Estudos Económico-Financeiros. Sessão de disseminação de conceitos - Finanças empresariais Fernanda Pereira 08.04.2011

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ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS DO EXERCÍCIO DE 2009

Transcrição:

Estudos Económico-Financeiros Sessão de disseminação de conceitos - Finanças empresariais 08.04.2011

Etapas de um estudo de avaliação económica Elaboração do Projecto Análise do Projecto Conclusão Estudos Identificação /Selecção das alternativas Mercado Localização Técnicos Dimensão Enquadramento (legal / administrativo / financeiro) Estudos Económico Financeiros Planos de: Investimento Financiamento Exploração Análise de Viabilidade Económica Financeira Através de: Contas Previsionais o DFP Cash Flow o VAL; TIR; PRA; IRP; VALA Dizer se o investimento deve ou não ser aceite 2

Necessidade dos meios de produção Inputs investimento Inputs exploração 3

Inputs de exploração Custo das existências vendidas e consumidas: Mercadorias; Matérias-primas, subsidiárias e de consumo; Embalagens comerciais retornáveis. 4

Inputs de exploração Subcontratos; Fornecimentos e serviços de terceiros: Água; Electricidade; Material de conservação e reparação; Ferramentas e utensílios; Material de escritório; 5

Inputs de exploração Impostos indirectos: Taxas; IVA. Impostos directos: Imposto de capitais; IMI. 6

Inputs de exploração Gastos com pessoal; Outras Gastos e encargos: Rendas; Royalties; Quotizações obrigatórias; Gastos de depreciação e de amortização; 7

Inputs de exploração Perdas extra patrimoniais do exercício; Encargos financeiros: De financiamento do investimento; De financiamento da exploração. Provisão para impostos sobre lucros. 8

Inputs de investimento Terrenos: Custo do terreno; Encargos notariais com a compra; Impostos e taxas; Assoreamento do terreno. Construção Fundações; Construções; Poços; Condutas de água; 9

Inputs de investimento Construção: Ligações eléctricas, de telefone e gás; Reservatórios; Evacuação de águas; Vedações; Caminhos e estradas; Alojamentos para o pessoal. Equipamento básico (inclui impostos, tarifas de transporte, seguro e tarifas aduaneiras): Máquinas; Fundações para as máquinas; 10

Inputs de investimento Equipamento básico (inclui impostos, tarifas de transporte, seguro e tarifas aduaneiras): Máquinas; Fundações para as máquinas; Instalações para as máquinas; Ensaios e início de trabalho. Ferramentas e utensílios: Linhas eléctricas e telefónicas; Equipamento eléctrico; Ferramentas. 11

Inputs de investimento Material de transporte: Veículos; Outro material de transporte. Equipamento administrativo e social: Mobiliário. Peças de substituição: Stock de segurança (20% do custo de materiais). 12

Inputs de investimento Activos intangíveis: Licenças de patentes ou marcas; Assistência técnica; Custo de emissão de acções; Aquisição de software; Elaboração de estudos (técnicos, económicos, comerciais, de arquitectura, de engenharia, de rendibilidade, de financiamento, etc.); 13

Inputs de investimento Activos intangíveis: Consultoria jurídica; Gastos de promoção e comercialização (publicidade, estabelecimento de rede de distribuição, etc.); Gastos com a constituição da empresa; Recrutamento e formação de pessoal. Juros intercalares durante a construção; Fundo de maneio. 14

Estudos económico-financeiros Planos de: Investimento; Exploração; Financiamento. 15

1. Plano de investimento Descrição e escalonamento temporal dos investimentos previstos. Resulta do estudo de engenharia/técnico do projecto. 16

1. Plano de investimento Culmina: Descritivo caracterizador dos investimentos a efectuar; Mapa síntese dos investimentos em valor; Calendário de execução dos investimentos. 17

1. Plano de investimento Investimento por ano Propriedades de investimento Terrenos e recursos naturais Edificios e Outras construções Outras propriedades de inv estimento Total propriedades de investimento Activos fixos tangíveis Terrenos e Recursos Naturais Edificios e Outras Construções Equipamento Básico Equipamento de Transporte Equipamento Administrativ o Equipamentos biológicos Outros activ os fix os tangiv eis Total Activos Fixos Tangíveis Activos Intangíveis Goodw ill Projectos de desenv olv imento Programas de computador Propriedade industrial Outros activ os intangív eis Total Activos Intangíveis Total Investimento 2010 2011 2012 2013 2014 2015 IVA 23% Fonte: IAPMEI, programa FINICIA. 18

4.2. Plano de exploração previsional Plano de exploração previsional: Descrição e escalonamento temporal de Rendimentos e Gastos anuais previstos, de forma a calcular: a) Conta de exploração anual; b) Cash flow de exploração anual. 19

4.2. Plano de exploração previsional a) Conta de exploração previsional: Sistematização dos Rendimentos e Gastos anuais para cálculo de resultados potenciais e determinação da rendibilidade. 20

2. Plano de exploração previsional Conta de exploração previsional inclui: Rendimentos: - Rendimentos de vendas de produtos, mercadorias, embalagens; - Rendimentos de prestações de serviços; - Subsídios à exploração; 21

2. Plano de exploração previsional Conta de exploração previsional inclui: Rendimentos: - Rendimentos suplementares (rendas e alugueres, royalties, etc.); - Rendimentos financeiras correntes (juros de depósitos à ordem, descontos obtidos); - Rendimentos de aplicações financeiras (juros de obrigações, dividendos de acções, etc.). 22

2. Plano de exploração previsional Conta de exploração previsional inclui: Gastos por natureza: - Compras ou consumos de matérias-primas, subsidiárias e de consumo, mercadorias e embalagens; - Subcontratos (trabalhos encomendados a outras empresas para a produção); 23

2. Plano de exploração previsional Conta de exploração previsional inclui: Gastos por natureza: - Fornecimentos e Serviços de terceiros (água, electricidade, combustíveis, materiais de conservação e ferramentas, serviços de transporte, etc.); 24

2. Plano de exploração previsional Conta de exploração previsional inclui: Gastos por natureza: - Pessoal (remunerações, ordenados, salários e encargos sociais, seguros, etc.); - Gastos financeiras (juros, descontos, serviços bancários); 25

2. Plano de exploração previsional Conta de exploração previsional inclui: Gastos por natureza: - Outras Gastos e encargos (livros, quotizações, ofertas, etc.); - depreciações e reintegrações (do imobilizado e de Gastos plurianuais); 26

4.2. Plano de exploração previsional Conta de exploração previsional inclui: Gastos por natureza: - Provisões (para cobrança duvidosa, para outros riscos e encargos, etc.). 27

2. Plano de exploração previsional Rendimentos de exploração Cash flow de exploração Gastos de exploração 28

3. Plano de financiamento Elementos financeiros para análise do projecto: Financiamento de curto prazo (orçamento de tesouraria); Financiamento MLP (origem e aplicação de fundos); Balanços previsionais. 29

3. Plano de financiamento 2011 2012 2013 2014 2015 2016 Investimento Margem de segurança 2% 2% 2% 2% 2% 2% Necessidades de financiamento Fontes de Financiamento 2011 2012 2013 2014 2015 2016 Meios Libertos Capital Outros instrumentos de capital Empréstimos de Sócios Financiamento bancário e outras Inst. Crédito Subsidios TOTAL N.º de anos reembolso 4 Tax a de juro associada 6,60% 2011 Capital em dív ida (início período) Tax a de Juro 7% 7% 7% 7% 7% 7% Juro Anual Reembolso Anual Imposto Selo (0,4%) Serv iço da dív ida Valor em dív ida Fonte: IAPMEI, programa FINICIA. 30

Variável que caracteriza a Rendibilidade Cash-flow Sessão de disseminação de conceitos Finanças empresariais 08.04.2011

Variáveis que caracterizam a rendibilidade Rendibilidade: Capacidade do projecto gerar um excedente líquido positivo. Gerar lucros 32

Variáveis que caracterizam a rendibilidade Variáveis capazes de caracterizar a rendibilidade do projecto: Resultados do exercício (do projecto); Cash-flow. 33

Variáveis que caracterizam a rendibilidade Resultados do exercício (lucro) dependem: Procedimentos de registo contabilístico adoptado; Método de valorimetria das existências. Método de registo das depreciações e reintegrações dos activos. 34

Variáveis que caracterizam a rendibilidade As diferentes medidas de resultados do exercício (lucro) provocariam, acaso se utilizasse o lucro como medida de rendibilidade do projecto, que este pudesse de acordo com determinado procedimento contabilístico ser um bom projecto, e de acordo com outro procedimento ser um mau projecto. Cash-flow 35

Variáveis que caracterizam a rendibilidade Cash-flow Designa os fluxos líquidos gerados pelo projecto. Medida: Recebimentos e pagamentos do projecto. 36

5. Cash-flow O conceito de cash-flow é desagregável em: Cash-flow de investimento; Cash-flow de exploração; Cash-flow líquido. 37

5. Cash-flow Vantagem do cash-flow relativamente ao lucro: Conceito objectivo, claramente definido; Registado de modo inequívoco; Não é passível de manipulações, como os resultados líquidos. 38

5.1. Cash-flow de investimento Regista os pagamentos associados à despesa de investimento do projecto, líquido dos recebimentos associados à extinção do projecto: Cash-flow de investimento = Investimento em Capital Fixo + Fundo de Maneio _ Valor residual de Investimento + Imparida des do Activo 39

5.2. Cash-flow de exploração Regista os recebimentos líquidos de pagamentos associados à exploração do projecto: Cash-flow Resultados Depreciações de exploração = líquidos de Exploração + do Exercício + Provisões do + exercício Encargos Financeiros 40

5.3. Cash-flow líquido A partir do cash-flow de investimento e do cash-flow de exploração define-se o cash-flow líquido: Cash-flow Líquido = Cash-flow de exploração - Cash-flow de Investimento 41

5.4. Cash-flow do projecto Plano global de investimento Cash-flow de investimento Fluxos de caixa de saída (pagamentos/despesa) e entrada (recebimentos/rendimentos) Cash-flow de exploração 42

5.4. Cash-flow do projecto Cash-flow do projecto discounted cash-flow valuation (DCF): 1. Volume de negócios 2. CMVMC 3. Subcontratos 4. Fornecimentos e Serviços de terceiros 5. Impostos 6. Gastos com pessoal 7. Outras Gastos e encargos 8. depreciações e reintegrações do exercício 9. Provisões do exercício 10. Resultados antes da função financeira (1-2-3-4- -9) 43

5.4 Cash-flow do projecto Cash-flow do projecto discounted cash-flow valuation (DCF): 10. Resultados antes da função financeira (1-2-3-4- -9) 11. Encargos financeiros 12. Resultados extraordinários do exercício 13. Resultados antes de impostos (10-11+12) 14. Provisões para impostos 15. Resultados líquidos (13-14) 44

Cash-flow Definição de cash-flow de exploração exclui, dos Gastos: depreciações; Provisões; Encargos financeiros. 45

Cash-flow Exclusão das depreciações: Não correspondem a um pagamento; Para evitar dupla consideração como Gastos (como investimento e como exploração. 46

Cash-flow Exclusão das provisões: Não correspondem a um pagamento; Para evitar dupla contagem destes Gastos (já considerados na compra das existências, ou custos que não foram saídas de dinheiro). 47

4.4. Cash-flow Exclusão dos encargos financeiros: São considerados no processo de actualização; Considerados nos Gastos, aquando do desconto do cash-flow. 48

5.5. Mapa de Cash-flows Mapa de cash-flows operacionais: Meios Libertos do Projecto Resultados Operacionais (EBIT) x (1-IRC) Depreciações e amortizações Prov isões do ex ercício 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Investim./Desinvest. em Fundo Maneio Fundo de Maneio CASH FLOW de Exploração Investim./Desinvest. em Capital Fixo Capital Fix o Free cash-flow CASH FLOW acumulado Fonte: IAPMEI, programa FINICIA. 49

5.6. Cash-flow óptica do CP Cash-flow na óptica do capital próprio: + Cash-flow do projecto -Valor do passivo do projecto = Cash-flow do capital próprio 50

6. Período de vida do projecto Definido em função do período de vida técnico ou económico dos equipamentos mais importantes do projecto; Deve ser considerado o período de vida mais curto. 51

6. Período de vida do projecto Período de vida técnico: Definido em função das características técnicas do equipamento e estabelecido pelo fabricante Período de vida económico: Período em que o produto produzido pelo equipamento tem aceitação no mercado por parte dos consumidores; Período durante o qual o equipamento dispõe de características que asseguram níveis de produtividade competitivos face a equipamento concorrentes; É afectado pela obsolescência tecnológica. 52

6. Período de vida do projecto Convenção aplicada nos formulários dos projectos: Fixa a vida útil do projecto em 5 ou 7 anos. Convenção internacional para o período de vida médio do projecto, considerando o período de vida técnico e o período de vida económico utilizado pelo banco mundial e outras instituições financeiras internacionais. 53

Métodos de decisão de investimento Sessão de disseminação de conceitos Finanças empresariais 30.03.2011

7.1. Valor Actual Líquido Somatório actualizado dos cash flows a um taxa de custo de oportunidade definida como veremos mais à frente. t VAL = Ʃ (Cash Flow) (1+i)^ (n) Se o VAL for superior a zero, então o projecto é de aceitar. Se o VAL for inferior a zero significa que o Projecto não é de implementar. 55

7.2. Taxa Interna de Rendibilidade Valor actual Liquido (TIR,0) Taxa Interna de Rendibilidade Taxa custo de oportunidade 56

7.3. Período de Recuperação do Investimento Projecto A : 0-1000 1 500 2 500 3 500 O projecto leva 2 anos de exploração a recuperar o investimento. É um critério muito simplista, básico, intuitivo. 57

Métodos de avaliação da decisão de financiamento do investimento Sessão de disseminação de conceitos Finanças empresariais 08.04.2011

8.1. Custo médio ponderado do capital Cálculo: Média ponderada do custo do capital próprio e do custo do capital alheio. Custo médio ponderado do capital. Ponderações atribuídas em função da importância relativa do capital próprio e do capital alheio no capital total. 59

8.1. Custo médio ponderado do capital Na ausência de impostos sobre os resultados do exercício da empresa, o custo do capital é: r 0 K rk. rd. K D K D D r 0 = Custo do capital global; r k = Custo do capital próprio; r d = Custo do capital alheio; K = Capital próprio; D = Capital alheio. 60

8.1. Custo médio ponderado do capital Com impostos sobre os resultados do exercício e outras protecções fiscais, o custo do capital é: r 0 K rk. rd.(1 t). K D K D D t = Taxa de imposto sobre os resultados do exercício da empresa. 61

8.1. Custo médio ponderado do capital Exemplo da aplicação do conceito: Valor de Valor do % em termos do valor mercado balanço de mercado Custo Capital próprio 1.000 1.200 0,667 20% Capital alheio: Obrigações A 300 300 0,200 15% Obrigações B 200 150 0,133 12% Total 1.500 1.650 Qual o custo do capital? 62

8.1. Custo médio ponderado do capital Qual o custo do capital? r Ou: (1.000 0,2) (300 0,15) (200 0,12) 1.500 0 17,9% r 0 (0,666 0,2) (0,2 0,15 0,133 0,12) 0,1332 0,04596 0,17916 17,9% 63

8.1. Custo médio ponderado do capital Custo médio ponderado do capital = WACC - Weighted Average Cost of Capital 64

8.1. Custo médio ponderado do capital Na perspectiva do Projecto 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 Free Cash Flow to Firm 0 0 0 0 0 0 0 WACC #DIV/0! #DIV/0! 5,32% 11,75% 11,80% 11,85% 11,85% Factor de actualização 1 #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! Fluxos actualizados 0 #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! 0 #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! #DIV/0! Valor Actual Líquido (VAL) #DIV/0! #NÚM! #NÚM! #NÚM! #NÚM! #NÚM! #NÚM! #NÚM! Taxa Interna de Rentibilidade #NÚM! Pay Back period 1 Anos Cálculo do WACC 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Passiv o Remunerado 0 0 0 0 0 0 Capital Próprio 0 0 0 0 0 0 TOTAL 0 0 0 0 0 0 % Passiv o remunerado #DIV/0! #DIV/0! 99,44% 0,00% 0,00% 0,00% % Capital Próprio #DIV/0! #DIV/0! 0,56% 100,00% 100,00% 100,00% Custo Custo Financiamento 6,60% 6,60% 6,60% 6,60% 6,60% 6,60% Custo financiamento com efeito fiscal 5,28% 5,28% 5,28% 5,28% 5,28% 5,28% Custo Capital 11,60% 11,65% 11,70% 11,75% 11,80% 11,85% Custo ponderado #DIV/0! #DIV/0! 5,32% 11,75% 11,80% 11,85% Fonte: IAPMEI, programa FINICIA. 65

8.1. Custo médio ponderado do capital Custo do capital obtido como média ponderada Taxa de custo do investimento Taxa de rendibilidade mínima necessária para que o valor da empresa no mercado permaneça sem alteração face à implementação de novos investimentos. 66

8.1. Custo médio ponderado do capital O custo médio ponderado do capital explica: Como o custo do capital sobe com o nível de endividamento; Que empresas que adoptam projectos com taxas de rendibilidade superiores ao custo do capital aumentam o valor da empresa (riqueza dos accionistas); Todo o aumento do valor é apropriado pelos accionistas, os obrigacionistas e outros credores recebem, apenas, o montante cedido acrescido dos juros contratados. 67

8.1. Custo médio ponderado do capital O custo médio ponderado do capital não explica: Modo como o rácio capital próprio/capital alheio varia de empresa para empresa e de sector para sector. O rácio é explicado pelo: Nível de actividade da empresa; Nível de risco; Dimensão da empresa; O WACC não explica como estas causas determinam os rácios apurados na realidade. 68

8.2. Custo do capital próprio O capital próprio não possuí custo explícito ou contratual, possuindo apenas um custo implícito: Custo de oportunidade Rendimento mínimo exigido pelos accionistas, idêntico ao que podem obter em aplicações alternativas. 69

8.2. Custo do capital próprio Perante o endividamento, os accionistas exigem aumento da taxa de rendibilidade do capital próprio, de modo a compensar o aumento do risco financeiro. Prémio de risco financeiro Prémio de risco financeiro Custo de oportunidade Custo do capital próprio 70

8.3. Custo do capital alheio Corresponde à taxa de juro das obrigações e dos créditos obtidos, líquidos de impostos e outras Gastos com os empréstimos: Onde: r D = Custo do capital alheio; r.( 1 t D t = Taxa de imposto sobre o rendimento da empresa. ) O imposto é deduzido ao custo do capital alheio em virtude da poupança fiscal associada ao endividamento. 71

Capital de risco Conceitos introdutórios Sessão de disseminação de conceitos Capital de risco 08.04.2011

9.1. Capital de Risco O Capital de Risco é uma forma de financiamento da actividade empresarial, através de capitais próprios, com um horizonte de médio e longo prazo, mediante a entrada de um sócio, normalmente minoritário, mas empenhado no sucesso da empresa que, por isso, acompanhará de forma activa, vocacionada para o apoio a empresas sem acesso ao mercado de capitais, com relevo para as PME. 73

9.2. Sociedades de Capital de Risco As Sociedades de Capital de Risco (SCR) têm como objecto principal o apoio e promoção do investimento e da inovação tecnológica em projectos empresariais ou empresas já existentes, através da participação temporária no respectivo capital social. 74

9.3. Fundos de Capital de Risco Os Fundos de Capital de Risco (FCR) são patrimónios autónomos, sem personalidade jurídica, mas dotados de personalidade judiciária, pertencentes ao conjunto dos titulares das respectivas unidades de participação. Os FCR não respondem, em caso algum, pelas dívidas dos participantes, das entidades que assegurem as funções de gestão, depósito e comercialização, ou de outros FCR. Cada FCR é administrado por uma entidade gestora. 75

9.4. Business Angels Um Business Angel é um investidor individual que realiza investimentos em oportunidades nascentes (tipo start-up ou early stage). Participa em projectos com smart money, isto é, para além de aportar capacidade financeira, também contribui com a sua experiência e network de negócios. 76

9.5. Seed Capital (capital semente) Financiamento dirigido a projectos empresariais em fase de projecto e desenvolvimento, antes mesmo da instalação do negócio, envolvendo muitas vezes o apoio a estudos de mercado para determinar a viabilidade de um produto ou serviço, mas também ao desenvolvimento de produto a partir de projectos ou estudos. Este investimento é o que oferece mais desafios para a indústria do Capital de Risco. 77

9.6. Garantia Mútua A Garantia Mútua é um sistema privado, mutualista, de apoio às Pequenas, Médias e Micro Empresas. Trata-se de um sistema privado e de cariz mutualista de apoio às Pequenas, Médias e Micro Empresas (PME), que se traduz fundamentalmente na prestação de garantias financeiras para facilitar a obtenção de crédito em condições adequadas aos seus investimentos e ciclos de actividade. A partilha de risco com outras entidades financeiras facilita o acesso das Empresas ao crédito, libertando plafonds bancários e permitindo a obtenção de montantes, condições de custo e prazo adequados às necessidades, por norma com redução de outras garantias prestadas ao sector financeiro pelas Empresas. 78