NORMA DE PROCEDIMENTOS Janeiro de 2005 RM 1E / AM Tramitação do Relatório de Monitorização 1. Apresentação 2. Legislação de enquadramento 3. Tramitação dos processos 4. Fluxograma 5. Anexos 1/10
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RM 1. Apresentação Num processo de AIA, após a emissão da Declaração de Impacte Ambiental (DIA) referente a um determinado projecto, compete à Autoridade de AIA dirigir e orientar a pós-avaliação do projecto, a qual inclui a sua monitorização. A monitorização é da responsabilidade do Proponente e efectua-se com a periodicidade e nos termos constantes da DIA ou, na sua falta, do EIA. Os Relatórios de Monitorização (RM) são submetidos pelo Proponente à Autoridade de AIA, a qual pode impor a adopção de medidas ou ajustamentos que considere adequados para minimizar ou compensar efeitos ambientais negativos ocorridos durante a construção, funcionamento, exploração ou desactivação do projecto 1. A presente Norma de Procedimentos tem por objectivo fundamental sistematizar e divulgar a tramitação dos Relatórios de Monitorização apresentados à CCDR-LVT, nos casos em que esta é Autoridade de AIA. Esta Norma de Procedimentos contempla as orientações definidas na legislação em vigor e introduz diversos procedimentos que visam dar a conhecer e tornar mais objectivo o processo de tramitação dos RM por parte da CCDR-LVT e dos vários intervenientes e interlocutores exteriores à CCDR. Nesta Norma sistematizam-se - sob a forma escrita e de fluxograma - as etapas, passos, conteúdos e responsáveis da tramitação dos RM. Este documento passará a reger as relações entre a CCDR-LVT, os Proponentes e outras entidades, devendo ser aplicado de forma sistemática a todos os RM que venham a ser apresentados à CCDR-LVT. Quanto aos que já se encontram em apreciação nesta data, o documento será aplicado com as adaptações que se mostrem mais adequadas a cada caso. 1 No âmbito da Pós-Avaliação, a Autoridade de AIA pode determinar a realização de auditorias para verificação da conformidade do projecto com a DIA, bem como para averiguação da exactidão das informações prestadas nos Relatórios de Monitorização (Artigo 30º do DL n.º 69/2000). Por outro lado, os interessados podem transmitir por escrito ao IA quaisquer informações ou dados factuais relevantes sobre impactes negativos no ambiente causados pelo projecto (Acompanhamento público: Artigo 31º do DL n.º 69/2000). 3/10
2. Legislação de enquadramento A presente Norma de procedimentos é enquadrada pelos seguintes diplomas legais: - Decreto-Lei n.º 69/2000, de 3 de Maio, e Declaração de Rectificação n.º 7- D/2000, de 30 de Junho; - Portaria 1182/2000, de 18 de Dezembro; - Decreto-Lei n.º 74/2001, de 26 de Fevereiro; - Portaria 330/2001, de 2 de Abril, e Declaração de Rectificação n.º 13-H/2001, de 29 de Maio. A tramitação do procedimento de AIA dos projectos sujeitos a licenciamento industrial (RELAI) passou a reger-se pelo Artigo 28º do Decreto-Lei n.º 69/2003, de 10 de Abril, que alterou os Artigos 13º e 19º do Decreto-Lei n.º 69/2000. Assim, toda a correspondência deverá tramitar entre a Autoridade de AIA e a Entidade Coordenadora do licenciamento, e não entre aquela e o Proponente. Da mesma forma, de acordo com o Decreto-Lei n.º 70/2003, de 10 de Abril, a tramitação do procedimento de AIA das Áreas de Localização Empresarial (ALE) também se efectua através da Entidade Coordenadora do licenciamento. 3. Tramitação dos Relatórios de Monitorização Na sistematização que se apresenta seguidamente consideraram-se as principais etapas e passos da tramitação dos Relatórios de Monitorização (RM). A numeração adoptada referencia cada etapa e passo ao fluxograma que se apresenta no ponto 4 desta norma. 1. ACÇÕES E RELATÓRIOS DE MONITORIZAÇÃO (DL n.º 69/2000: Artigos 7º e 29º; Portaria n.º 330/2001, n.º 5 e Anexo V) 1.1. O Proponente realiza a campanha periódica de monitorização do projecto, com a periodicidade e nos termos constantes da DIA ou, na sua falta, do EIA. 1.2. O Proponente envia Relatórios de Monitorização (RM) periódicos à CCDR, na sua qualidade de Autoridade de AIA (conforme Anexo 1). NOTA: o Proponente deve enviar à CCDR 3 exemplares de cada RM (em casos especiais a Autoridade de AIA pode solicitar exemplares adicionais); a DIA fixa os prazos de envio dos Relatórios. 4/10
RM 2.1. A CCDR recebe o RM e remete um exemplar à Entidade Licenciadora para conhecimento e apreciação e ao Instituto do Ambiente (IA) para publicitação. 2. APRECIAÇÃO E AJUSTAMENTOS (DL n.º 69/2000: Artigo 7º, 23º e 29º) 2.2. A Entidade Licenciadora toma conhecimento e aprecia o RM. 2.3. O IA publicita o RM. 2.4. A CCDR aprecia o RM. 2.5. O IA verifica se há reclamações sobre o RM. 2.6. Se houver reclamações, o IA colige-as e envia à CCDR. Se não houver reclamações o IA informa a CCDR desse facto. 2.7.A CCDR aprecia as reclamações. 2.8.A CCDR, ao analisar o RM, verifica se são necessários ajustamentos/correcções. 2.9.A CCDR notifica o Proponente e a Entidade Licenciadora, indicando as medidas correctivas ou ajustamentos que considere adequados para minimizar ou compensar significativos efeitos ambientais negativos ocorridos. 2.10.O Proponente toma conhecimento da notificação da CCDR e executa as medidas correctivas e os ajustamentos aí definidos. 2.11.A Entidade Licenciadora toma conhecimento da notificação da CCDR. 2.12.A Entidade Licenciadora verifica o cumprimento das medidas correctivas e ajustamentos e informa a Autoridade de AIA (CCDR). 2.13.A CCDR toma conhecimento do cumprimento das medidas correctivas e ajustamentos. NOVA FASE DE MONITORIZAÇÃO (DL n.º 69/2000: Artigo 7º, 23º e 29º; Portaria n.º 330/2001, n.º 5 e Anexo V) O Proponente prossegue a campanha de monitorização do projecto e elabora novo Relatório de Monitorização, no prazo definido na DIA. O procedimento é retomado no passo 1.2. 5/10
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RM 4. Fluxograma da tramitação ENTIDADES ETAPAS Proponente Entidade Licenciadora CCDRLVT ( Autoridade de AIA ) Instituto do Ambiente 1. Acções e Relatórios de Monitorização 1. 1. Realiza campanha periódica de monitorização 1. 2. Envia Relatórios periódicos de monitorização ( RM ) à CCDR ( 3 exemplares ) 2. 1. Recebe o RM e remete à Entidade Licenciadora e ao IA 2. 2. Toma conhecimento e aprecia o RM 2. 3. Publicita o RM 2. 4. Aprecia o RM 2. 5. Há reclamações? 2. Apreciação e ajustamentos Sim Não 2. 6. Colige e envia à CCDR 2. 7. Aprecia as reclamações 2. 8. Necessários ajustamentos / correcções? Sim Não 2. 9. Notifica o Proponente e a Entidade Licenciadora 2. 10. Toma conhecimento e executa as medidas correctivas e ajustamentos 2. 11. Toma conhecimento da notificação 2. 12. Verifica o cumprimento das medidas e ajustamentos e informa a CCDR 2. 13. Toma conhecimento do cumprimento das medidas e ajustamentos Nova fase de Monitorização 2. 14 Prossegue a campanha e e eelabora novo Relatório periódico 7/10
5. Anexos Anexo 1 Estrutura do Relatório de Monitorização O relatório de monitorização (RM) é apresentado à autoridade de AIA com a periodicidade constante na DIA, ou, na sua falta, no EIA, devendo respeitar, com as necessárias adaptações a cada caso concreto, a seguinte estrutura: I - Introdução: a) Identificação e objectivos da monitorização objecto do RM; b) Âmbito do RM (factores ambientais considerados e limites espaciais e temporais da monitorização); c) Enquadramento legal; d) Apresentação da estrutura do relatório; e) Autoria técnica do relatório. II - Antecedentes: a) Referência ao EIA, à DIA, ao plano geral de monitorização apresentado no RECAPE, a anteriores RM e a anteriores decisões da autoridade de AIA relativas a estes últimos; b) Referência à adopção das medidas previstas para prevenir ou reduzir os impactes objecto de monitorização. Eventual relação da calendarização da adopção destas medidas em função dos resultados da monitorização; c) Referência a eventuais reclamações ou controvérsia relativas aos factores ambientais objecto de monitorização. III - Descrição dos programas de monitorização (para cada factor ambiental): a) Parâmetros a medir ou registar. Locais de amostragem, medição ou registo; b) Métodos e equipamentos de recolha de dados; c) Métodos de tratamento dos dados; d) Relação dos dados com características do projecto ou do ambiente exógeno ao projecto; e) Critérios de avaliação dos dados. IV - Resultados dos programas de monitorização (para cada factor ambiental): a) Resultados obtidos; b) Discussão, interpretação e avaliação dos resultados obtidos face aos critérios definidos; c) Avaliação da eficácia das medidas adoptadas para prevenir ou reduzir os impactes objecto de monitorização; d) Comparação com as previsões efectuadas no EIA, incluindo, quando aplicável, a validação e a calibração de modelos de previsão. 8/10
RM V - Conclusões: a) Síntese da avaliação dos impactes objecto de monitorização e da eficácia das medidas adoptadas para prevenir ou reduzir os impactes objecto de monitorização; b) Proposta de novas medidas de mitigação e ou de alteração ou desactivação de medidas já adoptadas; c) Proposta de revisão dos programas de monitorização e da periodicidade dos futuros relatórios de monitorização. VI - Anexos. 9/10
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