EXTRATO DE NEEM E CRAVO DA ÍNDIA NO CONTROLE DE ZABROTES SUBFASCIATUS (BOHEMAN) (COLEOPTERA: BRUCHIDAE) EM SEMENTES DE FEIJÃO ARMAZENADO

Documentos relacionados
Efeito do Orthene 750 BR em Tratamento de Sementes no Controle da Lagarta Elasmopalpus lignosellus no Feijoeiro e Algodoeiro

AVALIAÇÃO DE GENÓTIPOS DE AVEIA SOB DIFERENTES DENSIDADES DE SEMEADURA. Palavras chave: Produção de biomassa, bovinos de leite, plantas daninhas

EFEITO DO TEMPO DE ARMAZENAMENTO NA GERMINAÇÃO E NO COMPRIMENTO DE PLÂNTULAS DE CALÊNDULA

MEDIDAS BIOMÉTRICAS DE VARIEDADES DE CANA-DE-AÇÚCAR COM CULTIVOS INTERCALARES, SOB IRRIGAÇÃO NO NORTE DE MINAS GERAIS

ATIVIDADE BIOLÓGICA DO ÓLEO ESSENCIAL DE Hyptis marrubioides EPL., UMA PLANTA MEDICINAL NATIVA DO CERRADO BRASILEIRO

Bioatividade da Erva-de-Santa-Maria, Chenopodium ambrosioides L., Sobre Sitophilus zeamais Mots. (Coleoptera: Curculionidae)

CONTROLE DE PLANTAS DE MILHO VOLUNTÁRIO COM A TECNOLOGIA RR EM ÁREAS COM SAFRINHA DE SOJA COM A TECNOLOGIA RR

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE SEMENTES DE MAMONA CLASSIFICADAS EM MESA DENSIMÉTRICA.

ATRIBUTOS QUÍMICOS DA FORRAGEIRA PANICUM MAXIMUM CV. MOMBAÇA ADUBADA COM PRODUTOS ORGÂNICOS ORIUNDOS DA SIDERURGIA E CRIAÇÃO AVÍCOLA

PRODUTIVIDADE DE ARROZ INFLUENCIADA PELA ADUBAÇÃO NITROGENADA E APLICAÇÃO DE FUNGICIDA

CURVAS DE RETENÇÃO DE AGUA E CONDUTIVIDADE HIDRÁULICA DO SOLO EM SISTEMAS DE MANEJO DO FEIJOEIRO(1)

XV Congresso. Ibérico de Entomologia. Programa e Resumos. o O. 2-6 Setembro 2012 Angra do Heroismo

ÁCIDO INDOLBUTIRÍCO E TAMANHO DE ESTACA DE RAIZ NA PRODUÇÃO DE MUDAS DE BACURIZEIRO (Platonia insignis MART.) INTRODUÇÃO

Colatina, ES. Apresentado na. 29ª Semana Agronômica do CCAE/UFES - SEAGRO à 21 de Setembro de 2018, Alegre - ES, Brasil

PROJETO E ANÁLISES DE EXPERIMENTOS (PAE) EXPERIMENTOS COM UM ÚNICO FATOR E A ANÁLISE DE VARIÂNCIA

ESTUDO DA INFLUÊNCIA DA RAIZ NUA E DA RAIZ PROTEGIDA NA COUVE FLOR

07 AVALIAÇÃO DO EFEITO DO TRATAMENTO DE

Palavras-chave: Anacardium occidentale, resistência varietal, praga, Anthistarcha binocularis.

TOXICIDADE DE REDUTOR DE CRESCIMENTO NA CULTIVAR BRS PARDELA. Posta 231, Cep , Londrina-PR. *

EFEITO DO ESTRESSE SALINO NA GERMINAÇÃO E DESENVOLVIMENTO INICIAL DE PLÂNTULAS DE FEIJÃO CAUPI. Apresentação: Pôster

PERDAS POR APODRECIMENTO DE FRUTOS EM LINHAGENS E CULTIVARES DE ALGODOEIRO NO OESTE DA BAHIA - SAFRA 2005/2006 1

42º Congresso Bras. de Medicina Veterinária e 1º Congresso Sul-Brasileiro da ANCLIVEPA - 31/10 a 02/11 de Curitiba - PR 1

DETERMINAÇÃO DA EFICIÊNCIA DE FILTRAGEM DE UM FILTRO ARTESANAL DE TELA

AVALIAÇÃO DA ACEITABILIDADE DE PÃES DOCE ENRIQUECIDOS COM MORINGA OLEÍFERA LAM. (MORINGACEAE)

Susceptilidade de Variedades Copa e Porta-enxerto de Citros ao Ácaro-dafalsa-ferrugem

Infestação de Holopotripes fulvus em cajueiro-anão (1).

XXIX CONGRESSO NACIONAL DE MILHO E SORGO - Águas de Lindóia - 26 a 30 de Agosto de 2012

Efeito da temperatura de armazenamento e de fitoreguladores na germinação de sementes de maracujá doce e desenvolvimento inicial de mudas

Descongelamento do Sêmen Bovino

SOMA E PRODUTO DAS RAÍZES DA EQUAÇÃO QUADRÁTICA: CONHECER PARA APLICAR

Avaliação de substratos alternativos no cultivo de pimentão em sistema hidropônico.

Praticidade que atrapalha

AVALIAÇÃO DO MICROCLIMA GERADO NO INTERIOR DE ESTUFAS COBERTAS COM PEBD E PVC NA REGIÃO DE PIRACICABA, SP. RESUMO

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO

Definição de áreas de dependência espacial em semivariogramas

Faça no caderno Vá aos plantões

COBRE E ZINCO NO SOLO E NA FITOMASSA NO DÉCIMO ANO DO USO DE SISTEMAS DE MANEJO DO SOLO ASSOCIADOS A FONTES DE NUTRIENTES 1 INTRODUÇÃO

COMPORTAMENTO DE ALGUMAS CULTIVARES DE FIGUEIRA NA REGIÃO DE BEJA (2003)

DESENVOLVIMENTO INICIAL DE SORGO FORRAGEIRO SOB DIFERENTES TIPOS DE COBERTURA DO SOLO INITIAL DEVELOPMENT OF SORGHUM IN DIFFERENT SOIL COVERAGE

POPULAÇÃO DE PLANTAS DE MILHO IRRIGADO POR ASPERSÃO EM SISTEMA PLANTIO DIRETO RESUMO

XXIX CONGRESSO NACIONAL DE MILHO E SORGO - Águas de Lindóia - 26 a 30 de Agosto de 2012

Produção de grãos de milho e atributos químicos de solo influenciados pela aplicação de escória de siderurgia em um Latossolo Amarelo distrófico

VII BENEFÍCIOS DO RESFRIAMENTO EM GRÃOS DE CAFÉ

Noções Básicas de Medidas e Algarismos Significativos

ESTATÍSTICA APLICADA. 1 Introdução à Estatística. 1.1 Definição

CROP PROTECTION. Depto. Fitossanidade, FCAV/UNESP, Via de Acesso Prof. Paulo Donato Castellane, s/n o, , Jaboticabal, SP 2

têm, em média 13 anos. Se entrar na sala um rapaz de 23 anos, qual passa a ser a média das idades do grupo? Registree seu raciocínio utilizado.

REDUÇÃO DO CONSUMO FOLIAR DE

VII Congresso Interinstitucional de Iniciação Científica CIIC a 15 de agosto de 2013 Campinas, São Paulo

Textura do Endosperma e Maturidade Alteram Parâmetros Físicos de Grãos de Milho

INFLUÊNCIA DA IRRIGAÇÃO E COBERTURA MORTA DO SOLO NAS CARACTERÍSTICAS AGRONÔMICAS DE MILHO

RESUMO SUMMARY INTRODUÇÃO

XIX CONGRESSO DE PÓS-GRADUAÇÃO DA UFLA 27 de setembro a 01 de outubro de 2010

3 Teoria dos Conjuntos Fuzzy

Physiological and performance in overcoming dormancy in seeds Brachiaria brizantha under artificial chemical treatment and aging

DESENVOLVIMENTO DE ALTERNATIVAS DE GERENCIAMENTO E DISPOSIÇÃO FINAL DE RESÍDUOS SÉPTICOS. Objetivos

Anais do Congresso de Pesquisa, Ensino e Extensão- CONPEEX (2010)

ANÁLISE DE COMPONENTES PRINCIPAIS APLICADA À CIÊNCIA DE ALIMENTOS: ESTUDO DE CASO COM PEQUI

APLICAÇÃO DE ABAMECTINA COMO ALTERNATIVA DE CONTROLE QUÍMICO DO NEMATÓIDE-DAS-GALHAS EM MELÃO

PARTE I. LISTA PREPARATÓRIA PARA RECUPERAÇÃO FINAL MATEMÁTICA (8º ano)

Hortic. bras., v.29, n. 2 (Suplemento - CD ROM), julho 2011

APLICAÇÃO DO LODO DE ESGOTO NA CULTURA DO ALGODOEIRO HERBÁCEO. I FITOMASSA AÉREA

RESUMO INTRODUÇÃO. 17 Workshop de Plantas Medicinais do Mato Grosso do Sul/7º Empório da Agricultura Familiar

AVALIAÇÃO DA TAXA DE GERMINAÇÃO À CAMPO DA CULTURA DA MAMONA

ESCOLA SECUNDÁRIA COM 3º CICLO D. DINIS COIMBRA 10º ANO DE ESCOLARIDADE MATEMÁTICA A FICHA DE AVALIAÇÃO Nº 5. Grupo I

NO CLIMA DE PIRACICABA. RESUMO

Cultivares, épocas de plantio e componentes da produção no consórcio de algodão e amendoim

ISSN Maio, Impacto do arranjo de plantas sobre a incidência, a severidade e o controle das principais doenças da soja

Modelos BioMatemáticos

DESENVOLVIMENTO DO CAFEEIRO IRRIGADO POR GOTEJAMENTO SUBMETIDO A DIFERENTES LAMINAS DE AGUA MAGNETIZADA

Desempenho de mudas de alface crespa em diferentes substratos e doses de bioestimulante (1).

GERMINAÇÃO DE PRUNUS PERSICA CV. OKINAWA EM DIFERENTES SUBSTRATOS

Teoria de Linguagens 2 o semestre de 2014 Professor: Newton José Vieira Primeira Lista de Exercícios Entrega: até 16:40h de 23/10.

FULLAND (FOSFITO DE COBRE): CONTROLE DA FERRUGEM E CERCOSPORIOSE DO CAFEEIRO E ABSORÇÃO DE COBRE PELAS FOLHAS.

2º Simpósio de Integração Científica e Tecnológica do Sul Catarinense SICT-Sul ISSN

EQUAÇÃO DO 2 GRAU. Seu primeiro passo para a resolução de uma equação do 2 grau é saber identificar os valores de a,b e c.

VICDRYER UM PROGRAMA COMPUTACIONAL PARA SIMULAÇÃO DE SECAGEM DE CAFÉ EM ALTAS TEMPERATURAS

Marcus Vinícius Dionísio da Silva (Angra dos Reis) 9ª série Grupo 1

Germinação de Sementes de Diferentes Espécies de Eucalipto sob Estresse Hídrico Simulado por Manitol

Seleção preliminar de rizóbios para inoculação em leguminosas utilizadas como adubo verde

Crescimento radicular e absorção de micronutrientes do feijoeiro em razão da calagem

FONTES E DOSES DE SUBSTÂNCIAS HÚMICAS NA QUALIDADE DE MUDAS DE ALFACE Paulo Sérgio Santos Silva 1 ; Dr. Rubens Ribeiro da Silva 2

MACROFAUNA EDÁFICA SOB DIFERENTES AMBIENTES EM LATOSSOLO DA REGIÃO DO AGRESTE

AVALIAÇÃO DE NÍVEIS DE BIOSSÓLIDO NO SUBSTRATO PARA PRODUÇÃO DE MUDAS DE Solanum pseudo-quina

Vitória da Conquista, 10 a 12 de Maio de 2017

Hewlett-Packard PORCENTAGEM. Aulas 01 a 04. Elson Rodrigues, Gabriel Carvalho e Paulo Luiz Ramos

INFLUÊNCIA DO TEMPO DE ARMAZENAMENTO DE SEMENTES NO VIGOR DE PLANTULAS DE CALÊNDULA

SOCIEDADE EDUCACIONAL DE SANTA CATARINA INSTITUTO SUPERIOR TUPY

DEFICIÊNCIA HÍDRICA: ESTUDO DE AGENTES OSMÓTICOS E TAMANHO DE SEMENTES

, Baú, João Monlevade- MG. Resumo

8/6/2007. Dados os conjuntos: A={0,1} e B={a,b,c},

Scientia Agraria ISSN: Universidade Federal do Paraná Brasil

Germinação de sementes de Ocotea odorifera (Vell.) Rohwer: temperatura de incubação e tratamentos pré-germinativos

INFORMAÇÃO COLORIMÉTRICA DE MORANGOS REVESTIDOS COM AMIDO MODIFICADO

Manejo do nitrogênio em trigo para alta produtividade e qualidade de grãos

Seleção de Actinomicetos Antagonistas para Aiocontrole de Colletotrichum Sublienolum, Agente Causal da Antracnose do Sorgo

1 Distribuições Contínuas de Probabilidade

Comportamento de Variedades de Uvas sem Sementes Sobre Diferentes Porta-Enxertos no Vale do São Francisco

ÍNDICE DE CONFIANÇA DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO

Após encontrar os determinantes de A. B e de B. A, podemos dizer que det A. B = det B. A?

Transcrição:

EXTRTO DE NEEM E CRVO D ÍNDI NO CONTROLE DE ZROTES SUFSCITUS (OHEMN) (COLEOPTER: RUCHIDE) EM SEMENTES DE FEIJÃO RMZENDO etriz guir Jordão Prnhos 1 ; Ceci Cstilho Custódio 2 ; Nelson ros Mchdo Neto 2 ; lendro Sntn Rodrigues 3 1 Pesquisdor EMRP Petrolin <jordo@cpts.emrp.r>; 2 Professores Doutores do Deprtmento de iologi Vegetl e Fitossnidde d Universidde do Oeste Pulist. Rodovi Rposo Tvres, Km 572; CEP 19.67-175, Presidente Prudente SP>; 3 luno de Grdução em gronomi. RESUMO O cruncho do feijão Zrotes sufscitus é considerdo principl prg de rmzenmento. O ojetivo deste trlho foi estudr métodos lterntivos no controle do Zrotes sufscitus em feijão, utilizndo extrto de neem (zdircht indic) e crvo d índi (Cryophyllus romticus L.). Pr tnto form utilizdos 4 trtmentos: controle, solução quos de neem 1% (,5ml óleo de neem.kg -1 de feijão), 25g de crvo d índi.kg -1 de feijão e Gstoxin (,11g fosfeto de lumínio.kg -1 de feijão). O experimento foi instldo em delinemento inteirmente csulizdo, com 4 repetições por trtmento, sendo vlido ntes e pós plicção dos produtos por contgem no número de dultos vivos e mortos, número de pups, ovos e porcentgem de grãos infestdos. O óleo emulsionável de neem não promoveu efeito negtivo sore o Zrotes sufscitus, enqunto o crvo d índi provocou morte de dultos e diminuiu postur, com resultdos semelhntes o Gstoxin, podendo ser recomenddo como trtmento lterntivo. Plvrs chve: Zrotes sufscitus; grão rmzendo; Phseolus vulgris; zdircht indic. Neem extrct nd Indin spice to control Zrotes sufscitus (ohemn) (Coleopter: ruchide) in storge en seeds STRCT The en weevil (Zrotes sufscitus) is considered the principl storge pest of ens. The ojective of this work ws the study of lterntives to control the Zrotes sufscitus in ens, using neem seed (zdircht indic) extrct nd Indin spice (Cryophyllus romticus L.). Four tretments were used: control; 1% queous neem solution (,5ml neem oil.kg -1 of en seed), 25g of spice in one kg of en seed nd Gstoxin (,11g luminum phosphet.kg -1 of en seed). The experiment ws instlled s totlly rndom, with four repetitions per tretment. Evlutions were done efore nd fter ppliction of the products, nd they were live or ded dult numer, numer of pupe, eggs nd percentge of infested seeds. Neem oil did not ffected negtively Zrotes sufscitus, ut Indin spice increse the dult deth nd decresed the numer of lid eggs, with results similr to Gstoxin. Spice could e used s lterntive to the tretment of en seeds. Key Words: Zrotes sufscitus; stored grin; Phseolus vulgris; zdircht indic. Colloquium grrie, v. 1, n.1, set. 25, p. 1-7. DOI: 1.5747/c.25.v1.n1.1 1

INTRODUÇÃO Ns regiões tropicis d méric Ltin o cruncho do feijão, Zrotes sufscitus (ohemn), é considerdo principl prg do feijão rmzendo, sendo tmém encontrdo em regiões de clim temperdo e frio (Rosseto, 1996). Os dnos são decorrentes d penetrção e limentção ds lrvs no interior dos grãos, provocndo perds de peso, redução do vlor nutritivo e do gru de higiene do produto, pel presenç de excrementos, ovos, exúvis e insetos. lém disso, o poder germintivo ds sementes pode ser reduzido ou totlmente perdido. Estim-se que s perds de feijão com est prg são superiores 35%, e no rsil, entre 7 e 17% (Gllo et. l., 1988). s fêmes colocm de 22,2 55,9 ovos sore s cscs dos feijões, entre o segundo e terceiro di de idde e, ssim que s lrvs eclodem penetrm nos grãos e deles se limentm té empuprem. O ciclo do ovo té emergirem os dultos vri de 24,5 36 dis, sendo que os mchos vivem de 13,8 18,8 dis e s fêmes de 1,9 13,3 dis. rzão sexul vri de,53,55 (Ferreir, 196; Crvlho & Rosseto, 1968; Wnderley & Oliveir, 1992; Pcheco & Pul, 1995). necessidde de lterntivs pr os métodos químicos convencionis, pressiond pel crescente cornç d sociedde por métodos menos gressivos o meio miente, estimul usc de novos métodos pr o controle dos crunchos (Lr, 1991). pesr do esforço de pesquisdores, não têm sido encontrdos níveis stisftórios de resistênci o Zrotes sufscitus em cessos de feijão cultivdo (Oliveir et. l., 1979; Rego et. l., 1986; Orini et. l., 1996). Métodos de controle menos gressivos começm gnhr tenção dos pesquisdores. Oliveir et l. (1999) estudrm, pr o controle de Z. sufscitus vivendo em grãos de feijoeiro comum, pós de piment, de folhs de cnel e louro e csc de pero, e destcrm importânci do pó de piment e folhs de cnel que cusrm 1 e 98% de mortlidde do cruncho, respectivmente. Oliveir & Vendrmim (1999) estudrm pós e óleos sore Z. sufscitus vivendo em grãos de feijão fv e otiverm resultdos que mostrrm que os óleos de cnel, louro e neem, em como, o pó de folh de louro form lterntivs promissors pr o controle de Z. sufscitus em feijão fv rmzendo. Com vists os prejuízos cusdos pel prg e dinte d necessidde de lterntivs de controle, que não deixem resíduos e que sejm menos tóxics o homem e o miente, ojetivouse, com esse trlho, verificr o efeito negtivo do extrto de neem e crvo d índi, sore o Zrotes sufscitus ns fses de ovos, pups e dultos em grãos rmzendos de Phseolus vulgris L. MTERIL E MÉTODOS O experimento foi relizdo no período de 4/4/21 9/6/21 no lortório de Entomologi d Universidde do Oeste Pulist (UNOESTE), no Município de Presidente Prudente/SP. Utilizrm-se 16 comprtimentos de polietileno com cpcidde de 1kg cd, onde form colocdos 8g de grãos de feijão intctos e 2g de feijão infestdo com Zrotes sufscitus. Os dois tipos de feijão form misturdos e em Colloquium grrie, v. 1, n.1, set. 25, p. 1-7. DOI: 1.5747/c.25.v1.n1.1 2

seguid os comprtimentos form veddos com filme de PVC onde form feitos pequenos furos, com lfinete, pr permitir s trocs gsoss. pós o prepro dos comprtimentos, os mesmos form colocdos sore um ncd, com um ord de lgodão pr impedir o tque de formigs, dentro do lortório. pós 15 dis foi feit primeir vlição pr verificr populção de Zrotes sufscitus nos comprtimentos. Como infestção ind estv ix esperou-se por mis vinte dis e relizou-se novmente vlição. Form vlidos os seguintes prâmetros: número de dultos vivos e mortos, número de ovos, número de pups de Zrotes sufscitus e porcentgem de grãos infestdos. Pr colet e mostr de grãos dentro de cd comprtimento, pós mistur mecânic dos grãos, foi utilizdo um copo de 25ml. Do volume de grãos coletdos no copo, contrm-se, os dultos vivos e mortos, depois form seprdos letorimente 1 grãos, nos quis form vlidos os números de ovos, de pups e porcentgem de grãos infestdos. Em seguid os grãos form devolvidos os respectivos comprtimentos e estes form veddos com filme de PVC, e colocdos novmente sore ncd. Imeditmente pós segund vlição foi relizd plicção dos seguintes trtmentos, com 4 repetições por trtmento. Trtmento C: nestes comprtimentos não form plicdos produtos, servindo como testemunh fim de vlir o efeitos dos demis produtos plicdos. Trtmento N: plicção de extrto de neem,5ml.kg -1 de feijão utilizndo-se solução quos de óleo de neem 1% que foi pulverizd sore todos os grãos (5ml de solução.kg -1 de semente). Os comprtimentos que receerm esse trtmento, ficrm expostos o sol por 15 minutos pr secr os grãos e evitr o precimento de fungos e ctéris. Trtmento F: plicção de Gstoxin um dosgem de,11g de fosfto de lumínio.kg -1 de feijão. Trtmento CR: nesse trtmento foi utilizdo crvo d índi, onde form colocdos 25g.Kg -1 de feijão, os quis form distriuídos homogenemente entre os grãos. Os comprtimentos dos trtmentos C, N e CR, pós plicção dos produtos, form veddos novmente com filme de PVC, e os comprtimentos do trtmento F, logo pós plicção do Gstoxin form veddos com tmps plástics, fim de promover um melhor efeito do produto. pós 72 hors s tmps plástics form sustituíds por filme de PVC. Um mês pós plicção dos trtmentos foi relizd nov vlição em todos os comprtimentos, verificndo os mesmos prâmetros citdos nteriormente. Os ddos originis form trnsformdos [riz (x+,5)] pr normlizção, os quis foi plicd nálise de vriânci pelo teste F, em delinemento inteirmente csulizdo, trvés de rrnjo ftoril de 4(trtmentos) e 2(épocs de vlição). Qundo est presentouse significtiv prosseguiu-se com o teste Tukey 5%, pr comprção de médis. Utilizou-se o progrm computcionl SNEST (Zont et l., 1994) pr oter nálise esttístic e o EXCELL pr confecção dos gráficos. RESULTDOS E DISCUSSÃO trvés d nálise de vriânci relizd com os ddos d vlição feit ntes d plicção dos trtmentos pôde-se verificr que Colloquium grrie, v. 1, n.1, set. 25, p. 1-7. DOI: 1.5747/c.25.v1.n1.1 3

não houve diferenç esttístic significtiv entre s médis d populção de dultos vivos e mortos, número de ovos, número de pups e porcentgem de grãos infestdos por Z. sufscitus nos diferentes trtmentos (Tel 1). Isto mostrou que os comprtimentos contendo feijões infestdos com Z. sufscitus estvm em iguis condições pr inicir plicção dos trtmentos (controle, neem, Gstoxin e crvo d índi). Tel 1. nálise de vriânci pr os resultdos ds vlições ntes e pós plicção dos trtmentos, no que se refere o número de dultos vivos (V), mortos (M), ovos (O), pups (P) e porcentgem de grãos infestdos (%GI) por Z. sufscitus. Cuss vrição devlores de F CV (%) V ntes 2,166 n.s. 27,56 V pós 12,111 ** 32,53 M ntes 2,712 n.s. 23,32 M pós 5,145 * 2,27 O ntes,228 n.s. 15,11 O pós 9,56 ** 12,87 P ntes,119 n.s. 13,64 P pós,927 n.s. 1,48 % GI ntes 2,373 n.s. 17,47 % GI pós 1,719 n.s. 13,7 ** significtivo o nível de 1%; * significtivo o nível de 5%; n.s. não significtivo CV coeficiente de vrição N vlição relizd 3 dis pós plicção dos trtmentos, foi oservdo diferenç significtiv o nível de 1% n populção de dultos vivos e número de ovos e, o nível de 5% no número de dultos mortos encontrdos nos diferentes trtmentos. Pr o número de pups e pr porcentgem de grãos infestdos não houve diferenç esttístic significtiv entre s médis dos trtmentos, 3 dis pós plicção dos mesmos (Tel 1). Oservou-se que populção de Z. sufscitus vivos estv esttísticmente semelhnte em todos os comprtimentos ntes de serem plicdos os trtmentos e que, 3 dis pós plicção dos produtos, populção de Z. sufscitus vivos, no controle e no trtmento com neem, continuou crescer, presentndo-se esttísticmente superior às médis encontrds nos trtmentos com Gstoxin e crvo d índi (Figur 1). Em relção diferenç entre s médis ntes e pós plicção dos trtmentos pôde-se oservr que populção de dultos vivos de Z. sufscitus foi esttisticmente superior pós plicção do neem que ntes d plicção, mostrndo mis um vez que o neem não foi efetivo n dosgem estudd (Figur 1). Crunchos vivos 6 4,5 3 1,5 Controle Neem Gstoxin Crvo d índi ntes Trtmentos pós Figur 1. Número de Z. sufscitus vivos ntes e pós plicção dos trtmentos. s rrs, seguids de letrs distints, minúsculs entre os trtmentos e miúsculs dentro de cd trtmento, representm médis esttísticmente diferentes pelo Teste de Tukey 5% de significânci. Colloquium grrie, v. 1, n.1, set. 25, p. 1-7. DOI: 1.5747/c.25.v1.n1.1 4

Crunchos mortos 8 6 4 2 Controle Neem Gstoxin Crvo d índi Trtmentos ntes pós Figur 2. Número de Z. sufscitus mortos ntes e pós plicção dos trtmentos. s rrs seguids de diferentes letrs representm diferençs esttístics, entre os trtmentos dentro de cd vlição, pelo teste Tukey 5% de significânci. Oservou-se que populção de Z. sufscitus mortos foi semelhnte em todos os comprtimentos ntes de serem plicdos os trtmentos, e 3 dis pós plicção dos produtos populção de Z. sufscitus mortos, no controle, foi esttisticmente inferior à médi encontrd no trtmento com crvo d índi, estndo s médis dos trtmentos com neem e Gstoxin com vlores intermediários e semelhntes os demis trtmentos (Figur 2). De cordo com os resultdos otidos ns figurs 1 e 2, sugere-se que solução quos de neem não presentou efeitos negtivos sore populção de dultos de Z. sufscitus, por outro ldo o crvo d índi mostrou ser um método lterntivo no controle de dultos de Z. sufscitus já que não diferiu dos resultdos encontrdos no trtmento com Gstoxin. Os resultdos otidos, nesse estudo, com o neem contrdizem os otidos n litertur (Oliveir & Vendrmim, 1999; Srtie et l., 21) onde o neem eficientemente controlou crunchos. No entnto, um possível explicção pr o reduzido efeito negtivo do neem sore os dultos de Z. sufscitus e progênie pode estr relciond à dosgem plicd. Oliveir & Vendrmim (1999), usndo sementes de feijão fv, concluírm que o número de tques de insetos e repelênci umentrm diretmente com concentrção dos óleos e pós usdos em su pesquis. O óleo de neem proporcionou menor repelênci (29,6%) qundo utilizdo n menor concentrção (,5ml.Kg -1 semente) enqunto repelênci umentou pr 89,4% n dose mior (5ml.Kg -1 semente). Por outro ldo, espécie de cruncho e o tipo de grão rmzendo tmém são fundmentis. Srtie et l. (21) nlisrm o efeito de pós de piment e neem sore sorevivênci de dultos e sore progênie de cruncho do rroz (Sitophilus oryze), cujos resultdos mostrrm que pens o neem foi efetivo, tnto usdo como óleo (,5ml.Kg -1 de rroz) qunto em pó (,2g.Kg -1 de rroz). Neste cso dosgem efetiv de óleo de neem pr controlr o S. oryze foi 1 vezes menor que dosgem necessári pr o Z. sufscitus do feijão fv (5ml/kg de feijão) reltdo por Oliveir & Vendrmim (1999) e, n form de pó, dose de 3g.kg -1 de feijão (15 vezes mior do que encontrd pr controlr S. oryze) que ind não foi suficiente pr controlr o Z. sufscitus (Mzzonetto, 22). sedo nos resultdos encontrdos pr s diferentes espécies de insetos, pode-se dizer que eficiênci do neem, tnto n form de extrto como n form de pó, pode presentr vrições de cordo com o inseto lvo. Comprndo médi de ovos encontrdos nos trtmentos ntes e pós plicção dos produtos, pôde-se verificr que houve diferenç esttístic significtiv, entre s médis, pelo teste de Tukey, pens no trtmento Colloquium grrie, v. 1, n.1, set. 25, p. 1-7. DOI: 1.5747/c.25.v1.n1.1 5

com Gstoxin, ou sej, médi de ovos encontrd ntes d plicção foi esttisticmente mior que pós o trtmento, mostrndo que o Gstoxin presentou efeitos negtivos sore postur de ovos ds fêmes de Z. sufscitus (Figur 3). Número de ovos 1 8 6 4 2 Controle Neem Gstoxin Crvo d índi Trtmentos Figur 3. Número de ovos de Z. sufscitus ntes e pós plicção dos trtmentos. s rrs, seguids de letrs distints, minúsculs entre os trtmentos e miúsculs dentro de cd trtmento, representm médis esttisticmente diferentes pelo teste de Tukey 5% de significânci. Número de pups 32 24 16 8 Controle Neem Gstoxin Crvo d índi Trtmentos ntes pós Os trtmentos com Gstoxin e crvo d índi não presentrm diferençs significtivs n postur de ovos entre si, ms qundo comprdos com o controle, pôde-se oservr que houve diminuição n postur relizds pels fêmes de Z. sufscitus qundo trtds com Gstoxin e crvo d índi (Figur 3). Oservou-se que o número de pups e porcentgem de grãos infestdos com Z. sufscitus nos diferentes trtmentos ntes e pós plicção dos produtos não presentrm diferençs esttisticmente significtivs (Figurs 4 e 5). Grãos infestdos (%) 24 18 12 6 Controle Neem Gstoxin Crvo d índi Trtmentos ntes pós Figur 5. Porcentgem de grãos infestdos com Z. sufscitus ntes e pós plicção dos trtmentos. s rrs, seguids de diferentes letrs representm diferençs esttístics, entre os trtmentos dentro de cd vlição, pelo teste Tukey 5% de significânci. Figur 4. Número de pups de Z. sufscitus ntes e pós plicção dos trtmentos. s rrs, seguids de diferentes letrs representm diferençs esttístics, entre os trtmentos dentro de cd vlição, pelo teste Tukey 5% de significânci. Os resultdos mostrrm que solução quos de neem não foi eficiente no controle de Z. sufscitus, sugere-se, no entnto, que se desenvolvm novs pesquiss, com dosgens mis lts deste extrto pr verificr se serão eficzes contr est prg. Colloquium grrie, v. 1, n.1, set. 25, p. 1-7. DOI: 1.5747/c.25.v1.n1.1 6

Por outro ldo, doses mis ixs de crvo d índi devem ser testds no controle de Z. sufscitus em feijão rmzendo, pr verificr se doses menores tmém possuem efeito negtivo n sorevivênci desse cruncho. CONCLUSÕES solução quos de neem,,5ml óleo de neem.kg -1 de feijão, não presentou efeito negtivo os dultos de Zrotes sufscitus, em grãos de feijão, enqunto o crvo d índi foi efetivo no controle d prg, podendo ser utilizdo, n dose de 25g.Kg -1 de grão de feijão rmzendo. REFERÊNCIS ILIOGRÁFICS CRVLHO, R.P.L.; ROSSETO, C.J. iologi de Zrotes sufscitus (ohemn) (Coleopter, ruchide). Revist rsileir de Entomologi, v.13, p.15-117, 1968. FERREIR,.M. Susídios pr o estudo de um prg do feijão (Zrotes sufscitus oh. - Coleopter ruchide) dos clims tropicis. Grci de Ort, v.8, n.3, p.559-581, 196. GLLO, D.; NKNO, O.; SILVEIR NETO, S.; CRVLHO, R.P.L.; TIST, G.C.; ERTIFILHO, E.; PRR, J.R.P.; ZUCCHI, R..; LVES, S..; VENDRMIM, J.D. Mnul de Entomologi grícol. 2ª ed. São Pulo: gronômic Ceres, 1998. 649 p. LR, F.M. Princípios de Resistênci de Plnts Insetos. São Pulo: Ícone, 1991. 336 p. MZZONETTO, F. Efeito de genótipos de feijoeiro e de pós de origem vegetl sore Zrotes sufscitus (oh.) e cnthoscelides otectus (Sy) (Col.: ruchide). Tese de Doutordo, ESLQ, Universidde de São Pulo, Pircic, 134p, 22. OLIVEIR,.M.; PCOV,.E.; SUDO, S.; ROCH,.C.M.; RCELLOS, D. F. Incidênci de Zrotes sufscitus ohermn, 1833 e cnthoscelides Otectus Sy 1831 em diversos cultivres de feijão rmzendo (Col. ruchide). nis d Sociedde Entomológic do rsil, v.8, n.1, p. 47-55, 1979. OLIVEIR, J.V. de; VENDRMIM, J.D. Repelênci de óleos essenciis e pós vegetis sore dultos de Zrotes sufscitus (oh.) (Coleopter: ruchide) em sementes de feijoeiro. nis d Sociedde Entomológic do rsil, v.28, n.3, p. 549-555, 1999. OLIVEIR, J.V. de; VENDRMIM, J.D.; HDDD, M. de L. iotividde de pós vegetis sore o cruncho do feijão em grãos rmzendos. Revist de gricultur Pircic, v.74, n.2, p. 217-228, 1999. http://dx.doi.org/1.159/s31-8591999326 ORINI, M.. de G.; LR, F.M.; OIÇ JUNIOR,.L. Resistênci de genótipos de feijoeiro Zrotes sufscitus (oh.) (Coleopter: ruchide). nis d Sociedde Entomologi do rsil, v.25, n.2, p.213-216, 1996. PCHECO, I..; PUL, D.C. de Insetos de grãos rmzendos: identificção e iologi. Cmpins: Crgill, 1995. 229p. REGO,.F.M.; VEIG,.F.S.L.; RODRIGUES, Z..; OLIVEIR, M.L. de; REIS, O.V. Efeitos d incidênci do Zrotes sufscitus ohemn, 1833 (Col. ruchide) sore genótipos de Phseolus vulgris L. nis d Sociedde Entomológic do rsil, v.15, p.53-69, 1986. Suplemento. ROSSETO, C.J. Sugestões pr rmzenmento de Grãos no rsil. O gronômico, v.28, p.38-51, 1996. SRTIE,.; MCGILL,.C.; CRPENTER,.; EPENHUIJSEN, K.V.; KOOLRD, J. n evlution of the effectiveness of otnicls in controlling rice weevil (Sitophilus oryze) during rice seed storge nd their effect on seed viility. In: 26 th Interntionl Seed Testing Congress Seed Symposium, 21, ngers Frnç. Proceedings of 26 th Interntionl Seed Testing Congress Seed Symposium. Zurich: IST, 21. p.39. VNDERLEY, V.S.; OLIVEIR, J.V. Influênci do número de sementes Phseolus vulgris L, e Vign unguicult (L) Wlp. n iologi de Zrotes sufscitus (oh., 1833). (coleopter, ruchide). Cderno Ômeg, n.4, p. 167-182, 1992. ZONT, E.P.; MCHDO,.D.; SILVEIR Jr., P. Sistems de nálise esttístic pr microcomputdores - SNEST. Pelots: UFPel, 1984. (Registro SEI n o 666-, Ctegori O). Colloquium grrie, v. 1, n.1, set. 25, p. 1-7. DOI: 1.5747/c.25.v1.n1.1 7