Publicação da Anahp Associação Nacional de Hospitais Privados maio junho 2015 opinião A atenção domiciliar no processo de desospitalização Pág. 06 anahp por dentro Associação lança a 7ª edição do Observatório Pág. 12 tecnologia e saúde Com o objetivo de melhorar o gerenciamento dos leitos, hospitais investem em soluções de TI Pág. 46 Os desafios na gestão de leitos de longa permanência
Publicação da Anahp Associação Nacional de Hospitais Privados maio junho 2015 03 editorial Este ano de 2015 tem sido muito produtivo para a entidade, que se dedica cada vez mais a proporcionar subsídios para o aprimoramento do setor, compartilhando as experiências e melhores práticas de seus associados com o mercado 06 opinião Os serviços de atenção domiciliar vêm se transformando em uma eficiente ferramenta de gerenciamento do cuidado integral e uma solução para o acompanhamento de pacientes que podem ser desospitalizados 08 em foco Eduardo Rahme Amaro, Diretor do Grupo Santa Joana (SP) e Conselheiro da Anahp fala sobre os desafios das maternidades no Brasil 12 anahp por dentro Associação lança a 7ª edição do Observatório e o aplicativo da entidade. A partir de agora, todas as publicações da Anahp poderão ser acessadas pelo aplicativo, bem como a agenda de eventos da Anahp 26 eventos Engajamento como estratégia para o desenvolvimento da liderança e melhoria do desempenho organizacional e Crises Hídrica e energética: experiências de hospitais brasileiros, foram os temas dos seminários promovidos pela Anahp na Hospitalar 38 bem-estar Com programas que estimulam a expressão criativa dos colaboradores, instituições aumentam o engajamento de suas equipes, melhoram o clima organizacional e criam processos e serviços mais eficientes e inovadores 44 perfil Após a aquisição da Covidien pela norte-americana Medtronic em 2014, executivo da companhia fala sobre as perspectivas de expansão no Brasil em 2015 46 tecnologia e saúde Com o objetivo de conquistar maior rotatividade e um melhor gerenciamento dos leitos, muitos hospitais têm investido em soluções de Tecnologia da Informação 50 hospitais associados Hospitais Anahp investem em ampliações e certificações de qualidade Capa saúde Pesquisa realizada entre os hospitais Anahp avalia as ações e ferramentas desenvolvidas para monitorar a longa permanência de pacientes Pág. 18
eventos Engajamento como estratégia para o desenvolvimento da liderança e melhoria do desempenho organizacional Liderança técnica é desafio para o setor Realizado dia 20 de maio, durante a Hospitalar Feira e Fórum 2015, o Seminário Anahp Engajamento como estratégia para o desenvolvimento da liderança e melhoria do desempenho organizacional apresentou os resultados de uma pesquisa inédita sobre os desafios de engajamento do setor hospitalar privado. Desenvolvida por meio de uma parceria entre a Anahp e a Hay Group, empresa global de consultoria de gestão de negócios, o estudo foi apresentado por Eliana Guglielmoni, Gerente de Consultoria da Hay Group, e Fábio Patrus, Superintendente de Gestão de Pessoas e Qualidade do Hospital Sírio-Libanês (SP) e Coordenador do Grupo de Trabalho em Gestão de Pessoas da Anahp (GTGP). Na avaliação dos palestrantes, a pesquisa revela que os profissionais dos hospitais privados têm clareza sobre suas responsabilidades e grande percepção da importância da segurança e do foco no paciente. No entanto, também apresenta descontentamento dos colaboradores em lidarem com líderes extremamente técnicos e pouco sensíveis a aspectos essenciais na gestão de pessoas. É fundamental desenvolver nos líderes, cujo perfil é técnico, também a gestão de pessoas para que elevem suas equipes a um novo patamar em clima organizacional, com colaboradores mais efetivos e preparados para os desafios do dia a dia de trabalho. Por isso, enfatizo que investir na liderança não é custo, é investimento para as organizações, disse Eliana, destacando que foram ouvidos 7.030 profissionais, de 30 hospitais, situados em seis estados brasileiros. Para Fábio Patrus, no segmento saúde a liderança técnica se confunde com a liderança administrativa ou de gestão do negócio. São competências completamente distintas, mas se tivéssemos mais líderes com a união dessas duas capacidades traríamos grandes resultados para o setor e uma nova realidade aos colaboradores dos hospitais. Fábio Patrus, Sueli Campos, Laura Schiesari e Eliana Guglielmoni 32 Panorama Anahp
Diálogo e plano de carreira Diretora de Recursos Humanos da Johnson & Johnson, Sueli Campos falou sobre o Processo de Desenvolvimento de Lideranças na empresa. Lá, o desenvolvimento dos talentos ocorre em várias frentes, com metodologias integradas e bem definidas pela corporação. A dinâmica inclui cinco conversas individuais com datas pré-definidas durante o ano entre o gestor e cada membro da equipe. São discutidos aspectos como performance, remuneração, planejamento de carreira, entre outros. A intenção é que o funcionário saiba o que é esperado dele, mas também que a empresa entenda as ambições do colaborador e que o gestor apoie seu desenvolvimento, criando condições para que ambas as expectativas sejam atendidas. Segundo Sueli, em 2013, 15% dos profissionais indicados por seus gerentes alcançaram uma promoção e apenas 4% se deligaram da empresa por vontade própria. Além disso, em relação às últimas posições preenchidas no último ano, apenas 30% delas contou com profissionais de fora. Os índices, ela afirma, demonstram que o modelo de gestão da Johnson & Johnson valoriza os colaboradores, motivando-os e tornando-os mais engajados com a empresa. Os líderes não são cobrados apenas por seus resultados, mas também por como os atingiram. Devem envolver todos da equipe e se preocupam com o plano de sucessão. Fizemos com que entendessem que a única forma de eles crescerem na carreira é preparando seus liderados. É uma relação em que todos ganham, afirma Sueli. Atualmente a Johnson conta com uma Academia de Gestão de Pessoas para auxiliar os líderes de sua empresa a exercerem o papel de liderança. O aprendizado é dividido em módulos, tem duração de um ano e ocorre através da troca de experiências com outros profissionais, a partir da experimentação de novas experiências e por treinamentos. Silvana Castellani, Tooru Tanaka, Marlene Gasparelo e Bruna Menezes Fernado Torelly, Maria Alice Rocha, Eduardo Queiróz e Vivien Rosso Troca de experiências O Seminário Anahp Engajamento como estratégia para o desenvolvimento da liderança e melhoria do desempenho organizacional contou com a importante participação de sete hospitais associados da entidade. Os gerentes de recursos humanos Bruna Menezes, do Hospital Felício Rocho (MG), Tooru Tanaka, do Hospital Nipo-Brasileiro (SP), Silvana Castellani, do HCor Hospital do Coração (SP) e Marlene Gasparelo Olczyk Jesus, do Hospital AC Camargo Cancer Center (SP), compartilharam suas experiências no trato com os colaboradores em uma mesa redonda. Os palestrantes foram unânimes ao reforçarem a importância das lideranças no engajamento das equipes, mas destacaram também o caráter humanizador e estratégico e de uma boa gestão dos talentos para as corporações. Temos sim que ter um olhar estratégico em nosso trabalho, mas não podemos perder de vista o nosso papel enquanto profissionais que trabalham para pessoas e que devem levar suas necessidades ao conhecimento das altas lideranças, disse Silvana Castellani, do HCor Hospital do Coração (SP). Em seguida, sob a moderação de Maria Alice Rocha, Superintendente de Recursos Humanos do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo (SP); Fernando Torelly, Superintendente Executivo do Hospital Moinhos de Vento (RS); Vivien Rosso, Superintendente Geral do Hospital AC Camargo Cancer Center (SP) e Eduardo Jorge Marinho de Queiróz Júnior, Superintendente de Saúde do Hospital Santa Izabel (BA), participaram de um Talk Show no qual contaram como seus hospitais desenvolvem o engajamento dos colaboradores. Para eles, o ambiente que se constrói hoje, oferecendo motivação, suporte ao crescimento dos profissionais e o diálogo entre a instituição e seus colaboradores, é o único meio de alcançar um futuro promissor para as entidades. Fernando apontou para a importância de uma atmosfera engajadora. Para engajar, o discurso técnico e estratégico não funciona, é muito chato. É preciso criar um ambiente de engajamento, lúdico, que transmita os objetivos que queremos alcançar, deixando claro que o sucesso é de todos, disse. Escutar dá trabalho, mas é fundamental. Só assim os objetivos da instituição serão compartilhados pelo colaborador, finalizou Vivien. Associação Nacional de Hospitais Privados Panorama Anahp 33
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