RELATÓRIO DE ACOMPANHAMENTO DO COMÉRCIO EXTERIOR DA BAHIA AGOSTO 2011
O Relatório de Acompanhamento do Comércio Exterior da Bahia (RACEB) é uma publicação trimestral da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), produzida pela Superintendência de Desenvolvimento Industrial (SDI). Presidente: Diretor Executivo: Superintendente: Equipe Técnica: José de F. Mascarenhas Roberto de Miranda Musser João Marcelo Alves (Economista, Mestre em Administração pela UFBA/ISEG-UTL, Especialista em Finanças Corporativas pela New York University) Marcus Emerson Verhine (Mestre em Economia e Finanças pela Universidade da Califórnia) Carlos Danilo Peres Almeida (Mestre em Economia pela UFBA) Everaldo Guedes (Bacharel em Ciências Estatísticas - ESEB) Estagiários: Layout e Diagramação: Vanessa Gonçalves Azevedo SCI - Superintendência de Comunicação Institucional Críticas e sugestões serão bem recebidas. Endereço Internet: http://www.fieb.org.br E-mail: cin-fieb@fieb.org.br Reprodução permitida, desde que citada a fonte.
Plano Brasil Maior, embora tardio, é um primeiro passo para uma indústria competitiva O Plano Brasil Maior, lançado no início do mês pelo Governo Federal, melhora a competitividade da indústria brasileira frente a concorrência internacional e estimula o investimento produtivo e a inovação. A substituição da alíquota de 20% do INSS patronal pela alíquota de 1,5% sobre o faturamento em segmentos industriais mão-de-obra intensivos (confecções, calçados e artefatos e móveis) e de 2,5% no segmento de softwares gera uma desoneração da folha salarial de até R$ 25 bilhões em dois anos. Grande parte da perda de competitividade da indústria nacional provocada pela valorização cambial se dá pelo aumento do valor do salário real em dólar, o que afeta particularmente os segmentos trabalho-intensivos agraciados pela medida. No setor exportador, os tributos pagos ao longo da cadeia poderão ser parcialmente compensados pelo Reintegra Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empresas Exportadoras. O Reintegra devolverá ao exportador de bens industrializados 3% da receita de exportação através de dinheiro depositado em conta ou através da redução de débitos junto à Receita Federal. Os exportadores também contarão com a intensificação e redução dos prazos na aplicação de medidas de defesa comercial. O pacote também criou novos instrumentos de financiamento e garantia às exportações (Proex Financiamento e FGE) para empresas exportadoras de todos os portes. Algumas medidas desoneram o investimento produtivo, como a extensão por mais 12 meses da redução do IPI sobre bens de capital, materiais de construção, caminhões e veículos comerciais leves, outras estimulam a produção nacional, como a regulamentação da Lei que institui a margem de preferência de 25% nos processos de licitação para produtos manufaturados e serviços nacionais. O Plano Brasil Maior, apesar de tardio, pode amenizar os tempos difíceis que parecem vir à frente. A crise fiscal européia e a política fiscal restritiva norte-americana levarão a uma forte desaceleração do crescimento econômico mundial ou mesmo a uma recessão. Na China, a necessidade de controle da inflação indica uma redução no crescimento do PIB para os próximos anos. No Japão, os elevados gastos do governo com a reconstrução do país devem gerar um forte crescimento no curto prazo, mas o impacto na já enorme dívida pública demandará uma política fiscal restritiva e a queda do crescimento a médio prazo. A demanda por nossas commodities agrícolas e minerais, hoje principais responsáveis pelo saldo positivo da balança comercial brasileira, e por produtos manufaturados deve cair significativamente em um futuro próximo. Além da queda na demanda pelos exportados, a competição pelo mercado interno e pelos mercados de destino de nossas exportações deve se acirrar. A redução do poder de compra das famílias e do governo nas principais economias levará suas empresas a procurar outros mercados, particularmente aqueles em crescimento, como o Brasil. Com um cenário de câmbio valorizado e deficiências estruturais e tributárias já conhecidas, a competitividade da indústria brasileira continuará distante da concorrência e nosso mercado será um alvo fácil para os importados. Talvez chegue a hora do Brasil olhar para o passado e levantar barreiras para defender a indústria nacional, como fizeram os seus concorrentes, ou implantar as reformas e investimentos necessários para que a mesma se defenda sozinha. João Marcelo Alves Superintendente de Desenvolvimento Industrial
Destaques 1) As exportações brasileiras cresceram 32,6% e alcançaram valor recorde no 1º semestre de 2011; 2) As importações brasileiras registraram crescimento de 29,6% e também alcançaram valor recorde; 3) Os bons resultados do comércio exterior brasileiro devem ser analisados com cautela, tendo em conta a concentração das exportações em produtos primários e o acentuado crescimento das importações de produtos manufaturados; 4) O novo Plano de Desenvolvimento Industrial, anunciado no início do mês de agosto, determinou medidas importantes para o setor exportador e o MDIC espera que a participação do País no comércio internacional passe dos atuais 1,36% para 1,6% em 2014; 5) As exportações baianas totalizaram US$ 4,906 bilhões, com alta de 18,4%; 6) As importações baianas alcançaram US$ 3,668 bilhões, com expansão de 13,4%; 7) As exportações baianas, alavancadas pela alta dos preços das commodities no mercado internacional, reverteram o resultado negativo do acumulado nos primeiros três meses deste ano; 8) Os produtos nafta petroquímica, sulfetos de minério de cobre, automóveis, outros óleos de palmiste, e outros cloretos de potássio foram responsáveis por mais da metade das importações baianas no 1º semestre deste ano.
1. Desempenho do Comércio Exterior Brasileiro (Janeiro a Junho de 2011) A tabela abaixo resume o desempenho do comércio exterior brasileiro no 1º semestre de 201, em relação à igual período do ano anterior. Pode-se considerar que o processo de recuperação já está concluído, tendo em conta que a corrente de comércio, que acusou crescimento de 31,2% sobre igual período do ano anterior, superou em larga medida os valores pré-crise econômica global. Comércio Exterior no Brasil Em US$ milhões fob Var.(%) Jan - Jun 2010 Jan - Jun 2011 (b/a) Exportações 89.187,4 118.303,5 32,6 Importações 81.301,2 105.336,8 29,6 Balança Comercial (saldo) 7.886,2 12.966,7 64,4 Corrente de Comércio 170.488,7 223.640,4 31,2 Fonte: SECEX As exportações brasileiras alcançaram US$ 118,3 bilhões no 1º semestre de 2011, registrando alta de 32,6% em relação ao 1º semestre 2010. Esse valor é recorde histórico para o 1º semestre, sendo 30% maior que o alcançado no período précrise de 2008. As importações também alcançaram valores recordes, atingindo US$ 105,3 bilhões, com crescimento de 29,6% em relação ao 1º semestre de 2010. O maior crescimento das exportações frente às importações fez com que o saldo da balança comercial registrasse alta expressiva de 64,4% em relação à igual período de 2010. Da observação da corrente de comércio brasileira em 12 meses, verificase uma trajetória consistente de crescimento, alcançando em junho de 2011 patamar bastante superior ao registrado no início da série, em junho de 2010. Quanto ao saldo comercial em 12 meses, verifica-se tendência de queda de junho de 2009 até novembro 2010, em virtude da recuperação das importações vis-à-vis as exportações. A partir de dezembro de 2010, no entanto, há uma recuperação acentuada, por conta dos sucessivos saldos comerciais positivos dos últimos sete meses. Brasil: evolução da corrente de comércio em 12 meses (em US$ bilhões) 465 440 415 390 365 340 333,8 345,2 325,1 355,3 363,4 373,8 383,5 390,7 399,0 405,2 414,7 425,6 436,7 315 290 265 jun/10 jul/10 ago/10 set/10 out/10 nov/10 dez/10 jan/11 fev/11 mar/11 abr/11 mai/11 jun/11
Brasil: evolução do saldo da balança comercial em 12 meses (em US$ bilhões) 30 28 26,705 27,689 26 23,267 24,461 24 22 19,322 20,267 20,910 22,108 20 17,766 17,433 18 17,140 16,908 17,131 16 jun/10 jul/10 ago/10 set/10 out/10 nov/10 dez/10 jan/11 fev/11 mar/11 abr/11 mai/11 jun/11 O desempenho do comércio exterior brasileiro manteve a tendência de melhora observada no início do ano, com exportações e importações alcançando valores recordes no 1º semestre de 2011. Tais resultados, no entanto, refletem o crescimento excepcional das exportações de produtos básicos, que apresentaram alta de 44,9%, ficando bem acima das exportações de produtos industrializados, que registraram alta de apenas 20%. O incremento das exportações de produtos básicos (+US$ 17,4 bilhões) alcançou quase 60% do incremento das exportações totais na comparação entre os semestres (+US$ 29,1 bilhões). A pauta de produtos básicos é concentrada em poucos produtos, sendo que os três principais, minérios de ferro, óleos brutos de petróleo e soja, foram responsáveis por cerca de 66% do valor exportado por este critério. As exportações de minérios de ferro responderam por 32,7% das vendas externas de produtos básicos e por quase 16% do valor total exportado pelo País no 1º semestre deste ano. Deve-se destacar que a forte expansão das exportações de minério de ferro (93,3%) foi impulsionada pela alta de 85% no preço e por um pequeno aumento do quantum exportado, de 4,5%. Duas importantes ações anunciadas nas últimas semanas pelo Governo Federal pretendem estimular o setor exportador e defender a indústria da concorrência externa. A primeira é uma nova tentativa de frear a desvalorização do dólar frente ao real. O Governo Federal editou em julho a MP 539 autorizando a cobrança de até 25% de IOF em negociações de títulos ou valores mobiliários com contratos de derivativos. Esta medida tem o objetivo de restringir as operações com derivativos cambiais. Outra medida, anunciada no início do mês, coloca novas regras e benefícios ao setor exportador. De acordo com o MDIC, a nova política industrial, chamada de Plano Brasil Maior, estabelece um conjunto de medidas, que poderão ser complementadas ao longo do período 2011-2014 em função do diálogo com o setor produtivo. Para o setor exportador, o plano inclui objetivos de curto, médio e longo prazos e são focadas em: (i) melhoria dos instrumentos financeiros e tributários de estímulo às exportações (desoneração de investimentos e das exportações); (ii) defesa comercial; (iii) consolidação e harmonização de regras tarifárias; (iv) facilitação do comércio; (v) estímulo à internacionalização de empresas nacionais visando à ampliação de mercados e o acesso a novas tecnologias; e (vi) atração de centros de pesquisa e desenvolvimento de empresas estrangeiras para o país. O MDIC trabalha com a meta de diversificar as exportações brasileiras, ampliando a participação do país no comércio internacional de 1,36% (2010) para 1,60% em 2014. Embora a política industrial editada pelo Governo apresente pontos de avanço na estruturação de benefícios, financiamentos e incentivos ao setor exportador, algumas questões fundamentais ainda permanecem sem o devido equacionamento. Grande parte da valorização do real é explicada pelo elevado diferencial dos juros praticados entre o Brasil e as economias desenvolvidas. A solução desse problema passa por reformas profundas, principalmente pela melhoria dos gastos do setor público. Por outro lado, ainda não foram equacionados os problemas estruturais que afetam diretamente o setor exportador e tiram do país
a competitividade frente aos seus principias concorrentes, notadamente os gargalos e as deficiências da infraestrutura física, carga tributária e a excessiva burocracia nos trâmites alfandegários. Segundo a Funcex, a expectativa de ganhos adicionais no segundo semestre, com a manutenção da valorização dos preços das commodities, permitiu uma reavaliação das previsões de crescimento do valor exportado para todo o ano de 2011. Dessa forma, a Funcex prevê que haja um aumento de 26,3% nas exportações brasileiras, alcançando o montante de US$ 255 bilhões. As importações crescerão em torno de 27%, chegando a US$ 231 bilhões. O saldo comercial deve ficar em US$ 24 bilhões. 2. Desempenho do Comércio Exterior Baiano (Janeiro a Junho de 2011) No 1º semestre de 2011, as exportações baianas totalizaram US$ 4,906 bilhões, com aumento de 18,4% em relação ao verificado em igual período do ano anterior, e as importações US$ 3,668 bilhões, registrando expansão de 13,4% em relação ao 1º semestre de 2010. O desempenho do comércio exterior baiano resultou numa expansão de 36% do saldo comercial do 1º semestre de 2011 em relação a igual período do ano anterior e levou a um crescimento de 16,2% na corrente de comércio baiana em relação ao registrado em igual período do ano anterior. No 1º semestre de 2011, as exportações baianas alcançaram 4,1% do valor total das exportações brasileiras e as importações baianas 3,5% do valor total das importações brasileiras. A despeito do impacto negativo da interrupção do fornecimento de energia elétrica, verificado no início de fevereiro, as exportações baianas, alavancadas pela alta dos preços das commodities no mercado internacional, reverteram o resultado negativo do acumulado nos primeiros três meses deste ano, registrando expansão de 18,4% na comparação do 1º semestre deste ano com igual período de 2010. O crescimento de US$ 762,1 milhões das vendas externas baianas no 1º semestre de 2011, na comparação com igual período do ano anterior, resultou principalmente das maiores vendas de óleo combustível, catodos de cobre refinado, outros grãos de soja, ouro em barras, resíduos de outros metais preciosos, bagaços da extração do óleo de soja, ésteres de metila do ácido metacrílico, minérios de níquel e seus concentrados, automóveis, cacau em pó, café não torrado em grãos, e pneus novos para automóveis de passageiros. A expansão de US$ 434,5 milhões das importações baianas, na mesma comparação intertemporal, pode ser creditada ao acréscimo das compras de sulfetos de minérios de cobre, automóveis, outros óleos de palmiste, outros cloretos de potássio, borracha natural tecnicamente especificada (TSNR), diidrogênio-ortofosfato de amônio, querosene, resíduos de cobre, misturas de alquilbenzenos, parafina, fios de alta tenacidade de náilon, metanol, dentre outros. A tabela a seguir resume o desempenho do comércio exterior baiano no 1º semestre de 2011, em comparação com igual período do ano anterior. Comércio Exterior baiano Valor (em US$ milhões) Var. (%) Jan - Jun 10(a) Jan - Jun 11(b) (b/a) Exportações 4.143,7 4.905,8 18,4 Importações 3.233,9 3.668,4 13,4 Balança Comercial 909,7 1.237,4 36,0 Corrente de Comércio 7.377,6 8.574,2 16,2 Fonte: SECEX
Os gráficos a seguir mostram a evolução da corrente de comércio e a trajetória do saldo comercial em 12 meses. Nota-se que a corrente de comércio baiana cresceu entre abril e junho, após ter registrado variação praticamente nula nos primeiros meses deste ano. O saldo da balança comercial baiana em 12 meses alcançou US$ 2,6 bilhões em junho, quinta alta consecutiva, após o significativo recuo registrado em janeiro deste ano. Bahia: evolução da corrente de comércio em 12 meses (em US$ bilhões) 18.000 17.000 16.000 15.000 14.254 14.419 14.555 14.900 14.959 15.272 15.496 15.339 15.371 15.366 15.647 16.128 16.686 14.000 13.000 12.000 11.000 jun/10 jul/10 ago/10 set/10 out/10 nov/10 dez/10 jan/11 fev/11 mar/11 abr/11 mai/11 jun/11 Bahia: evolução do saldo da balança comercial em 12 meses (em US$ bilhões) 2.900 2.700 2.500 2.300 2.408 2.258 2.394 2.384 2.319 2.209 2.276 2.298 2.357 2.418 2.508 2.610 2.100 2.017 1.900 jun/10 jul/10 ago/10 set/10 out/10 nov/10 dez/10 jan/11 fev/11 mar/11 abr/11 mai/11 jun/11 A Bahia foi responsável por 58% do valor total exportado pela Região Nordeste no 1º semestre deste ano.
Exportações Baianas A análise das exportações baianas indica o predomínio de negócios capital-intensivos, a exemplo de refino, petroquímica, automóveis, celulose e papel, e metalurgia básica, produtores de importantes bens tradable. O gráfico a seguir mostra que as cinco principais seções NCM foram responsáveis por 71,8% do valor total das exportações baianas no 1º semestre de 2011. Exportações da Bahia por seção NCM - janeiro a junho 2011 Demais Seções NCM 28,3% Produtos Minerais 19,6% Celulose e Papel e suas Obras 18,6% Produtos do Reino Vegetal 9,2% Metais Comuns e suas Obras 9,4% Produtos das Indústrias Químicas 15,0% As exportações da seção Produtos Minerais alcançaram US$ 960,4 milhões no mesmo período, uma alta de 31,3% em relação ao registrado em igual período de 2010, influenciadas pela expansão das vendas externas de óleo combustível, para Antilhas Holandesas, Argentina, Cingapura, Holanda e Uruguai, e pelos embarques inéditos de minérios de níquel e seus concentrados para a Finlândia. As exportações da seção Celulose e Papel e suas Obras cresceram 9%, em virtude das maiores vendas de celulose para China, Estados Unidos, Bélgica, Holanda, Itália, dentre outros. As exportações das seções Metais Comuns e suas Obras e Produtos do Reino Vegetal cresceram 66% e 27,5%, respectivamente, em função sobretudo da expansão das vendas de catodos de cobre (para Itália, Holanda, China, Paraguai e Colômbia) e outros grãos de soja (para China, Turquia, Alemanha, Portugal, Japão, dentre outros). Por outro lado, no caso específico da seção Produtos das Indústrias Químicas ou das Indústrias Conexas, houve forte queda nos embarques de para-xileno (-37,3%), PIA (-100%), octanol (-78,9%) e buta-1,3-dieno não saturado (-36,2%), refletindo principalmente os impactos da interrupção do fornecimento de energia elétrica em fevereiro e a destinação da produção para o mercado interno, com exportação apenas do produto excedente. A concentração do valor das exportações num pequeno número de segmentos é uma das características que distingue a pauta baiana da brasileira, sobretudo pela presença maciça de produtos industrializados (82,1%, contra a média brasileira de 50,4%). Analisando as exportações baianas por setores das contas nacionais, na comparação entre o verificado no 1º semestre de 2011 com igual período do ano anterior, vê-se que houve aumento das vendas de bens intermediários (18%), combustíveis e lubrificantes (26,7%), bens de consumo duráveis (14,9%) e bens de consumo não-duráveis (1%), contrabalançado pelo queda nas exportações de bens de capital (-4,1%). importantes bens tradable. O gráfico a seguir mostra que as cinco principais seções NCM foram responsáveis por 71,8% do valor total das exportações baianas no 1º semestre de 2011.
Exportações da Bahia por países - janeiro a junho 2011 Argentina 14,4% Demais 45,2% Estados Unidos 14,2% China 10,3% Holanda 7,5% Antilhas Holandesas 8,5% Argentina, Estados Unidos, China, Antilhas Holandesas e Holanda responderam por mais da metade das exportações baianas no 1º semestre de 2011. Com a forte expansão das vendas externas (59,3%), a Argentina assumiu a posição de principal destino das exportações baianas, sendo grande compradora de óleo combustível, automóveis, fios de cobre refinado, cacau em pó, óxido de propileno, dentre outros. Por outro lado, as vendas externas para as Estados Unidos e China encolheram 3,5% e 18,3%, respectivamente, em função principalmente das menores exportações de óleo combustível e catodos de cobre refinado. Os principais produtos exportados para as Antilhas Holandesas foram óleo combustível e outros óleos de petróleo ou de minerais betuminosos, enquanto as vendas externas de catodos de cobre refinado mantiveram a Holanda em posição de destaque na pauta exportadora baiana. Importações Baianas Os produtos nafta petroquímica, sulfetos de minério de cobre, automóveis, outros óleos de palmiste, e outros cloretos de potássio foram responsáveis por mais da metade das importações baianas no 1º semestre deste ano. Principais Produtos Importados - janeiro a junho 2011 Sulfetos de minérios de cobre 16,8% Demais 47,1% Nafta para petroquímica 16,4% Cloretos de Potássio 2,1% Óleos de palmiste 2,3% Automóveis 15,3%
As importações de nafta petroquímica somaram US$ 619,6 milhões, com queda de 5,2% na comparação com igual período de 2010, ainda refletindo as paradas das plantas da Braskem, provocadas pela supracitada interrupção do fornecimento de energia elétrica em fevereiro. A título ilustrativo, na comparação do 1º semestre deste ano com igual período de 2010, as importações da Braskem encolheram 54,4%, fazendo com que a empresa caísse da 2ª para a 4ª posição no ranking das principais empresas importadoras da Bahia. As importações de nafta petroquímica foram oriundas de Argélia, Rússia, Venezuela, Argentina e México. As importações de sulfetos de minério de cobre somaram US$ 616 milhões no 1º semestre de 2011, provenientes de Chile, Peru e Portugal. As compras externas de automóveis totalizaram US$ 562 milhões (contra US$ 501,8 milhões no 1º semestre do ano anterior), procedentes de Argentina, México, Turquia, Canadá e China. As compras externas de outros óleos de palmiste foram provenientes de Malásia e Indonésia, enquanto as de outros cloretos de potássio vieram de Belarus, Alemanha, Chile, Canadá e Israel. A análise das importações baianas por setores de contas nacionais indica a predominância de bens intermediários (48,1%), seguidos por combustíveis e lubrificantes (21,3%), bens de capital (16%), e bens de consumo (14,6%). Importações da Bahia por países - janeiro a junho 2011 Chile 15,6% Demais 44,1% Argentina 14,3% Argélia 10,3% China 7,8% Estados Unidos 7,9% Mais da metade das importações baianas foram procedentes de Chile, Argentina, Argélia, Estados Unidos e China. O Chile é o principal fornecedor de sulfetos de minério de cobre para a Bahia, matéria-prima básica para a produção de fios e vergalhões de cobre refinado. A posição de destaque da Argélia na pauta de importações da Bahia é explicada pelas compras de nafta petroquímica. A Argentina respondeu por 14,3% das importações baianas, fornecendo principalmente automóveis, trigo, nafta petroquímica, fios de alta tenacidade de náilon e farinha de trigo. Principais produtos importados dos Estados Unidos: fósforo branco, diidrogênio-ortofosfato de amônio, acetona, outros pigmentos tipo rútilo com dióxido de titânio e betume de petróleo. As importações da China cresceram 41,4%, na comparação do registrado no 1º semestre de 2011 com igual período do ano anterior, influenciadas pelas maiores compras de tubos de cobre refinado, outros aparelhos videofônicos de gravação ou reprodução, unidades de discos magnéticos para discos rígidos, parafina, superfosfato, dentre outros.