A AÇÃO COMPLETA DA TEORIA DE GRAVITAÇÃO DE ORDEM SUPERIOR

Documentos relacionados
IFT. Deflexão de Fótons pelo Sol no Contexto da Teoria de Gravitação R + R 2. Abel Dionizio Azeredo. Orientador: Prof. Dr.

INTRODUÇÃO À GRAVITAÇÃO E À COSMOLOGIA

INTRODUÇÃO À RELATIVIDADE GERAL - Aula 2 p. 1

INTRODUÇÃO À GRAVITAÇÃO E À COSMOLOGIA

Lista 3 - FIS Relatividade Geral Curvatura, campos de Killing, fluidos, eletromagnetismo.

Formulação Covariante do Eletromagnetismo

Cinemática relativística et al. Carlos Alexandre Wuensche Processos Radiativos I

Sobre a teoria da relatividade geral De A. Einstein.

INTRODUÇÃO À RELATIVIDADE GERAL p. 1

Relatividade Especial & Geral

1 Regras de Feynman para QED

Aula 5: Gravitação e geometria

Descrição de Fluidos através de Potencial de Velocidade*

Cosmologia Básica: 2 - as equações de Friedmann-Lemaitre

Ivan Carneiro Jardim. Promediação dos campos gravito-eletromagnéticos na aproximação pós-newtoniana

Eletromagnetismo I - Segundo Semestre de 2017

Mecânica Clássica 1 - Lista de natal - Ho Ho Ho Professor: Gabriel T. Landi

Notas de aula - Espaço Tempo

EINSTEIN-MAXWELL EM (3 + 1) DIMENSÕES

Relatividade Geral. Felipe Tovar Falciano

} são as componentes do co-vector d ~ φ, e qualquer conjunto da forma { a. φ, α

CONCEITOS PRELIMINARES PARA ESTUDO DA RELATIVIDADE GERAL. Rafaello Virgilli 1

MAT2457 ÁLGEBRA LINEAR PARA ENGENHARIA I Gabarito da 2 a Prova - 1 o semestre de 2015

Teoria Clássica de Campos

Aspectos quânticos da gravitação de Chern-Simons não-comutativa. Francisco Adevaldo Gonçalves da Silveira

SISTEMAS DE REFERÊNCIA LOCAIS NO ESPAÇO-TEMPO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DEPARTAMENTO DE PESQUISA RELATÓRIO TÉCNICO - CIENTÍFICO

A teoria geométrica-escalar da gravitação e sua aplicação à cosmologia

EINSTEIN-MAXWELL EM (2+1) DIMENSÕES

Deflexão gravitacional da luz em um cenário com violação da simetria de Lorentz

PLANO DE ATIVIDADE ACADÊMICA NOME

INTRODUÇÃO À RELATIVIDADE GERAL

b f y f b w ' f (x i) f (x i 1 ) , dx x=xi i x i 1

Cálculo Tensorial e Relatividade Geral

Introdução à Cosmologia: 1 - a cosmologia newtoniana

Introdução à Relatividade Geral

Susane Calegari. Invariância Conforme na. Física

Exame Final de EDI-38 Concreto Estrutural I Prof. Flávio Mendes Neto Dezembro de 2006 Sem consulta (duração máxima: 4 horas)

Teorias Alternativas de Gravitação - Implicações nos Estudos de Ondas Gravitacionais

IFT. Transitividade e Movimento em Relatividade de de Sitter. Prof. Dr. José Geraldo Pereira. Almeira del C. Sampson. Orientador

Soluções Cosmológicas e locais para uma Eletrodinâmica modificada

IX Escola do CBPF. Curso: Cosmologia: Teoria e Observação

Universo Magnético Cíclico

Teoria Escalar da Difração

Universidade de Brasília Programa de Pós-Graduação em Física Instituto de Física. Breytner Ribeiro Morais

( eq. 12.1) No caso de um campo com várias componentes, se a transformação for linear em φ, podemos escrever:

FÍSICA-MATEMÁTICA RUDI GAELZER (INSTITUTO DE FÍSICA - UFRGS)

Não é permitido nenhum tipo de consulta!

Cinemática da partícula fluida

Teoria de Bandas 1 Elétrons Livres. CF086 - Introdução a Física do Estado Sólido 1

5.1 Espaço euclidiano tridimensional

Aqui seguimos as secções 10.1 a 10.2 do Griffiths [1] e o capítulo 2 do meu texto FIE [5].

Prof. Rodrigo Negreiros UFF XI Escola do CBPF

UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FÍSICA ANTONIO FRANCISCO LEITÃO

Aula 7: Geometria das superfícies bidimensionais II; gravitação e geometria

Emissão de Radiação de uma partícula carregada em um campo gravitacional

SOLUÇÕES ESFERICAMENTE SIMÉTRICAS NA GRAVITAÇÃO DE STAROBINSKY-PODOLSKY

RELATIVIDADE ESPECIAL

Dissertação de Mestrado. Transformações Conformes em Seis Dimensões. Aplicação à Densidade de Euler E (6). Fabricio Matos Ferreira

EUF. Exame Unificado

PERTURBAÇÕES GRAVITACIONAIS DE BRANAS NEGRAS ANTI-DE SITTER

UMA EXPRESSÃO REGULARIZADA PARA O MOMENTO-ENERGIA GRAVITACIONAL NO CONTEXTO DO EQUIVALENTE TELEPARALELO DA RELATIVIDADE GERAL

CONCEITOS DE RELATIVIDADE RESTRITA

Deflexão Solar do Gráviton - Energia Gravitacional em uma Teoria Não-Simétrica da Gravitação.

Fases de Berry. David A. Ruiz Tijerina. November 11, Evolução temporal de um autoestado e a fase de Berry

Introdução à cosmologia observacional. Ribamar R. R. Reis IF - UFRJ

Fundamentos da Teoria da Relatividade Total e as Falhas da Teoria da Relatividade Geral. Uma visão didática.

Instituto de Física Teórica Universidade Estadual Paulista IFT. Energia escura acoplada. Giovanni Otalora Patiño. Professor Dr.

pelo sistema de coordenadas Cartesianas. Podemos utilizar também o sistema de coordenadas

Teoria da Relatividade Restrita (1905) Parte IV. Física Geral IV - FIS503

3 IMPLEMENTAÇÃO DO ELEMENTO FINITO

P2 de Álgebra Linear I Data: 10 de outubro de Gabarito

Introdução ao Modelo Padrão. Augusto Barroso

SOBRE O MOMENTO ANGULAR DO CAMPO GRAVITACIONAL

Dinâmica de modelos cosmológicos

Método de Gauss-Jordan e Sistemas Homogêneos

Introdução à Magneto-hidrodinâmica

Segunda Lista - Lei de Gauss

Um Modelo de Energia Escura na. Universo

SOBRE A CONSTRUÇÃO DAS EQUAÇÕES DE EINSTEIN DA GRAVITAÇÃO

A Eletrodinâmica e a Gravidade Linearizada Sob os Efeitos da Violação da Invariância de Lorentz na Escala de Planck

Eletromagnetismo I. Preparo: Diego Oliveira. Aula 7. Trabalho realizado em um campo eletrostático. F ext d l

UMA ANÁLISE DO ESPAÇO INTERNO ASSOCIADO AO EQUIVALENTE TELEPARALELO DA RELATIVIDADE GERAL

n.estudante:... Eletromagnetismo / MIEEC; frequência 20.abr.2016;. Em cada pergunta só há uma resposta certa e só uma das justificações é a adequada.

Gravitação escalar: inconsistência das órbitas planetárias

G4 de Álgebra Linear I

Tensores (Parte 1) 15 de abril de Primeira aula sobre tensores para a disciplina de CVT 2019Q1

As equações de campo da gravitação De A. Einstein.

Buracos negros cosmológicos

Universidade Federal do Paraná Programa de Pós-graduação em Física Dissertação de Mestrado

Gabarito P2. Álgebra Linear I ) Decida se cada afirmação a seguir é verdadeira ou falsa.

Mini Curso de Ondas Gravitacionais I Encontro de Verão de Física no ITA

UNIVERSIDADE FEDERAL PARAÍBA

(loops de férmions geram traços) temos que trazer o último campo para a primeira posição e então aplicar as derivadas:

Criação de partículas em modelos cosmológicos

Instituto de Fıśica UFRJ Mestrado em Ensino profissional

Constante Cosmológica e Energia Escura

Aula 7 Invariância de Gauge

3 a Questão Sabendo que a equação cinemática pode ser colocada sob a forma

Transcrição:

A AÇÃO COMPLETA DA TEORIA DE GRAVITAÇÃO DE ORDEM SUPERIOR Abel Dionizio Azeredo e Antônio José Accioly Instituto de Física Teórica IFT), Universidade Estadual Paulista UNESP) Rua Pamplona, 15, CEP 0105-900, São Paulo/SP, Brasil Resumo A teoria de gravitação de Ordem Superior é uma extensão natural da relatividade geral e se faz adicionando termos de ordem mais alta do tensor de Riemann, R µνρσ suas contrações e derivadas), a ação de Einstein, ou seja, S = d D x 1) D 1 g [ R κ + R + β R µν + γ R µνρσ + δ R + ɛ R µνr νδ R µ δ + ] em D dimensões, onde, β, γ, δ, ɛ, são parâmetros adimensionais e κ = 3πG. Vamos mostrar que na aproximação linear, g µν = η µν + κh µν, a ação completa da teoria de gravitação de Ordem Superior, em qualquer D > dimensões, é dada por [ R S = d D x 1) D 1 g κ + R + β ] R µν, onde todos os demais termos são desnecessários., 1 Introdução A validade do princípio da equivalência, que expressa a igualdade entre massa inercial e massa gravitacional e que também pode ser entendido como a afirmação de que todas as partículas submetidas à mesma condição inicial, caem da mesma forma no campo gravitacional, isto é, seguem as mesmas trajetórias, permite-nos supor que a gravitação seria apenas um efeito do espaço-tempo, no qual as partículas se deslocam. E é exatamente isso o que diz o princípio da equivalência forte ou princípio da equivalência de Einstein, ou seja, os efeitos da gravidade estão intimamente relacionados com a geometria do espaço-tempo curvo. Em dois trabalhos de 1907 e 1911[1], Einstein se preocupou em extender o princípio da relatividade para referenciais sujeitos a uma aceleração uniforme, como o caso de uma queda livre. Ele argumentava que para um observador preso em um elevador em queda livre por exemplo, é impossível decidir por meio de experiências realizadas exclusivamente dentro do elevador, se este é, ou não, um observador acelerado. Esta argumentação pode também enunciar o princípio da equivalência forte ou princípio da equivalência de Einstein. Assim a métrica plana de Minkowski Relatividade Restrita), η µν, pode ser generalizada para uma métrica mais geral, g µν, na forma g µν = g µν x 0, x 1, x,, x D 1), onde as componentes da métrica são funções das coordenadas do espaço-tempo, em D dimensões. E esta generalização, feita por Einstein em 1915 na sua teoria da relatividade geral, leva-nos a seguinte forma para a ação[] e-mail: azeredo@ift.unesp.br e-mail: accioly@ift.unesp.br S = κ d D x 1) D 1 g R, 1)

P139 onde R é o escalar de curvatura, a contração do Tensor de Ricci, e κ é uma constante com dimensão de comprimento em dimensões e L 1 em 3 dimensões e vale 3πG. O produto d D x 1) D 1 g em D dimensões, e não apenas d D x, é necessário para deixar a ação 1) acima invariante, onde g det g µν. A teoria de gravitação de Ordem Superior e uma extensão natural da relatividade geral e se faz incluindo termos de ordem mais alta em R µν suas contrações e derivadas), na ação de Einstein, ou seja, S = [ R d D x 1) D 1 g κ + R + β R µν + γ R µνρσ + δ R + ɛ ] R µνr νδ R µ δ +, ) onde, β, γ, δ, ɛ, são parâmetros adimensionais. Para o caso de um tratamento semiclássico, ou aproximação de campo fraco, expandimos g µν em torno de uma métrica de fundo η µν, que é a métrica do espaço-tempo plano de Minkowski η µν = diag1, 1, 1,, 1)). Assim, g µν = η µν + κh µν = η µ δ ν + κh ν). 3) É fundamental para o prosseguimento deste trabalho obter expressões para quantidades tais como g µν e 1) D 1 g em termos do novo campo h µν introduzido na aproximação de campo fraco, ou aproximação linear. Estas expressões, expansões em torno da métrica plana de fundo η µν devido a perturbação causada pelo campo h µν, são obtidas na seção que se segue. Expressões Úteis na Aproximação de Campo Fraco.1 A expansão de g µν Utilizando a propriedade do cálculo matricial que diz que se uma matriz tem inversa, a inversa é unica, escrevemos g µν [g µν ] 1 = η µν + aκh µν + bκ h µ h ν + O κ 3). Logo, g µν g νθ = δ θ µ = η µν + κh µν ) η νθ + aκh νθ + bκ h ν h θ +... ) = δµ θ + aκhµ θ + bκ h = δµ θ + κ ahµ θ + hµ θ µ h θ + κhµ θ + aκ h µν h νθ +... ) + κ bhµ h θ + ah µν h νθ) +... Para que a igualdade seja satisfeita, temos que ter a = 1, b = 1 e todos os outros coeficientes da expansão nulos. Portanto, obtemos g µν = η µν κh µν + κ h µ h ν + O κ 3). ). A expansão de 1) D 1 g Também nos será de grande utilidade obter uma expressão para 1) D 1 g na aproximação de campo fraco. Usando a relação det A = exp {T r [ln A]}, 5)

P139 3 obtemos { 1 1) D 1 g = exp T r ln [ ] } { 1 1) D 1 g µν = exp T r ln {[ ] 1) D 1 η µ [δ ν + κh ν] }} { 1 = exp T r ln [ ] } { } 1 1) D 1 η µ exp T r ln δν + κh ν) { )} ) 1 = 1) D 1 η exp T r κh ν κ κh hβ νh β + = exp κ h µνh µν + ) κh = 1 + κ h µνh µν + + 1 ) hκ κ h µνh µν + + Logo, 1) D 1 g = 1 + hκ κ h µνh µν + κ h + O κ 3). 6) 8 3 A Ação Escrita em Termos do Campo Fraco h µν A ação da teoria de gravitação de Ordem Superior é dada pela eq. ), onde os dois primeiros termos são função do escalar de curvatura R = g µν R µν, sendo R µν o tensor de Ricci que, em termos dos símbolos de Cristoffel, é dado por R µν = Γ µν, + Γ µ,ν Γ β µνγ β + Γ β µγ βν. 7) Os Γ s símbolos de Cristoffel), escrevem-se em termos da métrica como se segue Γ µν = 1 gθ [g µθ,ν + g νθ,µ g µν,θ ]. 8) Assim, os dois primeiros termos da ação S podem ser escritos em função do campo h µν presente na métrica de campo fraco [eq.3)]. 3.1 A forma Γ Γ da ação de Einstein O primeiro termo da ação da gravitação quadrática [eq. )] é justamente a ação de Einstein [eq. 1)]. Usando a definação de Γ µν acima [eq. 8)], a ação de Einstein fica S = d D x 1) κ D 1 g R = d D x κ = d D x κ 1) D 1 g g µν R µν 1) D 1 g g [ ] µν Γ µν, + Γ µ,ν Γ β µνγ β + Γ β µγ βν Nos dois primeiros termos de S comparecem derivadas segundas da métrica, enquanto que nos dois últimos, produtos das derivadas primeiras da métrica. A quantidade H µν é uma densidade tensorial, e sua derivada é 1) D 1 g g µν, H µν Γ µν) = H µν, Γ µν + H µν Γ µν,..

P139 Segue-se que H µν Γ µν, = H µν,γ µν H µν Γ µν ), e a Ação de Einstein toma a forma S = κ d x { H µν [ Γ β µνγ β + Γ β µγ βν] + H µν, Γ µν H µν,νγ µ + H µν Γ µν + H µ Γ ν µν)}, onde o último termo vai a zero, pois pelo teorema de Gauss) é natural supor que h µν vá a zero no infinito. Com ) H µν ; = 1) D 1 g g µν 0 ou seja, ; = H µν, + Γ µ β Hβν + Γ ν βh µβ Γ β β Hµν 0, H µν, = H µν Γ β β Hµβ Γ ν β H νβ Γ µ β. Simplificando, encontramos a forma Γ Γ) da ação de Einstein S = d D x H νβ Γ µ κ β Γ µν + H νβ Γ µ ) βν Γ µ = d D xh ) µν Γ β κ µγ βν + Γ β µνγ β = d D x 1) κ D 1 gg ) µν Γ β µγ βν + Γ β µνγ β. 9) Esta equação contém somente produtos de derivadas primeiras da métrica. 3. A ação de Einstein linearizada Com os resultados das expansões para g µν [eq. )] e 1) D 1 g [eq. 6)] na aproximação de campo fraco, podemos escrever a ação de Einstein [eq. 1)] como função do campo de spin h µν. Os Γ s [de 8)] escritos em função da métrica de campo fraco são Γ β µν = 1 gβθ [g µθ,ν + g νθ,µ g µν,θ ] = 1 Assim S = 1 κ [ η βθ κh βθ + ] κ [h µθ,ν + h νθ,µ h µν,θ ] = 1 κ [ h β µ,ν + h β ν,µ h β µν, + O κ )]. 10) d D x 1 + 1 ) η κh µν κh µν + ) κ [ h β h β,ν + h ν,β h, βν Rearanjando os termos, fica, S = 1 + h β,ν hβν, ) µ, + h β,µ h µ,β )]. ) ) + h β µ,ν + hν β,µ h µν,β h β, + h,β h, β d D x [ h νβ,νhβ, + h νβ,νh,β h νβ,νhβ, h ν β h β,ν hν,β h νβ,h ν,β h β,ν Onde ; denota derivada covariante e, denota derivada comum. ν, h h β,ν + ],β + h νβ,h, βν,

P139 5 ou seja, S = [ d D x h νβ,hν,β + h νβ,νh,β + 1 h ν,β h ν,β h,β h,β) + ]. 11) O integrando da eq. 11) é a lagrangeana de Einstein na aproximação de campo fraco, que escrita em termos dos campos auxiliares A µ h µν,ν e φ h, fica L E = h νβ,hν,β + h νβ,νh,β + 1 h ν,β h ν,β h,β h,β) + = h νβ,β h ν, + h βν,νh,β 1 h µν h µν + h,ν h,ν ) + = A ν A ν + A ν φ,ν 1 h µν h µν 1 φ,νφ,ν + = 1 [ hµν h µν + Aν A ν φ,ν φ,ν φ,ν] + = 1 [ hµν h µν + Aν + A ν φ,ν ) ] 1) 3.3 Aproximação linear para o termo proporcional a R De acordo com 7) R µν = Γ µν, + Γ µ,ν ΓΓ + ΓΓ, onde os produtos ΓΓ são da ordem de κ porque contém produtos das derivadas primeiras da métrica. Com Γ µν de acordo com a equação 10), o tensor de Ricci fica R µν = 1 κ [ h µ,ν h ν,µ + h µν, + h µ,ν + h,µν h, µ ν] + = 1 κ [ ] hµ,ν hν,µ + h µν + h,µν + = κ h µν κ γ,ρ µρ ν + γ νρ µ) ),ρ + O κ, 13) onde γ µν h µν 1 η µνh. Assim o escalar de curvatura pode ser escrito como onde η µν µ ν. R = g µν R µν = η µν κh µν + ) κ [ hµν ) γ µρ,ρ ν + γ νρ,ρ µ + ] = κ h κγµν,µν + O κ ), 1) De 1), onde γ µν,µν = h µν,µν 1 ηµν h,µν = h µν,µν 1 h, obtemos onde A µ h µν,ν e φ h. R = κ [ 1 h hµ,µ + 1 h ] [ h h νβ,νβ] + = κ [ h h h µ,µ h + h µ,µh νβ,νβ] + = κ [ φ φ A µ,µ φ + A µ,µa ν,ν] + = κ A, φ) + O κ 3), 15)

P139 6 3. Aproximação linear para o termo proporcional a R µν,ρ Com R µν conforme 13), onde γµρ ν = h µρ,ρ ν 1 η µρh,ρ ν = A µ,ν 1 h,µν, escrevemos = κ = κ = κ R µν = R µν R µν = κ h µν + h,µν A µ,ν A ν,µ ) h µν + h,µν A µ,ν A ν,µ ) [ h µν h µν + A µ A µ + A µ,ν A ν,µ A µ }{{},µ φ + φ φ] F µν [ hµν h µν Fµν + φ φ A µ,µ φ ] [ A + κ ) µ ) ],µ A µ,µ [ h µν h µν A,µ) µ F µν + A µ,µ φ ) ], 16) onde A µ h µν,ν, φ h e F µν A µ,ν A ν,µ, portanto A µ A µ = ν ν A µ A µ = A µ,ν A µ,ν. h µν = h νµ, por isso A µ,ν h µν = A ν,µ h νµ = A ν,µ h µν. 3.5 Aproximação linear para o termo proporcional a R µνρσ De acordo com as convensões que adotamos, o tensor de Riemann R βµν é definido por Usando 10) Assim: R βµν = ν Γ βµ + µ Γ βν Γ ρ βµ Γ ρν + Γ ρ βν Γ ρµ. 17) R βµν = 1 κ [ h β,µν + h µ,βν h, βµ ν h β,νµ h ν,βµ + h, βν µ] + O κ ). Rµνρσ = R µνρσ R µνρσ = κ [h νµ,ρσ + h ρµ,νσ h νρ,µσ h νµ,σρ h σµ,νρ + h νσ,µρ ] [h νµ,ρσ + h ρµ,νσ h νρ,µσ h νµ,σρ h σµ,νρ + h νσ,µρ ] + = κ [h µν h µν + h ρµ ν µ h νρ h ρµ σ ρ h σµ + h ρµ ν σ µ ρ h νσ ] + = κ [ h µν h µν + A µ + ) ] A µ,µ = κ [ [ A ) ] h µν h µν µ +,µ Aµ,ν ) ) A µ ],µ }{{} Fµν = κ [ h µν h µν Fµν ) ] A µ,µ 18) Abusamos das integrações por partes, em outras palavras usamos sucessivas vezes a seguinte regra menmônica: µ φ µ φ = φ φ, onde mudamos o sinal da expressão ao trocar a posição da derivada parcial com o campo φ. Mais rigorosamente µ φ µ φd x = µ φ µ φ) d x φ φd x. Mas, pelo teorema de Gauss µ φ µ φ) d x = 0, pois φ vai a zero no infinito, logo µ φ µ φd x = φ φd x, o que implica que os integrandos tembém devem ser iguais. Este resultado é independente da dimensão.

P139 7 onde A µ h µν,ν e F µν A µ,ν A ν,µ. 3.6 A Ação linearizada da Gravitação de Ordem Superior A ação da Gravitação de Ordem Surerior é, conforme ), onde o termo δ R é uma divergência total e pode ser negligenciado da ação. O termo ɛ R µνr νδ R µ δ e todos os demais de ordem mais alta são da ordem de κ 3 ou superior na aproximação linear que fazemos. Portanto, para manter termos até a ordem de κ basta-nos os primeiros termos de ). Assim, com os resultados 1), 15), 16) e 18) temos para a lagrangeana a lagrangeana linearizada L = R κ + R + β R µν + γ R µνρσ, 19) ) [ b L lin = + d h µν h µν ) ] A µ,µ F µν + b, 1 + c) A φ) 1 [ hµν h µν + A ν + A ν φ,ν ) ], 0) onde A µ h µν,ν, φ h, F µν A µ,ν A ν,µ, b βκ, c β e d γκ. Do resultado 0) vemos imediatamente que o termo proporcional a Rµνρσ não contribui absolutamente, isto é, não introduz nenhuma nova partícula à teoria pois por meio de uma redefinição dos parâmetros, β e γ obtemos a mesma lagrangeana linearizada que obteríamos caso omitíssemos esse termo completamente[3]. Assim basta-nos a lagrangeana e sua correspondente linearização L = R κ + R + β R µν, 1) L lin = b [ h µν h µν ) ] A µ,µ F µν + 1 + c) A, φ) 1 [ hµν h µν + A ν + A ν φ,ν ) ], ) onde 1) é a lagrangeana completa da teoria de gravitação de Ordem Superior para qualquer D > dimensões. Observamos que o mesmo argumento usado acima pode justificar também a omissão do termo em R, proporcional a, na lagrangeana completa da teoria de gravitação de Ordem Superior. Também Em dimensões[5] R µνρσ = 1 R g µσg νρ g µρ g νσ ) e R µν = 1 Rg µν. Assim e R + β R µν + γ R µνρσ = R + β R + γ R, S = d x [ R g κ + 1 + β ) ] + γ R.

P139 8 sabemos que o termo em R é conformemente invariante a teoria de Einstein[] dada pela ação 1). No entanto, não fazemos isto porque sabemos que este termo é importante para se obter um limite newtoniano aceitável para a teoria e, além disso, acreditamos que o termo proporcional a R seja importante na questão da renormalizabilidade da teoria. Especificamente para 3 dimensões[5] R µνβ = A ρσ ε ρµ ε σνβ, onde A ρσ é um tensor simétrico de segunda ordem e ε µνρ é o tensor completamente antissimétrico. Assim R µν = g β R µνβ = g β A ρσ ε ρµ ε σνβ = A ρσ g ρλ g µθ ε λβθ ε σνβ = A ρσ g ρλ g µθ ε λθβ ε σνβ = A ρσ g ρλ g µθ δ λ σ δ θ ν δ λ νδ θ σ) = Agµν + A µν. Logo R = g µν R µν = 3A + A = A A = R, então o tensor de Einstein. Então A µν = R µν + Ag µν = R µν 1 Rg µν = G µν, R µνρσ R µνρσ = G λθ ε λµν ε θρσ G πω ε πµν ε ωρσ = G λθ G πω δ π λ δ µ µ δ π µ δ µ λ ) δ ω θ δ ρ ρ δ ω ρ δ ρ ) θ = ) 3G πθ G πω G µθ G µω 3δ ω θ δθ ω ) = G πθ G πθ = G µν G µν = R µν R ) gµν R µν R ) g µν = Rµν R R + 3R = Rµν R.3) Assim, a ação da lagrangeana 19) em 3 dimensões fica S = d 3 x [ R g κ + 1 γ) R + 1 ] β + γ) R µν, ) que por meio de uma redefinição dos parâmetros, β e γ fica equivalente a ação da lagrangeana 1), o que reforça o argumento utilizado anteriormente para descartar o termo proporcional a Rµνρσ da ação completa da teoria de gravitação de Ordem Superior[3]. Referências [1] A. Einstein, Jahrbuch d. Radioakt. und Elektronik, 11 1907); Ann. d. Phys. Germany) 35, 898 1911). [] A. Einstein, Preuss. Akad. Wiss. Berlin, Sitz.ber. p. 315 1915); p. 799 1915); p. 831 1915); p. 8 1915); Ann. d. Phys. 9, 769 1916). [3] A. Accioly, A. Azeredo and H. Mukai, Jour. Math. Phys. 3, 73 00). [] A. Accioly, A. Azeredo, E. de Rei Neto and H. Mukai, Braz. Jour. of Phys. 8, 96 1998). [5] V. Foock, The Theory of Space Time and Gravitation Pergamon Press, London, 1959), Ap. E. Precisamos dos parâmetros e β da lagrangeana para poder impor a ausência de táquions na teoria. Somente β não nos permite tal escolha e, consequentemente, não nos fornece um limite newtoniano aceitável para a teoria. ε µνρ = 1 ɛ µνρ e ε µνρ = g µρ g µσ g µβ g ɛ µνρ, com ɛ 01 = +1 e g = diag+,, ). Também ε µν ε ρσβ = g g νρ g νσ g νβ g ρ g σ g β, onde g µ g µ = δ = δ 0 0+δ 1 1+δ = 3, em 3-dimensões. Assim ε µν ε ρσ = δ µ ρδ ν σ δ ν ρδ µ σ, ε µν ε ρν = 3δ µ ρ δ ν ρδ µ ν e ε µν ε µν = 6 = 3!.