INFLUÊNCIA DA LEITURA NA ESCRITA

Documentos relacionados
As descobertas da primeira infância

Vamos brincar de construir as nossas e outras histórias

AFINAL, O QUE É SITUAÇÃO DIDÁTICA?

ESCOLA BÁSICA DE MAFRA 2016/2017 Português (2.º Ciclo) Perfil de Aprendizagens Específicas

PLANEJAMENTO ANUAL DE ESPANHOL

Colégio Valsassina. Modelo pedagógico do jardim de infância

Inteligência Lingüística:

Curso Técnico Subsequente em Materiais Didáticos Bilíngue (Libras/Português) MATRIZ CURRICULAR. Móduloe 1 Carga horária total: 400h

Chama-se revisão de texto o conjunto de procedimentos por meio dos quais um texto é trabalhado até o ponto

Gramática. Prof Guto

Diário de Classe. Aulas, projetos, experimentos, dinâmicas.

Colégio Santa Catarina. Juiz de Fora - MG. - Estude, procurando compreender o assunto. Estudar não é decorar e sim compreender.

Alfabetização e letramento : influências da relação pedagógica no processo ensino-aprendizagem.

TRABALHAR COM GÊNEROS TEXTUAIS NO CICLO DE ALFABETIZAÇÃO. Maria da Graça Costa Val Faculdade de Letras/UFMG CEALE FAE/UFMG

Ano Letivo: 2014 / 2015 Ano de Escolaridade: 1º

LER E ESCREVER SÃO COISAS DE CRIANÇAS?

Aula 03. Níveis de leitura de um texto. A Importância da leitura

MATRIZ DE REFERÊNCIA LÍNGUA PORTUGUESA SADEAM 3º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

Índice. Grupo Módulo 4

A ALFABETIZAÇÃO DA PESSOA SURDA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES. Caderno de Educação Especial

Fundamentos Pedagógicos e Estrutura Geral da BNCC. BNCC: Versão 3 Brasília, 26/01/2017

REUNIÃO DE PAIS 1º ANO A e B 1º SEMESTRE/2012 PROFESSORAS:CRIS E JULIANA

Colégio Nossa Senhora da Piedade

Projeto Literatura Viva. Tema: Nacionalismo

Abordagem Construtivista da alfabetização. Aula de 02/05/2010

PRÉ-REQUISITOS Haver concluído a disciplina Introdução aos Estudos Linguísticos ou disciplina equivalente..

PROJETO: SOU LETRANDO.

Planificações 1º PERÍODO - 3/4 anos Educação Pré-escolar Ano lectivo 2016/2017

DICAS DE ESTUDO Orientações para ler, escrever e aprender cada vez melhor

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CONSELHO SUPERIOR DE ENSINO E PESQUISA RESOLUÇÃO N.º 3.588, DE 04 DE SETEMBRO DE 2007

PROVA TEMÁTICA/2013 GERAÇÃO CONTEMPORÂNEA: desafios e novas possibilidades

ANEXO I UNIVERSIDADE DA REGIÃO DE JOINVILLE UNIVILLE COLÉGIO DA UNIVILLE PLANEJAMENTO DE ENSINO E APRENDIZAGEM

Aluno(a): / / Cidade Polo: CPF: Curso: ATIVIDADE AVALIATIVA ALFABETIZAÇÃO MATEMÁTICA

ENSINO DE HISTÓRIA: UM ESTUDO DESCRITIVO DA LEITURA E DA INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS NO ENSINO FUNDAMENTAL

A Informática Na Educação: Como, Para Que e Por Que

ESCOLA ESTADUAL DR. JOSÉ MANOEL FONTANILLAS FRAGELLI. PROJETO Leitura para ser feita em casa

SEQUÊNCIA DIDÁTICA DE CONTO COM 3º ANO C PROFESSORA: FERNANDA SILVA MELO ROCHA A BELA ADORMECIDA OBJETIVO

GOVERNADOR DE MINAS GERAIS FERNANDO DAMATA PIMENTEL SECRETÁRIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO MACAÉ MARIA EVARISTO DOS SANTOS

TÍTULO: UTILIZAÇÃO CRIATIVA DA LITERATURA INFANTIL NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM

E.E. TENENTE JOSÉ LUCIANO PROJETO:PASSAPORTE DA LEITURA 2015 REPÚBLICA FEDERATIVA DO LIVRO 2º ANO

Inventário de habilidades escolares. Comunicação Oral

Você gostaria... Introdução

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO Disciplina: Português

Metodologia Científica

O DIVERTIDO PRAZER DE LER

LEITURA E ESCRITA COM ÊNFASE NA PRODUÇÃO DE CORDEL DO REGIMENTO INTERNO DA ESCOLA ESTADUAL JOÃO TOMÁS NETO

Interpretar discursos orais com diferentes graus de formalidade e complexidade. Registar,

ALFABETIZAÇÃO: PRIMEIRAS MANIFESTAÇÕES DA LEITURA E ESCRITA NA CRIANÇA

Moderna Plus: Literatura

COMUNICAÇÃO APLICADA MÓDULO 4

REGULAMENTO DE NIVELAMENTO

Formas de organizar os conteúdos CONTEÚDOS ESCOLARES

Cód. Disciplina Período Créditos Carga Horária D-11 2º 04 Semanal Mensal Nome da Disciplina / Curso LINGUAGEM FORENSE

Proposta de Redação Tema: A honestidade é um valor

Índice. 1. O Alfabetizador Ao Desenhar, A Criança Escreve?...5

ÁREA DO CONHECIMENTO: LÍNGUA E LINGUAGEM 4º ANO EF

Ensino Técnico Integrado ao Médio

APOIO AO ESTUDO 1º CICLO LINHAS ORIENTADORAS 2015/ INTRODUÇÃO

Capítulo 1 1ª Fase Objectivos e Conteúdos

Competências globais a serem adquiridas na série

BLOGS COMO APOIO A APRENDIZAGEM DE FÍSICA E QUÍMICA

APRENDER E ENSINAR CIÊNCIAS NATURAIS NO ENSINO FUNDAMENTAL Apresentação do PCN (Parâmetros Curriculares Nacionais) de Ciências Naturais

VISÃO GERAL DA DISCIPLINA

AGRUPAMENTO de ESCOLAS Nº1 de SANTIAGO do CACÉM Ano Letivo 2013/2014 PLANIFICAÇÃO ANUAL

Plano de Trabalho Docente 2014

DISCIPLINA DE LÍNGUA PORTUGUESA - 5.º Ano 1. COMPETÊNCIAS ESSENCIAIS COMPETÊNCIAS GERAIS COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS

I. Dominar linguagens (DL): Dominar a norma culta da Língua Portuguesa e fazer uso das linguagens matemática, artística e científica.

HIPÓTESES DE ESCRITA: ATIVIDADES QUE DÃO CERTO E POTENCIALIZAM O APRENDIZADO DAS CRIANÇAS NA ALFABETIZAÇÃO.

1º Ciclo. Competências Gerais do Ensino Básico

Curso de Extensão. Educação Integral e em Tempo Integral Proposta de Trabalho com Blogs. Profª Drª Roberta Pasqualli - IFSC

ABORDAGEM A CONSTRUÇÃO DO PENSAMENTO MULTIPLICATIVO DESENVOLVIDO PELA CRIANÇA

Proposta de Redação Tema: Conto fantástico

PLANEJAMENTO ANUAL 2016

PROGRAMA QPP - QUALIDADE NA PRÁTICA PEDAGÓGICA LIVROS NAS CRECHES

Ensino Técnico Integrado ao Médio

EDUCAÇÃO INFANTIL OBJETIVOS GERAIS. Linguagem Oral e Escrita. Matemática OBJETIVOS E CONTEÚDOS

ARTE EDUCAÇÃO E ARTETERAPIA NO AMBIENTE ESCOLAR MÓDULO I: OFICINA DE TEATRO

PERFIL DE DESEMPENHO. PRÉ-ESCOLAR 4 anos

Institucional. Nossa História

Informação Prova de Equivalência à Frequência - 15 Ano Letivo 2012/2013

Projeto TRILHAS Evento de Lançamento

Manual do Aluno Engenharia Insper i

Critérios de Avaliação Departamento do 1º Ciclo. Ano letivo 2016/17. Domínios Indicadores VALOR

Jogos de Alfabetização

Aulas de Inglês para Executivos.

UNIDADE DE ESTUDO - 3ª ETAPA

PORTUGISISKA Currículo para o ensino da língua sueca para imigrantes

DISCIPLINA DE LÍNGUA PORTUGUESA - 5.º Ano 1. COMPETÊNCIAS ESSENCIAIS COMPETÊNCIAS GERAIS COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS

RELATÓRIO DE GRUPO APOIO PEDAGÓGICO 1º Semestre/2016 Turma: 2º ao 5º ano Professora: Izabela Moreira Alves Coordenação pedagógica: Lucy Ramos Torres

Didática: diálogos com a prática educativa

Lição 2 O Hábito da Leitura

Escola Básica da Senhora da Hora. 5º ano Sequência Didáctica Língua Portuguesa Ano lectivo 2011/2012. Tipologia Textual - O Texto Poético.

DISCIPLINA DE LÍNGUA PORTUGUESA - 5.º Ano B 1. COMPETÊNCIAS ESSENCIAIS COMPETÊNCIAS GERAIS COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS

ROTEIRO DE RECUPERAÇÃO FINAL DE PROCEDIMENTOS DE LEITURA

Título: Viajando pelo Universo da Leitura Justificativa:

D01 Reconhecer especificidades da linguagem escrita.

AULA 04. Profª DENISE VLASIC HOFFMANN,Jussara Avaliar respeitar primeiro, educar depois.

MISSÃO DA MIND LAB. Reforçar diversas habilidades cognitivas, sociais, emocionais e éticas.

Plano de ensino: CONTEÚDO, METODOLOGIA E PRÁTICA DE ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA CONTEÚDO, METODOLOGIA E PRÁTICA DE ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA

AULA 06 Diretrizes para a leitura, análise e interpretação de textos

Transcrição:

AULAS 1 À 4 Prof. Sabrina Moraes INFLUÊNCIA DA LEITURA NA ESCRITA O processo de leitura é algo que se faz presente na nossa vida a partir do momento que começamos a compreender o mundo a nossa volta, prevalecendo o constante desejo de interpretar o sentido das coisas que nos cercam, vendo o mundo sob diversas perspectivas, relacionando a ficção à realidade, no contato com os livros, onde na maioria das vezes fazemos leituras sem percebermos tal procedimento. A leitura e escrita são fatores indispensáveis para aprimorar o conhecimento do educando e constituem um alicerce para o bom desempenho das atividades escolares de forma integral. Ler e escrever não são tarefas simples, exigem postura crítica: analisar e interpretar fazem parte da leitura e da escrita, pois através da leitura e escrita adquirem-se novos conhecimentos, desafia-se a imaginação, descobre-se o prazer de pensar e sonhar. A leitura é fundamental para o processo de aprendizagem e da escrita do aluno, sendo que a escola é que tem o espaço necessário para o desenvolvimento desta prática. O ato de ler não é apenas decodificação das palavras, é necessário discernimento dos textos escritos de forma a possibilitar um entendimento do que o autor quis dizer. A leitura pode ser vista como um exercício de compreensão e a escrita como expressão. Ao lermos, somos também co-produtores, pois nossas inferências e nosso conhecimento prévio, por exemplo, nos ajudam a entender o sentido global do texto; já ao produzirmos um texto, somos necessariamente leitores desse. Consideramos que a leitura não só amplia a visão de mundo do leitor, como também lhe oferece a matéria-prima do dizer, pois por meio do contato com textos coesos e coerentes, aos poucos, o leitor poderá assimilar a Pagina: 1

organização das palavras, dos parágrafos e sequências de ideias e, em seguida, transpor tais conhecimentos para sua produção textual. Esse contato do leitor com o texto deve ser constante, pois a cada novo encontro entre autor/leitor/texto novas ideias surgirão e novas palavras farão parte de seu vocabulário e novas estruturas de organização textual farão parte de sua competência comunicativa. Ler é um conceito muito amplo: podemos ler um bilhete simples, uma placa na rua, um sorriso de uma criança, um pequeno livro, uma imagem, ler a Bíblia ou uma tese de doutorado. O que é ler e para que ler? Respondendo a primeira indagação: ler é tentar compreender o que está por detrás das palavras escritas; ler significa ser questionado pelo mundo e por si mesmo, significa buscar respostas por meio das palavras escritas, significa fazer interagir as informações recebidas com as que possuímos através do conhecimento de mundo; ler é tomar consciência dos processos que interferem na nossa existência como seres sociais e políticos; ler também é uma forma de não se deixar dominar porque quanto mais leituras as pessoas tiverem, mais reflexões poderão fazer; ler é um direito de todo cidadão; ler é uma atividade enriquecedora que possuímos para conhecer o mundo. Com relação à segunda indagação, lemos para obter uma informação mais precisa sobre um determinado assunto; para seguir instruções; para aprender mais sobre algo que está em questão; para revisar um ato escrito; para ter um momento de lazer; para praticar a leitura em voz alta; entre outros. Verifica-se que leitura tem importância fundamental na vida das pessoas. A necessidade de muita leitura está posta entre todos, haja vista que propicia a obtenção de informações em relação a qualquer contexto e área do conhecimento, assim como pode constituir-se em fonte de entretenimento. Para uns, atividade prazerosa, para outros, um desafio. Pagina: 2

É preciso frisar que a leitura é muito importante, pois amplia e integra conhecimentos, abrindo cada vez mais os horizontes do saber, enriquecendo o vocabulário e a facilidade de comunicação, disciplinando a mente e alargando a consciência. A leitura é uma prática que requer aprendizagem para tal e, sem sombra de dúvida, uma atividade ainda pouco desenvolvida. A leitura não é simplesmente o ato de ler. É uma questão de hábito ou aprendizagem. É um exercício de intercâmbio, uma vez que possibilita relações intelectuais e potencializa outras. Permite a formação dos próprios conceitos, explicações e entendimentos sobre realidades, elementos e/ou fenômenos. A capacidade de ler é essencial à realização pessoal e, hoje em dia, é cada vez mais aceita a premissa de que o progresso social e econômico de um país depende do acesso que o povo tem aos conhecimentos indispensáveis transmitidos pela palavra impressa. Ler é compreender uma mensagem escrita, assimilar o seu conteúdo e interpretá-lo por meio da leitura, que não se limita à simples operação mecânica de ligar sons ou interpretar símbolos fonéticos. A leitura é uma chave importante da aprendizagem. O hábito da leitura é um mecanismo inconsciente e o resultado é um aprendizado consciente. A leitura constitui um valioso instrumento para a formação do cidadão, pois quem lê, dependendo da leitura, tem visão própria dos acontecimentos e não se limita a acatar o que é imposto por outros. Ler, pois, é necessário. Verifica-se que a palavra escrita é um instrumento eficiente para a expressão e fixação da cultura e dos conhecimentos científicos e técnicos da sociedade, sendo que a leitura é uma das mais importantes atividades de aquisição de saberes. Pagina: 3

Para aprender a escrever textos, em grande parte, tem-se que aprender a pensar e encontrar ideias, pois, assim como não é possível dar o que não se tem, não se pode transmitir o que a mente não criou ou não aprisionou. Na produção de um texto deve-se utilizar a criatividade, sempre considerando e usando outros textos como veículo de expressão do pensamento. Quem escreve não escreve no vazio, pois um texto não surge do nada. Nasce de/em outro(s) texto(s). Pode-se dizer que escrever é a habilidade de aproveitar criticamente, criativamente outros materiais interdiscursivos, outros textos. É por isso que quem lê está em situação privilegiada para escrever, uma vez que se apropria, mediante a leitura, de ideias e de recursos de expressão. A leitura e escrita foram surgindo historicamente a partir do momento em que o homem aprendeu a comunicar seus pensamentos e sentimentos. Percebe-se que escrever e ler são formas por meio das quais pessoas podem se expressar e comunicar com os demais indivíduos que convivem. Ler e escrever são categorias complementares e que exigem um conjunto de habilidades e conhecimentos linguísticos: ler é um processo de relacionamento entre símbolos escritos e unidades sonoras, e é também um processo de construção da interpretação de textos escritos. Do mesmo modo, o escrever também pode ser assim caracterizado. Escrever e ler são atividades que servem para poder comunicar-se, para expressar ideias, experiências, opiniões, sentimentos, fantasias, realidades, e para ter acesso ao que os demais seres humanos, ao longo do espaço e do tempo, viveram, pensaram, sentiram. A leitura favorece ao aluno intimidade com o texto, habilita-o à previsão e à inferência, estratégias que são invocadas na prática da leitura. Previsão e Pagina: 4

inferência exigem que o leitor acione conhecimentos prévios, como ideias, hipóteses, visão de mundo de linguagem e sobre o assunto. As pessoas não apenas aprendem a ler lendo e a escrever escrevendo, mas aprendem também a ler escrevendo e a escrever lendo. A leitura e a escrita têm influência uma sobre a outra, mas as relações não são simples. O efeito sobre o desenvolvimento deve ser visto como envolvendo a função de ler e escrever e o processo específico no qual a leitura e a escrita são usadas para realizar essas funções. O desenvolvimento na leitura e na escrita só pode se dar se as pessoas participam ativamente das experiências de leitura e escrita. Os níveis de conhecimento que entram em jogo durante a leitura são: a) o conhecimento linguístico, implícito, não verbalizado. Esse conhecimento abrange desde o conhecimento sobre como pronunciar português, passando pelo conhecimento de vocabulário e regras da língua, chegando até o conhecimento sobre o uso da língua. b) o conhecimento textual, entendido como um conjunto de noções e conceitos sobre o texto (por exemplo: discursos narrativos, descritivos, argumentativos). Quanto mais conhecimento textual o leitor tiver e quanto maior for a sua exposição a todo o tipo de texto, mais fácil será a sua compreensão, pois o conhecimento de estruturas textuais e de tipos de discurso determinará, basicamente, suas expectativas em relação à escrita. c) o conhecimento de mundo ou conhecimento enciclopédico, que consiste na configuração de conceitos e relações subjacentes ao texto, organizados sob a forma de esquemas, entretanto essa construção estará associada à visão pessoal e às crenças do leitor. Pagina: 5

Pode-se inferir, então, o conhecimento linguístico, o conhecimento textual e o conhecimento de mundo são aspectos básicos tanto para a leitura como para a escrita e devem ser ativados pelo leitor ou produtor na compreensão ou produção textual, pois orientam a memória para o texto e visam à construção do sentido. Pode-se afirmar, também, que a leitura tem a função de permitir ou facilitar o processamento textual, quer em termos de produção, quer em termos de compreensão, e a análise estratégica depende não só de características textuais, como também de características dos usuários da língua, tais como seus objetivos, convicções e conhecimento de mundo. A leitura é a base para a boa escrita e não só se deve ler para escrever algo, mas se deve ler para enriquecer-se culturalmente. Um escritor precisa ler para observar e absorver o que foi lido. Um escritor precisa ler para se enriquecer culturalmente. Não há um bom escritor que não seja um leitor voraz, com fome de informação, com fome de formação. Um escritor precisa ler bons textos para escrever bons textos. Um bom escritor é sempre um bom leitor. Antes de escrever é preciso refletir, e o melhor estímulo para a reflexão é a leitura, é ler o que outros já escreveram a respeito do que leram de outros e assim sucessivamente, pois a escrita está sempre impregnada de outras escritas, ou seja, a leitura é diálogo direto ou indireto com outras leituras. A leitura possibilita a aquisição da maior parte dos conhecimentos acumulados pela humanidade e faz sentir as mais diversas emoções. A imaginação e o raciocínio crítico para a produção de textos são influenciados por meio da leitura. A leitura é a chave que permite entrar em contato com outros mundos, ampliar horizontes, desenvolver a compreensão e a comunicação. Afinal, todas as pessoas estão em contato com uma infinidade de textos todos os dias, sejam anúncios em jornais, revistas, bilhetes, avisos, cartas, Pagina: 6

quadrinhos, manuais, ou mesmo obras literárias. Por isso, a leitura é considerada de uso social, uma vez que os textos servem para informar, instruir ou dar prazer. REFERÊNCIAS FERRANTE, Antonio Carlos. A influência da linguagem, leitura e escrita na alfabetização. Disponível em: <https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/pedagogia/a-influenciada-linguagem-leitura-e-escrita-na-alfabetizacao/50238>. Acesso em: março/2017. RIBEIRO, Dayhane Escobar. A influência da leitura na escrita por meio dos encapsulamentos anafóricos. Rio de Janeiro: CiFEFiL, 2011. Disponível em: <http://www.filologia.org.br/xv_cnlf/tomo_1/10.pdf>. Acesso em: março/2017. KUSMA, Patrícia da Costa; FISS, Dóris Maria Luzzardi. Ler e escrever A influência da leitura na escrita. Disponível em: <http://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/94302>. Acesso em: março/2017. SOUZA, Genivalda Pereira de. Influência da leitura no aprimoramento da escrita no Ensino Médio. Paraíba: UEPB, 2014. Disponível em: <http://dspace.bc.uepb.edu.br/jspui/bitstream/123456789/6312/1/pdf%20- %20Genivalda%20Pereira%20de%20Souza.pdf>. Acesso em: março/2017. SCARDUELI, Erica Cividini. A leitura na escola e sua influência na produção textual. Criciúma: UNESC, 2009. Disponível em: <http://www.bib.unesc.net/biblioteca/sumario/00003f/00003fd1.pdf>. Acesso em: março/2009. Pagina: 7