Álgebra Linear. Transformações Lineares

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Transcrição:

Álgebra Linear Transformações Lineares

Fórmulas e Resumo Teórico Para fins gerais, considere V um espaço vetorial e uma transformação T: V W. Propriedades de Transformações Lineares - T é linear se: Para quaisquer u, v V. I T u + v = T u + T(v) II T λu = λt u III T 0 0 = 0 1 Núcleo de uma Transformação - Define-se o núcleo por: Ker T = todos v V T v = 0 1 Em outras palavras, são todos os vetores que levam no zero. Imagem de uma Transformação - Define-se imagem por: Im T = todos w W existe um v V tal que T v = w Teorema do Núcleo e da Imagem - Ele se refere às dimensões dos espaços envolvidos. dim V = dim Ker T + dim Im T Onde V é o domínio da transformação. Injetividade - Diz-se que uma transformação é injetora se, e somente se: Para u v T u T(v) Ou seja, não podemos ter imagens repetidas. - Isso equivale a dizer que: T é injetora dim Ker T = 0 1

Sobrejetividade - Dizemos que T é sobrejetora se, e somente se: Im T = W dim Im (T) = dim W Operadores Lineares - São transformações que sai e chegam no mesmo espaço, ou seja, são do tipo: T: V V Para eles, temos algumas condições especiais: T é injetora T é sobrejetora T é bijetora Se preferir, pode pensar que: se um operador é alguma dessas coisas acima, ele é, automaticamente, todas elas ao mesmo tempo. Operador Identidade - Esse é o operador que não faz nada (na verdade, ele é um dos mais úteis). Ele toma um vetor e leva nele próprio. Pode escrever assim: I: V V v v Matriz de uma Transformação - Essa matriz é um jeito de codificar a transformação. Tome T: V W, com B sendo uma base de V e C sendo uma base de W. Seja então: B = v Q, v R,, v T e C = w Q, w R,, w U O algoritmo de construção da matriz é: (I) Tome as imagens dos vetores da base B T v Q = u Q,, T v T = u T (II) Decomponha os vetores das imagens na base C u Q = α Q w Q + + α U w U, u R = β Q w Q + + β U w U,, u T = γ Q w Q + + γ U w U 2

(III) Bote os escales obtidos nas colunas na ordem crescente (u Q primeiro): T Z[ = α Q β Q γ Q α R β R γ R α U β U γ U Repare nos seguintes fatos: (I) T Z[ tem tamanho m n, ou seja, ela tem tantas linhas quantos vetores (II) da base de chegada C (tínhamos m vetores) e tantas colunas quantos vetores da base de saída B (tínhamos n vetores). A matriz trabalha com os ESCALARES que multiplicam os vetores das bases e não com os vetores propriamente ditos. (III) A matriz é SUSCETÍVEL à escolha de bases. Utilização da Matriz de uma Transformação - A matriz serve para que possamos computar a transformação da seguinte maneira: T v [ = T Z[ v Z Com B = v Q, v R,, v T e C = w Q, w R,, w U. É necessário notar que v Z corresponde às coordenadas do vetor v na base B. Então, se: v = α Q v Q + + α T v T Temos que: v Z = α Q α R α T 3

Encontrando o Núcleo através da Matriz - O núcleo corresponde aos vetores que levam no zero. Para encontra-lo usando a matriz, basta escrever o vetor v como uma incógnita do tipo: v = x Q, x R,, x T Z. Então, igualamos tudo a zero e teremos um sistema linear homogêneo: T Z[ v Z = T v [ α Q β Q γ Q α R β R γ R α U β U γ U x Q x R x T Z = 0 0 0 [ α Q x Q + β Q x R + + γ Q x T = 0 α R x Q + β R x R + + γ R x T = 0 α U x Q + β U x R + + γ U x T = 0 Ao final, você encontrará condições para as variáveis x Q, x R,, x T. Então, você pode escrever o conjunto gerador do núcleo. Encontrando a Imagem através da Matriz - O conjunto gerador da imagem corresponde às imagens dos vetores da base de saída B. Para encontra-lo usando a matriz, basta tomar cada vetor da base escrito nela própria. Repare agora que se B = v Q, v R,, v T podemos concluir que: v Q = 1, 0,,0 Z, v R = 0, 1,,0 Z,, v T = 0, 0,,1 Z Isso pois um vetor da base, escrito nela própria é uma vez ele próprio. Então podemos tomar cada uma das imagens e o conjunto de todas elas será o conjunto gerador da Imagem. Logo: Im T = T v Q, T v R,, T v T 4

Transformação Inversa - Do mesmo modo que fazemos as transformações, podemos querer desfazê-la. Há algumas condições que devemos ter em mente. Seja T uma transformação. Temos que: T é invertível T é bijetora T é invertível T Z[ é invertível Ou seja, a transformação é invertível se, e somente se, sua matriz com respeito a quaisquer bases B e C também for invertível. Mas sabemos da teoria de matrizes que: T Z[ é invertível det T Z[ 0 Para operadores lineares (transformações do tipo T: V V), temos algo interessante. Como para operadores vale que: Concluímos que: T é injetora T é sobrejetora T é bijetora T é invertível T é injetora dim Ker T = 0 Operações com Transformações - Podemos realizar operações com as transformações. Podemos multiplica-las por escalares e somar transformações. Para exemplificar, tome as transformações S: V W e T: V W. É importante que o domínio e contradomínio de ambas coincidam. Define-se as operações de soma e multiplicação por escalar do seguinte modo: - Soma: S + T v = S v + T(v) - Multiplicação por escalar: λt v = λt(v) 5

Podemos ainda tomar conclusões a respeito das matrizes. Considere que escrevemos as matrizes S Z[ e T Z[. Conclui-se que: S + T Z[ = S Z[ + T Z[ λt Z[ = λ T Z[ Composição de Transformações - A única operação que resta fazer com transformações é a composição. Tomamos a composição assim como fazemos com funções. Então, dizemos que: S T v = S T v Traduzindo isso de modo prático, definiremos T: U V e S: V W. Tome ainda as bases B, C e D para os espaços U, V e W, respectivamente. Obtemos, então, o seguinte diagrama: Para obter a matriz da transformação composta, fazemos a seguinte operação: S T Zi = S Zi T Z[ Obs: Se você, alguma vez, já se perguntou por que as matrizes são multiplicadas do jeito que são, a resposta esta aí em cima. A multiplicação de matrizes é definida do jeito que é para que essa equação de cima valha. Tão bonitinho isso J! 6

Exemplo Resolvido Tomarei uma transformação e calcularei TUDO que é possível ser calculado. Seja: T: R k R R x, y, z x + 2z, x + 2y z (I) Verificando que T é linear - Primeiro devemos ver que T u + v = T u + T(v). Tomemos u = (a, b, c) e v = (x, y, z). Temos que: T(u) = (a + 2c, a + 2b c) T(v) = (x + 2z, x + 2y z) Ainda: u + v = (a + x, b + y, c + z). Verificaremos que: T u + v = T a + x, b + y, c + z T(a + x, b + y, c + z) = ((a + x) + 2(c + z), (a + x) + 2(b + y) (c + z)) T(a + x, b + y, c + z) = (a + x + 2c + 2z, a + x + 2b + 2y c z) Note que T u + v = T u + T v. - Agora, devemos ver que T λv = λt v. Tomemos v = (x, y, z). Temos que: T(v) = (x + 2z, x + 2y z) Mas: λv = (λx, λy, λz). Então: T λv = T(λx, λy, λz) = (λx + 2(λz), (λx) + 2(λy) (λz)) T λv = λ x + 2z, λ x + 2y z = λ x + 2z, x + 2y z = λt v 7

Acabamos de ver então que: T λv = λt v. Como atendemos às duas propriedades, T é linear! (II) Encontrando Núcleo e Imagem - Para encontrar o núcleo, basta zerar o resultado da transformação. Temos que T x, y, z = x + 2z, x + 2y z. Logo, T x, y, z = 0,0 se, e somente se: x + 2z = 0 x + 2y z = 0 Monta-se a matriz desse sistema linear e escalona-se: 1 0 2 1 2 1 1 0 2 0 2 3 x + 2z = 0 2y 3z = 0 x = 2z y = 3 2 z Repare que escrevemos x e y em função de z (variável livre do sistema). Podemos então dizer que: Ker T = x, y, z = 2z, 3 z, z 2 Botando z em evidência, teremos: Ker T = 2, 3 2, 1 - Para encontrar a imagem, basta calcular a imagem dos vetores de uma base do espaço de saída. Como estamos em R k, tomarei a base canônica B = 1,0,0 ; 0,1,0 ; 0,0,1. Lembrando que T x, y, z = x + 2z, x + 2y z, teremos: 8

T 1,0,0 = 1 + 2.0, 1 + 2.0 0 = 1,1 T 0,1,0 = 0 + 2.0, 0 + 2.1 0 = 0,2 T 0,0,1 = 0 + 2.1, 0 + 2.0 1 = 2, 1 Podemos escrever então que: Im T = 1,1 ; 0,2 ; 2, 1 Repare que isso não é uma base de Im T, pois o conjunto é LD. Podemos retirar o terceiro vetor, para obtermos uma base da imagem, de modo que obteremos: Im T = 1,1 ; 0,2 (III) Teorema do Núcleo e da Imagem - Note agora como esse teorema funciona. O espaço de saída é R k e dim R k = 3. Vimos que: Ker T = 2, 3, 1 2 dim Ker T = 1 Im T = 1,1 ; 0,2 dim Im T = 2 Constatamos então que: dim R k = dim Ker T + dim Im T (IV) Construindo Matriz da Transformação - Para construirmos essa matriz, precisaremos de duas bases. Tomarei uma escolha arbitrária: B = 1,0,0 ; 0,1,0 ; 0,0,1 e C = 1,2 ; 0,1 9

O primeiro passo era tomar as imagens de cada um dos elementos da base de saída (base B, pois é a correspondente ao R k ). Já calculamos isso e vimos que: T 1,0,0 = 1,1, T 0,1,0 = 0,2, T 0,0,1 = 2, 1 Precisamos agora decompor essas imagens na base de chegada (base C). É fácil ver que: T 1,0,0 = 1,1 = 1. 1,2 + 1. 0,1 T 1,0,0 = 1, 1 Z T 0,1,0 = 0,2 = 0. 1,2 + 2. 0,1 T 0,1,0 = 0, 2 Z T 0,0,1 = 2, 1 = 2. 1,2 + 5. 0,1 T 0,0,1 = 2, 5 Z Escrevemos, então, os respectivos escalares nas colunas, na ordem tomada na base. Teremos: T Z[ = 1 0 2 1 2 5 (V) Obtendo o Núcleo pela Matriz da Transformação - Para encontrar o núcleo desta forma, basta utilizarmos a igualdade: T v [ = T Z[ v Z Teremos que zerar a resposta, de modo que ficamos com: 1 0 2 1 2 5 x y z B = 0 0 C x + 2y = 0 x + 2y 5z = 0 Resolvendo por escalonamento, teremos: 1 0 2 1 2 5 1 0 2 0 2 3 x + 2z = 0 2y 3z = 0 x = 2z y = 3 2 z 10

Não esqueçam que já calculamos o núcleo anteriormente e caímos EXATAMENTE neste mesmo sistema. É evidente que o núcleo é o mesmo (calculado de ambas as formas). Então, verificamos de novo que: Ker T = 2, 3 2, 1 (VI) Obtendo a Imagem de um Vetor Qualquer pela Matriz Imagine que temos o vetor de R k v = (1,3,5). Para obtermos a imagem dele utilizando a matriz precisamos, primeiro, decompô-lo na base de saída B. Como essa é a base canônica, teremos que v = 1,3,5 = 1,3,5 Z. Então, multiplicamos essas coordenadas pela matriz da transformação: T v [ = 1 0 2 1 2 5 1 3 5 B = 11 20 C Obtivemos então que: T v = 11, 20 [. Essas são as coordenadas da imagem. Para obtermos o vetor resposta, devemos multiplicar esses escalares pelos vetores da base C. Como sabemos que a base é C = 1,2 ; 0,1, teríamos: T v = 11, 20 [ = 11. 1,2 + 20. 0,1 = 11, 2 Como lembramos da expressão da transformação original T x, y, z = x + 2z, x + 2y z, podemos verificar: T v = T 1,3,5 = 1 + 2.5,1 + 2.3 5 = (11,2) Acabamos de constatar que tudo funciona J! 11

(VII) Compondo com outra transformação - Para compor a nossa transformação T com outra transformação S, é NECESSÁRIO que a dimensão do espaço de saída de S coincida com a dimensão do espaço de chegada de T. Ou seja, como T: R k R R, temos que S: V W com a exigência de que dim V = 2 = dim R R. Para exemplificar, tomaremos: S: R R R R x, y x + 3y, 3x + y Lembrem-se que construímos a matriz T Z[. Então, devemos construir a matriz S [i, onde C é base do espaço de chegada de T que deve coincidir com a base do espaço de saída de S. Todavia, D é uma base de escolha arbitrária. Tomaremos o seguinte: C = 1,2 ; 0,1 e D = 1,0 ; 0,1 Calculemos as imagens dos vetores de C por S: S 1,2 = 1 + 3.2, 3.1 + 2 = 7,5 S 0,1 = 0 + 3.1, 3.0 + 1 = 3,1 Como D é a base canônica de R R, teremos que: S 1,2 = 7,5 = 7,5 i S 0,1 = 3,1 = 3,1 i Obtemos, então, que: S [i = 7 3 5 1 Para calcular a composição S T Zi basta fazer: S T Zi = S [i T Z[ S T Zi = 7 3 5 1 1 0 2 1 2 5 = 4 6 1 4 2 5 12