Palavras-Chave: Licitação. Habilitação. Licitação Eletrônica.

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Transcrição:

LICITAÇÃO ANJO, Alessandro Kiihl porks11@hotmail.com Acadêmico do 2º ano de Ciências Contábeis MONTANHER, Jennifer da Silva jenniferdasilvamontanher@hotmail.com Acadêmico do 2º ano de Ciências Contábeis CAVICHIOLLI, Denize denize-gcu@hotmail.com Profª. Orientadora, Mestre RESUMO: Este artigo tem por objetivo demonstrar o quanto as licitações são essenciais e eficientes para quem promove ou participa delas. Para realização desse estudo, optou-se pela pesquisa bibliográfica e informações retiradas da internet. Estrutura-se o trabalho sob os entendimentos dos especialistas no assunto, a Maria Sylvia Zanella di Pietro, Adriana Maurano, Celso Antônio Bandeira de Mello, Efraim Turban e Paulo Afonso Brum Vaz, para tanto recorremos as seguintes obras, Direito Administrativo (DI PIETRO), A instituição do pregão para aquisição de bens e contratação de serviços comuns (MAURANO), Curso de Direito Administrativo (MELLO), Tecnologia da Informação para Gestão: Busca de um Melhor Desempenho Estratégico e Operacional (TURBAN) e Linhas gerais e aspectos destacados (VAZ), além desses autores citados, foram retirados dados do Diário Oficial da União, da Junta Comercial do Paraná, dos sites ConLicitação, Endeavor Brasil e Jusbrasil, observa-se neste trabalho que as licitações vem evoluindo desde o antigo Código da Contabilidade da União com o objetivo de maior eficiência nas contratações públicas. Palavras-Chave: Licitação. Habilitação. Licitação Eletrônica. 1 INTRODUÇÃO Os processos de licitações vieram sofrendo alterações nas leis que tratam sobre o assunto conforme os anos e desse modo possibilitou maior número de empresas licitando, consequentemente o processo se tornou mais viável e mais facilitado, tendo em vista a opção de escolha de modalidades que será tratado no presente trabalho, que tem por objetivos o estudo e o entendimento das licitações.

O trabalho foi dividido em três seções, introdução, desenvolvimento e considerações finais, sendo que o desenvolvimento é separado em três partes. Na primeira fala sobre a história e conceito da licitação, e que trata também do tema objetivo da licitação, na segunda parte falará sobre modalidades de licitação que se estende pelo tema compra sem licitação e na terceira parte tratará sobre licitações eletrônicas que está subdividida em quatro temas, sendo eles: edital e a sua importância, realizador de licitações, habilitação e o último que é objetivo do contrato social. A metodologia utilizada para fazer o presente trabalho foi baseada em pesquisa bibliográfica e informações retiradas da internet. 2 DESENVOLVIMENTO 2.1 HISTÓRIA E CONCEITO DA LICITAÇÃO A licitação provém do latim licitatione, derivado de licitatio ou licitationis, Segundo Vaz (1998), o seu significado é venda por lances e arrematação. Segundo Mello (1998) licitação é um procedimento administrativo pelo qual uma pessoal, pretendendo alienar, adquirir ou locar bens, realizar obras ou serviços Maurano (2005) diz que a história da licitação já vem de muito tempo atrás: A licitação foi introduzida no direito público brasileiro há mais de cento e cinquenta anos, pelo Decreto nº 2.926, de 14.05.1862, que regulamentava as arrematações dos serviços a cargo do então Ministério da Agricultura, Comercio e Obras Públicas. Após o advento de diversas outras leis que trataram, de forma singela, do assunto, o procedimento licitatório veio, a final, a ser consolidado, no âmbito federal, pelo Decreto nº 4.536, de 28.01.22, que organizou o Código de Contabilidade da União (arts. 49-53). O processo de licitação vem evoluindo desde o antigo Código de Contabilidade da União, de 1922, com o objetivo de conferir maior eficiência às contratações públicas.

Através do Decreto-Lei nº 200, de 25.02.67 (art. 125 a 144) foi estabelecido para reforma administrativa federal, que foi estendido com a edição da Lei nº 5.456, de 20.06.68, às Administrações dos Estados e Municípios, é um processo administrativo responsável pela escolha da empresa apta a ser contratada pela administração pública para o fornecimento de seus produtos e/ou serviços. 2.1.1 Objetivo da licitação Segundo o site Jusbrasil (2016), o principal objetivo da licitação é escolher as melhores propostas e mais vantajosas para os órgãos públicos, ou seja, conseguir melhores produtos com menores preços. No art. 37, inciso XXI do ordenamento brasileiro, em sua Constituição Federal de 1988 para toda aquisição e/ou alienação de bens e contratações de serviços realizados pela administração pública no exercício de suas funções tornouse obrigatório a licitação. O procedimento licitatório deve observar os seguintes princípios: a) Moralidade: comportamento escorreito, liso e honesto da Administração. b) Impessoalidade: proibição de qualquer critério subjetivo, tratamento diferenciado ou preferência, durante o processo licitatório para que não seja frustrado o caráter competitivo desta. c) Legalidade: disciplina a licitação como uma atividade vinculada, ou seja, prevista pela lei, não havendo subjetividade do administrador. d) Probidade: estrita obediência às pautas de moralidade, incluindo não só a correção defensiva dos interesses de quem a promove, bem como as exigências de lealdade e boa-fé no trato com os licitantes. e) Publicidade: transparência dos atos da Administração Pública.

f) Julgamento objetivo: vedação da utilização de qualquer critério ou fator sigiloso, subjetivo, secreto ou reservado no julgamento das propostas que possa elidir a igualdade entre os licitantes. Artigo 44, da Lei 8666/93. g) Vinculação ao Instrumento Convocatório: respeito às regras estabelecidas no edital ou na carta-convite artigo 41, Lei 8666/93 h) Sigilo das propostas: é um pressuposto de igualdade entre os licitantes. O conteúdo das propostas não é público, nem acessível até o momento previsto para sua abertura, para que nenhum concorrente se encontre em situação vantajosa em relação aos demais. i) Competitividade: o procedimento de licitação deve buscar o melhor serviço pelo menor preço. 2.2 MODALIDADES DE LICITAÇÃO Atualmente no Brasil, as licitações possuem seis tipos de modalidades previstas nas leis 8.666/1993 e Lei 10520/02 que são: Concorrência Pública tomada de preços, convite, concurso, pregão eletrônico e leilão. A Concorrência exige requisitos de habilitação (exigidos no edital), na fase inicial, comprovados documentalmente, ela ocorre quando se trata de concessão de direito real de uso, de obras ou serviços públicos, na compra e venda de imóveis (bens públicos), licitações internacionais. A Tomada de preços é a espécie que necessita comprovar os requisitos para participar da licitação até o terceiro dia anterior ao término do período de proposta, nesse caso precisa de um certificado do registro cadastral (CRC). O Convite é a modalidade mais simples, pois não requer publicação de edital, os interessados sejam cadastrados ou não, são escolhidos e convidados em número mínimo de três licitantes e os demais interessados que não forem

convidados, poderão comparecer e demonstrar interesse com vinte e quatro horas de antecedência à apresentação das propostas. No Concurso ocorre a escolha de trabalho científico, artístico, ou técnico com prêmio ou remuneração aos vencedores, conforme o edital publicado na imprensa oficial com antecedência mínima de quarenta e cinco dias e a escolha do vencedor será feita por uma comissão julgadora especializada na área. A modalidade de licitação denominada Leilão não se confunde com o leilão mencionado no Código de Processo Civil. Esta espécie licitatória versa sobre a venda de bens inservíveis para a Administração Pública, de mercadorias legalmente apreendidas, de bens penhorados (dados em penhor direito real constituído ao bem) e de imóveis adquiridos pela Administração por dação em pagamento ou por medida judicial. O Pregão foi instituído pela lei 10520/02, e versa sobre a aquisição de bens e serviços comuns (serviços cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos pelo edital). FIGURA 1: Modalidades de Licitação Fonte: Jusbrasil (2016). 2.2.1 Compras sem licitação

A Administração Pública é obrigada a fazer licitação, mas como para toda regra existe a exceção, a lei 8.666/93 também diz que a licitação pode ser dispensável, desde que tenha justificativa suficiente para que não seja necessária a licitação, ela pode fazer compra sem licitação nos seguintes casos: a) Compras com valor de até R$ 8.000,00 (ou R$ 15.000,00 para obras e serviços de engenharia); b) Em caso de guerra; c) Em caso de emergência ou calamidade pública; órgãos; d) Contratação de empresa para desenvolvimento institucional dos e) Restauração de obras de arte e objetos históricos; f) Contratação de associações sem fins lucrativos. g) Dispensa e Inexigibilidade de Licitação. A inexigibilidade não há possibilidade de competição, porque só existe um objeto ou uma pessoa que atenda às necessidades da Administração, sendo que nos casos de dispensa a possibilidade de competição existe, no entanto, a lei faculta a dispensa do processo licitatório deixando a decisão à Administração, no exercício de sua competência discricionária. 2.3 LICITAÇÕES ELETRÔNICAS Segundo Turban (2010), licitação eletrônica é o uso das tecnologias da Internet para fornecer serviços ou comprar mercadorias. É exigido o uso de sistemas de banco de dados integrados, sistemas de comunicações de rede remota, sistemas baseados na Web, sistemas de estoque e interação com os sistemas contábeis para participar de licitação eletrônica.

Segundo DI PIETRO (2015), o pregão é uma modalidade de licitação, instituída pela Lei 10.520 de 2002 pelo governo brasileiro para a contratação de bens e serviços independentemente de valor estimado. Ela reduz os preços de compra por meio de uma melhor transparência dos preços praticados pelo mercado e custos de pesquisa mais baixos, a licitação eletrônica permite às organizações que compram produtos semelhantes formar uma cooperativa na cadeia de suprimentos a fim obter preços significativamente mais baixos via descontos em volume. As organizações podem utilizar sistemas de licitação eletrônica para padronizar os processos de compras dentro da organização, aprimorando assim a satisfação interna dos funcionários. 2.3.1 Edital e a sua importância nas Licitações Eletrônicas Segundo o portal ConLicitação (2016), cada licitação tem o seu respectivo edital, ele é o mais importante, pois é um documento onde estarão todas as regras que serão observadas pela Comissão de Licitação e quando for o caso pelo Pregoeiro. O edital é a lei interna da licitação, ele não pode conter cláusulas ou condições que comprometam a competição. Poderá ser nulo ser for genérico, impreciso ou omisso em pontos essenciais, ou se tiver exigências excessivas ou impertinentes ao seu objeto e para casos assim pode-se pedir esclarecimentos ou até a impugnação ao edital. 2.3.2 Realizador de licitações Segundo os dados do site ConLicitação (2016), o governo e suas unidades da administração pública são quem realizam as licitações, mais especificadamente o Governo Federal, mais 27 governos estaduais, incluindo o Distrito Federal, mais 5.565 Prefeituras e todas as suas secretarias, unidades, fundações, câmaras, estatais, autarquias entre outras, ao total são mais de 34.000 unidades que licitam, ou seja, são mais de 34.000 potenciais clientes para as empresas venderem seus produtos e serviços.

2.3.3 Habilitação Para poder ser habilitado nas licitações são exigidos alguns tipos de documentos, entre alguns desses documentos tem um que identifica claramente qual tipo de empresa ela é, se microempresa ou não, este documento é a Certidão Simplificada. Segundo a Junta Comercial, a Certidão Simplificada é uma das certidões emitidas pela Junta Comercial, na qual são relatadas algumas informações básicas sobre a empresa tais como nome empresarial, CNPJ, data de início de atividade, atividades econômicas, capital social, sócios e suas respectivas participações no capital social e filiais nesta unidade da federação ou fora dela (quando existirem). A Junta Comercial ainda informa que disponibiliza este documento para recebimento via Internet, via SEDEX ou ainda podendo ser retirada diretamente no ponto de atendimento. As certidões fornecidas referem-se a atos arquivados há até 72 horas, e pedidos de documentos anteriores a 1998 poderão sofrer atraso no envio. 2.3.4 Objetivo do Contrato Social Outros documentos também muito pedidos pelos órgãos públicos é o contrato social, onde este contrato fala sobre os proprietários da empresa e suas cotas onde deve estar expresso o valor pago de cada sócio, seja em pró-labore ou distribuição de lucros. Segundo dados do site Endeavor Brasil (2015), objetivo do contrato social é formalizar uma sociedade junto ao CNPJ no qual o empreendedor adquire o direito de abrir uma conta corrente jurídica, podendo obter empréstimos, emitir notas fiscais entre muitas outras coisas. Para registrar uma sociedade, é exigido que os sócios elaborem e registrem o contrato social junto à Junta Comercial de seu estado e se a

sociedade for simples, esse registro é realizado por um Cartório de Registro das Pessoas Físicas. 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS O presente trabalho analisou um processo mais utilizado no meio de compras e prestação de serviços na Administração Pública que é a Licitação. No transcorrer do trabalho pode se perceber a história, o conceito e o objetivo que é escolher as melhores propostas e mais vantajosas para os órgãos públicos, ou seja, conseguir melhores produtos com menores preços, e continuará falando sobre as etapas de uma licitação, podendo as empresas optar por alguma modalidade para participar de uma licitação. A licitação deve obedecer aos princípios de moralidade, impessoalidade, legalidade, probidade, entre outros. Pode-se perceber que o objetivo do trabalho foi almejado, mostrando dados importantes sobre licitação e com bastante enfoque sobre licitação eletrônica que reduz os preços de compra por meio de uma melhor transparência dos preços praticados pelo mercado e custos de pesquisa mais baixos. Com base nisso, para as pessoas que se interessarem pelo tema do trabalho e quiserem aprofundar mais no assunto, recomenda-se o presente trabalho como sugestão de pesquisa. REFERÊNCIAS BRASIL. Decreto-Lei nº 200, de 25 de fevereiro de 1967 (arts 125 a 144). Das normas relativas a licitações para compras, obras, serviços e alienações. Diário Oficial da União, Brasília, em 25 de fevereiro de 1967; 146º da Independência e 79º da República. BRASIL, Lei nº 5.5456, de 20 de junho de 1968. Dispõe sobre a aplicação aos Estados e Municípios das normas relativas às licitações previstas. Diário Oficial da União, Brasília, 20 de junho de 1968; 147º da Independência e 80º da República. BRASIL, Lei 8.666, de 21 de junho de 1993, Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, institui normas para licitações e contratos da

Administração Pública e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 21 de junho de 1993, 172º da Independência e 105º da Republica. BRASIL, Lei 10.520, de 17 de julho de 2002, Institui, no âmbito da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, nos termos do art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, modalidade de licitação denominada pregão, para aquisição de bens e serviços comuns, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 17 de julho de 2002, 181º da Independência e 114º da Republica. CONLICITAÇÃO. O que é Licitação. Disponível em: <https://portal.conlicitacao.com.br/>. Acesso em: 13 abr. 2017. DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 28 ed. Sao Paulo: Atlas, 2015. ENDEAVOR BRASIL. Como fazer um contrato social para sua empresa. Disponível em: <https://endeavor.org.br/como-fazer-contrato-social/>. Acesso em: 13 abr. 2017. JUNTA COMERCIAL DO PARANÁ. Certidão Simplificada. Disponível em: <http://www.juntacomercial.pr.gov.br/modules/ >. Acesso em: 13 abr. 2017. JUSBRASIL. O que é licitação?. 2016. Disponível em: <https://triunfolegis.jusbrasil.com.br/ >. Acesso em: 14 de abr. 2017. MAURANO, Adriana. A instituição do pregão para aquisição de bens e contratação de serviços comuns. 2005. Disponível em: <https://www.conlicitacao.com.br/>. Acesso em 14 de abr. 2017. MELLO, Celso Antônio Bandeira De. Curso de Direito Administrativo. 11 ed. Sao Paulo: Malheiros, 1998. TURBAN, Efraim. Tecnologia da Informação para Gestão: Busca de um Melhor Desempenho Estratégico e Operacional. 7 ed. Porto Alefre: Bookman, 2010. VAZ, Paulo Afonso Brum. Licitação - Linhas gerais e aspectos destacados. Disponível em: <http://www.cjf.jus.br/revista/numero5/artigo13.htm>. Acesso em: 13 abr. 2017.