ELABORAÇÃO DE PLANO DE NEGÓCIOS PARA IMPLANTAÇÃO DE UM ESCRITÓRIO DE CONTABILIDADE EM IJUÍ-RS. (Trabalho de Conclusão de Curso)



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Transcrição:

0 UNIJUI - UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROSTE DO ESTADO RIO GRANDE DO SUL DACEC - DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS, CONTÁBEIS, ECONÔMICAS E DA COMUNICAÇÃO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM CONTROLADORIA E GESTÃO TRIBUTÁRIA GERUSA WOITCHUNAS DUARTE ELABORAÇÃO DE PLANO DE NEGÓCIOS PARA IMPLANTAÇÃO DE UM ESCRITÓRIO DE CONTABILIDADE EM IJUÍ-RS. (Trabalho de Conclusão de Curso) IJUÍ (RS) 2013

1 GERUSA WOITCHUNAS DUARTE ELABORAÇÃO DE PLANO DE NEGÓCIOS PARA IMPLANTAÇÃO DE UM ESCRITÓRIO DE CONTABILIDADE EM IJUÍ-RS. Trabalho de Conclusão de Curso na modalidade de monografia, apresentado no Curso de Pós Graduação em Controladoria e Gestão Tributária da UNIJUI. Professora Orientadora: Ms. EUSÉLIA PAVÉGLIO VIEIRA Ijuí, Setembro, 2013

2 DEDICATÓRIA Dedico este trabalho ao meu pequeno príncipe Théo Felipe que está a caminho, é uma grande benção que Deus me deu.

3 AGRADECIMENTOS À Deus, aquele que guia meu caminho, e que permite que oportunidades surgem em minha vida; Um agradecimento especial à orientadora, professora Eusélia Pavéglio Vieira, que com dedicação e sabedoria, conduziu-me nesta caminhada; Aos professores do Curso de Pós- Graduação Lato Sensu em Controladoria e Gestão Tributária, pela dedicação em nossa formação; À minha família, minha razão de ser e meu porto seguro, pessoas que fazem parte de mim e sempre torcem por minhas vitórias e conquistas. Ao meu marido Felipe, por todo o incentivo, compreensão e amor incondicional. E a todos muito obrigada. Peço que Deus transforme em bênçãos todo o bem que me fizeram.

4 LISTA DE FIGURAS Figura 1: O Processo Empreendedor... 15 Figura 2: Organograma do Escritório Proposto... 33 Figura 3: Representatividade das Despesas Fixas Mensais... 45

5 LISTA DE QUADROS Quadro 1: Estrutura de um Plano de Negócios... 18 Quadro 2: Os seis objetivos principais do Orçamento.... 21 Quadro 3: Modelo de Fluxo de Caixa mensal... 27 Quadro 4: Estimativas de Investimento Fixo... 41 Quadro 5: Estimativa de Investimentos Pré-Operacionais de Instalação... 41 Quadro 6: Estimativa de Capital de Giro... 42 Quadro 7: Despesa com Pessoal... 42 Quadro 8: Estimativa do Custo de Depreciação... 44 Quadro 9: Despesas Fixas Mensais... 44 Quadro 10: Estimativa de Preços de Prestação de Serviços... 46 Quadro 11: Estimativa de Margem de Contribuição e de Ponto de Equilíbrio... 48 Quadro 12: Demonstração do Resultado de Exercício... 49 Quadro 13: Demonstração do Resultado de Exercício Cenário Otimista e Pessimista... 50 Quadro 14: Fluxo de Caixa Cenário Otimista... 52 Quadro 15: Fluxo de Caixa Pessimista... 54 Quadro 16: Balanço Patrimonial Projetado Mês 01... 54 Quadro 17: Ponto de Equilíbrio... 55 Quadro 18: Lucratividade... 56 Quadro 19: Rentabilidade... 56 Quadro 20: Prazo de Retorno de Investimento... 57 Quadro 21: Valor Presente Líquido (VPL)... 58 Quadro 22: Taxa Interna de Retorno (TIR)... 58 Quadro 23: Payback... 59

6 SUMÁRIO INTRODUÇÃO... 8 1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO... 9 1.1 Definição do Tema... 9 1.2 Caracterização da Organização... 9 1.3 Problematização do Tema de Estudo... 9 1.4 Objetivos... 10 1.4.1 Objetivo Geral... 11 1.4.2 Objetivos Específicos... 11 1.5 Justificativa... 11 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA... 12 2.1 Contabilidade e Aspectos Gerais... 12 2.1.1 Controladoria... 12 2.2 Contabilidade Gerencial... 13 2.3 Empreendedorismo... 14 2.4 Plano de Negócios... 15 2.5 Atividade Prestação de Serviços... 19 2.6 Projeções e Orçamentos... 20 2.7 Indicadores de Viabilidade... 22 2.8 Métodos de Análise de Investimentos... 24 2.9 Fluxo de Caixa... 26 3 METODOLOGIA DO TRABALHO... 29 3.1 Classificação da Pesquisa... 29 3.1.1 Do ponto de vista de sua Natureza... 29 3.1.2 Do ponto de vista de seus Objetivos... 29 3.1.3 Do Ponto de Vista Quanto a Forma de Abordagem do Problema... 30 3.1.4 Do ponto de vista dos Procedimentos Técnicos... 30 3.2 Coleta de Dados (Instrumentos de Coleta de Dados)... 30 3.3 Análise e Interpretação dos Dados... 31 4 ANÁLISE DOS RESULTADOS... 32 4.1 Sumário Executivo... 32 4.2 Dados Iniciais da Empresa... 32 4.2.1 Descrição Legal... 33 4.2.2 Estrutura Funcional e Organizacional... 33 4.2.2.1 Missão... 34 4.2.2.2 Visão... 34

7 4.2.2.3 Valores... 34 4.2.2.4 Objetivos organizacionais... 35 4.2.3 Sócios e Parcerias... 35 4.3 O Plano de Marketing... 35 4.3.1 Análise de Mercado... 36 4.3.1.1 Clientela... 36 4.3.2 Oportunidades e Ameaças... 37 4.3.3 Estratégias de Marketing... 37 4.3.3.1 Produtos e serviços... 37 4.3.3.2 Preços... 39 4.3.4 Relacionamento com os Clientes... 39 4.4 O Planejamento Financeiro... 40 4.4.1 Investimento Inicial... 40 4.4.2 Levantamento das Despesas Mensais... 42 4.4.3 Preços de Prestação de Serviços... 45 4.4.4 Projeção de Resultado... 47 4.4.4.1 Construção de Cenários... 49 4.4.5 Projeção do Fluxo de Caixa... 51 4.4.6 Balanço Patrimonial Projetado... 54 4.4.7 Indicadores Financeiros... 55 4.5 Análise de Investimentos... 57 4.5.1 Valor Presente Líquido (VPL)... 57 4.5.2 Taxa Interna de Retorno (TIR)... 58 4.5.3 Payback... 59 CONCLUSÃO... 60 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS... 62

8 INTRODUÇÃO A Controladoria é importante em qualquer tipo de atividade, por meio de uma análise de dados por ela gerados, se discutem os rumos a seguir, observando-se, as tendências mercadológicas e organizacionais. Sendo assim, para que se possa decidir eficazmente, o empresário ou gestor conta com o apoio da Controladoria, que é, em síntese, o setor que reúne as informações oriundas da contabilidade geral financeira juntamente com as análises da contabilidade gerencial. Neste estudo, desenvolve-se um Plano de Negócios para implantação de escritório de contabilidade, com o objetivo de aprofundar e ampliar os conhecimentos, onde o empresário pode analisar a viabilidade de uma empresa e é levado a pensar bem sobre os vários fatores que envolvem o seu negócio, realizando um planejamento bem detalhado antes de iniciar a atividade. O estudo apresenta, em sua parte inicial, a contextualização, onde foi definido o tema, o problema, objetivo geral, objetivos específicos e a justificativa. Na sequência, apresenta-se o capítulo II, onde consta a Fundamentação Teórica, baseado na pesquisa em livros, artigo e publicações com a finalidade de buscar um embasamento teórico de que tratam diversos temas que compõem o plano de negócios, sua estrutura e elementos. No capítulo III, apresenta-se a metodologia da pesquisa utilizada, indicando a forma e os instrumentos usados para investigar a problemática norteadora do estudo. No capítulo IV apresenta-se a elaboração detalhada do plano de negócios para a implantação de escritório de contabilidade, ou seja, desde o surgimento da ideia para o desenvolvimento do trabalho, envolvendo todas as etapas que contemplam um plano de negócios, culminando com as análises dos resultados projetados, avaliando sua viabilidade ou não. Por fim, o relatório apresenta a conclusão e a bibliografia consultada durante a realização do mesmo.

9 1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO Nesta etapa, apresenta-se a contextualização do estudo, que tem como objetivo desenvolver um plano de negócio de um Escritório de Contabilidade, onde consta a definição do tema, caracterização da organização em estudo, problematização do tema, objetivos e a justificativa, as quais estão relacionadas na sequência. 1.1 Definição do Tema Para implantar qualquer negócio no mercado de trabalho, é necessário elaborar um plano de negócios para saber se é viável ou não, e também é uma forma de buscar alternativas para planejar e organizar as atividades da empresa, tais como, vendas, mercado, preços, marketing, análises de viabilidade, o qual nem sempre atuam diariamente com esse tipo de assunto e simulações. O estudo busca desenvolver um plano de negócios para a implantação de um escritório de contabilidade em Ijuí-RS, proporcionando ferramentas para o sucesso do empreendimento. 1.2 Caracterização da Organização Por meio deste trabalho de pesquisa, foi possível elaborar um Plano de Negócios a fim de verificar a viabilidade e as condições de abertura de um escritório de contabilidade na cidade de Ijuí RS. Este escritório proposto vai prestar serviços na área contábil, fiscal e departamento pessoal, além da prestação de serviços em consultoria, onde serão transformado dados contábeis em informações gerenciais, para auxilio dos clientes na administração de seus negócios. A empresa se esquadra na forma de Microempresa, optante pelo Simples Nacional, constituído por dois sócios, um funcionário na área fiscal, um funcionário na área pessoal, dois funcionários na área de contábil e um funcionário para atendimento. 1.3 Problematização do Tema de Estudo Os Contadores, ou seja, profissionais que sonham em ter seu próprio escritório de contabilidade, se deparam com muitos caminhos, os quais podem levar ao sucesso, ou muitas

10 vezes, quando não for bem planejada, encontram dificuldades que poderiam ter sido previstas antecipadamente. Uma das soluções para este profissional seria elaborar um plano de negócio para implantação do escritório de contabilidade, desenvolvendo diferentes estratégias para seu empreendimento e oferecendo serviços diferenciados, além da previsão financeira de sua manutenção. O plano de Negócios é um instrumento de planejamento utilizado pelo empresário ou profissional que pretende abrir um novo negócio, descrever quais são os objetivos de um negócio e quais os passos que devem ser dados para alcançá-los, ajudando a concluir se o negócio é viável economicamente. Além disso, busca informações mais detalhadas sobre o seu ramo, os produtos e serviços que o negócio pretende oferecer, seus clientes, concorrentes, fornecedores. E é um documento escrito, o qual deve ser colocado em prática, auxiliando na tomada de decisão para implantação dos negócios. Assim sendo, o escritório que se planeja neste plano de negócios, precisou ser feito de forma bastante minuciosa, fazendo-se necessário primeiramente um levantamento de tudo que é importante para sua implantação. Para isto, o estudo busca apresentar as condições necessárias para a implantação de um escritório, alertando as pessoas de que não basta somente querer montá-lo, mas principalmente de como fazê-lo. Torna-se necessário que se faça um bom planejamento antes de se tomar qualquer decisão a respeito de um investimento, para que se possa detectar o que seria viável ou não, impedindo com isso, que se corra o risco de que se perca tempo, dinheiro e que veja o fracasso de sua empresa, antes mesmo de seu funcionamento. Baseado no exposto questiona-se: De que forma a elaboração de um plano de negócios pode contribuir na decisão de implantação ou não de um escritório de Contabilidade em Ijuí- RS? 1.4 Objetivos A definição dos objetivos visa definir os resultados da realização do estudo e o que é preciso seguir para alcançá-los. São classificados em objetivo geral e objetivos específicos.

11 1.4.1 Objetivo Geral O objetivo geral deste estudo é desenvolver um plano de negocio que proporcione subsídios para a decisão de implantação de um escritório de contabilidade. 1.4.2 Objetivos Específicos - Revisar a bibliográfica referente à Contabilidade Gerencial, Plano de Negócio e Viabilidade Econômica; - Caracterizar o negócio a ser implantado; - Calcular os gastos para implantação do negócio; - Propor um plano de negócios que apresente as estratégias para sua implantação e as necessidades econômicas e financeiras; - Analisar a viabilidade econômica e financeira da implantação da empresa. 1.5 Justificativa O estudo justifica-se pela escolha de implantar futuramente um escritório de contabilidade próprio, por isso a necessidade de buscar mais informações sobre a elaboração de plano de negócio, pois a realidade aponta que muitas vezes as empresas são implantadas sem nenhum planejamento, e essas em alguns casos, são fechadas em pouco tempo de atuação. Além disso, esse estudo é de extrema importância, apresentando as perspectivas para buscar um investimento futuro, também para obter mais conhecimentos e mais segurança na minha escolha, direcionando futuros empreendedores no caminho certo na implantação de seu negócio. Para a Universidade, pode servir como fonte de pesquisa para futuras pesquisas de conhecimentos e novos trabalhos na área de plano de negócios, bem como, na implantação do mesmo. Para mim, a realização deste estudo, proporcionou mais uma expressão de conhecimento absorvida durante a realização do Curso de Pós em Controladoria e Gestão Tributária, uma vez que se espera agregar não só um conhecimento teórico, mas um conhecimento específico e prático para poder desenvolver um senso investigativo, e também é uma oportunidade de construir uma ferramenta que pode ser utilizada no futuro com meu próprio negócio.

12 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Neste capitulo, apresenta-se a fundamentação teórica, construída por meio de pesquisa em livros de vários autores que deram sustentação teórica para entendimento do assunto servindo como base para elaboração do estudo de caso. 2.1 Contabilidade e Aspectos Gerais A Contabilidade é a ciência que estuda, controla e interpreta os fatos ocorridos no patrimônio das entidades, e o seu objetivo é de registrar os acontecimentos e gerar informações sobre tudo o que possa acontecer no patrimônio de uma entidade qualquer. Para Basso (2005, p.22), entende que a contabilidade como: Conjunto ordenado de conhecimento, leis, princípios e métodos de evidenciação próprios, é a ciência que estuda, controla e observa o patrimônio das entidades nos seus aspectos quantitativos (monetário) e qualitativo (físico) e que, como conjunto de normas, preceitos e regras gerais, se constitui na técnica de coletar, catalogar e registrar os fatos que nele ocorrem, bem como de acumular, resumir e revelar informações de suas variações e situação, especialmente de natureza econômicofinanceira. A Finalidade da contabilidade, segundo Basso (2005, p.24) é gerar informações de ordem física, econômica e financeira sobre patrimônio, com ênfase para o controle e o planejamento. 2.1.1 Controladoria A Controladoria entende-se como departamento responsável pelo projeto, elaboração, implementação e manutenção do sistema integrado de informações operacionais, financeiras e contábeis da instituição. Tem por objetivo garantir informações adequadas ao processo decisório, colaborar com os gestores, não medindo esforços para a obtenção da eficácia empresarial. Conforme Oliveira, Perez Jr & Silva (2005, p.13), os modernos conceitos de administração e gerência enfatizam por sua vez, uma eficiente e eficaz Controladoria deve ser capacitada a: - organizar e reportar os dados e informações relevantes para os tomadores de decisões;

13 - manter permanente monitoramento sobre os controles das diversas atividades do desemprenho de outros departamentos; - exercer uma força ou influencia capaz de influir nas decisões dos gestores da entidade. As informações de planejamento e controle exigem sistemas de informações que suportem essas decisões. A missão da Controladoria é otimizar os resultados econômicos da empresa por meio de definição de um modelo de informações baseado no modelo de gestão. A contabilidade atualmente praticada será cada vez mais influenciada pelas normas vigentes em outros países, em decorrência da globalização e abertura da economia brasileira. Afinal, para entender aos usuários da Contabilidade nesse novo ambiente, há necessidade de adaptar os atuais procedimentos e praticas contábeis aos padrões internacionais, conforme Oliveira, Perez Jr & Silva (2005, p.22). Assim sendo, o plano de negócios é uma ferramenta indispensável para quem deseja planejar e antecipar situações, fazendo como previsão do que poderá encontrar no mercado. 2.2 Contabilidade Gerencial A contabilidade gerencial pode ser definida como processo de identificação, mensuração, acumulação, análise preparação, interpretação, e comunicação de informação utilizada pela administração para planejamento, avaliação e controle da organização e para assegurar o uso e a responsabilidade sobre seus recursos (Associação Nacional dos Contadores dos Estados Unidos apud Padoveze, 2010). Segundo Crepaldi (2008, p. 2) cita que: A contabilidade é instrumento gerencial que se utiliza de um sistema de informações para registrar as operações da organização, para elaborar e interpretar relatórios que mensurem os resultados e forneçam informações necessárias, para subsidiar o processo de tomadas de decisões e para o processo de gestão, planejamento, execução e controle. A finalidade da contabilidade é fornecer informações para auxiliar gestores no processo de decisão. Essas informações prestadas pela contabilidade gerencial trarão mais certeza, mais segurança para se tomar uma decisão. Os principais objetivos da Contabilidade Gerencial é auxiliar no processo decisório, fornecer dados da empresa através de um sistema de informação, gerar relatórios referentes às transações ocorridas no negócio etc. Esses são os principais objetivos da contabilidade gerencial que dizem respeito à gestão de um negócio. Não só as informações prestadas pela contabilidade, mas a própria contabilidade gerencial deve manter-se sempre atualizada e

14 conciliada com tudo que ocorre em seus setores, para que, de forma concisa esses objetivos sejam alcançados. Portanto, a contabilidade sempre representará para uma empresa uma fonte de informações a fim de auxiliar os gestores. 2.3 Empreendedorismo Empreendedorismo é o envolvimento de pessoas e processos que, em conjunto, levam à transformação de ideias em oportunidades. E a perfeita implementação destas oportunidades leva à criação de negócios de sucessos (Dornelas, 2012, p. 28). Segundo Schumpeter apud Dornelas (2012, p. 29), o empreendedor é mais conhecido como aquele que cria novos negócios, mas pode também inovar dentro de negócios já existentes, ou seja, é possível ser empreendedor dentro de empresas já constituídas. Muitas empresas acabam fechando por falta de um planejamento de negócios, muitas vezes pelo próprio empresário achar que seu conhecimento técnico já é suficiente para conduzir um empreendimento. Para o mesmo autor, o empreendedor é aquele que detecta uma oportunidade e cria um negócio para capitalizar sobre ela, assumindo riscos calculados. O processo empreendedor envolve todas as funções, atividades e ações associadas com a criação de novas empresas. Em primeiro lugar, o empreendedorismo envolve o processo de criação de algo novo, de valor. Em segundo, requer a devoção, o comprometimento do tempo e o esforço necessário para fazer a empresa crescer. E em terceiro, que riscos calculados sejam assumidos e decisões críticas tomadas, é preciso ousadia e ânimo apesar de falhas e erros (DORNELAS, 2012, p.29). O empreendedor precisa de certo conhecimento gerencial e uma equipe de funcionários que possam atuar nesta área, elaborando estratégias, plano de negócios para se chegar ao sucesso da empresa ou até mesmo para superar as crises. Conforme Tornatzky et al apud Dornelas (2012, p.32): O talento empreendedor resulta da percepção, direção, dedicação e muito trabalho dessas pessoas especiais que fazem acontecer. Onde existe este talento, há oportunidades de crescer, diversificar e desenvolver novos negócios. Mas talento sem ideias é como uma semente sem agua. Quando o talento é somando a tecnologia e as pessoas têm boas ideias viáveis, o processo empreendedor esta na iminência de ocorrer. Mas, existe ainda a necessidade de um combustível essencial para que finalmente o negócio saia do papel: o capital. O componente final é o Know-how, ou seja, o conhecimento e a habilidade de fazer convergir em um ambiente o talento, a tecnologia e o capital que fazem a empresa crescer.

15 Figura 1: O Processo Empreendedor Fonte: Dornelas (2012, p.33) Conforme descrita na Figura 01, o autor explica que no processo empreendedor iniciase quando fatores externos, ambientais e sociais aliados às aptidões pessoais do empreendedor surgem, possibilitando o início de um novo negócio, sendo que as fases do processo empreendedor, cabendo salientar que apesar de as mesmas serem apresentadas de forma sequencial, nenhuma delas precisa ser totalmente concluída para que se inicie a seguinte. 2.4 Plano de Negócios O Plano de negócios é usado por todo e qualquer empreendedor que queira transformar seu sonho de realidade, seguindo o caminho logico e racional que se espera de um bom administrador. É um documento escrito, com o objetivo de estruturar as principais ideias e opções que o empreendedor analisará para decidir quanto à viabilidade da empresa a ser criada. Para Dornelas (2012, p. 99), o Plano de negócios é um documentos usado para descrever um empreendimento e o modelo de negócios que sustenta a empresa. O Plano de Negócios é uma linguagem para descrever de forma completa o que é ou pretende ser uma empresa. A mesma pergunta O que é a sua empresa? induzia a diferentes respostas, dependendo de para quem era feita: banco, fornecedor, cliente, distribuidor, sócio potencial, investidor etc. O Distribuidor quer saber sobre a qualidade do produto e a capacidade de produção da empresa; o fornecedor, sobre sua tradição e a capacidade de honrar dívidas; o sócio potencial quer saber sobre o futuro do negócio; já o investidor, seja banco, seja capitalista de risco, quer saber sobre a empresa em seu conjunto: passado, presente, futuro, a competência de quem

16 a dirige, o potencial de mercado, lucratividade, etc. Surgiu então um documento completo, o Plano de negócios, que dá todas as respostas sobre a empresa. (DOLABELA, 2008, p.75) Para início de toda empresa é necessário que a mesma seja planejada. O planejamento implica em definir o Plano de Negócio. Este plano permite identificar e reduzir seus erros no papel ao invés de cometê-los durante o funcionamento da empresa. Este será a base de estudo para determinar quais passos que a empresa deve seguir para que os objetivos desejados sejam alcançados diminuindo riscos e incertezas. O principal usuário do Plano de negócios é o próprio empreendedor, sendo uma ferramenta que o faz mergulhar profundamente na analise de seu negócio, diminuindo sua taxa de risco e subsidiando suas decisões, que podem até ser de não abrir uma empresa ou de não lançar um novo produto (DOLABELA, 2008, p.75). As pesquisas mostram que o insucesso de muitas empresas se deve a falta de um bom planejamento e que por isso as levou a alta carga tributária, falta de capital de giro, dificuldade de obter empréstimos, impossibilidade de reduzir custos, baixa rentabilidade e concorrência desleal das grandes empresas. Torna-se então extremamente necessário um plano de negócio para que o empreendedor não venha a presenciar fatos negativos em seu empreendimento. Segundo Dornelas (2012, p.101), não existe uma estrutura rígida e especifica para se escrever um plano de negócios, pois cada negócio tem particularidades e semelhanças, sendo impossível definir um modelo padrão de plano de negócios que seja universal e aplicado a qualquer negócio. Ainda para o mesmo autor, cada uma das seções está explicada em detalhes visando tornar a tarefa de escrever o Plano de Negócios de sua empresa mais simples e organizada. A seguir, encontra-se uma descrição sucinta de cada uma das seções do Plano de Negócios: 1. Capa - A capa, apesar de não parecer, é uma das partes mais importantes do Plano de Negócios, pois é a primeira parte visualizada por quem lê, devendo, portanto, ser feita de maneira limpa e com as informações necessárias e pertinentes. 2. Sumário - O Sumário deve conter o título de cada seção do Plano de Negócios e a página respectiva onde se encontra, bem como os principais assuntos relacionados em cada seção. Isto facilita ao leitor de textos permite a confecção automática de sumários e tabelas de conteúdos bastante apresentáveis. 3. Sumário Executivo - O Sumário Executivo é a principal seção do seu Plano de Negócios. O Sumário Executivo fará o leitor decidir se continuará ou não a ler o Plano de Negócios. Portanto, deve ser escrito com muita atenção, revisado várias vezes e conter uma síntese das principais informações que constam em seu Plano de Negócios. Deve ainda ser dirigido ao público alvo do seu Plano de Negócios e explicitar qual o objetivo do Plano de Negócios em relação ao Leitor (ex.: requisição de financiamento junto a bancos, capital de risco, apresentação da empresa para potenciais parceiros ou clientes etc.). O Sumário Executivo deve ser a última seção a ser escrita, pois depende de todas as outras seções do plano para ser elaborada.

4. Análise Estratégica - Nessa seção são definidos os rumos da empresa, sua visão e missão, sua situação atual, as potencialidades e ameaças externas, suas forças e fraquezas, seus objetivos e metas de negócios a. Esta seção é na verdade a base para o desenvolvimento e implantação das demais ações de sua empresa. 5. Descrição da Empresa - Nesta seção você deve-se descrever sua empresa, seu histórico, crescimento, faturamento dos últimos anos, sua razão social, impostos, estrutura organizacional, localização, parcerias, certificações de qualidade, serviços terceirizados etc. 6. Produtos e Serviços - Essa seção do Plano de Negócios é destinada aos produtos e serviços da empresa: como são produzidos, quais os recursos utilizados, o ciclo de vida, fatores tecnológicos envolvidos, o processo de pesquisa e desenvolvimento, principais clientes atuais, se a empresa detém marca e/ ou patente de algum produto etc. Nessa seção pode ser incluída, quando esta informação encontra-se disponível, uma visão do nível de satisfação dos clientes com os produtos e serviços da empresa. Esse feedback é bastante importante, porque costuma oferecer não apenas uma visão do nível de qualidade percebida nos produtos e serviços, mas também guiar futuros investimentos da empresa em novos desenvolvimentos e processos de produção. 7. Plano Operacional Essa seção deve apresentar as ações que a empresa esta planejando em seu sistema produtivo e o processo de produção, indicando o impacto que essas ações terão em seus parâmetros de avaliação de produção. Deve conter informações operacionais atuais e prevista de fatores como: lead time do produto ou serviço, percentual de entregas a tempo (on time delivery), rotatividade do inventário, índice de refugo, lead time de desenvolvimento de produto ou serviço etc. 8. Plano de Recursos Humanos Aqui devem ser apresentados os planos de desenvolvimento e treinamento de pessoal da empresa. Essas informações estão diretamente relacionadas com a capacidade de crescimento da empresa, especialmente quando esta atua em um mercado onde a detenção de tecnologia é considerada um fator estratégico de competitividade. Devem ser indicadas as metas de treinamento associadas às ações do Plano Operacional, as metas de treinamento estratégico, de longo a prazo e não associadas diretamente às ações. Aqui também devem ser apresentados o nível educacional e a experiência dos executivos, gerentes e funcionários operacionais, indicando-se os esforços da empresa na formação de seu pessoal. 9. Análise de Mercado - Na seção de Análise de Mercado, você deverá mostrar que conhece muito bem o mercado consumidor do seu produto/serviço (por meio de pesquisas de mercado): como estão segmentado, o crescimento desse mercado, as características do consumidor e sua localização, se há sazonalidade e como agir nesse caso, análise da concorrência, a sua participação de mercado e a dos principais concorrentes etc. 10. Estratégias de Marketing Deve-se mostrar como a empresa pretende vender seu produto/serviço e conquistar seus clientes, manter o interesse dos mesmos aumentar a demanda. Deve abordar seus métodos de comercialização, diferenciais do produto/serviço para o cliente, política de preços, principais clientes, canais de distribuição e estratégias de promoção/comunicação e publicidade, bem como projeções de vendas. 11. Plano Financeiro - A seção de finanças deve apresentar em números todas as ações planejadas para a empresa e as comprovações, por meio de projeções futuras (quanto precisa de capital, quando e com que propósito), de sucesso do negócio. Deve conter demonstrativo de fluxo de caixa com horizonte de três anos, balanço patrimonial, análise ponto de equilíbrio, necessidades de investimento, demonstrativos de resultados; analise de indicadores financeiros do negócio como faturamento previsto, margem prevista, prazo de retorno sobre investimentos inicial (payback), taxa interna de retorno (TIR) etc. 12. Anexos - Esta seção deve conter todas as informações que você julgar relevantes para o melhor entendimento do Plano de Negócios. Por isso, não tem um limite de páginas ou exigências a serem seguidas. A única informação que você não pode esquecer-se de incluir é a relação dos curriculum vitae dos sócios da empresa. Você poderá anexar ainda informações como fotos de produtos, plantas de localização, 17

18 roteiro e resultados completos das pesquisas de mercado que você realizou material de divulgação de seu negócio, folders, catálogos, estatutos, contrato social da empresa, planilhas financeiras detalhadas etc. (DORNELAS, 2012, p. 104-105). Para melhor compreender a estrutura de um plano de negócios, tem-se no quadro 01 a estrutura proposta por Dolabela (2008): Quadro 1: Estrutura de um Plano de Negócios 1. SUMÁRIO EXECUTIVO 1.1 Enunciado do Projeto 1.2 Competência os Responsáveis 1.3 Os Produtos e a Tecnologia 1.4 O Mercado Potencial 1.5 Elementos de Diferenciação 1.6 Previsão de Vendas 1.7 Rentabilidade e Projeções Financeiras 1.8 Necessidades de Financiamento 2. A EMPRESA 2.1 A Missão 2.2 Os Objetivos da Empresa Situação Planejada Desejada O Foco 2.3 Estrutura Organizacional e Legal Descrição Legal Estrutura Funcional, Diretoria, Gerência e Staff 2.4 Síntese das Responsabilidades da Equipe Dirigente - Currículos 2.5 Plano de Operações Administração Comercial Controle De Qualidade Terceirização Sistemas De Gestão 2.6 As Parcerias 3. O PLANO DE MARKETING 3.1 Análise de Mercado O Setor O Tamanho do Mercado Oportunidades e Ameaças A Clientela Segmentação A Concorrência Fornecedores 3.2 Estratégia de Marketing O Produto A Tecnologia e o Ciclo de Vida Vantagens Competitivas Planos de Pesquisa & Desenvolvimento Preço Distribuição Promoção e Propaganda Serviços ao Cliente (Venda e Pós-Venda) Relacionamento com os Clientes 4. O PLANO FINANCEIRO 4.1 Investimento Inicial 4.2 Projeção dos Resultados 4.3 Projeção de Fluxo de Caixa

19 4.4 Projeção do Balanço 4.5 Ponto de Equilibro 4.6 Análise de Investimentos Tempo de Retorno de Investimentos Payback Taxa Interna de Retorno Valor Atual Líquido Fonte: Dolabela, (2008, p.134-135) Segundo o Dornelas (2012, p. 110), não existe um tamanho ideal ou quantidade exta de páginas de um plano de negócios, o que recomenda é escrever o plano de negócios de acordo com as necessidades do público-alvo. Neste sentido, de acordo com Jian apud Dornelas (2012, p.111) existem basicamente três tipos de plano de negócios: Plano de Negócios Completo: é utilizado quando se pleiteia uma grande quantidade de dinheiro, ou se necessita apresentar uma visão completa do empreendimento. Pode variar de 15 a 40 páginas mais material anexo. Plano de Negócios Resumido: é utilizado quando se necessita apresentar algumas informações resumidas a um investidor, por exemplo, com o objetivo de chamar sua atenção para que ele lhe requisite um Plano de Negócios Completo. Devem mostrar os objetivos macros do empreendimento, investimentos, mercado e retorno sobre o investimento e deverá focar as informações específicas requisitadas. Geralmente varia de 10 a 15 páginas. Plano de Negócios Operacional: é muito importante para ser utilizado internamente na empresa pelos diretores, gerentes e funcionários. É excelente para alinhar os esforços internos em direção aos objetivos estratégicos da organização. Seu tamanho pode ser variável e depende das necessidades específicas de cada empreendimento em termos de divulgação junto aos funcionários Segundo Dornelas (2012, p.116), para que o Plano de Negócios possa se torna um instrumento eficaz de gerenciamento é importante que as informações nele existentes possam ser divulgadas à empresa internamente de forma satisfatória. 2.5 Atividade Prestação de Serviços O serviço é um conjunto de atividades realizadas por uma empresa para responder as expectativas e necessidades do cliente. Pode-se dizer que o serviço é definiddo como um bem não material. Os conceitos de Serviços: Serviços é uma atividade ou uma série de atividades de natureza mais ou menos intangível que normalmente, mas não necessariamente, ocorre em interações entre consumidores e empregados de serviços e /ou recursos físicos ou bens e/ou sistemas do fornecedor do serviço, que são oferecidos como soluções para os problemas do consumidor, de acordo com Gronross (1990 Apud Fitzsimmons & Fitzsimmons, 2010, p. 26).

20 Os Serviços são atividades econômicas oferecidas por uma parte a outra, considerando frequentemente desempenhos com base em um período de tempo para provocar resultados desejados nos próprios usuários, em objetos ou em outros bens pelo quais os compradores são responsáveis. Em troca pelo seu dinheiro, tempo, e esforço, o s clientes de serviços esperam obter valor com o acesso a bens, mão de obra, capacidades profissionais, instalações, redes e sistemas; mas normalmente eles não possuem nenhum dos elementos físicos envolvidos (Lovelock apud Fitzsimmons & Fitzsimmons, 2010. p. 26). Serviços são como toda atividade mercantil, que atenda a uma série de necessidades específicas de determinado grupo de clientes. São ações, processos e atuações, que podem ser produzidos por qualquer empresa, e não só pelas empresas de serviços, caracterizando-se pela combinação de aspectos tangíveis e intangíveis de um produto, buscando garantir a satisfação dos consumidores. Segundo Lovelock (2001, p.11), a tecnologia faz mais do que possibilitar a criação de serviços novos ou melhores. Ela também pode facilitar a reengenharia de atividades como prestação de informações, tomada de pedidos e pagamentos; aumentar a capacidade de uma empresa de manter padrões de serviço mais consistentes; permitir a criação de departamentos centralizados de atendimento ao consumidor; possibilitar a substituição de pessoas por máquinas para tarefas repetitivas; e propiciar maior envolvimento dos clientes nas operações por meio da tecnologia do auto-atendimento. 2.6 Projeções e Orçamentos O Orçamento é um instrumento utilizado para realizar o planejamento das operações e de investimentos da empresa, buscando auxiliar na tomada de decisão. p. 21): Dentre os conceitos de orçamentos utilizados na pratica conforme Zdanowicz (1995, - Orçamento é o instrumento que descreve o plano geral de operações e ou de capital orientado por objetivo e metas propostos pela alta cúpula diretiva da empresa para um determinado período; - Orçamento é a técnica de planejamento global para um determinado período de tempo, baseado em objetivos e metas traçados pela gerência superior; - orçamento é o método de planejamento e controle financeiros vinculado aos planos operacionais e/ou de investimentos, visando otimizar o rendimento de recursos físicos e monetários da empresa; - orçamento é a expressão quantitativa e qualitativa, em unidades físicas, medidas no tempo, dos valores monetários. Para Welsch apud Lunkes (2003, p. 38), define o orçamento como um plano administrativo que abrange todas as fases as operações para um período futuro definido.

21 Um orçamento é a expressão de um plano de ação futuro da administração para determinado período. Ele pode abranger aspectos financeiros e não financeiros desses planos e funciona como um projeto para a empresa seguir no período vindouro (LUNKE, 2003, p. 38). Conforme Oliveira, Perez Jr, & Silva (2005, p.131) existem três grandes grupos de orçamentos com características distintas, porém interdependentes, são elas: Orçamento econômico consiste na fixação de metas para os itens que compõem a demonstração de resultados (receitas e despesas). O ponto chave do desse planejamento é o orçamento de vendas, ele é o ponto de partida de todo o processo orçamentário. Os principais suborçamentos que compõem o planejamento econômico são: orçamento de vendas, orçamento de produção, orçamento de matéria-prima, orçamento de mão-de-obra direta, orçamento de custos indiretos de fabricação, orçamento de despesas administrativas, orçamento de despesas comerciais e de despesas financeiras. Orçamento Financeiro consiste na elaboração de suborçamentos das atividades que influenciam o fluxo de caixa. O planejamento financeiro permite à empresa obter as informações antecipadas quanto à necessidade ou disponibilidade de recursos financeiros, o que beneficia a tomada de decisões sobre os fatores que interferem no gerenciamento do fluxo de caixa. Os principais suborçamentos que compõem o planejamento financeiro são: orçamento de contas a pagar, orçamento de contas a receber, orçamento de aplicações, orçamento de empréstimos e orçamento de caixa. Orçamento de Capital - consiste na elaboração das estimativas de investimentos, principalmente em imobilizado, que serão utilizados para geração de receitas futuras, portanto, precisam ser depreciados ou amortizados. Para Brookson apud Lunkes (2003, p.41), os seis objetivos principais do orçamento conforme quadro 02: Quadro 2: Os seis objetivos principais do Orçamento. Objetivos PLANEJAMENTO COORDENAÇÃO COMUNICAÇÃO MOTIVAÇÃO CONTROLE AVALIAÇÃO Fonte: Brookson apud Lunkes (2003, p.41) Descrição Auxiliar a programar atividades de um modo lógico e sistemático que corresponda à estratégia de longo prazo da empresa. Ajudar a coordenar as atividades das diversas partes da organização e garantir a consistência dessas ações. Informar mais facilmente os objetivos, oportunidades e planos da empresa aos diversos gerentes de equipes. Fornecer estímulo aos diversos gerentes para que atinjam metas pessoais e da empresa Controlar as atividades da empresa por comparação com os planos originais, fazendo ajuste onde necessário. Fornecer bases para a avaliação de cada gerente, tendo em vista suas metas pessoais e as de seu departamento. Segundo mesmo autor, é ordenado de forma diferente os objetivos quando afirma que os orçamentos são essenciais para o planejamento e o controle da empresa. Ajuda a coordenar

22 as ações dos líderes de diferentes áreas, estabelecem um compromisso com os objetivos da empresa, conferem autoridade ao gestor de cada área para fazer despesas e fornecer metas claras de receitas. O orçamento é utilizado à técnica de projeções para gerar as informações necessárias na peça orçamentária, para orientar a direção da empresa no processo de tomada de decisão. É através desta importante ferramenta que os gestores poderão visualizar as medidas que deverão ser executadas, bem como as expectativas a respeito do futuro da empresa. As decisões importantes, quando embasadas no planejamento e nos controles financeiros, têm grande possibilidade de serem eficazes e de alcançarem êxito na empresa. 2.7 Indicadores de Viabilidade Os indicadores de viabilidade são ferramentas da área de custos, onde é utilizado nas decisões gerenciais que evidenciam as análises de custo/volume/lucro, demonstrando os resultados de forma gráfica ou matemática as relações entre as vendas, os custos e o lucro que a empresa teve no período, ou o lucro que a empresa deseja alcançar. Os indicadores de viabilidade são: margem de contribuição, ponto de equilíbrio e margem de segurança. A margem de contribuição representa o quanto à empresa tem para pagar as despesas fixas e gerar o lucro líquido, ou seja, é margem bruta obtida pela venda de um produto que excede seus custos variáveis unitários. Conforme Padoveze (2010, p.376), a margem de contribuição: Representa o lucro variável. É a diferença entre preço de venda unitário do produto e os custos e despesas variáveis por unidade de produto. Significa que em cada unidade vendida a empresa lucrará determinado valor. Multiplicado pelo total vendido, teremos a contribuição marginal total do produto para a empresa. Segundo Crepaldi (2008, p.229), a margem de contribuição expressa, em última estância, potencial de cada elemento em gerar recursos para fazer face ao custo estrutural da empresa, e é calculada a margem de contribuição da seguinte forma: Preço de Venda Unitário (-) custo da mercadoria vendida (-) despesas de distribuição (=) Margem de contribuição unitária.

23 A importância da Margem de contribuição é fundamental para decisões de curto prazo, é uma possibilidade de inúmeras de analises objetivando a redução dos custos, bem como políticas de incremento de quantidade de vendas e redução dos preços unitários de venda dos produtos e serviços. Para Padoveze (2010, p.376), o ponto de equilíbrio: Evidencia, em termos quantitativos, qual é o volume que a empresa precisa produzir ou vender para que consiga pagar todos os custos e despesas fixas, além dos custos e despesas variáveis que ela tem necessariamente que incorrer para fabricar/vender o produto. No ponto de equilíbrio não há lucro ou prejuízo. A partir de volumes adicionais de produção ou venda, a empresa passa a ter lucros a informação do ponto de equilíbrio da empresa, tanto do total global, como por produto individual, é importante porque identifica o nível mínimo de atividade em que a empresa ou cada divisão deve operar. O Ponto de Equilíbrio é a diferença entre o preço de venda unitário do produto e os custos e despesas variáveis por unidade do produto. Isto significa que, em cada unidade vendida, a empresa terá um determinado valor de lucro. Multiplicado pelo total das vendas, teremos a contribuição marginal total do produto para o lucro da empresa. Em outras palavras, Ponto de Equilíbrio significa o faturamento mínimo que a empresa tem que atingir para que não tenha prejuízo, mas que também não estará conquistando lucro neste ponto. Segundo Crepaldi (2008), a expressão ponto de equilíbrio, é a tradução do termo Breakevenpoint, e refere-se ao nível de venda em que não há nem lucro e nem prejuízo, ou seja, onde o total dos custos se iguala ao total das receitas. Conforme a necessidade de informações e da fórmula como é calculado o ponto de equilíbrio, pode ser dividido em Ponto de Equilíbrio Contábil, Ponto de Equilíbrio Econômico e Ponto de Equilíbrio Financeiro: Ponto de Equilíbrio Contábil (PEC un). = Custos Fixos (R$) / Margem de Contribuição Unitária (R$) Ponto de Equilíbrio Econômico (PE econ.) = Custos Fixos (R$) + lucros desejado (R$) / margem de contribuição unitária (R$) Ponto de Equilíbrio Financeiro (PE fin.) = Custos Fixos Depreciações + Dívidas do período / Margem de Contribuição Unitária Segundo Wernke (2008, p.49), o gestor necessita saber qual o valor de atividade é o suficiente para que a empresa não tenha prejuízos. Ou ainda, qual o nível de produção (ou vendas) deve ser atingido para que a empresa alcance lucro desejado pelos acionistas. Ainda, o mesmo autor relata que o ponto de equilíbrio é representado pelo nível de vendas em que a empresa opera sem lucro ou prejuízos, ou seja, o numero de unidades

24 vendidas no ponto de equilíbrio é o suficiente para a empresa pagar seus custos fixos e variáveis, sem gerar lucro. E a Margem de Segurança, conforme Wernke (2008, p.62), é o volume de vendas que supera as vendas calculadas no ponto de equilíbrio. Ou seja, representa o quanto as vendas podem cair sem que haja prejuízo para empresa. Para Bruni e Famá (2004, p. 262), a margem de segurança consiste na quantia ou índice das vendas que excedem o ponto de equilíbrio da empresa. Representa o quanto as vendas podem cair sem que a empresa incorra prejuízos. A Margem de segurança pode ser expressa quantitativamente, em unidades físicas ou monetárias, ou sob a forma percentual. Para obtenção da margem de segurança pode ser utilizadas as seguintes fórmulas: Margem de segurança em valor (R$) = vendas efetivas (R$) Vendas no ponto de equilíbrio (R$) Margem de segurança em unidades = vendas efetivas Vendas no ponto de equilíbrio Margem de segurança em percentual (%) = margem de segurança (R$) / Vendas Totais (R$) A Margem de Segurança Operacional corresponde à quantidade de produtos ou valor de receita em que se opera acima do Ponto de Equilíbrio. Pode ser representada pela seguinte fórmula: MSO = Volume de Unidades Vendidas (-) Quantidade no Ponto de Equilíbrio Quanto maior for a MSO, maior a capacidade de geração de lucro e também, maior a segurança de que a empresa não incorrerá em prejuízos. 2.8 Métodos de Análise de Investimentos Análise de investimento se envolve as decisões acerca da aplicação de recursos com prazos geralmente longos, objetivando trazer retorno aos investidores ou proprietários deste capital. Para Souza (2003, p.68), o investimento constitui a troca de algo certo (recursos econômicos) por algo incerto (fluxos de caixa a serem gerados pelo investimento no futuro). Segundo Woiler e Mathias apud Souza (2003, p. 69), projeto de investimento é definido como:

25 O conjunto de informações interna e ou externas á empresa, coletadas e processadas com o objetivo de analisar-se (e, eventualmente, implantar-se) uma decisão de investimento. Nestas condições, o projeto não se confunde com as informações, pois ele é entendido como sendo um modelo que, incorporando informações qualitativas, procura simular a decisão de investir e suas aplicações. Os índices ou indicadores financeiros têm como objetivo medir a situação financeira da empresa. Sendo que os principais métodos de investimentos são: Tempo de Retorno de Investimentos Payback, Valor Presente Líquido (VPL) e Taxa Interna de Retorno (TIR). O Tempo de Retorno de Investimento, ou seja, também é conhecido como Paybak, conforme Souza (2003, p.74): É um indicador que mostra o prazo de retorno do investimento total de recursos financeiros aplicados no empreendimento. Esse método é útil na análise de projetos, para a mensuração do risco. Para as empresas que elaboram os projetos de investimentos de capital e decidem por sua implantação (ou não), quando o prazo de retorno dos investimentos for inferior ao padrão preestabelecido pela instituição, o projeto será aprovado. Se esse prazo de retorno for superior ao período máximo definido pela empresa, o projeto será rejeitado. Segundo Santos (2001, p.150), Tempo de Retorno estima-se quando tempo ocorrerá a recuperação do capital investido em função do luxo de caixa gerado. São usados para avaliar quanto tempo o valor investido inicialmente será recuperado pela empresa. É usado na tomada de decisões da empresa. Quanto menor for o período de playback, menor o tempo que a empresa precisa esperar para obter lucro. O Valor presente Líquido (VPL) de um investimento é igual ao valor presente do fluxo de caixa líquido, sendo, portanto, um valor monetário que representa a diferença entre as entradas e saídas de caixas trazidas a valor presente (SANTOS, 2001, p.151). A fórmula: n VPL(i) FCj/(1 + i) j j=0 Onde, i é a taxa de desconto; j é o período genérico (j = 0 a j = n), percorrendo todo o fluxo de caixa; FCj é um fluxo genérico para t = (0... n) que pode ser positivo ( receita) ou negativo (custos); VPL (i) é o valor presente líquido descontado a uma dada taxa i; e n é o número de períodos. Segundo Souza (2003, p.74), o VPL corresponde à diferença entre o valor presente das entradas líquidas de caixa associadas o projeto e o investimento inicial necessário. Traz o fluxo de entradas e saídas de caixa para o momento 0 (zero). Se o valor presente dos futuros fluxos de caixa projetados for maior que o investimento inicial feito pela mesma, o VPL será

26 positivo, viabilizando o projeto, caso contrário, ela não deve aceitar o projeto, pois não irá obter lucro. E a Taxa Interna de Retorno (TIR) é o percentual de retorno obtido sobre o saldo do capital investido e ainda não recuperado. Matematicamente, a taxa interna de retorno é a taxa de juros que iguala o valor presente das entradas de caixa ao valor presente das saídas de caixa (SANTOS, 2001, p. 151). A Taxa Interna de Retorno (TIR) é a taxa que iguala as entradas de caixa ao valor a ser investido em um projeto, ou seja, que iguala o VPL à zero. Conforme Souza (2003, p.75), representa a taxa que torna o valor presente das entradas de caixa associadas ao projeto inicia. A fórmula matemática: n FCj. {1/(1 + i)} j = 0 j 0 Onde, I é a taxa de retorno, ou TIR FCj é um fluxo de caixa qualquer, genérico, para j = ( 0; n ) Unidade é dada em % ao ano, ou % ao mês. Quando a Taxa Interna de Retorno de um projeto de investimento for maior que sua Taxa Mínima de Atratividade (TMA), este investimento pode ser considerado lucrativo. Contudo se ocorrer o inverso, ou seja, se a TIR for menor que a TMA, este investimento não é lucrativo, pois não compensará o custo de oportunidade da empresa. É uma possibilidade para o empresário ter noção da taxa necessária para se chegar a um paralelo entre o investimento, e o retorno futuro. 2.9 Fluxo de Caixa O Fluxo de Caixa é a demostração das entradas e das saídas de caixa de uma entidade em um determinado período estabelecido. Segundo Assaf e Silva (2002, p.39), o Fluxo de caixa é como instrumento que possibilita o planejamento e o controle dos recursos financeiro de uma empresa. Geralmente, é dispensável ainda em todo o processo de tomada de decisão. Para Zdanowicz (1995, p. 35), o fluxo de caixa:

27 Represnta o movimento de numerario diario da empresa, em função dos impressos e dos desembolsos de caica. Deve-se ratificar que o disponivel é um dos principais subgrupos do balanço Patrimonial, pois informa o montante de recursos existentes na empresa, em determinado periodo. Quando a empresa pretende honrar uma obrigaçoes com terceiros, ela precisa saber, se na data do vencimento terá o dinheiro disponível para saldar o compromisso. Nesses termos, o centro de interesse estará voltado para o disponível, ou seja, os saldos de caixa, bancos e aplicações finaceiras da empresa. Assaf e Silva (2002, p.39) ressaltam que o Fluxo de caixa: É fundamental importância para empresas, constituindo-se numa indispensável sinalização dos rumos financeiros dos negócios. Para se manterem em operação, as empresas devem liquidar corretamente seus vários compromissos, devendo como condição básica apresentar o respectivo saldo em seu caixa nos momentos dos vencimentos. A Insuficiência de caixa pode determinar cortes nos créditos, suspensão de entregas de materiais e mercadorias, e ser causa de uma série descontinuidade em suas operações. Conforme Pizzutti (2005, p. 48), o modelo de fluxo de caixa para a projeção e o controle financeiro: Quadro 3: Modelo de Fluxo de Caixa mensal NOME DA EMPRESA 1- SALDO INICIAL 2- ENTRADAS DE CAIXA Valores a receber de clientes + vendas a vista 3-SAÍDAS DE CAIXA Salários a pagar, encargos a pagar, duplicatas a pagar e despesas do mês a pagar. 4-SALDO FINAL (saldos+entradas-saidas) 5-APLICAÇÕES FINANCEIRAS (Saidas de caixa) 6-APLICAÇÕES FINANCEIRAS (Retorno ao caixa) 7-EMPRÉSTIMOS (Entradas ao caixa) 8-EMPRÉSTIMOS (Saidas por amortizações) 9-SALDO FINAL ((4+5+6+7-8) Fonte: (Pizzutti, 2005, p. 48). MÊS 1 MÊS 2 Assaf e Silva (2002) apontam como principais finalidades do fluxo de caixa informar a capacidade da entidade para liquidar seus compromissos perante terceiros, bem como permitir o planejamento de contratações de financiamentos, maximização dos rendimentos das aplicações das sobras de caixa, além de permitir a avaliação do impacto financeiro tanto das variações nos custos quanto das vendas.