OS IMPACTOS NA GESTÃO DE ATIVOS DA GOVERNANÇA CORPORATIVA Adriana d Andrad Solé (1) João Esmraldo da Silva (2) RESUMO Um dos fundamntos da norma NBR ISO 55000 dtrmina qu é ncssário promovr a adrência a intgração do Sistma d Gstão d ativos (SGA) com os procssos d Govrnança (GC). Est artigo aprsnta uma corrlação dirta dos princípios da Gstão d ativos (GA) com os da Govrnança (GC). O propósito é tcr o pano d fundo stratégico qu dv sr considrado, m qualqur tipo d mprndimnto, para conciliar os intrsss dos propritários ou acionistas (sharholdrs) com os das parts intrssadas (stakholdrs). A idia é contribuir com um guia para aquls gstors qu prtndm construir implmntar um robusto sistma d Gstão d Ativos, alinhado com os 8Ps da Govrnança. O principal ponto d intrscção da GA com a GC é o principio da gração d valor para a organização d manira qu atnda, harmoniosamnt, as xpctativas das difrnts parts intrssadas no ngócio; porém, m conformidad com as rais potncialidads d cada tipo d ativo, m suas difrnts fass do ciclo do ativo. A corrlação dos 8Ps da Govrnança (propridad, princípios, propósitos, papéis, podr, práticas, pssoas prnidad) com a Gstão d Ativos foi fita por mio d uma dtalhada anális com o propósito d dmonstrar qu xist uma fort adrência ntr os procssos d Govrnança a Gstão d Ativos. Essa corrlação propicia a criação d dirtrizs qu garantirão o atndimnto das xpctativas dos acionistas a harmonização dos intrsss dos dmais stakholdrs através da ftiva intgração dsts procssos. Sm dúvida, o arcabouço aqui aprsntado srá útil para mbasar a criação implmntação d um robusto sistma d gstão d ativo. PALAVRAS CHAVE: Govrnança, Gstão d Ativos, Risco Complianc, NBR ISO 55000:2014. (1) Adriana d Andrad Solé, Fundação Gorcix Dpartamnto d Psquisa Educação Continuada, Psquisadora Consultora. (2) João Esmraldo da Silva, Fundação Gorcix- Dpartamnto d Psquisa Educação Continuada, Psquisador. 1
INTRODUÇÃO D acordo com a norma ABNT NBR ISO 55000:2014 é ncssário promovr a intgração dos fundamntos d gstão d ativos do sistma d gstão d ativo no procsso d Govrnança Risco para alavancagm d bnfícios oportunidads organizacionais. A pdra fundamntal da Govrnança a Gstão d Ativos é a gração d valor para o ngócio d forma qu atnda as xpctativas dos propritários/acionistas, harmonizando o máximo os intrsss dos stakholdrs. D fato, ao focar a tomada d dcisão stratégica grncial no valor qu o ativo pod proporcionar para a organização, nas difrnts fass do ciclo d vida d cada ativo, é possívl mantr o quilíbrio ntr: oportunidads, risco, custo dsmpnho. Est artigo tc o pano d fundo a partir d três fators stratégicos importants qu não podrão sr nglignciados por qualqur tipo d mprndimnto nsta sgunda década do século XXI, aprsnta o contxto da Govrnança ampliada caractrizada pla conciliação d múltiplos intrsss: sharholdr, acionistas stakholdr, parts intrssadas, introduzindo a Gstão d Ativos. 1. Contxtualização: a sgunda década do século XXI A visão organizacional foi rdircionada no século XXI plo dsncadamndo das mgas frauds corporativas o ataqu trrorista d 11 d stmbro d 2001 nos Estados Unidos. D lá para cá a imprssão qu s tm é qu sts dois acontcimntos tomaram força, s spalharam stão ainda m fas d xpansão. Frauds, corrupção, falências tomaram conta do noticiário corporativo institucional por um lado, por outro a agrssividad o inusitado da qustão trrorista tm marcado d forma starrcdora o nosso dia a dia dsd ntão. Isto nos faz atntar para três importants fators stratégicos qu não podrão sr nglignciados por nnhum mprndimnto. São ls: 1) O mpowrmnt, o mpodramnto da opinião pública da consciência coltiva. 2) O grand podr conômico das grands corporaçõs, 3) A univrsalidad dos princípios d Govrnança. 2
1.1 Primiro fator stratégico: o mpowrmnt da consciência coltiva. D acordo com Andrad (2012) o mpowrmnt da consciência coltiva: é notório o aumnto do xrcício da cidadania. D fato, a avrsão articulada da socidad a condutas aéticas caractrizadas por posturas críticas mais fundamntadas m rlação a grands qustõs como probidad política administrativa, diritos humanos, sustntabilidad plantária ética institucional tm sido amplamnt divulgada m tmpo ral. Nss sntido, as moçõs coltivas (m sua maioria sob a forma d catars) stimuladas pla vlocidad friza com qu as informaçõs são disponibilizadas têm provocado um snso d urgência coltivo na ncssidad d posicionar-s por boa part da socidad. Então, saímos d uma ra ond o acsso á informação ao conhcimnto ra privilégio d poucos para uma época caractrizada influnciada pla mobilização articulação da opinião pública. Nota-s qu a força dst movimnto tm sido capaz d mudar a dirção d acontcimntos dsfchos d qustõs quas impossívis m passado rcnt, m todos os stors da socidad. Portanto, sta ralidad m hipóts alguma pod sr nglignciada por Instituição nnhuma atualmnt. Sinttizando, a imagm rputação d uma mprsa pod sr impactada duramnt pla opinião pública articulada. 1.2 Sgundo fator stratégico: o podr conômico do mundo corporativo atual. O podr conômico do mundo corporativo atual é inqustionávl. Um dado rlvant dss aspcto é qu somnt as quinhntas maiors mprsas mundiais ranquadas pla rvista amricana Fortun faturaram 31,1 trilhõs d dólars, o qu rprsnta 41,5% do Produto Mundial Bruto d 2013. Ess outros númros corporativos não têm prcdnts históricos, podndo-s dizr o msmo do podr acumulado plo mundo corporativo global. Há assim, d acordo com Andrad Rosstti (2006), condiçõs para qu ss podr s xprss como rolo comprssor, m provito dos propósitos xpansionistas dssas mprsas s não fossm as forças qu compõm os princípios práticas d govrnança corporativa qu têm s manifstado, com crscnt podr d impacto, no mundo corporativo. 1.3 Trciro fator stratégico: a univrsalidad dos princípios da Govrnança. A univrsalidad dos princípios da Govrnança a intrdpndência ntr suas dimnsõs: complianc, conformidad lgal, prstação rsponsávl d contas a socidad transparência, valors qu prmiam todas as três - Global, do Estado. Quando trabalhamos, por xmplo, na dirção dos objtivos do milênio, das qustõs inrnts á sustntabilidad plantária dos diritos humanos stamos focados na govrnança global. Existm qustõs sobr as quais não s pod vacilar, a socidad stá conscint d sua importância d qu a solução stá na participação, no nvolvimnto no compromtimnto d todos. 3
A govrnança do Estado diz rspito a qustõs dos paíss, sobrania, rlacionamntos, força política conômica, voz dmocrática, podr da opinião pública principalmnt o combat à corrupção m todos os nívis institucionais. E por ultimo a govrnança corporativa focada no mundo dos ngócios, das corporaçõs Instituiçõs o su atual podr para influnciar todas as instâncias da socidad, para o lado do bm ou do mau. Alinhados a sts três fators stratégicos, os mais rcnts princípios da gstão stratégica das instituiçõs corporaçõs sugrm qu os objtivos stratégicos alcancm um conjunto ampliado d intrsss, d alcanc intrno xtrno. Os próprios invstidors spram qu as companhias atndam as dmandas da socidad, m sua mais abrangnt configuração, pois st posicionamnto maximiza sua rputação o su valor d mrcado. Como afirmam Monks Minow (1996): No século XXI, à mdida qu as mprsas form criando um mundo sm frontiras d mrcados globais, o foco stratégico srá o d assgurar qu o podr corporativo sja compatívl com os novos padrõs d rsponsabilidad para com as pssoas a socidad. Intncionalmnt, considrando sts três fators como pano d fundo, focarmos a importância a adrência ntr os procssos d Govrnança Gstão d Ativos. 2. Govrnança Gstão d Ativos: a conciliação d múltiplos intrsss. D acordo com o Código d Boas Práticas d Govrnança do IBGC, 2013, Govrnança é:...o sistma plo qual as organizaçõs são dirigidas, monitoradas incntivadas, nvolvndo os rlacionamntos ntr propritários, Conslho d Administração, Dirtoria órgãos d control. As boas práticas d Govrnança convrtm princípios m rcomndaçõs objtivas, alinhando intrsss com a finalidad d prsrvar otimizar o valor da organização, facilitando o su acsso a rcursos contribuindo para sua longvidad. A govrnança corporativa xprssa-s portanto, basicamnt por um sistma d rlaçõs ntr plo mnos três ators: a propridad, ou acionistas, o conslho d administração a dirtoria xcutiva. A ssas três âncoras podm s somar outras, quando s admit a ativa intração com outras parts intrssadas no dsmpnho nos impactos das corporaçõs. D acordo com Andrad Rosstti 2014, o qu dfin a xtnsão os objtivos dss rlacionamnto é a assimilação, plos propritários, d rsponsabilidads corporativas, voltadas para objtivos mrgnts como sociais, ambintais com ators da cadia d ngócios, a montant a jusant. 4
Quando isso acontc tmos a transformação do triangulo básico d Govrnança formado plos três ators: Propritários, Conslho d Administração Dirtoria Excutiva passamos a tr o quadrilátro da conciliação d múltiplos intrsss: Propritários, Dirtoria Excutiva, Conslho d Administração Parts Intrssadas ilustrado na Figura 1. Sm dúvida, o qu os propritários spram m contrapartida, é a ampla validação dos rsultados da mprsa a sustntação d sua imagm positiva ao longo prazo, isto é, a rputação corporativa. Figura 1: Quadrilátro da Conciliação d múltiplos Intrsss da Govrnança Font: Andrad Rosstti, 2014 página 264. No ambint intrno, para as outras parts nvolvidas nos procssos nas práticas d govrnança, srão stablcidas linhas d rlacionamnto dfinidas plo Conslho implmntadas pla dirtoria xcutiva, conciliando as dmandas lgítimas com o propósito primário da corporação qu é o máximo rtorno sprado plos invstidors. Compt ao Conslho d administração, na qualidad d rprsntant fiduciário dos propritários, dfinir as políticas d rlacionamnto com os dmais stakholdrs. Já a dirtoria xcutiva cab implmntar ssas políticas, olhando para a gstão stratégica das suas dmandas. As parts intrssadas mitirão sinais qu rforçam a lgitimidad da atuação xcutiva. Em sínts, as boas práticas d govrnança corporativa stão voltadas para a gração d valor para prnidad das mprsas, buscam a harmonização d gração do máximo rtorno aos acionistas com outros intrsss intrnos 5
xtrnos, são vistas como fundamntais para a criação d um ambint d ngócios saudávl confiávl, important para o dsnvolvimnto do mrcado d capitais, a capitalização das mprsas o crscimnto conômico das naçõs. 2.1. Intrscção dos fundamntos da Gstão d Ativos com a Govrnança A Gstão d Ativos, d acordo com a norma ABNT 55000:2014 ao focar no valor qu o ativo pod proporcionar á organização, fortalc dirtamnt o procsso d Govrnança da mprsa, uma vz qu prmit a qualqur tipo organização grar valor a partir dos sus ativos, quilibrando os custos financiros, ambintais sociais, risco, qualidad d srviço dsmpnho rlacionado aos msmos no alcanc d sus objtivos organizacionais. Consolidada plos sus quatro fundamntos: Valor, Alinhamnto, Lidrança Garantia, a Gstão d Ativos rforça várias instâncias do procsso d Govrnança, como irmos dmonstrar a sguir. S o objtivo d um procsso d govrnança corporativa é grar valor para os acionistas dmais stakholdrs, a gstão d ativos, através d sus bnfícios foca sta criação d valor garantido a conformidad a imagm mprsarial através dos sus procssos spcíficos das sguints mlhorias, vidnciadas por Kardc, Esmraldo outros (2014): do rtorno sobr os invstimntos a rdução d custos focando a prsrvação do valor do ativo para o acionista, do procsso d dcisão opracional balancando custo, riscos, oportunidads dsmpnho, dos srviços ou produtos, rforçando a ncssária harmonização dos intrsss dos outros stakholdrs, rsponsabilidad corporativa por mio da prática diária da prstação rsponsávl d contas a socidad transparência com todos os sus públicos intrnos. É important salintar, d acordo com a ISO 55000, qu nm todas as atividads d gstão d ativos podm sr formalizadas por mio d um sistma d gstão d ativos como aspctos rfrnts à lidrança, motivação, comportamnto foco nas xpctativas dos invstidors, o qu pod impactar significativamnt o alcanc dos objtivos propostos. E por sta razão a adrência da Gstão do Sistma d Gstão d ativos com o sistma d Govrnança é condição si n qua nom para qu a conquista do valor almjado plos acionistas os principais stakholdrs da mprsa sja alcançado. Na prática, como vrmos a sguir, a mtodologia dos 8Ps da Govrnança transposta a Gstão d Ativos dfin bm os pontos comuns, as intrfacs principais a complmntaridad ncssária para a criação do valor dsjado. 6
3. Os oito Ps da Govrnança Inicialmnt, rssalta-s qu na construção na opração d sistmas d govrnança gralmnt stão prsnts os 8Ps, xplícita ou implicitamnt, sgundo Andrad Rosstti, 2014: propridad, princípios, propósitos, podr, papéis, práticas, pssoas prnidad ou prptuidad. Os 8Ps da Govrnança stão ilustrados na Figura 2. Figura 2: Os 8Ps da Govrnança Font: Andrad Rosstti, 2014, p.144. Dstaca-s a sguir uma sínts do significado d cada um dos 8Ps. Propridad: é o atributo fundamntal difrnciador das companhias, dfin as rlaçõs com as razõs d sr com as dirtrizs da govrnança. Os princípios são drivados do procsso ético qu dv prvalcr no mundo dos ngócios: snso d justiça, transparência, prstação rsponsávl d contas, conformidad lgal rsponsabilidad corporativa. Propósitos: os propósitos convrgm para o máximo rtorno total d longo prazo dos acionistas m caso do modlo ampliado qu stamos tratando nst artigo, da harmonização d intrsss com outras parts intrssadas também. Papéis: a sgrgação dos papéis rsulta das difrnts atribuiçõs d propritários, conslhiros gstors prcisam sr claramnt dfinidos ntr stas instâncias as dmais corporativas. 7
Podr: o podr, manado plos acionistas ou propritários, srá xrcido plos administradors scolhidos, rsponsávis plo dircionamnto da companhia pla gração d rsultados. Práticas: as práticas visam o stablcimnto d canais fluidos d informação d bom consnsual sistma para a tomada d dcisõs acompanhamnto das açõs dcorrnts. Pssoas: na sustntação d todo sts sis Ps stão as pssoas condutoras do conjunto d lgados dos objtivos qu dão vida continuidad ás opraçõs corporativas. Prnidad: a prnidad ou prptuidad da mprsa é fortmnt dpndnt dos st princípios prcdnts, dfin-s como objtivo sínts das companhias, sustntada por bons rsultados conômicos, financiros, sociais ambintais. 3.1 Corrlação dos 8Ps da govrnança com os fundamntos da gstão d ativos. O principal objtivo dss trabalho é corrlacionar o procsso d Govrnança com o procsso d Gstão d Ativos vidnciando dirtrizs qu garantirão o atndimnto das xpctativas dos acionistas harmonização dos intrsss dos dmais stakholdrs através da ftiva intgração dsts procssos. Após anális dtalhada dos 8Ps da Govrnança comparativamnt aos principais fundamntos d Gstão d Ativos foi possívl dtctar varias spcificidads qu são muito importants para o mundo corporativo institucional. Dstaca-s a sguir a corrlação dos 8Ps da Govrnança com os fundamntos d Gstão d Ativos. Tabla 1: A transposição dos 8 P s da Govrnança a Gstão d Ativos. 8 PS INSTÂNCIAS DEFINIÇÃO BOAS PRÁTICAS SITUAÇÕES CRÍTICAS Govrnança Atributo fundamntal difrnciador das companhias. Razão d sr da Govrnança. Cosão ntr os acionistas. Rlaçõs rspitosas. Dsalinhamntos crscnts ntr os acionistas. Propósitos d médio longo prazo divrgnts. Propridad Gstão d Ativos Sistma d Ativos: cntro d racionalidad com foco no portfólio d ativos Ativo: razão d sr da Gstão d Ativos, algo ou ntidad qu tm valor ral ou potncial para uma organização. Clarza ntndimnto sobr os ansios dos agnts d Govrnança para uma fina adrência da Gstão d Ativos. Cosão ntr Propritários, Administradors Funcionários no ntndimnto sobr Gstão d Ativos alinhamnto d princípios. A não institucionalização da Gstão d Ativos pla alta administração. Dsalinhamnto ntr os spcialistas d manutnção opração. Falta d adrência ntr os procssos d Govrnança Gstão d Ativos 8
Continuação da Tabla 1. 8 PS INSTÂNCIAS DEFINIÇÃO BOAS PRÁTICAS SITUAÇÕES CRÍTICAS Govrnança Fundamntos éticos dos ngócios da gstão: Snso d justiça (fairnss), Prstação rsponsávl d contas (accantability), Conformidad Lgal (Complianc), Transparência (Disclosur), Rsponsabilidad Intrnamnt compartilhados xtrnamnt sancionávis - Não assimilação plos quadros intrnos - Valors divrgnts ntr os acionistas - Dsconstrução movida por transgrssão aos valors do grupo Princípios Gstão d Ativos Valor: Ativos xistm para forncr valor para a organização. Alinhamnto: os objtivos mprsariais prcisam sr traduzidos m dcisõs técnicas financiras, planos atividads. Cultura do local d trabalho é fator dtrminant para obtr valor. Dissminação dos princípios boas práticas para a gstão d ativos chav. Alinhamnto cosão sobr os princípios, rsultados invstimntos ncssários, Importância sucssão prsrvação portfólio d ativos. da do Imobilismo Distância grand ntr discurso prática. Dsalinhamnto sobr o portfólio o sistma d ativos. Govrnança Dircionamnto d médio-longo prazo consnsado. Foco m rtornos: (a) Maximização do rtorno total dos invstimntos dos sharholdrs (RTS). (b) Harmonização do RTS com os intrsss d outros stakholdrs. Visão d longo prazo alinhada, nos Conslhos d Sócios d Administração no âmbito da Dirtoria Excutiva. Estratégia clara, consistnt focada na criação d riquza. Clarza na dfinição d dirtrizs d grand alcanc: Propósito orintador (missão). Propósito mprsarial (visão). Dsalinhamntos na dfinição das stratégias, no modlo d mprsariamnto na vlocidad d crscimnto. Rumos stratégicos dsconctados da volução do ambint d ngócios m qu a Organização opra. Propósitos Gstão d Ativos Dircionamnto d médio longo prazo consnsado. Propósito stratégico formalizado pla Alta Administração. Domínio dos administradors sobr o ciclo d vidas dos ativos. Rdfinição das atribuiçõs ntr manutnção opração basado na otimização do valor dos ativos. Foco m rtornos: (a) Maximização do rtorno total dos invstimntos dos sharholdrs (RTS). (b) Harmonização do RTS com os intrsss d outros stakholdrs. Visão d longo prazo alinhada ntr administradors outras parts intrssada Estratégia clara, consistnt motivadora, ralizávl focada na dinâmica dos ciclos d vidas do dsnvolvimnto do portfólio d ativos Rsultados transitórios propósitos rdimnsionados constantmnt. Dsalinhamnto dsconxão d stratégias, focos prioridads. Inxistência d propósito stratégico, também, d plano stratégico para a Gstão d Ativos. Inxistência d alinhamnto ntr opração manutnção Dsconhcimnto organizacional sobr Ativos Ciclos d vida. 9
Continuação da Tabla 1. Papéis Govrnança Clarza na sparação d papéis funçõs: Acionistas, Conslhiros, Gstors, Conslho d Administração Dirtoria Excutiva. Chairman CEO. Funçõs sgrgadas: Chairman CEO. Dfinição das atribuiçõs, rsponsabilidad alçadas d cada nívl hirárquico. Papéis não sgrgados, funçõs acumuladas. Dcisõs contraditórias. Linhas d comptência alçadas não dfinidas. By pass constants, m todos os nívis. Gstão d Ativos Clarza na sparação d funçõs Dfinição pla Alta Administração das atribuiçõs rsponsabilidad dos gstors d ativos. Intrindpndência todos os ators ntr Divulgação corporativa sobr a importância da Gstão d Ativos Alinhamnto stratégico ntr opração manutnção. Divisão do ativo ntr pssoas difrnts com rsponsabilidads difrnts sm argumntação cosão. Sobrposição d funçõs atribuiçõs. Dscoordnação/burocratização. Govrnança Constituição da strutura d podr: prrrogativa dos sharholdrs. Dfinição compartilhada d dcisõs d alto impacto. Planjamnto das sucssõs nos órgãos d govrnança. Dfinido, visívl acito, nos órgãos da Administração: Empowrmnt firm condução do Conslho. Lidrança fort, produtora d bons rsultados admirada na Prsidência Excutiva. Alçadas rsponsabilidads claramnt dfinidas. Fragmntação acomodaçõs na strutura organizacional para atndr a pssoas, não voltadas para o intrss das mprsas do Grupo. Lutas intrnas ntr os mmbros do Conslho principais Excutivos. Indicaçõs promoçõs não fundamntadas m sistmas mritocráticos. Podr Estrutura bm dfinida prnchida por critérios mritocráticos. Dsconfortos com lidranças, quanto a stilos, comptências rsultados grados. Gstão d Ativos Dfiniçõs d alto impacto consnsadas compartilhadas. Lidrança é fator dtrminant na obtnção d valor Entndimnto corporativo sobr Gstão d Ativos Portfólio d ativos. Estrutura prioridad da Gstão d Ativos dfinida por um Conslho d Administração Planjamnto das sucssõs histórico sobr o ciclo d vida portfólio d ativos. Disputas d podr m assuntos rlacionados aos ativos da mprsa Rlação d podr stablcida com prmissas únicas d produção sm rtorno financiro plno do ativo. Conflitos d intrsss ntr opração manutnção. Govrnança Sistmatização: do dircionamnto da stratégia ao monitoramnto d rsultados. Empowrmnt dos órgãos d govrnança. Gstão d conflitos d custos d agência. Construção d canais d comunicação, intrnos xtrnos. Ausência d conflitos d intrss. Transaçõs com parts rlacionadas amplamnt justificadas. Práticas sistmatizadas: do dircionamnto da stratégia ao monitoramnto d rsultados. Ausência d acordos, protocolos d ntndimnto d rgras formais. Práticas oportunistas, conflitos d intrss. Dcisõs dsconsidradas. colgiadas Prvalência d modlos informais d gstão. Procssos Práticas Gstão d Ativos Garantia d qu os ativos cumprirão com sus propósitos. Dsnvolvimnto implmntação d procssos qu rlacionam os propósitos rquridos o dsmpnho dos ativos aos objtivos stratégicos Garantia da capabilidad m todas as fass dos ciclos d vida Forncimnto d rcursos ncssários pssoal comptnt para a dmonstração da garantia assumindo as atividads d gstão d ativos oprando o sistma d gstão d ativos. Implmntação d procssos d monitoramnto mlhoria contínua. Práticas d gstão d ativos consistnts com a ncssidad da mprsa Dfinição dos procssos d Gstão d Ativos. -Práticas oportunistas, conflitos d intrss. Ausência d visão d longo prazo sobr o ciclo d vida do ativo. -Informaçõs privilgiadas Práticas dsconctadas do rsultado rtorno dos ativos. 10
Continuação da Tabla 1. Govrnança Fator-chav da boa govrnança: prsnt m todos os Ps. Bas dos lgados, das condutas das comptências qu conduzm à prnidad. Alinhamnto aos valors corporativos. Gstão stratégica d RH. Clima organizacional com altos índics d favorabilidad. Mritocracia PPR justo bm grido. Dficiências crônicas crscnts na ára d RH. Dsconsidração plas condiçõs vignts plas tndências do clima organizacional. Ausências d lgados: organização dsprsonalizada. Pssoas Gstão d Ativos Fator chav da Gstão d Ativos rqurndo comptências spcíficas sobr a gstão d Ativos Mapar comptências trinamnto spcíficos na visão d ativos. Alinhamnto dos valors corporativos gstão d ativos Capacitação stratégica sobr riscos oportunidads na tratativa com ativos Sistma d rconhcimnto dsnvolvimnto basado na criação d valor através d ativos. Falta d trinamnto básico sobr Gstão d Ativos ddicados ao nívl opracional. Não nvolvimnto do nívl opracional nas análiss d falhas d quipamntos. Gstão stratégica d RH com foco na Gstão d Ativos. Govrnança Salvo m casos xcpcionais, objtivo último das organizaçõs. Fortmnt associávl a: Harmonia d propósitos. Criação d valor para os sharholdrs. Conciliação dos intrsss dos sharholdrs com os d outros stakholdrs. Gstão ficaz d riscos corporativos. Dsnvolvimnto d novas lidranças: sucssõs bm conduzidas. Estratégia focada m fators-chav d sucsso. Tratamnto d qustõschav. Dsintrss pla socidad plos ngócios por hrdiros distants inativos. Riscos crscnts, rsultados dcrscnts. Intrsss lgítimos não satisfitos. Prnidad Gstão d Ativos Sustntabilidad da volução contínua do mprsa através da Gstão d Ativos. Intgração compatibilizando os propósitos d Govrnança, Gstão d Ativos. Gstão ficaz d riscos corporativos. Dsnvolvimnto d novas lidranças: sucssõs bm conduzidas. Estratégia focada m fators-chav d sucsso. Tratamnto stratégico d qustõs-chav para a Gstão d Ativos Dsintrss pla mprsa. Riscos crscnts, rsultados dcrscnts. Intrsss lgítimos dos stakholdrs não satisfitos. Font: Adaptação dos autors d Andrad & Rosstti(2014) Esmraldo outros(2014) A corrlação ora aprsntada pod sr útil para criar as dirtrizs do sistma d gstão d ativos alinhadas com as ncssidads xpctativas dos acionistas a harmonização dos intrsss dos dmais stakholdrs através da ftiva intgração dsts procssos. Sm dúvida, o arcabouço aqui aprsntado pod auxiliar os gstors a xcutar a tarfa d criação implmntação d um robusto sistma d gstão d ativo. 11
4. Data Drivn: Govrnança, Risco Complianc- GRC com Gstão d Ativos Aprsntamos os concitos d Govrnança Gstão d Ativos chamamos a atnção para a importância dos ators nsts dois procssos (Acionistas, Dirtoria Excutiva, Conslho d Administração Outras parts Intrssadas). Tão important quanto ntndrmos os ators suas principais atribuiçõs é comprndr também o sistma d fiscalização d control dntro d uma mprsa. É inrnt ao procsso d Govrnança d Gstão d Ativos a formalização d um sistma robusto d fiscalização control formado plo Conslho Fiscal, Comitê d Auditoria, Auditoria Indpndnt, Auditoria Intrna,, mais rcntmnt, pla quip d Complianc ou conformidad lgal. Conslho Fiscal: lito pla Assmblia Gral fiscaliza os atos dos administradors, ntndndo como administradors o Conslho d Administração Dirtoria Excutiva. Além d acompanhar o trabalho dos auditors indpndnts, analisa opina sobr as dmonstraçõs financiras dnuncia irrgularidads frauds. Já o Comitê d Auditoria acompanha avalia o ambint d control (auditoria xtrna intrna), idntifica, avalia analisa os riscos rlvants à cia. suprvisiona a laboração dos rlatórios financiros. A Auditoria Indpndnt vrifica a conformidad no cumprimnto d disposiçõs lgais audita s as dmonstraçõs d rsultados rfltm a ralidad da socidad. E a Auditoria Intrna organiza o ambint intrno d control, d forma alatória priódica, a fim d crtificar o cumprimnto das normas a ficiência ficácia dos procssos controls. Intrag contribui com o Conslho d Administração. Garant qu os rlatórios contábis stjam, financiramnt, adrnts às lis rgulamntos qu sjam confiávis oportunos. A partir d 2015, com a rgulamntação da li 10.843, chamada Li anticorrupção, as mprsas passam a tr qu formalizar a sua quip d Complianc na strutura d fiscalização control. Essa unidad monitorará assgurará qu as divrsas unidads da mprsa stjam m conformidad rgulatória. Engloba acompanha os pontos falhos idntificados pla auditoria, até a sua rgularização intrnalização. O trmo GRC, Govrnança/Gstão, Risco Complianc, rflt um novo caminho d intgração d procssos xigido plo Mrcado qu normalmnt manipulam os msmos dados com objtivos distintos. A tomada d dcisão d uma mprsa foca a gração d valor para os acionistas dmais stakholdrs. A imagm a rputação da mprsa prcisam sr prsrvadas durant todo o procsso GRC. Os ators d Govrnança, Gstão d Ativos o sistma d fiscalização control prcisam garantir qu o jogo mprsarial não saia dos trilhos. Os gstors d ativos prcisam ntndr não podm substimar a rsponsabilização qu rcai sobr a sua tomada d dcisão atualmnt. Evidnciada plas Lis Anticorrupção, das S.A Li 6.404/76 plo Código Civil: 12
Li 10.406/02 o fato d qu qualqur administrador pod rspondr com sus próprios bns por prjuízos causados pla companhia contra trciros m alguns casos, até rspondr procssos pnais concomitantmnt. 4.1 A miopia dos administradors m rlação a Gstão d Ativos Rcntmnt, m dcorrência dos vntos d corrupção ocorridos m grands corporaçõs brasiliras, a palavra ativo tm aparcido, ou sja, mncionada m larga scala nos divrsos mios d comunicação nacional intrnacional. D fato, la tm sido mprgada para caractrizar o procsso d dcisório daqulas mprsas qu têm nfrntado criss conômico-financiras, as quais têm aftado não só a imagm da organização, mas, também, a sua condição d obtr rcursos financiros, via mpréstimo, para sanar suas contas rrgur-s. No contxto ora xposto, as qustõs-chav da tomada d dcisão stratégica são: aond m qu continuar invstindo, ou sja, quais projtos d invstimntos dvm sr priorizados;, também, quais invstimntos dvm sr dsaclrados /ou abandonados ou vndidos. Tais dcisõs, gralmnt, são tomadas plos mmbros do conslho d administração da organização. Entrtanto, inflizmnt, as notícias viculadas na mídia têm vidnciado o total dsconhcimnto dos Gstors Conslhiros sobr o concito d valor do ativo do ciclo d vida dos msmos. Isto indica qu é ncssário difundir no mio da lidrança mprsarial: o qu é a Gstão d Ativos os bnfícios da Implantação d um Sistma d Gstão d Ativos. Constata-s qu a caminhada é dsafiadora inadiávl. Esta visão dsafiadora propiciará um aprofundamnto da tomada d dcisão uma vz qu passa a considrar o rtorno do valor almjado plos acionistas invstidors através da ficint ficaz gstão dos ativos corporativos. Essa nova visão, minimiza a miopia atual no âmbito da Dirtoria Excutiva m rlação aos custos vrsus prformanc, oportunidad vrsus riscos, bm como os mcanismos d fiscalização control. Esss fators, além d sr stratégicos, dixaram d sr apnas aspctos da tomada d dcisão para tornar-s uma qustão d sobrvivência prmanência da mprsa no mrcado. 5 Conclusõs Os concitos d Govrnança Gstão d Ativos forncm um novo caminho d intgração d procssos xigido plo Mrcado m rlação a transparência da sustntabilidad do ngócio para os difrnts ciclo d vida do ativo. Portanto, os ators d Govrnança, Gstão d Ativos o sistma d fiscalização control prcisam garantir qu o jogo mprsarial não saia dos 13
trilhos. Os gstors d ativos prcisam ntndr não podm substimar a rsponsabilização qu rcai sobr a sua tomada d dcisão atualmnt. Finalmnt, a prsnt corrlação é important para a Gstão d Ativos s tornar uma part important do painl d bordo control d um Conslho d Administração. Bibliografia: ANDRADE, A; outros. Gstão Intgrada do Trritório: conomia, socidad, ambint cultura. Rio d Janiro: IBIO, 2012. ANDRADE, Adriana; ROSSETTI, J.P. Govrnança, uma força oposta á corporocracia. Rvista Dom, n.1, FDC, 2006. ANDRADE, Adriana; ROSSETTI, José Paschoal. Govrnança : fundamntos, dsnvolvimnto tndências. Sétima Edição. São Paulo: Editora Atlas, 2014. Associação Brasilira d Normas Técnicas. ABNT NBR ISO 55000:2014 - Gstão d Ativos - Visão gral, princípios trminologia. Rio d Janiro: ABNT, 2014. Associação Brasilira d Normas Técnicas. ABNT NBR ISO 55001:2014 - Gstão d Ativos: Sistmas d gstão Rquisitos. Rio d Janiro: ABNT, 2014. Associação Brasilira d Normas Técnicas. ABNT NBR ISO 55002:2014 - Gstão d Ativos - Sistmas d gstão - Dirtrizs para a aplicação da ABNT NBR ISO 55001. ESMERALDO, João; KARDEC, Alan; LAFRAIA, João; NASCIF, Júlio. Gstão d ativos. Rio d Janiro: Quality Mark, 2014. JENSEN, M. Valu maximization, stakholdr thory and corporat objctiv function. Journal of Applid Corporat Financ, vol 4, n.3, 2001 MONKS, R; Minow, N. Whatching th watchrs: Corporat Govrnanc for th 21st cntury. Oxford: Blackwll, 1996. 14