Volta de Apoio ao Emprego Cidadania Ativa v/s Inserção Profissional
Cidadania Ativa A cidadania ativa é entendida como um conceito que parte de princípios coletivos e individuais, que requer a participação efetiva dos indivíduos na vida política, na sociedade civil organizada e na comunidade. Olinda Rio (2012): Uma opinião publica cada vez mais atenta, informada e consciente da sua cidadania supranacional exige mudança e um envolvimento responsável e ativo, exige uma participação efetiva. (Rio:2012) A cidadania pressupõe a participação ativa dos cidadãos nos campos sociais, isto é, a nível econômico, social, cultural e político.
Cidadão Ativo O Cidadão ativo é entendido como um potencial ator político, que, não se limita a discutir e a debater, como também participa de uma forma ou de outra no curso dos processos sociopolíticos de uma sociedade. No campo da juvenil, o destaque é colocado na ampliação das possibilidades de participação política e na aprendizagem das competências necessárias, para o desenvolvimento e exercício da liderança juvenil em toda sua diversidade.
É notorio que as habilitações académica favorecem a participação social e a cidadania ativa, uma vez que, o cidadão informado é indubitavelmente um melhor cidadão: participa mais no processo democrático, tem opiniões fundamentadas e estáveis, valoriza e apoio as liberdades cívicas e os direitos sociais. Esta capacidade de exercício pleno da cidadania, no que esta contém de direitos e responsabilidades, depende destes factores, nomeadamente no investimento no Capital Humano (Rio: 2012)
Inserção Profissional A inserção profissional dos jovens, é entendida como o processo pelo qual os indivíduos, não tendo nunca pertencido à população ativa, acedem a uma posição estável no sistema de emprego (Vérnières, 1997: 11), no entanto, esta não deverá se limitar à transição do individuo entre o percurso académico e a entrada do mercado de trabalho. O conceito de inserção profissional resulta de um processo inverso, em que se tem de ter em atenção a situação profissional, a função que desempenha e a estrutura em que se insere, assim como o contexto em que se enquadra.
Atualmente a inserção profissional exige determinadas condições tais como: escolha entre flexibilidade interna ou externa; recomposição das qualificações; exigência de experiência profissional; realização de formação contínua; maior ou menor grau de autonomia profissional; contratos de trabalho duráveis (e a tempo inteiro) ou de curta duração (e a tempo parcial); modalidades de renovação dos trabalhadores, entre outras. Sendo que estas mesmas exigências, influenciam a inserção profissional.
Desemprego Bruto da Costa (1998) -» o desemprego é encarado, como um paradigma de exclusão na Europa, visto que, o emprego é dos principais mecanismos de integração social nas sociedades contemporâneas sendo que o desemprego não se reduz, apenas a privação da fonte de rendimento, também traduz-se na perda de um dos vínculos mais importantes de ligação à sociedade, e a rede de relações interpessoais que o emprego proporciona e, ainda, ao sentimento, que do mesmo advém, de participar na vida económica do pais (Costa, 1998:57). Almeida (1992) -» a ligação entre desemprego e pobreza é de identificação imediata, tornandose mais significativa quando se trata de desemprego de longa duração ou de situações de trabalho meramente temporário. A situação de desemprego de jovens à procura de primeiro emprego e de pessoas não qualificadas, traduzindo-se num elevado número de desempregados que não auferem ao subsídio de desemprego enquanto outros apenas têm por períodos relativamente curtos (cf. J. Ferreira de Almeida, et al, 1992)
O desemprego, para ser analisado também tem de ter em atenção as situações de emprego precário tais como emprego com contrato a termo, a tempo parcial involuntário, sem contrato (o chamado sistema de recibos verdes ), de baixos salários, com más condições de trabalho e segurança (Costa, 1998:58). Neste sentido, o individuo que se encontre nas situações acima mencionadas encontra-se em situação de exclusão social ou em risco de exclusão social, sendo que estas situações prevêem-se quando o sistema de mercado de trabalho está quebrado ou é frágil (cf. Costa, 2000:58).
Conclusão Tendo em atenção ao contexto sócio económico que o país atravessa, é notório, uma redução no ingresso ao ensino superior. No que diz respeito, a inserção dos jovens recém licenciados no mercado de trabalho, é percetível, que apesar das medidas implementadas pelo estado, atualmente encontra-se aquém das expectativas dos jovens recém licenciados, em virtude da situação precária em que se encontram.
Obrigada pela vossa atenção! Saudações Académicas