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1 1 a 15 de janeiro de 2015 As principais informações da economia mundial, brasileira e baiana INTRODUÇÃO Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia Diretoria de Indicadores e Estatísticas Coordenação de Acompanhamento Conjuntural Na primeira quinzena de 2015, a conjuntura econômica nacional registrou variação positiva no Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) em novembro; elevação da inflação, medida pelo IPCA; queda da produção e do emprego industrial; crescimento das vendas no comércio varejista; diminuição da demanda de crédito ao consumidor; queda da confiança do comércio; déficit na balança comercial; recorde da safra nacional de grãos. No âmbito externo, foram destaques: crescimento do emprego nos EUA; aumento da produção industrial e estabilidade no índice de desemprego na Zona do Euro; ampliação das exportações da China; superávit em conta corrente da economia japonesa. Índice do BACEN apresentou alta em novembro Em novembro, o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) do BC registrou variação positiva de 0,04% sobre o mês anterior, segundo números dessazonalizados. Esse resultado mostrou ligeira recuperação em relação ao de outubro, que também melhorou ao ser revisado para cima pelo Banco Central (BACEN). No acumulado do ano até novembro, o IBC-Br mostrou a economia com leve retração, de 0,12%. Já na comparação com novembro de 2013, o indicador caiu 0,49%, mas em 12 meses teve variação negativa de 0,01% (REUTERS, 15/01/2015).

2 IPCA ficou próximo do teto da meta em 2014 O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do mês de dezembro apresentou variação de 0,78% e ficou acima da taxa de 0,51% registrada em novembro em 0,27 ponto percentual. Foi a segunda maior taxa mensal do IPCA no ano, superada pela taxa de março, quando atingiu 0,92%. O ano de 2014 fechou, então, em 6,41%, acima dos 5,91% do ano anterior. Em dezembro de 2013, a taxa havia ficado em 0,92% (IBGE, 09/01/2015). IGP-DI atingiu 3,78% em 2014 O Índice Geral de Preços Disponibilidade Interna (IGP-DI) variou 0,38%, em dezembro. A variação registrada em novembro foi de 1,14%. Em dezembro de 2013, a variação foi de 0,69%. No ano de 2014, oigp-divariou 3,78%. No ano anterior, o índice elevou-se 5,52%.OÍndice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) registrou, em dezembro, variação de 0,30%. Em novembro, a taxa foi de 1,44%. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou variação de 0,75%, em dezembro, frente a 0,65%, no mês anterior (FGV, 08/01/2015). Produção industrial caiu em novembro e teve maior recuo desde junho A produção da indústria brasileira caiu 0,7% entre outubro e novembro, informou o IBGE. O resultado representou uma piora frente ao mês anterior, quando houve uma leve alta de 0,1%. A perda de novembro foi a mais intensa na comparação mensal desde junho do ano passado, quando o setor registrou recuo de 1,7%. Em relação a novembro de 2013, houve retração de 5,8%. Com o resultado, a produção industrial acumulou queda de 3,2% no ano. Em 12 meses, o índice também foi negativo em 3,2% (FOLHA DE S. PAULO, 08/01/2015). Produção industrial recuou em sete locais pesquisados Sete dos 14 locais pesquisados pelo IBGE tiveram queda na produção industrial na passagem de outubro para novembro de A maior queda foi observada no Amazonas (-4,0%), segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal Produção Física Regional. Principal polo industrial do Brasil, o estado de São Paulo também teve redução na produção: -2,3%. Por outro lado, sete locais tiveram alta na produção nesse tipo de comparação: Pernambuco

3 (5,3%), Rio de Janeiro (2,5%), Espírito Santo (1,7%), a Região Nordeste (1,0%), Paraná (0,9%), o Pará (0,8%) e a Bahia (0,6%) (Agência Brasil, 13/01/2015). Emprego na indústria caiu pelo oitavo mês seguido Em novembro de 2014, o total do pessoal ocupado assalariado na indústria mostrou variação negativa de 0,4% frente ao patamar de outubro, na série livre de influências sazonais, oitava taxa negativa consecutiva, acumulando perda de 4,3%. Na comparação com novembro de 2013, o emprego industrial mostrou queda de 4,7%, 38º resultado negativo consecutivo nesse tipo de confronto e o mais intenso desde outubro de 2009 (-5,4%). Com isso, o total do pessoal ocupado assalariado também recuou no índice acumulado dos onze meses do ano (-3,1%). A taxa acumulada nos últimos 12 meses, ao recuar 3,0%, manteve a trajetória descendente iniciada em setembro do ano passado (-1,0%) (IBGE, 15/01/2015). Vendas no comércio varejista cresceram em novembro O comércio varejista apresentou, em novembro de 2014, resultados positivos sobre o mês anterior, com taxas livres de influência sazonal de 0,9% para o volume de vendas e de 1,4% para a receita nominal. Mantiveram-se positivas também as variações da média móvel trimestral, com acréscimos de 0,9% para o volume vendas e de 1,3% para a receita nominal. Nas demais comparações, os resultados foram, para o volume de vendas, de 1,0% sobre novembro de 2013; de 2,4% no acumulado janeiro-novembro; e de 2,6% no acumulado dos últimos 12 meses (IBGE, 14/01/2015). Atividade do comércio no país teve pior resultado em 11 anos O movimento dos consumidores nas lojas em 2014 cresceu 3,7% em relação ao ano de 2013, de acordo com o Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio. Foi o menor ritmo de crescimento da atividade varejista em 11 anos, superando apenas as variações anuais de 2002 (-4,9%) e 2003 (3,1%). De 2004 a 2014, o menor crescimento da atividade varejista havia ocorrido em 2013 (alta anual de 5,2%) (G1, 07/01/2015).

4 Recuo na demanda por crédito pelo consumidor em 2014 A procura do consumidor por crédito em 2014 recuou 0,5% contra um ano antes, segundo a empresa de informações de crédito Serasa Experian. Por região do país, o Sul teve a maior baixa na procura por crédito, de 3,4%, seguido pelo Norte, com queda 2,2%, e pelo Nordeste, com recuo de 2,1%. A região Sudeste teve demanda quase estável, com variação positiva de 0,1%, ao passo que o Centro-Oeste foi o único a ter crescimento, de 7,5% (REUTERS, 12/01/2015). Confiança do comércio fechou 2014 com a maior queda da história A confiança do comércio brasileiro fechou 2014 em queda histórica, segundo aponta indicador da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O Índice de Confiança dos Empresários do Comércio (Icec) registrou retração de 13,4% em dezembro de 2014, frente ao mesmo período de a maior baixa anual de toda a série histórica, iniciada em março de Na comparação mensal, o índice recuou 2,5%, a quarta queda seguida e a maior desde fevereiro de 2014 (G1, 06/01/2015). Aumentou as vendas de veículos novos em dezembro As vendas de carros, comerciais leves, caminhões e ônibus novos no Brasil subiram 25,57% em dezembro frente a novembro e avançaram 4,57% sobre um ano antes, para unidades, informou a associação das concessionárias Fenabrave. A alta no último mês do ano foi insuficiente para impedir queda no acumulado de 2014, quando as vendas nas quatro categorias recuaram 7,15% na comparação com 2013, para 3,498 milhões de unidades, segundo a Fenabrave (Agência Brasil, 06/01/2015). Produção de veículos caiu em 2014 A produção brasileira de veículos diminuiu 15,3% em 2014 em comparação com 2013 e começou este ano com uma série de demissões em algumas fábricas do país, conforme informado pela Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA). Foram produzidos ano passado no Brasil milhões de unidades de automóveis, veículos utilitários, caminhões e ônibus. Em dezembro, o país produziu veículos, uma queda

5 de 23,1% em relação a novembro e de 11,8% em comparação com o último mês do ano passado (EXAME, 08/01/2015). Déficit na balança comercial brasileira em 2014 A balança comercial brasileira encerrou 2014 com o pior resultado em 16 anos e o primeiro déficit anual desde 2000, em meio ao recuo dos preços de commodities e um cenário externo menos favorável. Em 2014, o Brasil teve déficit comercial de 3,93 bilhões de dólares, em relação ao superávit revisado de 2,384 bilhões de dólares em Foi o pior resultado desde 1998, quando o saldo ficou negativo em 6,6 bilhões de dólares, informou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. As exportações somaram 225,1 bilhões de dólares no ano passado, enquanto as importações recuaram 4,4%, a 229,03 bilhões de dólares (REUTERS, 05/01/2015). Exportações baianas tiveram redução no ano anterior As exportações da Bahia, que somaram US$ 9,31 bilhões em 2014, tiveram uma retração de 7,8% na comparação com o ano anterior, mesmo com a expansão de 3,8% no volume físico embarcado. Este foi o segundo ano consecutivo de queda nas exportações, e o menor valor registrado desde 2010, quando as vendas externas do estado atingiram US$ 8,9 bilhões. As importações seguiram num ritmo superior ao das exportações, somando US$ 9,30 bilhões com crescimento de 4,6% sobre A balança comercial registrou um superávit US$ 14,5 milhões o menor desde 2001, e bastante inferior ao saldo de 2013 que chegou a US$ 1,2 bilhão (SEI, 08/01/2015). Safra alcançou recorde em 2014 A décima segunda estimativa da safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas totalizou 192,8 milhões de toneladas, 2,4% acima da obtida em 2013 (188,2 milhões de toneladas) e 0,9% menor que o levantamento de novembro de Já o terceiro prognóstico da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas para 2015, foi de 202,9 milhões de toneladas, 5,2% superior que a safra de A distribuição regional do volume da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas foi a seguinte: Centro-Oeste, 83,0 milhões t; Sul, 70,8 milhões t; Sudeste, 17,9 milhões t; Nordeste, 15,6 milhões t e Norte, 5,5 milhões t. Em relação à safra passada, houve altas de 11,1% na Região Norte, de 30,5% na Região Nordeste e

6 de 5,7% na Região Centro-Oeste. Nas Regiões Sul e Sudeste, respectivamente, houve diminuição de 3,1% e 9,3% em relação 2013 (IBGE, 09/01/2015). ECONOMIA INTERNACIONAL Emprego nos EUA cresceu em novembro A economia dos EUA abriu 252 mil vagas fora do setor agrícola no mês passado depois da abertura de 353 mil em novembro, segundo dado revisado do Departamento do Trabalho. A taxa de desemprego caiu 0,2 p.p., para 5,6%, o menor patamar em seis anos e meio. Uma medida ampla do desemprego caiu para 11,2%, o mais baixo desde setembro de O número de desempregados de longo prazo continuou a diminuir no mês de dezembro. Mas a taxa de participação na força de trabalho caiu para 62,7%, de 62,9% em novembro. Os ganhos de emprego foram generalizados em todos os setores. Foram criadas 240 mil vagas no setor privado, com mais 12 mil no setor privado (REUTERS, 09/01/2015). Produção industrial na Zona do Euro aumentou em novembro A produção industrial nos 17 países que compartilham o euro saltou 1,8% em novembro na comparação mensal, após queda revisada de 0,8% em outubro, segundo a agência de estatísticas da União Europeia (UE), Eurostat. O avanço mensal, o mais forte da Zona do Euro desde maio de 2010, foi impulsionado por aumento de 3% na produção de bens de capital e por crescimento de 2,2% na produção de bens de consumo duráveis, como eletrônicos e carros. Em comparação com o mesmo período do ano anterior, a produção industrial subiu 3% em novembro, após aumento revisado de 0,5% em outubro (REUTERS, 14/01/2015). Desemprego na Eurozona permaneceu estável em novembro O desemprego se situou em 11,5% em novembro na Zona do Euro, sem mudanças desde agosto, embora em queda de 0,4% em relação ao mesmo mês de 2013, segundo a primeira estimativa da agência europeia de estatísticas Eurostat. Segundo estes números, o Eurostat estima que milhões de pessoas estavam desempregadas em novembro na Zona

7 do Euro, a mais que em outubro, mas a menos que em novembro de 2013 (EXAME, 07/01/2015). Vendas de carros subiram na Alemanha em dezembro As vendas de automóveis na Alemanha aumentaram 7% em dezembro, marcando o retorno do maior mercado para automóveis da Europa a um crescimento anual positivo depois de dois anos de recuo nas vendas, informou a associação da indústria VDA. Como base de comparação, as vendas de automóveis da Alemanha caíram 4,2% em 2013 para 2,95 milhões de veículos após uma redução de 2,9% em 2012, segundo dados da VDA (REUTERS, 05/01/2015). Aumento das exportações da China em dezembro A China registrou um superávit comercial de 49,6 bilhões de dólares no mês, menor do que o recorde de novembro de 54,5 bilhões de dólares. As exportações em dezembro avançaram 9,7% em relação a novembro, enquanto as importações caíram 2,4%, segundo os dados da Administração Geral de Alfândega. (REUTERS, 13/01/2015). Japão tem superávit em conta corrente acima do esperado em novembro O Japão registrou superávit em conta corrente pelo quinto mês consecutivo em novembro, com as entradas de investimentos vindos do exterior, inflados pelo iene enfraquecido, superando o impacto negativo dos seguidos déficits comerciais. O superávit em conta corrente, medida mais ampla do comércio do Japão com o resto do mundo, atingiu 433 bilhões de ienes (US$ 3,6 bilhões) em novembro, segundo dados divulgados pelo Ministério das Finanças do Japão. Em novembro do ano passado, havia sido registrado um déficit de 596,9 bilhões de ienes (US$ 5,0 bilhões) (VALOR, 13/01/2015).

8 EXPECTATIVAS DE MERCADO De acordo com o relatório Focus do Banco Central (BACEN), divulgado em 09 de janeiro, a mediana das projeções do IPCA para 2015 aumentou de 6,56% para 6,60%. Para 2016, a previsão continua em 5,70%. Em relação ao comportamento do PIB no ano corrente, o mercado financeiro recuou a previsão de 0,50% para 0,40%. Para 2016, a estimativa de crescimento da economia permaneceu em 1,80%. As expectativas do mercado, para a primeira quinzena de janeiro de 2015, podem ser visualizadas nos dados do Relatório Focus, apresentados na tabela a seguir: Relatório Focus expectativas do mercado Expectativas do mercado Mediana - agregado 2 jan. 9 jan. Comportamento 2 jan. 9 jan. Comportamento IPCA (%) 6,56 6,60 5,70 5,70 = IGP-M (%) 5,62 5,67 5,50 5,50 = Taxa de Câmbio - média do período (R$/US$) 2,71 2,72 2,74 2,75 Meta Taxa Selic - fim do período (%a.a.) 12,50 12,50 = 11,50 11,50 = PIB (% do crescimento) 0,50 0,40 1,80 1,80 = Produção Industrial (% do crescimento) 1,04 1,02 2,68 2,65 Conta Corrente (US$ Bilhões) -77,00-77,40-70,00-70,00 = Balança Comercial (US$ Bilhões) 5,00 5,00 = 10,00 10,00 = Investimento Estrangeiro Direto (US$ Bilhões) 60,00 60,00 = 60,00 60,00 = Fonte: Boletim Focus, Banco Central, 9/1/2014. Governo do Estado da Bahia Rui Costa Secretaria do Planejamento João Leão Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia Armando Affonso de Castro Neto (Diretor-geral interino) Diretoria de Indicadores e Estatísticas Gustavo Casseb Pessoti Coordenação de Acompanhamento conjuntural Luiz Mário Ribeiro Vieira Pesquisa de RADAR SEI Carla Janira Souza do Nascimento Jorge Tadeu Dantas Caffé Thiago Lima Silva Coordenação de Disseminação de Informações Elisabete Cristina Teixeira Barretto (Coordenadora interina) Editoria-geral Elisabete Cristina Teixeira Barretto jornalista responsável Aline Cruz Design Gráfico Fernando Cordeiro EDITORAÇÃO Ludmila Nagamatsu Av. Luiz Viana Filho, 4ª avenida, 435, 2º andar, CAB, CEP , Salvador - Bahia Tel.: 55 (71) Fax: 55 (71)

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