INFLUÊNCIA DO GRAU DE MATURAÇÃO DE FRUTOS NA GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE PALMEIRA REAL AUSTRALIANA.

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Transcrição:

IFLUÊCIA DO RAU DE MATURAÇÃO DE FRUTOS A ERMIAÇÃO DE SEMETES DE PALMEIRA REAL AUSTRALIAA. MAURO B. ARCIA ; CAUÊ T. DE MIRA ; VALÉRIA A. MODOLO 3 º 043 RESUMO A palmeira real australiaa (Archotophoeix alexadrae (F. Muller) H.Wedl. e Drude) é utilizada como plata orametal desde sua itrodução o Brasil e atualmete destaca-se como alterativa para produção de palmito. Com objetivo de avaliar a germiação de semetes de palmeira real australiaa proveiete de frutos com diferetes estádios de maturação, foi istalado esse experimeto com frutos oriudos de área experimetal localizada o Pólo Apta Leste Paulista, em Mote Alegre do Sul (SP). o Istituto Agroômico, Campias (SP) os frutos foram retirados do cacho e classificados de acordo com o seu estádio de maturação (coloração do epicarpo). Os tratametos foram compostos por 5 estádios de maturação. Para avaliar o efeito do grau de maturação dos frutos, as semetes foram submetidas a teste de germiação, com delieameto iteiramete casualizado, quatro repetições e parcela com ciqüeta semetes cada. Calcularam-se porcetages de germiação e o ídice de velocidade de germiação (MAUIRE, 96) de cada tratameto. Os dados foram submetidos ao teste Shapiro-Wilk e as médias dos tratametos comparadas pelo teste de Scott-Kott a 5% de probabilidade. O iício da maturidade dos frutos iflueciou a germiação de semetes de palmeira real australiaa e o vigor das semetes foi maior as classes mediaas de maturidade do fruto e meor as classes extremas de maturidade. ABSTRACT The australia royal palm (Archotophoeix alexadrae (F. Muller) H.Wedl. e Drude) is used like orametal plat sice its itroductio i Brazil. Curretly this palm is used for heart-of-palm productio. I order to evaluate the germiatio of australia royal raduação em Egeharia Florestal, UFLA, Lavras M. malcomx_lavras@yahoo.com.br Bolsista CPq: raduação em Ciêcias Biológicas, PUC, Campias-SP. 3 Orietador: Pesquisador, Cetro de Horticultura/IAC, Campias-SP.

palm by fruits with differet maturatio stages, this experimet was istalled with fruits from experimetal area located i Pólo Apta Leste Paulista, Mote Alegre do Sul (SP). I Istituto Agroômico, Campias (SP), fruits were removed from the cluster ad was classified accordig to theirs maturatio stages (epicarp color). The treatmets cosisted of five stages of maturatio. To evaluate the effect of the degree of ripeess of the fruits, the seeds were subjected to germiatios tests, completely radomized desig with four replicatios ad parcel with fifty seeds each. Were calculated the percetages of germiatio ad the speed idex of germiatio for each treatmet. The data were submitted to Shapiro-Wilk test ad treatmets meas compared by Scott-Kott test at 5% probability. The maturity of the fruits iflueced o the begiig of germiatio australia royal palm seeds ad seed vigor was higher i the medias classes of maturity of the fruits ad lower i the extreme classes of maturity. ITRODUÇÃO Palmitos podem ser obtidos da exploração e/ou cultivo de várias palmeiras. Detre elas destacam-se as dos gêeros Euterpe, Bactris, Syagrus, Attalea, Maximiliaa e Archotophoeix. A palmeira Archotophoeix alexadrae (F. Muller) H.Wedl. e Drude, cohecida popularmete por palmeira real australiaa, é uma espécie de região tropical com altitude iferior a.00 m, tedo altura em toro de 5 m, porem pode alcaçar até 3 m. Esta palmeira é utilizada em arborização (LOREZI et al., 005) e, mais recetemete, também para a produção de palmito (BOVI, 998; EMBRAPA, 008). Para essa fialidade esta palmeira deve ser platada a pleo sol, produzido palmito de sabor doce, bastate obre, com textura macia, coloração braca acizetada e que escurece facilmete quado cortado (BOVI, 997). O Brasil é o maior produtor, o maior cosumidor e já foi o maior exportador de palmito do mudo (EMBRAPA, 004). Por isto é essecial o cohecimeto do mecaismo de propagação das palmeiras utilizadas para este fim. A palmeira real australiaa tem sua propagação através de semetes e o poto ideal de colheita dos frutos é quado estão vermelhos e começado a cair (BOVI, 998). Porém, o amadurecimeto dos frutos o cacho é heterogêeo, podedo ser facilmete distiguidos pela sua coloração. O sucesso da produção em escala de um viveiro depede muito da uiformidade de crescimeto das mudas, e isto é alcaçado com uma homogeeidade a germiação

das semetes e tratos adequados durate o processo. As semetes que ão alcaçam, por qualquer motivo, a completa maturação também germiam, porém geralmete dão origem a platas fracas (TOLEDO & MARCOS FILHO, 977). Este trabalho tem como objetivo avaliar a germiação de semetes de palmeira real australiaa proveietes de frutos com diferetes estádios de maturação. MATERIAL E MÉTODOS Frutos de palmeira real australiaa foram coletados em dezembro de 00, a área experimetal localizada o Pólo Apta Leste Paulista, em Mote Alegre do Sul (SP). Tão logo colhidos, os frutos foram trazidos para o Istituto Agroômico, Campias (SP) ode foram retirados do cacho e classificados de acordo com o seu estádio de maturação (coloração do epicarpo). A biometria (comprimeto, largura e peso), feita com dez semetes e dez frutos para cada tratameto, foi obtida através da medição com paquímetro e balaça. Para obteção das semetes, os frutos foram despolpados, lavados e secados a sombra. O teor de umidade das semetes foi determiado pela secagem em estufa a 05 C ± 3 o C de uma amostra de quatro semetes por tratameto, até que alcaçassem peso costate. Os tratametos foram compostos de cico estádios de maturação, eumerados de um (I) a cico (V), partido do verde imaturo ao vermelho iteso (Figura ). I II III IV V Figura. Estádios de maturação de frutos de palmeira real australiaa: (I) verde imaturo 0% maduro; (II) levemete alarajado - 5% maduro; (III) alarajado - 50% maduro; (IV) vermelho 75% maduro; (V) vermelho iteso 00% maduro. IAC, Campias, 00. Para avaliar o efeito do grau de maturação dos frutos, as semetes foram submetidas ao teste de germiação, com delieameto iteiramete casualizado, quatro repetições e parcela com ciqüeta semetes cada, sedo estas acodicioadas em sacos trasparetes de polietileo cotedo 80 ml de vermiculita e 80 ml de água. As semetes foram matidas de 0 a 30 o C e luz (78 µmol s - m - por 8 horas). Durate todo o experimeto procurou-se mater o substrato úmido. As avaliações foram feitas semaalmete a partir do vigésimo quarto dia e ecerradas quado se completou cem dias após a primeira avaliação. Posteriormete, foram calculados as porcetages de

germiação e o ídice de velocidade de germiação (IV) (MAUIRE, 96) de cada tratameto. O IV é dado pela fórmula: ode;,,,, IV = úmero de plâtulas a primeira, a seguda e a última cotagem. = úmero de dias de semeadura à primeira, seguda e última cotagem. Os dados foram submetidos ao teste Shapiro-Wilk para testar a ormalidade, sedo que as médias dos tratametos foram comparadas pelo teste de Scott-Kott a 5% de probabilidade. As aálises estatísticas foram realizadas com auxílio do programa Sisvar (FERREIRA, 000). RESULTADOS E DISCUSSÃO Como podemos verificar as Tabelas e, ode são apresetados os resultados do teste de Shapiro-Wilk, os dados de biometria dos frutos apresetaram-se em uma distribuição aproximadamete ormal e puderam ser submetidos à aálise de variâcia e ao teste de média. Já para biometria de semetes apeas os dados de peso obtiveram este resultado. Tabela. Valores do teste de Shapiro-Wilk para os dados de biometria de frutos e semetes de palmeira real australiaa. Istituto Agroômico, Campias, 00. Avaliação Fruto Semete W Pr<W W Pr<W Comprimeto 50 0,9906 0,959 0,4089 0,0000 Largura 50 0,9877 0,8775 0,4783 0,0000 Peso 50 0,9854 0,7904 0,9783 0,4809 Tabela. Valores do teste de Shapiro-Wilk para os dados de germiação aos 3 dias (3), aos 59 dias (59), aos 4 dias (4) e ídice de velocidade de germiação (IV) de semetes de palmeira real australiaa. Istituto Agroômico, Campias, 00. Variável W Pr<W 3 0 0,9675 0,70 59 0 0,8380 0,0034 4 0 0,699 0,0000 IV 0 0,9580 0,5055

Para os dados de germiação foram escolhidas as avaliações próximas dos trita dias (3), sesseta dias (59), ultimo dia de avaliação (4) e o ídice de velocidade de germiação (IV). Detre estes, os úicos que apresetaram distribuição aproximadamete ormal foram o 3 e o IV. Apesar de ter apresetado distribuição aproximadamete ormal, os dados de comprimeto dos frutos ão foram sigificativos a aálise de variâcia, e por isso ão foram submetidos ao teste de média. Para largura e peso de frutos a classe IV de maturação dos frutos apresetou valores sigificativamete mais baixos que as outras classes (Tabela 3), possivelmete devido à perda de água do fruto para a semete o processo de amadurecimeto do fruto. Tabela 3. Valores de média das variáveis biométricas de comprimeto, largura e peso de semetes e frutos de palmeira real australiaa. Istituto Agroômico, Campias, 00 Biometria Frutos Semetes Classe I II III IV V Média Comprimeto 4,85 4,77 4,57 4,30 4,5 4,60 Largura 3,44a 3,8a 3,3a,69b 3,a 3,9 Peso,65a,58a,66a,40b,54a,57 Comprimeto 4,70 4, 4,06 3,97 3,00 3,99 Largura,35,5,33,57,9,86 Peso,33a,9a,8a,b,b,5 *Médias seguidas de mesma letra, a liha, ão diferem etre si pelo teste de Scott- Kott ao ível de 5% de probabilidade. Os valores de peso das semetes apresetaram-se sigificativamete mais baixo as classes IV e V de maturação, isto devido à perda de água da semete o seu processo de maturação. A difereciação o teste de média para a 3 foi muito sigificativa, uma vez que os valores de germiação seguiram o mesmo gradiete crescete de maturidade dos frutos o que pode ser observado a Tabela 4. Isso mostra que para uma avaliação aos trita dias, maior é a germiação quato maior for a maturação do fruto. Aida a Tabela 4, o IV o fial do teste de germiação apresetou valores sigificativamete maiores para as classes II e III, mediaos para a classe IV e iferiores pra as classes I e V. Isso mostra que frutos muito imaturos ão apresetam vigor a germiação, podedo ser separados em lotes diferetes o viveiro. Frutos

muito maduros podem apresetar meor vigor devido a maior possibilidade de surgimeto de patógeos as semetes. Tabela 4. Valores de média da germiação aos 3 dias (3), aos 59 dias (59), aos 4 dias (4) e ídice de velocidade de germiação (IV) de semetes de palmeira real australiaa. Istituto Agroômico, Campias, 00. Avaliação Classe I II III IV V Média 3 3,38e 5,60d 39,50c 53,00b 66,00a 39,50 59 6,87 8,9 88,00 8,50 88,00 80,86 4 73,77 94,47 96,50 94,00 96,50 9,05 IV 5,00c 6,8a 6,08a 5,5b 4,9c 5,56 *Médias seguidas de mesma letra, a liha, ão diferem etre si pelo teste de Scott-Kott ao ível de 5% de probabilidade. COCLUSÃO O iício da maturidade dos frutos iflueciou a germiação de semetes de palmeira real australiaa. O vigor das semetes de palmeira real australiaa é maior as classes mediaas de maturidade do fruto e meor as classes extremas de maturidade. REFERÊCIAS BIBLIORÁFICAS BOVI, M. L. A. Palmito Juçara - Iformações Básicas para Cultivo. Campias, IAC. Abril de 997. BOVI, M. L. A. Cultivo de palmeira real australiaa visado à produção de palmito. Campias, Istituto Agroômico, 998, 6p. LOREZI, H. et al. Palmeira o Brasil: exóticas e ativas.. ed. ova Odessa: Platarum, 303 p. 005. MAUIRE, J. D. Speed of germiatio-aid i selectio ad evaluatio for seedlig emergece ad vigor. Crop Sciece, Madiso, v.,., ja./feb. 96. 76-77p. EMBRAPA. Processameto do Palmito de Pupuheira em Agroidústria Artesaal - Uma atividade retável e ecológica. Versão Eletrôica: Embrapa, Jaeiro 004. EMBRAPA. Palmeiras para produção de palmito: juçara, pupuha e palmeira real. Colombo: Embrapa Floresta 008. TOLEDO, F.F. & MARCOS FILHO, J. Maual das semetes - tecologia da produção. São Paulo: Agroômica Ceres, 977. 4p.