1.1.!Coesão!referencial! 1.!Coesão!Textual! 1.2.!Substituição!e!Elipse! 1.3.!Conjunção!



Documentos relacionados
RESENHA DE COHESION IN ENGLISH,

Agrupamento de Escolas de Porto de Mós Informação-Prova de Equivalência à Frequência

Hans J. Vermeer Skopos and commission in translational action

A posição deste Conselho vai expressa na seguinte. Deliberação

PROVA DE EQUIVALÊNCIA À FREQUÊNCIA DE INGLÊS

INFORMAÇÃO PROVA DE EQUIVALÊNCIA À FREQUÊNCIA INGLÊS LE I (2 anos) 2015

ENSINO SECUNDÁRIO CRITÉRIOS ESPECÍFICOS DE AVALIAÇÃO DE INGLÊS ANO LETIVO DE 2013/2014

Informação Prova de Equivalência à Frequência Agrupamento de Escolas de ANTÓNIO NOBRE. DISCIPLINA: Inglês CÓDIGO DA PROVA: 358

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS

ESCOLA BÁSICA FERNANDO CALDEIRA Currículo de Português. Departamento de Línguas. Currículo de Português - 7º ano

1 Introdução. 1.1 Apresentação do tema

COMENTÁRIOS DA UGT AO DOCUMENTO PACTO PARA O EMPREGO GRUPO DE TRABALHO PARA A QUALIFICAÇÃO E O EMPREGO

Escola Secundária Dr. João Manuel da Costa Delgado

Parecer. Conselheiro/Relator: Maria da Conceição Castro Ramos

Programa Educativo Individual

Análise e Concepção de Sistemas de Informação

DGEstE Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares Direção de Serviços da Região Centro

OS MECANISMOS DE COESÃO EM CAMPANHAS DE SAÚDE

SITUAÇÃO DE PRODUÇÃO DA RESENHA NO ENSINO SUPERIOR

2.º Ciclo do Ensino Básico (Decreto-Lei n.º 139/2012, de 5 de julho)

INGLÊS cont. Código 367 abril 2015

Medidas de Controlo de Incidentes de Segurança Informática

Gabarito de Inglês. Question 6. Question 1. Question 7. Question 2. Question 8. Question 3. Question 9. Question 4. Question 10.

Informação-Exame de Equivalência à disciplina de: INGLÊS (LE I) Prova Oral e Prova Escrita

Manual do Revisor Oficial de Contas. Directriz de Revisão/Auditoria 300 ÍNDICE

4 ESTRUTURA E APRESENTAÇÃO DE ARTIGO CIENTÍFICO

A Educação Bilíngüe. » Objetivo do modelo bilíngüe, segundo Skliar:

A Gestão, os Sistemas de Informação e a Informação nas Organizações

Artigo 4.º Regime excecional de avaliação

Protocolo de Acordo entre o Ministério da Educação e o Sindicato Nacional dos Professores do Ensino Secundário

PARFOR 2014 CURSO INTENSIVO DE ATUALIZAÇÃO DE PROFESSORES DE PORTUGUÊS LÍNGUA MATERNA FLUP

QFD: Quality Function Deployment QFD: CASA DA QUALIDADE - PASSO A PASSO

Engenharia de Software III

Sistema de Monitorização e Avaliação da Rede Social de Alcochete. Sistema de Monitorização e Avaliação - REDE SOCIAL DE ALCOCHETE

Grice, o que é dito e o que é comunicado

Estudo de um Sistema de Gêneros em um Curso Universitário

Política de Comunicação do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) - PCS

INICIAÇÃO À INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA I E II

(Nos termos do Despacho Normativo 6-A/2015, de 5 de março)

Prova Escrita + Oral de Inglês

A troca consiste no acto de obtermos qualquer coisa que desejamos, oferecendo algo desejado pela outra parte, em compensação. A necessidade de trocar

PRIORIDADES NO EXERCÍCIO DOS PODERES SANCIONATÓRIOS

Agrupamento de Escolas de S. Pedro do Sul Escola-sede: Escola Secundária de São Pedro do Sul

Caracterização dos cursos de licenciatura

COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL

Agrupamento de Escolas de S. Pedro do Sul Escola-sede: Escola Secundária de São Pedro do Sul

sistemas de informação nas organizações

Grupo de Coordenação da Transição da Administração da IANA Solicitação de Propostas

ISO 9000:2000 Sistemas de Gestão da Qualidade Fundamentos e Vocabulário. As Normas da família ISO As Normas da família ISO 9000

INFORMAÇÃO PROVA DE EQUIVALÊNCIA À FREQUÊNCIA

Quadro 2 Distribuição temporal das partes do teste. Pausa para recolha e distribuição de material

AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO

INGLÊS PROVA DE EXAME FINAL DE ÂMBITO NACIONAL DE. Nível de Continuação. Data: Número do Processo: SE.04.19/ º Ano de Escolaridade

GRUPO DISCIPLINAR DE INGLÊS Critérios de Avaliação. Ano letivo 2015/2016

PROVA 358. (Dec.- Lei n.º 139/2012, de 5 de julho) 2014/ ª e 2.ª Fases

PROVA DE EQUIVALÊNCIA À FREQUÊNCIA [INGLÊS]

Como elaborar um Plano de Negócios de Sucesso

Observação das aulas Algumas indicações para observar as aulas

Indicadores Gerais para a Avaliação Inclusiva

Colégio Internato dos Carvalhos

INGLÊS Cont. Ano Letivo 2014/2015 INFORMAÇÃO. 11º Ano de Escolaridade. Prova Pág. 1 de Objeto de avaliação

Agrupamento de Escolas de Terras de Bouro

Regulamento de Vigilâncias de Provas Escritas de Avaliação do DEEC

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS COMBINADAS

Guia de Estudo Folha de Cálculo Microsoft Excel

Gestão da Qualidade por Processos

INSTITUTO CAMPINENSE DE ENSINO SUPERIOR FACULDADE MAURÍCIO DE NASSAU CURSO DE ENFERMAGEM. NOME DOS ALUNOS (equipe de 4 pessoas) TÍTULO DO PROJETO


Desenvolvendo uma Arquitetura de Componentes Orientada a Serviço SCA

a) Caracterização do Externato e meio envolvente; b) Concepção de educação e valores a defender;

Processo de Implementação de um Sistema de Gestão da Qualidade

As informações apresentadas neste documento não dispensam a consulta da legislação referida e do Programa da disciplina.

REGULAMENTO DO XLV CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO HOSPITALAR

Processo do Serviços de Manutenção de Sistemas de Informação

INFORMAÇÃO- EXAME EXAME DE EQUIVALÊNCIA À FREQUÊNCIA INGLÊS 3º CICLO DO ENSINO BÁSICO 2012

Procedimentos para a divulgação de eventos no site da ECUM

Renata Aparecida de Freitas

NCE/14/01786 Relatório final da CAE - Novo ciclo de estudos

DEPARTAMENTO DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS

Comunicações e Informações

Modelos Conceptual e Mental

Superior Tribunal de Justiça

Negociação: conceitos e aplicações práticas. Dante Pinheiro Martinelli Flávia Angeli Ghisi Nielsen Talita Mauad Martins (Organizadores)

INSPECÇÃO-GERAL DA EDUCAÇÃO PROGRAMA AFERIÇÃO

. evolução do conceito. Inspecção 3. Controlo da qualidade 4. Controlo da Qualidade Aula 05. Gestão da qualidade:

Um sistema SMS 1 simplificado

Realizou-se dia 24 de Março, na Maia, nas instalações da Sonae Learning Center, a 6ª sessão da CoP, desta vez presencial.

REGULAMENTO DO PROGRAMA ADMINISTRAÇÃO ELETRÓNICA E INTEROPERABILIDADE SEMÂNTICA

XI Mestrado em Gestão do Desporto

Informação Prova de Equivalência à Frequência

Sistema para Visualização dos Resultados de Pesquisas de Clima Organizacional. PERSPECTIVA Consultores Associados Ltda.

MANUAL DE INSTRUÇÕES

Diagramas de Casos de Uso

Prova Escrita de Inglês

PROCEDIMENTOS DE MUDANÇA DE COMERCIALIZADOR - CONSULTA PÚBLICA -

Gestão da Qualidade. Identificação e Quantificação de Indicadores de Desempenho nos SGQ :12 Natacha Pereira & Sibila Costa 1

PROGRAMAÇÃO DE MICROPROCESSADORES 2011 / 2012

Análise de Sistemas. Conceito de análise de sistemas

Transcrição:

Assis Rosa, Alexandra. 2007b. Texto e Contexto em Tradução. ("Text and Context in Translation.") in: "And gladly wolde [s]he lerne and gladly teche." Homenagem a Júlia Dias Ferreira.Ed.TeresaF.A.Alves,MariaIsabelBarbudo,J.CarlosVianaFerreira,AlexandraAssis Rosa,RitaQueirozdeBarrosandIsabelM.F.Mealha.Lisboa:EdiçõesColibri.73X84. TextoeContextoemTradução AlexandraAssisRosa FaculdadedeLetraseCEAUL/ULICES;UniversidadedeLisboa Antes de iniciar o trabalho sobre o tópico deste ensaio, julgo oportuno referir os motivos que me levaram a escolhêxlo: porquê tratar a Análise Textual em Tradução? Porumlado,foipelamãodaProfessoraDoutoraJúliaDiasFerreiraque, como aluna finalistadelínguaseliteraturasmodernasxestudosinglesesealemães,pelaprimeira vez, estudei Análise Textual e, mais particularmente, aquele que constitui o maior contributoparaadescriçãodacoesãotextualeminglês:omodeloquem.a.k.hallidaye R.Hasanpropõemnaobra Cohesion(in(English (1976). Poroutrolado,foitambémpor sua sugestão que iniciei o ensino da disciplina de Análise Textual (Inglês), que até então leccionara no Curso de Especialização em Tradução (FLUL). O ensino da Tradução cruzaxse assim com a Análise Textual, e, para mim, também sempre com o incentivo,oapoioeaamizadequereconhecidamente agradeçoàhomenageadadeste volume. 1.CoesãoTextual TerásidoRomanJakobson(1960) dosprimeirosautoresafalardecoesãotextual,ao sugeriraimportânciadarepetiçãogeradoradeparalelismotextual.depoisdelecabe mencionar M.A.K. Halliday e R. Hasan, que, na sua obra Cohesion( in( English (1976), apresentam um modelo de coesão textual, posteriormente desenvolvido por Teun A. van Dijk, em Text( and( Context.( Explorations( in( the( Semantics( and( Pragmatics( of( Discourse.((1977),porRobertdeBeaugrandeeWolfgangDressler,em Introduction(to( Text(Linguistics (1981)e,aindaporMichaelHoeynaobraOn(the(Surface(of(Discourse( (1983)ePatterns(of(Lexis(in(Texts(1991). Como afirmam Halliday e Hasan, um texto definexse pelo facto de apresentar um conjuntoderelaçõesdesignificadoabarcadaspeloconceitosemânticodecoesão. Por outras palavras, para além de codificar sistematicamente factores da situação comunicativaemqueéusado(assimsendocoerenteemtermosderegisto),umtexto apresenta também marcas de coerência relativamente a si próprio, sendo dotado de sentidoedeunidade,ouseja,decoesão(hallidayehasan1976;mateus et(al. 2003: 87). Como unidade dotada de sentido, o texto apresenta um conjunto de propriedades designado como textualidade ou textura, que não depende somente de relações estruturais a um nível infraxfrásico pois decorre sobretudo de elos coesivos interx frásicos, de relações semânticas resultantes de processos operativos ao nível léxicox gramatical.acoesãoverificaxsesemprequeainterpretaçãodeumelementodiscursivo requeroconcursodeoutroelementodiscursivo(hallidayehasan,1976:11). 1 NapropostadeHallidayeHasan(1976),existemcincoprocessoprincipaisgeradores decoesão.sãoeles:areferência,asubstituição,aelipse,aconjunção(comoprocessos decoesãogramatical),eareiteraçãoeacoxocorrênciasemântica(comoprocessosde coesão lexical). Só posteriormente é que Halliday (1985) opta por integrar a substituiçãocomosubcategoriadeelipse. 1.1.Coesãoreferencial A interpretação de uma expressão que constitua elemento de referência só pode ser efectivadamedianterecursoaumelementopressuposto,estabelecendocomeleumelo coesivo. A continuidadedereferência, estabelecida por sequências ou cadeiasdetais elos,geracoesão. Areferênciaénormalmenteendofórica,umavezqueoelementopressupostointegrao texto, e encontraxse com frequência na frase imediatamente anterior, sendo então também anafórica. Porém, o elemento pressuposto pode também ocorrer posteriormente no texto, caso em que a referência se classifica como endofórica e catafórica.oelementopressupostopodeaindaserconstituídoporumaoumaisfrases, epodemesmonãoseencontrarnotextomassimnocontextosituacional.taiscasosde referênciaexofóricanãocontribuemparaacoesãodeumtexto,definidacomorelação semânticaentredoiselementostextuais. Hallidaye Hasan(1976)identificamtrêstiposdereferência: 1)pessoal(expressapor pronomes pessoais, pronomes e determinantes possessivos); 2) demonstrativa, que serveparaidentificaroreferente,localizandoxonumaescaladeproximidadetemporal e/ouespacial(expressaporpronomes,determinantesdemonstrativos,artigodefinido e advérbios); e 3) comparativa, que serve para manifestar identidade, semelhança, diferença e comparação quantitativa ou qualitativa (expressa por adjectivos e advérbios). 1.2.SubstituiçãoeElipse A substituição definexse como recurso a um elemento menor, que substitui um elemento maior, normalmente para evitar a repetição. Esta relação coesiva é normalmenteendofóricaeanafórica,eoperaaonívelgramaticalumavezquerelaciona palavras,sintagmasouorações. AelipsedefineXsecomoumespaçoestruturalembranco,emvirtudedeumprimeiro elementosersubstituídoporzero. Halliday e Hasan (1976) identificam três tipos de substituição e de elipse: nominal, verbaledeoração. 1.3.Conjunção Oselementosconjuntivosexpressamsignificadosquepressupõemerelacionamoutros componentesdodiscurso. Halliday&Hasanidentificamquatrotiposdeconjunção: 1) aditiva: que introduz informação adicional, ex. e; ainda; adicionalmente; além disso; igualmente;também;denovo;domesmomodo;pelamesmarazão(mateuset(al.,2003: 97; 104X105); 2) adversativa: que introduz um contraste entre a informação precedente e a seguinte, ex.: mas; ainda assim; mesmo assim; contudo; no entanto; contrariamente;pelocontrário(mateuset(al.,2003:98;104x105); 3)causal: quecria uma relação causal, ex. assim; e; consequentemente; pois; deste modo; em consequência;portanto;porconseguinte;porisso;porestarazão(mateuset(al.,2003: 2

98; 104X105); e 4) temporal: que estabelece uma ligação temporal, normalmente sequencial,ex.:e;antes;durante;então;entretanto;depois;emseguinda(mateuset(al., 2003:98;104X105). 1.4.Reiteração A coesão lexical ocorre quando duas expressões linguísticas, que partilham traços semânticosidênticosouopostos,ocorremnumtexto. DeacordocomHallidaye Hasan (1976), a reiteração consiste na repetição de uma expressão linguística já ocorrida (reiteraçãosimples),englobandoaindaorecursoasinónimos,hiperónimos,hipónimos, ou palavras gerais ( general words, como por exemplo: coisa ). Mantendo a cox referencialidade, a reiteração desempenha uma função semelhante à coesão referencial. 1.5.Co?OcorrênciaSemântica ACoXOcorrênciaSemânticaconsistenautilizaçãodepalavraseexpressõeslinguísticas declassesabertas,quenãosãocoxreferentes.épelofactodepertenceremaummesmo camposemânticoquetendemacoxocorrernumtexto. O reconhecimento dos elos coesivos, entre pares de elementos que estabelecem uma relaçãodecoesão,permitedelinearoperfilcoesivodeumtextoedescreverpadrõesde textura. Michael Hoey (1991) sugere que se proceda a uma análise qualitativa e quantitativadoseloscoesivosmedianteanumeraçãodasfrasesdotextoemanálise,a identificação das palavras e/ou expressões que realizam elos coesivos e ainda a identificaçãodotipodeelosqueestabelecem.assimsustentaserpossívelidentificaro graudecoesãolexicaldeumtextoeprocederaumaanálisecomparativa(quantitativa e qualitativa) do grau de coesão de textos diversos, que pode também revelarxse proveitosaemtradução. 2.CoesãoTextualemTradução Qualquerfalantepressupõequeumtextoécoesivo,ouseja,pressupõeaexistênciade relaçõessemânticasnumtexto,eosprocessoscoesivosnãofazemmaisdoquetornar explícitas essas relações na superfície textual. Contudo, segundo Gideon Toury, um aspecto relevante para fins tradutórios é o facto de esta ser uma expectativa frequentemente gorada nos textos traduzidos pois, como afirma ao formular a lei de padronização crescente, o texto traduzido tende a apresentar um menor grau de coesão: In translation, textual relations obtaining in the original are often modified, sometimes to the point of being totally ignored, in favour of [more] habitual optionsofferedbyatargetrepertoire.(toury,1995:268), Porém, Shoshana BlumXKulka que, no estudo Shifts of Cohesion and Coherence in Translation, sugere que o texto traduzido tenderá a tornar mais explícitos os elos coesivos,assimaumentandoograucoesãorelativamenteaotextodepartida: The process of interpretation performed by the translator on the source text mightleadtoatltextthatismoreredundantthanthesltext.thisredundancy can be expressed by a rise in the level of cohesive explicitness in the TL text. (BlumXKulka1986:300). 3 Contrariamente ao que poderia retirarxse de uma primeira leitura das afirmações destesdoisautores,traduzirnãoseresumeàrecriaçãodehomologiasformaisaonível daestruturacoesiva. Narealidade, aconsideraçãodotexto(tpetc)comoprocesso comunicativoemcontextoimplicaqueapreocupaçãodotradutornãodeveesgotarxse comaidentificaçãodecadeiascoesivasnotpecomasuatransferêncianotc. É naturalmente pertinente, como pretendem estes autores, proporcionar aos alunos uma formação sólida em Análise Textual, de modo a serem capazes de construir um texto de chegada (TC) cuja textualidade seja adequada ao perfil coesivo do texto de partida(tp).porém,aanálisedoperfilcoesivodotpedotcdeveconsiderartambém asnormasvigentesnaculturadepartidaedechegada eomodocomoosseusperfis coesivos funcionam em contexto. Desta consideração decorre que umdesvioformal não virá necessariamente desvirtuar o perfil coesivo do texto de partida (TP), analisadoemtermosdomodo comofuncionaemcontexto. Poroutraspalavras,uma competência de transferência devidamente formada levará o tradutor a considerar sempre unidades de tradução mais vastas, como o texto e a sua textura enquanto registos de uma interacção discursiva, sem perder de vista os significados comunicativos, pragmáticos e sócioxsemióticos que, como ocorrência comunicativa, transmitem.talobjectivoimplicasublinharacontextualidade/situacionalidadedouso linguístico,bemcomoasuanaturezasocialeinteraccional,ouseja,considerarotexto comoregistodeumprocessocomunicativoemcontexto. 3.Ocontexto Paraaidentificaçãoeponderaçãodefactorescontextuaisnaidentificaçãodasfunções evaloresquedeterminadosperfiscoesivosencerram,comafinalidadedeosrecriarno TC,importaidentificarparâmetrosquepermitamdefinirocontextodecadaprocesso comunicativo. SegundoDavidNunan(1993)ocontextoéasituaçãoemqueocorreodiscursoequeo enquadra. Podemosdistinguir, emprimeirolugar, umcontextoqueélinguísticoeque corresponde ao texto, às estruturas linguísticas usadas antes e depois da que nos ocupa. Em segundo lugar, podemos identificar um contexto extraxlinguístico, que é, portanto, nãoxlinguístico, experiencial e engloba em círculos concêntricos deâmbitos diversos:asituaçãocomunicativa,eocontextosocioculturalmaisvasto. Se considerarmos um diálogo presencial, uma interacção discursiva oral em que os participantesestãoempresençaunsdosoutros,estasituaçãocomunicativaenquadra, ainda segundo David Nunan: quem fala (o locutor); aquele a quem o locutor fala (o alocutário) e eventualmente também outros receptores e a relação entre estes participantes; o conhecimento de que dispõem; os pressupostos subjacentes à ocorrênciacomunicativa;otipodeocorrênciacomunicativa(palestra,aula,conversa); o tópico; o objectivo da ocorrência comunicativa; e o enquadramento: que inclui o lugar, hora do dia, estação do ano, aspectos físicos da situação (tamanho da sala, arrumaçãoespacial). Outrosautores, comodellhymes (1964), referemainda: o canal (comosemantémocontacto:fala,escrita,sinalização); o código (quelíngua,dialecto, registo); e a avaliação. Neste contexto situacional, os participantes desempenham papéisdeagente(hallidayehasan[1985]1989:57). 4

Por outro lado, o processo comunicativo decorre num contexto sociocultural mais alargado que corresponde à estrutura social que enquadra os participantes e a sua interacção,ocontextoqueétambémculturalelinguístico,abrangendoo conjuntode modeloscomportamentais(tambémlinguísticos)quesãotacitamenteaceites,eescalas de valores nas quais os signos usados em contexto apresentam uma valorização diversa, positiva ou negativa. No contexto sociocultural, os falantes detêm papéis sociais, que, segundo Lyons (1977: 575), correspondem a funções culturalmente condicionadas,relacionadascomoestatutosocial,institucionalizadasnumasociedade ereconhecidaspelosseusmembros,. 4.Ocontextoemtradução A importância destes factores contextuais para a recriação do perfil intratextual é sublinhada em duas das obras mais frequentemente citadas a propósito da Análise Textual em Tradução, como é o caso de Introduction( to( Text>Linguistics( (1981), de RobertdeBeaugrandeeWolfgangDressler, e ainda daobradechristianenord,text( Analysis(in(Translation(1991). BeaugrandeeDressler(1981)apresentam dois padrões estruturaisdatextualidade: a coesão e a coerência, para além de cinco padrões funcionais e situacionais da textualidade:ainformatividade,aintencionalidade,aaceitabilidade,asituacionalidade e a intertextualidade. Christiane Nord (1991) considera pertinentes para fins da Análise Textual em Tradução, factores intratextuais (como tema, conteúdo, pressuposição, composição textual, elementos nãoxverbais, léxico, estrutura frásica e traços suprassegmentais) e extratextuais (como emissor e produtor textual, intenção doemissor,receptoredestinatário,canal,espaço,tempo,motivoparaacomunicaçãoe função textual). Importante é o facto de defender a interrelação e interdependência destes factores intratextuais e extratextuais (Nord 1991: 138), aconselhando a sua consideraçãoconjunta. RegressandoàCoesãoTextualemtradução,emtermosformais,podemosidentificarna superfície textual elementos que constroem o perfil coesivo de um texto e que simultaneamenteassumemumdeterminadovalornocontextoemquesãousadospara interagir. Este é um aspecto que Beaugrande e Dressler (1981: 54X83) referem explicitamentepois,aoconsiderarosdiversosprocessosgeradoresdecoesãotextual, sublinham a importância do recurso à recorrência lexical, à recorrência parcial, ao paralelismoeàparáfrase,quandoéparticularmenterelevanteasseguraraestabilidade comunicativaeaexpressãodeumconteúdoexacto;poroutrolado,referemtambéma eficácia de processos como o uso de próxformas ou de elipse, quando o objectivo é abreviar e simplificar a forma como uma mensagem é transmitida, e do recurso à expressão de tempo e aspecto, da junção, da perspectiva frásica funcional ou da entoação,quandosepretendecontrolaraformacomooreceptorinterpretaotexto. O tradutor deparaxse com a necessidade de ponderar a recriação deste tipo de correlação no texto de chegada, e com a incontornável decisão de optar por uma homologia formal ou funcional. Seguindo as propostas dos autores citados, um contributo importante para a sua decisão será a análise do contexto situacional e socioculturalmaisvastoemqueaqueletciráfuncionarcomoprocessocomunicativo. Como afirmam Basil Hatim e Ian Mason, na sua obra de 1990, Discourse( and( the( Translator: 5 Once a written text is seen as an act of communication, negotiated between producer and receiver in the same way as conversation is, the way is open to regardingtextasprocessratherthanproduct,andtranslationasanoperation performed on a living organism rather than on an artefact as lifeless as the printedwordonthepageappearstobe.(hatimandmason1990:80) Aponderaçãodoscontextoslinguísticosgeradoresdetextura,querdotextodepartida, quer do texto de chegada, é decerto extremamente importante para fins tradutórios. TãoimportantequeésugeridoqueograuderecriaçãodeeloscoesivosnoTC,também relacionadocomaidentificaçãodaunidadedetradução,podecorrelacionarxsecomo graudeexperiênciadostradutorese/oucomofactodeteremformaçãoexplícitaem tradução(toury1995:270x271;malmkjaer1997:286). Aconsideraçãodaalteraçãodocontexto sociocultural é, também,muitorelevante na medida em que a necessidade de tradução interlinguística decorre normalmente da necessidade de traduzir um texto para outra língua, para que ele possa atravessar fronteiras que são não só linguísticas mas também culturais. Consequentemente, a actividade tradutória envolve uma transferência que resulta, por um lado, da necessidade de um texto funcionar para uma comunidade de falantes que frequentemente domina outra língua (que não é a do texto de partida). Contudo, por outrolado,resultatambémdofactodeoconjuntodeconhecimentosextraxlinguísticos aodispordacomunidadeleitoradotcpoderserconsideravelmentediferentequerdo mundo textual gerado pelo texto de partida quer dos conhecimentos que os destinatários do TP podem convocar para a sua interpretação. O grau variável de tolerânciaquesepodeesperarrelativamenteadeterminadosprocessoscoesivosausar numtextooralouescritoconstituitambémumfactorcontextualrelevanteparafinsda recriaçãodoperfilcoesivodeumtextoparticular. Contudo, os valores que fazemos corresponder aos parâmetros identificadores dos contextossituacionais,dequesãoregistoostextosdepartidaedechegada,nãoserão menosrelevantesparaoprocessotradutório.porexemplo,operfilcoesivo(qualitativo e quantitativo) de um texto pode correlacionarxse com a expectativa que o emissor/produtor textual constrói relativamente aos conhecimentos que pressupõe estaremaoalcancedoseudestinatário.alterandoxseestaexpectativa comoacontece quandoseproduzumtextotraduzidoparaumdestinatáriodistinto épossívelqueo perfil coesivo do texto se altere (em expansão ou redução) em conformidade. Na verdade,aconsideraçãodefactoresextratextuaiscomooqueseacabadereferirpode alterar consideravelmente a forma como analisamos o texto de partida e o texto de chegada a produzir. TornaXse, também, pertinente identificar precedências lógicas e cronológicasdeumrelativamenteaooutroparamelhorcompreenderosmomentosdo processotradutórioemqueumtradutorsepodesocorrerdaanálisetextual. 5.MomentosdoProcessoTradutório Avançandoentãoparaaconsideraçãodoprocessotradutório,váriosautorespropõem interpretaçõesdiversasdoprocessotradutórioqueacarretamaidentificaçãodevários momentos. ChristianeNord,naobrajácitada Text(Analysis(in(Translation,refereque, emestudosdetradução,oprocessotradutórioédefinidocomoumasequêncialinear deduasoutrêsetapas. 6

Algunsautores,comoWolframWilss(1977),propõemummodelobifásico, segundoo qualoprocessotradutórioseorganizanumasequênciacronológicadeduasfases,uma primeira de análise (descodificação, compreensão) e uma segunda fase de síntese (codificação,reconstruçãooureverbalização).naprimeirafase,otpélidoeanalisado; nasegundafaseosentidodotpéreverbalizadonalc,produzindoxseotc. AnáliseTP SínteseTC Figura1:omodelobifásicodoprocessotradutório Este modelo bifásico é, contudo, criticável pois sugere que a tradução é um mero processo de mudança de código linguístico, logo, que o tradutor só necessita de uma sólidacompetêncialinguísticanalpenalc. Outros autores como Eugene Nida (1975) acrescentam uma terceira fase, em que ocorremoperaçõesdetransferência,entreomomentodecompreensãoeomomentode reverbalização. Assim neste modelo trifásico temos: análise (descodificação), transferência(transcodificação)esíntese(recodificação).aprimeirafaseétambémde leituraeanálisedotp.nasegundafase,osentidodamensagemrecebidaérelacionado com a intenção da mensagem a transmitir pelo TC, o tradutor hierarquiza as informaçõesquedecidetransmitirnotcenalínguadechegada,e,portanto,estabelece estratégias tradutórias (nomeadamente em termos do tipo de equivalência que pretendeestabelecer). Na últimafase,asunidadesatransferirsãoorganizadasnotc quecorrespondeàsnecessidadesdoreceptorvisadodotc. AnáliseTP Transferência SínteseTC Figura2:omodelotrifásicodoprocessotradutório Este modelo trifásico sublinha a natureza comunicativa do processo tradutório que deve permitir a realização de comunicação, geralmente verbal, entre indivíduos que falamlínguasdiversas.énaturalmenteimportanteverificarqueestemodelosublinhaa importância da competência de transferência, logo, justifica a pertinência de uma licenciaturaedecursosdepósxgraduaçãoquecontribuemparaaformaçãoexplícitade tradutores. Porém, ambos os modelos referidos sublinham que a Análise Textual é aplicável ao texto de partida, sendo somente a análise do texto de partida que determina os critériosdetransferência. Se pensarmos na realidade que é o processo de tradução profissional, possivelmente concordamos com Christiane Nord (1991), quando propõe um modelo circular. Na verdade,nãoésóotpquefuncionacomoregistoescritodeumprocessocomunicativo em contexto, o TC também configura uma situação comunicativa, enquadrada num contextosocioculturaldeterminado,easuacriaçãopodebeneficiardaanálisetextual. 7 NoteXse que o modelo bifásico não considera um aspecto fundamental que tem precedênciacronológicasobreaanálisedotp:normalmenteocorreumaentrevista,um contacto telefónico, uma mensagem de correio electrónico, que poderá adiantar as instruçõesqueoclienteforneceapropósitodatarefadetradução. Portanto, como propõe Christiane Nord, o primeiro passo no processo tradutório corresponde à identificação dos contornos da situação comunicativa e do contexto socioculturalprevistosparaotc,ouseja,o skopos :oclienteprecisadotextoquando, como, para quê, para quem, com que objectivos? Como é que o TC vai funcionar na situação comunicativa da CC? Que estruturas linguísticoxtextuais serão mais pertinentesparaestefim?osegundopassoconsisteentãonaanálisedotpfornecido. ComoéqueoTPfuncionou/funcionava/funcionanasituaçãocomunicativadaCP?Num terceiro passo, já depois de ter analisado comparativamente o TP e a sua situação comunicativa,econsideradooscontornosdasituaçãocomunicativaprevistaparaotc, otradutordetermina,porumlado, seotpécompatívelcomasituaçãocomunicativa previstaparaotc.poroutrolado,identifica,numaanáliseaprofundadadotp,quaisos elementos linguísticoxtextuais que, de acordo com o skopos, assumem particular relevância para a produção do TC, ou seja, identifica os elementos do TP relevantes para fins tradutórios. Ao quarto passo corresponde a transferência desses elementos paraalc, e o quintopassoconsistena síntesedotc. Porqueomodeloéumcírculo fechado,estepercursorepetexsetantasvezesquantasforemconsideradasnecessárias paraaproduçãodotc. Análise dasituaçãocomunicativa dotp " Selecçãodeelementos relevantesdotp Análise dasituaçãocomunicativa PrevistaparaTC # Transferência SíntesedoTC Figura3:omodelocirculardoprocessotradutório SeGideonTouryjáafirmaraaprecedênciaque,emtermossemióticos,atraduçãocomo produtoefunçãoassumem relativamenteaoprocessotradutório(toury1986:1121), Christiane Nord vem afirmar que a consideração do contexto comunicativo e sociocultural de chegada, do TC potencial e da função que irá desempenhar em contexto tem precedência cronológica relativamente à interpretação do TP à luz da função que desempenha(va/rá) no contexto de partida. Para efeitos do presente trabalho, decorre que, em moldes semelhantes, a consideração do contexto comunicativo e sociocultural de chegada, e da função pretendida para o TC irá determinaraconsideraçãodeumperfilcoesivopotencialparaotc,àluzdoqualserá efectuadaaanálisequalitativaequantitativadoperfilcoesivodotp,edomodocomo funciona(va/rá)emcontexto. 6.AnáliseTextualnoProcessoTradutório Quais são então os momentos do processo tradutório em que a Análise Textual, e portanto a ponderação de factores textuais e contextuais, pode vir em socorro do tradutor?emprimeirolugar,duranteaentrevistacomocliente,iniciadordoprocesso 8

tradutório.nessemomento,emquesenegoceiamváriosobjectivoscomunicativos,dos quaiso principaléserxse escolhida/o paraefectuar atraduçãoemcausa,édetodaa conveniência aplicar os conhecimentos de Análise Textual de molde a obter o maior número possível de informações necessárias sobre as coordenadas em que irá funcionar o texto de chegada, ou, por outras palavras, identificar os valores dos parâmetros que definem, em termos relevantes para fins tradutórios, a situação comunicativaesocioculturalquecorresponderáaotextodechegada. Naturalmente que, se um tradutor souber aplicar convincentemente os seus conhecimentosdeanálisetextual,nãosósairádaentrevistacomasinformaçõesmais importantesparaorientaraproduçãodotextodechegadaàluzdafunçãopretendida, comoteráeventualmenteconvencidoindirectamenteoclientedeque,emconsequência da sua formação explícita, é competente para executar correctamente a tarefa em causa. OsegundomomentoemquesetornapertinenteaplicarosconhecimentosdeAnálise Textualconsistenaanálisedasituaçãodiscursivaprevistaparaotextodechegada.São os valores correspondentes aos factores intrax e extratextuais relevantes para fins tradutórios quefornecemoenquadramentorelevanteparaaconsideraçãoquesefará do texto de partida fornecido pelo cliente: Será possível, com base naquele texto de partida,produzirotextodechegadapretendido?serápossívelproduziraocorrência comunicativa de que se necessita? Qual é o suporte expressivo em que irá ser veiculado? É escrito ou oral? É pedida a produção de um texto bilingue? Quem é o receptorvisadooualocutário?aqueestratoetáriopertence?otextoteráumadifusão alargada ou é para um público restrito? Qual o conhecimento que se pode pressupor serdominadopeloalocutário?quetipodehomologiasepretende:funcionalouformal? Énecessário/possívelintroduziralteraçõesemtermosmatriciais: pedexse umresumo ou uma expansão do texto de partida? É possível alterar a ordem de constituintes textuais? Éaidentificaçãopréviadestesfactoresrelativosaocontextosituacionalesociocultural dotc queirá orientaraleituradotextodepartida eanálisedasituaçãodiscursivae sociocultural que codifica, necessárias para a produção do texto de chegada. Neste terceiro momento em que a Análise Textual se torna relevante, entre os factores pertinentes para a leitura do TP e a sua análise contamxse os seguintes: Quem é o autor?qualaposiçãoqueocupanaculturadepartida?éautordeobrascanónicas? É um autor muito prestigiado? Qual é a cultura de partida? É uma cultura mais prestigiadadoqueadechegada?querelaçãointerculturalépossívelidentificar?quais as marcas linguísticoxtextuais que o autor deixa no texto? São muito frequentes e conspícuas?temumperfilmuitomarcadaoupelocontráriosubtileencoberto?oseu perfildeverásermantidooualterado?quetipodeperfilcoesivogeraeatéqueponto será possível/relevante/pertinente manter ou alterar esse perfil? Quais os valores (positivos ou negativos) atribuídos ao perfil coesivo que o TP apresenta? A quem se destina/destinavaotp?qualoperfildeleitorimplícitoqueencontramoscodificadono texto? ComoserelacionaoperfilcoesivodoTPcomaexpectativadoleitorimplícito? Esteleitorimplícitodeverásermantidoouterádeseralterado? Em Descriptive( Translation( Studies( and( Beyond, Gideon Toury afirma: in realxlife situations, decisions tend to be made on a level which is lower than that of (the networkofrelationshipswhichconstitutes)thetext. (Toury1995:270).PretendeXse, comoensinodeanálisetextualemtradução,quecadavezmaisaredederelaçõesque constituiumtexto,asuatexturaeoseuperfilcoesivoparticularsejamconsideradosna 9 traduçãointerlinguística. Contudo, a recriação de características estruturais, como o perfil coesivo do TP e do TC, não deverá descurar a ponderação dos factores que delineiam o contexto situacional e sociocultural em que ambos funcionam como processoscomunicativos. BibliografiaCitada: Beaugrande, R. e Dressler, W. 1981. Introduction( to( Text( Linguistics. London / New York:Longman. Halliday,M.A.K.1985.An(Introduction(to(Functional(Grammar.(London:EdwardArnold. Halliday,M.A.K.eHasan,R.1976.Cohesion(in(English.London:Longman. Halliday, M.A.K. e Hasan, R. [1985] 1989. Language,( Context( and( Text:( Aspects( of( Language(in(Social>Semiotic(Perspective.Oxford:OxfordUniversityPress. Hatim,B.eMason,I.1990.Discourse(and(the(Translator.London/NewYork:Longman. Hoey,M.1983.On(the(Surface(of(Discourse.London:GeorgeAllen&Unwin. Hoey,M.1991.Patterns(of(Lexis(in(Texts.Oxford:OxfordUniversityPress. Hymes, D. 1964. Introduction: toward ethnographies of communicative events American( Anthropologist.( 66: 6. Part 2. 12X25. (excertos reimpressos em: P.P. Giglioli Ed. 1972. Language( and( social( context. Harmondsworth: Penguin. 21X 44.) Jakobson, R. 1960. Closing Statements: Linguistics and Poetics. In T.A. Sebeok Ed. Style(in(Language.Cambridge,MA:MITPress.350X377. Malmkjaer,K.1997. UnitofTranslation in:baker,m.ed.routledgeencyclopedia(of( Translation(Studies.London/NewYork:Routledge.286X288. Mateus,M.H.M.eBrito,A.MeDuarte,I.&Faria,I.H.eFrota,SeMatos,G.eOliveira,F.e Vigário,M.eVillalva,A.2003.Gramática(da(Língua(Portuguesa.Lisboa:Caminho. Nida, E. 1975. "The Nature of Translating", in: A.D. Dil Ed.( ( Language( Structure( and( Translation.(Essays(by(E.A.(Nida.Stanford:StanfordUniversityPress.79X101. Nord,Christiane.1991.Text(Analysis(in(Translation.((Theory,(Methodology,(and(Didactic( Application( of( a( Model( for( Translation>Oriented( Text( Analysis. Amsterdam / Atlanta:Rodopi. Nunan,D.1993.Introducing(Discourse(Analysis.London:Penguin. Toury, Gideon. 1995. Descriptive( Translation( Studies( and( Beyond. Amsterdam: John Benjamins. VanDijk,T.A.1977.Text(and(Context:(Explorations(in(the(Semantics(and(Pragmatics(of( Discourse.London:Longman.(( Wilss, W. 1977. Übersetzungswissenschaft.( ( Probleme( und( Methoden.( ( Stuttgart: Ernst Klett. 10