 20 16 12 BRA 20,7 Q1 18,3 SEL 14,0 Carga Tributária (% PIB) 36 32 28 24 20 BRA 33,6 Q1 29,4 SEL 25,5 BRA 33,6 BRA 20,7 Q1 29,4 Q1 18,3 SEL 25,5 SEL 14,0 11 Fontes: Banco Mundial, FMI, SCN e BCB; Elaboração: /FIESP. 22

Em relação aos retornos sociais, ao nosso nível de IDH corresponderia uma carga tributária de 21,6% do PIB. Por outro lado, nossa carga atual, corresponderia a um IDH semelhante ao da Polônia, de Israel, do Reino Unido e da Nova Zelândia. Carga tributária correspondente ao IDH do Brasil: 21,6% do PIB Fontes: IMD, PNUD e IBGE. Elaboração /FIESP. 23

Além da alta carga tributária, são necessários juros elevados para o financiamento do consumo do governo brasileiro. Adicionalmente, temos o spread mais elevado do mundo. AMBIENTE DE NEGÓCIOS Juros para depósito (% a.a.) Spread bancário (p.p.) 36 50 30 40 Cons. do Governo (% PIB) 24 20 16 12 30 20 20 10 10 0 BRA 20,7 Q1 18,3 SEL 14,0 Carga Tributária (% PIB) BRA 33,6 32 Q1 29,4 28 24 SEL 25,5 20 Juros p/ depósito (% a.a.) 30 20 BRA 11,7 10 SEL 6,6 0 Q1 1,7 Spread bancário (p.p.) 50 40 30 BRA 27,4 BRA 27,4 BRA 11,7 SEL 3,0 6,6 Q1 2,3 1,7 20 10 SEL 3,0 00 01 02 03 04 0 05 06 07 08 09 10 11 Q1 2,3 Fontes: Banco Mundial, FMI, SCN e BCB; Elaboração: /FIESP. 24

O custo do capital de giro das empresas é elevado devido aos juros e ao spread. Os juros (para empréstimo) correspondentes ao nível de renda per capita do Brasil seriam de 10,3% a.a. 6,2 x A média dos juros dos outros 42 países é de 6,27% aa Juros correspondentes ao PIB per capita do Brasil: 10,3% aa Fonte: Bacen, IBGE (SCN 2000) e FMI. Elaboração: /FIESP.

Apesar da queda recente nos juros, o spread brasileiro é mais de doze vezes maior do que a média dos países comparáveis (Chile, Itália, Japão e Malásia) Juros para empréstimos de curto-prazo (% a.a.) 45,00 40,00 35,00 30,00 25,00 20,00 15,00 10,00 5,00 0,00 39,05 27,38 11,67 Brasil 12,4 x 5,01 2,2 2,9 Média Benchmark spread Juros Deposito (taxa nominal) Fontes: Banco Central do Brasil, FMI, EuroStat, e Banco Central da Noruega Países comparáveis ao spread brasileiro: Chile, Itália, Japão, Malásia 26

Elevados juros e spread limitam o crédito, o que, combinado com alta e crescente carga tributária, desestimulam o investimento (FBCF). AMBIENTE DE NEGÓCIOS Investimento Crédito ao setor fixo (% privado PIB) (% PIB) Cons. do Governo (% PIB) 30 24 20 160 16 25 SEL 14,0 120 20 80 15 40 0 10 Carga Tributária (% PIB) 36 BRA 33,6 32 Q1 29,4 28 BRA 20,7 24 SEL 25,5 Q1 18,3 20 Juros p/ depósito (% a.a.) 30 20 BRA 11,7 10 SEL 6,6 0 Q1 1,7 Spread bancário (p.p.) 50 40 30 BRA 27,4 Q1 166,8 Crédito ao setor priv. (% PIB) 120 80 SEL 61,5 BRA 40 47,0 BRA 47,0 0 20 10 SEL 3,0 00 01 02 03 0 04 05 06 07 08 09 10 11 00 01 02 03 04 05 06 07 08 09 Q1 10 2,3 11 160 Investimento fixo (% PIB) 30 25 SEL 25,9 20 15 10 Q1 19,6 SEL 61,5 Q1 166,8 BRA 19,3 Fontes: Banco Mundial, FMI, SCN e BCB; Elaboração: /FIESP. SEL 25,9 Q1 19,6 BRA 19,3 27

O Brasil não mostra um desempenho competitivo em seus resultados comerciais, principalmente por causa do déficit em manufatura, explicado, em grande parte, pelo custo Brasil e pelo comportamento do câmbio... COMÉRCIO INTERNACIONAL Saldo em alimentos e matériasprimas (% PIB) Saldo Balança em comercial serviços manufaturas bens minerais alimentos e serviços (% e e metais do PIB) matérias-primas (% PIB) (% do (% do PIB) PIB) (% PIB) 5 4 3 2 1 0-1 -2-4 BRA -3,2 Balança comercial (% PIB) BRA 2,9 8 4,0 62,0 98 5 SEL 1,5 Q1 3,8 6 BRA Q1 1,7 3,3 4 2 SEL 1,7 1,5 4 BRA Q1 3,5 3,8 Q1-0,8 4 Q1 6,15 0 BRA 1,2 6 2,9-2 2,0 3 Saldo 1,0 em minerais e metais (% PIB) 2,0 24 BRA 1,7 1,5 1,0,5 3 0,51 0,0 Q1-0,3 0 2-0,5 Saldo em serviços (% PIB) -1,0 SEL -0,7 4,0 0 2,0-2 -0,5-1 BRA 1,2 Saldo em manufaturas (% PIB) SEL 0,3 0,0 BRA Q1-0,73-0,8 6-2,0-1,0-3 Q1 3,5 4-2,0 BRA -1,5SEL -0,7-4 -2 BRA -1,5 2 BRA -3,2 SEL 2,1 0 00 00 01 01 02 02 03 03 04 0405 0506 0607 0708 0809 0910 1011 11-2 00 00 01 01 02 02 03 03 04 04 05 05 06 06 07 07 08 08 09 09 10 10 11 11 Fontes: Banco Mundial (WITS), FMI, IBGE (SCN) e BCB; Elaboração: /FIESP. Saldo em bens e serviços (% PIB) 9 Q1 6,15 6 SEL 1,5 3 SEL SEL 2,1 SEL 0,3 SEL 1,79 0 1,7 BRA -0,73-3 SEL Q1 1,79 00-0,3 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 Q1 3,3 28

... em que se observa que a queda do saldo comercial brasileiro em manufaturas corresponde ao período de valorização cambial. Câmbio Real - Evolução em relação ao Dólar Americano - jun/2004 a dez/2011 140 140 120 120 100 100 80 80 60 60 40 40 20 20 00 base: 2004 = 100 Taxa nominal: R$/US$ 3,13 Valorização real das moedas em relação ao dólar americano jun/04 a dez/11 Brasil 111,3% Russia 57,2% China 39,1% Chile 35,7% India 28,9% Euro 10,7% Coreia do Sul 6,8% - Valorização cambial - Queda das exportações líquidas de manufaturas valorização real: 111% Exportações Líquidas de Manufaturas* (% PIB) Taxa nominal: R$/US$ 1,84 7% 6% 5% 4% 3% 2% 1% 0% -1% -2% -3% Exportações Líquidas de Manufaturas (% PIB) Brasil Brasil EUA EUA Coreia Coreia do do Sul Sul Chile Chile Russia Russia India India China Euro Fonte: OCDE, e FUNCEXe BCB. Elaboração: BCB. Elaboração: /FIESP

O aumento recente dos investimentos em educação reflete-se lentamente em melhores níveis de alfabetização e escolaridade. AMBIENTE EDUCACIONAL Alfabetização Escolaridade Gasto em educação (% (média da população (% de PIB) anos acima de estudo) de 15 anos) Escolaridade (média de anos) 12,0 6,0 100 5,5 5,0 96 9,0 Gasto em educação (% PIB) 6,0 4,5 92 4,0 6,0 88 3,5 5,5 5,0 4,5 4,0 3,5 3,0 BRA 5,8 Q1 5,0 SEL 4,1 84 3,0 12,0 9,0 6,0 3,0 Q1 11,3 BRA SEL 9,0 5,8 BRA 7,2 Alfabetização (% da população acima de 15 anos) 100 96 92 Q1 Q1 11,3 100 SEL 9,0 SEL Q1 96,7 5,0 SEL 4,1 BRA 7,2 BRA 90,3 Q1 100 SEL 96,7 88 BRA 90,3 00 01 02 03 0484 05 05 06 06 07 07 08 08 09 09 10 11 10 00 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 Fonte: Banco Mundial, UNESCO, PNUD, INEP/MEC e Ministry of Education - China; Elaboração: /FIESP. Formação de Engenheiros (2009) Brasil 55.427 formados 7% dos formandos 2,9 a cada 10 mil hab. China 1.918.428 formados 36% dos formandos 14,4 a cada 10 mil hab. 30

O gasto brasileiro em P&D (1,1 % do PIB) não é muito inferior ao dos países selecionados (1,6% do PIB), mas é ineficiente na geração de patentes de residentes e nas exportações de alta tecnologia. AMBIENTE TECNOLÓGICO Exportação Patentes Gasto Exportações em de P&D líquida residentes (% alta do tecnologia PIB) serviços (por 10 tecnológicos mil (% das habitantes) exportações) (% do PIB) Patentes de residentes Exportações de alta tecnologia Patentes de não-residentes (por 10 mil (por habitantes) 10 mil habitantes) (% das exportações) 3,0 28 10,0 4,5 2,5 24 8,0 2,0 20 3,0 6,0 Gasto em P&D (% PIB) 3,0 Q1 2,7 2,5 16 2,0 SEL 1,6 1,5 12 1,0 BRA 1,1 0,5 4,0 0,0 1,0 8 0,0 0,5 42,0-1,5 0,0 00,0 10,0 8,0 6,0 4,0 2,0 0,0 Q1 6,6 SEL 4,2 BRA 0,14 Patentes de não-residentes (por 10 mil habitantes) 10,0 8,0 6,0 4,0 2,0 0,0 28 24 20 16 12 8 4 0 Q1 2,7 Q1 3,3 Q1 6,6 SEL Q1 5,8 1,6 SEL 4,2 Q1 22,8 SEL 11,3 Q1 22,8 SEL 11,3 BRA 3,7 Exportação líquida de serviços tecnológicos (% do PIB) SEL BRA -0,18 1,1 BRA 3,7 4,5 Q1 3,3 3,0 Q1 5,8 SEL 1,5 1,4 BRA 0,14 SEL -0,18 0,0 SEL 1,4 BRA -0,55 BRA -0,55 BRA 1,0-1,5 BRA 00 01,0 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 00 00 00 01 01 02 02 03 03 04 04 05 05 06 06 07 07 08 08 09 09 10 10 11 11 Fonte: Banco Mundial, FMI, IMD e WIPO; Elaboração: /FIESP. 31

V. ESTRATÉGIA DE CRESCIMENTO PARA O BRASIL 32

Objetivo: Acelerar o crescimento do PIB per capita e do IDH 33

DRIVERS (VETORES) PARA O CRESCIMENTO: CONSUMO, INVESTIMENTO E PRODUÇÃO CONSUMO INVESTIMENTO PRODUÇÃO INDUSTRIAL SATURADO Incentivos Fiscais Crédito Transf. Renda Inv. Público BNDES Inv. Privado & PPP Queda Juros Infraestrutura & Construção Civil Mercado Interno Mercado Externo Grande oferta de manufaturados no mundo Aumento massa salarial OK CRÍTICO X CRESCIMENTO CRESCIMENTO CRESCIMENTO OPORTUNIDADE CRISE MUNDIAL AMEAÇA PONTO FRACO: COMPETITIVIDADE 34

AMBIENTE INTERNO E EXTERNO O crescimento ambicionado virá principalmente da expansão do mercado interno e da retomada do investimento produtivo Incentivos à demanda foram importantes para o fortalecimento do mercado interno e para a mitigação dos impactos da crise. Crescimento sustentado virá, no entanto, da retomada dos investimentos. 35

Ficou muito caro produzir no Brasil, o que tem sido um obstáculo ao crescimento. A indústria de transformação, que é um setor tradable, é a mais afetada Custo Brasil Fonte: FMI, OECD. Elaboração: FIESP. Efeitos na Indústria 40,3%, em média, do preço do produto da indústria doméstica é dado pela carga tributária; 33,9% da carga tributária são gerados na Indústria de Transformação. No entanto, este setor responde por apenas 14,6% do PIB Brasileiro; Os encargos trabalhistas, na indústria de transformação, estão entre os mais elevados do mundo (32,4% do custo da mão de obra, sendo 11 p.pacima da média de 34 países analisados pelo BLS). A burocracia para pagar tributos gera custo extra às empresas que, segundo estudo da FIESP, representa 2,6% do preço dos produtos industriais. A despeito da positiva reduçãononível da taxa básicade jurosda economia (SELIC), a taxa brasileira é a 4ª mais elevadas do mundo; Somando-se o abusivo spreadbancário, o custo financeiro do capital de giro responde por 7,5% do preço do produto da indústria doméstica; Em 2011, o spreadbancário praticado no Brasil foi 12,7 vezes maior que o praticado em países (Chile, Itália, Japão e Malásia) cuja metodologia do spread é comparável a do Brasil. 36

...o que é agravado pelo câmbio valorizado Custo Brasil Efeitos na Indústria As deficiências da infraestrutura implicam em custo extra às empresas, que, segundo estudo da FIESP, responde por 1,8% do preço do produto da indústria doméstica; 74,1% foi a variação do Real ante o dólar norteamericano entre 01/2004 e 06/2012. Essa valorização foi superior a da moeda dos principais parceiros comerciais do Brasil, conforme Gráfico ao lado. Fonte: WEF, Banco Central do Brasil. Elaboração: FIESP. 37 37

O aumento do consumo não foi capturado pela produção brasileira. O coeficiente de penetração das importações aumentou de 10,5% em 2003 para 21,9% em 2011 Variação no período (jan/03-mai/12) Vendas no varejo ampliado 109,6% Produção da indústria de transformação 23,5%... a participação dos importados no atendimento da expansão anual do consumo de bens industriais passou de, aproximadamente, 40% em 2008 e 2010, para 100% em 2011. Relatório de Inflação do BACEN - Junho 2012 - página 22 <http://www.bcb.gov.br/htms/relinf/port/2012/06/ri201206p.pdf> 38

O que poderá reduzir ainda mais a participação da indústria de transformação no PIB Atualmente (2012) a participação da Indústria de Transformação na economia é metade do que foi no período de auge do crescimento econômico brasileiro! Brasil -Participação da Indústria de Transformação no PIB (em % do PIB) 30,0 25,0 20,0 17,8 27,2 Projeção para continuidade do cenário atual: perda de dinamismo da indústria doméstica 15,0 10,0 5,0 redução em 50% 13,6 9,3 1960 1965 1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000 2005 2010 2012¹ (1) PIB Trimestral IBGE, referente ao acumulado nos ultimos 4 trimestres anteriores ao 2º trmestre de 2012. Nota: Série 1960-2008, com ajuste FIESP devido à alteração no Sistema de Contas Nacionais. Fonte:SCN/IBGE. (p)projeção FEA/USP, Ribeirão Preto. 2029(p) 39

Poucos países conseguiram atingir o desafio que propomos ao Brasil agora: alcançar expressivo salto no PIB per capita em curto período de tempo Coreia do Sul PIB per capita (US$ 2005, PPC) Taiwan PIB per capita (US$ 2005, PPC) 14 anos 12 anos Japão PIB per capita (US$ 2005, PPC) Malásia PIB per capita (US$ 2005, PPC) 14 anos 15 anos Fonte: Banco Mundial, FMI, Pen World Table, Gapminder. Análise Bain. 40

Características dos países que superaram desafio semelhante: participação do investimento no PIB maior que 30% e da indústria acima de 25% do PIB Taxa de investimento média no período em que o PIB passou de US$10 mil para US$20 mil per capita (em PPC) APENAS PAÍSES COM +10M HABITANTES* 35% 30% Legenda: >25 anos para dobrar o PIB per capita Entre 20 e 25 anos para dobrar o PIB per capita <20 anos para dobrar o PIB per capita 25% 20% 15% *Exceto Singapura Dados não disponíveis para Taiwan, França e Bélgica Fonte: Banco Mundial, Pen World Table, Gapminder, US-Bea. Análise Bain. Participação da indústria de transformação no PIB no ano em que o PIB per capita chegou a US$20 mil per capita (em PPC) Habitantes (2010) No Brasil, a participação do investimento e da indústria no PIB poderão ser menores do que nos países que alcançaram este objetivo, pois há grande potencial de ganhos de produtividade relacionados a avanços significativos na infraestrutura e no capital humano 41

A Indústria de Transformação é um grande dinamizador do crescimento... Investimento produtivo Os anos de melhor desempenho econômico do país foram aqueles em que a IT obteve maior crescimento. Não inclui setores institucionais Relação entre a participação da indústria de transformação no PIB e a evolução da PTF A mais intensiva em investimento produtivo Maior multiplicador do crescimento, R$ 1,00 em suas vendas movimentam R$ 2,22 na economia. Produtividade: é 31% superior a média da economia, logo, quanto maior a participação da IT no PIB, maior a produtividade. Origem e difusora de Inovações:no setor privado a IT realiza 70,5% de todos os gastos em P&D, e 80,3% das atividades inovativas. 42

...juntamente com investimento. Para atingir uma trajetória consistente com altas taxas de crescimento, o Brasil precisa investir, em média, 25% do PIB até 2025 Formação Bruta de Capital Fixo (% do PIB, 2011) 50 45 40 45,63 Países Desenvolvidos Países em Desenvolvimento Brasil 35 30 25 32,02 29,52 27,44 25 20 21,87 21,11 20,87 20,69 20,08 19,56 19,28 18,89 18,16 15 15,59 14,39 10 5 0 Fonte: FMI, IBGE

Condicionante: elevar investimento público sem reduzir os gastos prioritários e sem elevar a carga tributária Cenário 2014-2029 do estudo para as contas públicas do governo geral, como % PIB Juros Outros Racional: Despesa com juros em nível internacional(2% a.a. real) e dívida líquidade18%dopib. Crescimento anual igual à metade do crescimento do PIB. Saúde e educação Previdência social Manutenção do patamar de gastos como%dopib. Considerando aumentos na idade mínima para aposentadoria, no tempo de contribuição e a desvinculação do piso do salário mínimo. Investimentos Investimento público atinge 4%. Receitas tributárias Outros inclui: Indústria, comércio, turismo, esportes e lazer, cultura, defesa, C&T, agricultura e assistência social Fonte: Tesouro Nacional, Equipe FEA-RP/USP. Análise Bain. Redução da receita tributária em resposta às desonerações setoriais para estímulo do investimento. 44

José Ricardo Roriz Coelho jrroriz@fiesp.org.br Vice-Presidente FIESP Diretor Titular Departamento de Competitividade e Tecnologia 45