Recipientes e substratos na germinação e desenvolvimento de crisântemo e amor-perfeito (1)

Documentos relacionados
III Seminário: Sistemas de Produção Agropecuária - Agronomia

EFEITO DO TEMPO DE ARMAZENAMENTO NA GERMINAÇÃO E NO COMPRIMENTO DE PLÂNTULAS DE CALÊNDULA

DESENVOLVIMENTO INICIAL DE SORGO FORRAGEIRO SOB DIFERENTES TIPOS DE COBERTURA DO SOLO INITIAL DEVELOPMENT OF SORGHUM IN DIFFERENT SOIL COVERAGE

AVALIAÇÃO DE GENÓTIPOS DE AVEIA SOB DIFERENTES DENSIDADES DE SEMEADURA. Palavras chave: Produção de biomassa, bovinos de leite, plantas daninhas

Anais do Congresso de Pesquisa, Ensino e Extensão- CONPEEX (2010)

MEDIDAS BIOMÉTRICAS DE VARIEDADES DE CANA-DE-AÇÚCAR COM CULTIVOS INTERCALARES, SOB IRRIGAÇÃO NO NORTE DE MINAS GERAIS

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO

07 AVALIAÇÃO DO EFEITO DO TRATAMENTO DE

Crescimento De Plântulas De Sombreiro (Clitoria fairchildiana Howard) Cultivadas Em Diferentes Substratos

PROJETO E ANÁLISES DE EXPERIMENTOS (PAE) EXPERIMENTOS COM UM ÚNICO FATOR E A ANÁLISE DE VARIÂNCIA

Efeito do Orthene 750 BR em Tratamento de Sementes no Controle da Lagarta Elasmopalpus lignosellus no Feijoeiro e Algodoeiro

ATRIBUTOS QUÍMICOS DA FORRAGEIRA PANICUM MAXIMUM CV. MOMBAÇA ADUBADA COM PRODUTOS ORGÂNICOS ORIUNDOS DA SIDERURGIA E CRIAÇÃO AVÍCOLA

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE SEMENTES DE MAMONA CLASSIFICADAS EM MESA DENSIMÉTRICA.

EFEITO DE NÍVEIS CRESCENTES DE PROTEÍNA NA DIETA SOBRE O DESENVOLVIMENTO DO PEIXE ORNAMENTAL GUPPY (Poecilia reticulata)

CURVAS DE RETENÇÃO DE AGUA E CONDUTIVIDADE HIDRÁULICA DO SOLO EM SISTEMAS DE MANEJO DO FEIJOEIRO(1)

OBSERVAÇÕES DO COMPRIMENTO E NÚMERO DE FRUTOS DO PRIMEIRO CACHO DE TRÊS GENÓTIPOS DE MAMONEIRA EM SENHOR DO BONFIM, BA

AVALIAÇÃO DA TAXA DE GERMINAÇÃO À CAMPO DA CULTURA DA MAMONA

Revista Raízes e Amidos Tropicais, v. 12, nº 1, p ,

Desenvolvimento de mudas de copo-de-leite submetidas ao pré-tratamento com ácido giberélico e cultivadas em diferentes substratos

Produção de grãos de milho e atributos químicos de solo influenciados pela aplicação de escória de siderurgia em um Latossolo Amarelo distrófico

PRODUTIVIDADE DE MILHO E FEIJÃO EM SISTEMA INTEGRAÇÃO LAVOURA-PECUÁRIA INTRODUÇÃO

Quantidade de oxigênio no sistema

Matéria Seca de Mudas de Schinopsis brasiliensis Engl. Cultivadas em Diferentes Substratos

POPULAÇÃO DE PLANTAS DE MILHO IRRIGADO POR ASPERSÃO EM SISTEMA PLANTIO DIRETO RESUMO

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL Ministério da Educação

FONTES E TEMPO DE INCORPORAÇÃO DE ESTERCOS NO CULTIVO DA BETERRABA

Fertilização de Soja com Nitrogênio, Cobalto e Molibdênio.

BIOMASSA DE MUDAS DE TOMATEIRO PRODUZIDOS EM SUBSTRATOS A BASE DE CAULE DECOMPOSTO DE BABAÇU

1 Distribuições Contínuas de Probabilidade

Material Teórico - Módulo de Razões e Proporções. Proporções e Conceitos Relacionados. Sétimo Ano do Ensino Fundamental

Densidade de Plantio em Transplante de Mudas em Cebolas, Cultivar Serrana e Híbrido Mercedes.

PRODUTIVIDADE DE ARROZ INFLUENCIADA PELA ADUBAÇÃO NITROGENADA E APLICAÇÃO DE FUNGICIDA

EFEITO DO ESTRESSE SALINO NA GERMINAÇÃO E DESENVOLVIMENTO INICIAL DE PLÂNTULAS DE FEIJÃO CAUPI. Apresentação: Pôster

Material envolvendo estudo de matrizes e determinantes

ESTATÍSTICA APLICADA. 1 Introdução à Estatística. 1.1 Definição

XIX CONGRESSO DE PÓS-GRADUAÇÃO DA UFLA 27 de setembro a 01 de outubro de 2010

CONTROLE DE OXIDAÇÃO NO ESTABELECIMENTO in vitro DE GEMAS APICAIS DE AZALEIA RESUMO

INFLUÊNCIA DO SUBSTRATO NA GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE GABIROBA (Campomanesia spp.)

Avaliação de substratos alternativos no cultivo de pimentão em sistema hidropônico.

Universidade Federal do Rio Grande FURG. Instituto de Matemática, Estatística e Física IMEF Edital 15 - CAPES MATRIZES

ACÚMULO DE FÓSFORO EM UM LATOSSOLO CULTIVADO COM GRAMA- MISSIONEIRA-GIGANTE EM RESPOSTA A DOSES DE DEJETO LÍQUIDO DE SUÍNO

ATRIBUTOS FÍSICOS DE UM SOLO CONSTRUÍDO EM DIFERENTES ESPÉCIES VEGETAIS. Lizete Stumpf. PPG Manejo e Conservação da Água e do Solo


VII Congresso Interinstitucional de Iniciação Científica CIIC a 15 de agosto de 2013 Campinas, São Paulo

Efeito da cobertura do solo com palhada na umidade do mesmo e nos parâmetros biométricos da cana-de-açúcar irrigada no semiárido

DESENVOLVIMENTO DO CAFEEIRO IRRIGADO POR GOTEJAMENTO SUBMETIDO A DIFERENTES LAMINAS DE AGUA MAGNETIZADA

Produção de Cebola em Função da Aplicação de Enxofre no Solo.

MT DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM

Palavras-chave: Anacardium occidentale, resistência varietal, praga, Anthistarcha binocularis.

CLOROFILA FOLIAR, CARBOIDRATOS E PROTEÍNAS COMO INDICADORES DE RUSTICIDADE E SEUS EFEITOS NO CRESCIMENTO INICIAL DO POVOAMENTO

Estratégias de manejo e seu impacto na eficiência de uso de nutrientes. Prof. Dr. Carlos Alexandre C. Crusciol FCA-UNESP/Botucatu

P1 de CTM OBS: Esta prova contém 7 páginas e 6 questões. Verifique antes de começar.

Revista Agrarian ISSN:

Época de semeadura de cultivares de soja no Mato Grosso do Sul André Ricardo Gomes Bezerra

Incertezas e Propagação de Incertezas. Biologia Marinha

XVIII Congreso Latinoamericano de la Ciencia del Suelo

Praticidade que atrapalha

Avaliação de substratos e compostos orgânicos na produção de mudas de alface americana

Textura do Endosperma e Maturidade Alteram Parâmetros Físicos de Grãos de Milho

Revista Brasileira de Ciências Agrárias ISSN: Universidade Federal Rural de Pernambuco Brasil

AVALIAÇÃO DO MICROCLIMA GERADO NO INTERIOR DE ESTUFAS COBERTAS COM PEBD E PVC NA REGIÃO DE PIRACICABA, SP. RESUMO

XXIX CONGRESSO NACIONAL DE MILHO E SORGO - Águas de Lindóia - 26 a 30 de Agosto de 2012

Definição de áreas de dependência espacial em semivariogramas

Reação de cultivares de batata-doce ao mal-do-pé Larissa da Silva Mendes²; Ricardo Borges Pereira¹; Geovani Bernardo Amaro¹; Jadir Borges Pinheiro¹.

NUTRIÇÃO DE MUDAS DE BANANEIRA EM FUNÇÃO DE SUBSTRATOS E DOSES DE SUPERFOSFATO SIMPLES

Susceptilidade de Variedades Copa e Porta-enxerto de Citros ao Ácaro-dafalsa-ferrugem

Desempenho de mudas de alface crespa em diferentes substratos e doses de bioestimulante (1).

ÁCIDO INDOLBUTIRÍCO E TAMANHO DE ESTACA DE RAIZ NA PRODUÇÃO DE MUDAS DE BACURIZEIRO (Platonia insignis MART.) INTRODUÇÃO

Scientia Agraria ISSN: Universidade Federal do Paraná Brasil

Seleção preliminar de rizóbios para inoculação em leguminosas utilizadas como adubo verde

MASSA ESPECÍFICA E POROSIDADE DE GRÃOS PELO MÉTODO DE COMPLEMENTAÇÃO DE LÍQUIDOS

Física Geral e Experimental I (2011/01)

20/07/15. Matemática Aplicada à Economia LES 201

Professora: Profª Roberta Nara Sodré de Souza

42º Congresso Bras. de Medicina Veterinária e 1º Congresso Sul-Brasileiro da ANCLIVEPA - 31/10 a 02/11 de Curitiba - PR 1

Avaliação da qualidade do solo e do crescimento de milheto co-inoculado com microrganismos solubilizadores de fósforo, fungos e Azospirillum 1

Diogo Pinheiro Fernandes Pedrosa

Calculando volumes. Para construir um cubo cuja aresta seja o dobro de a, de quantos cubos de aresta a precisaremos?

Resoluções das atividades

CAPÍTULO 5 UNIFORMIDADE E EFICIÊNCIA DA IRRIGAÇÃO 1 INTRODUÇÃO. Dep. de Eng. Rural - ESALQ/USP, CEP: , Piracicaba - SP J. A.

FONTES DE ESTERCO E CONCENTRAÇÃO DE NUTRIENTES NA SOLUÇÃO NUTRITIVA EM ALFACE CULTIVADA EM SOLO

RENDIMENTOS AGRÍCOLAS DE VARIEDADES DE CANA-DE-AÇUCAR SOB DIFERENTES LÂMINAS DE IRRIGAÇÃO

Influência do Sistema de Plantio Direto sobre Atributos Químicos em Latossolo Vermelho do Cerrado

U N I V E R S I D A D E F E D E R A L D E M I N A S G E R A I S

DESENVOLVIMENTO DE PLANTAS DE MILHO EM FUNÇÃO DE DOSES DE POTÁSSIO EM UM LATOSSOLO DE RONDÔNIA

1. A tabela mostra a classificação das ondas eletromagnéticas em função das suas frequências.

UNIDADE II 1. INTRODUÇÃO

DETERMINAÇÃO DA EFICIÊNCIA DE FILTRAGEM DE UM FILTRO ARTESANAL DE TELA

VII Congresso Interinstitucional de Iniciação Científica CIIC a 15 de agosto de 2013 Campinas, São Paulo

XXVIII OLIMPÍADA BRASILEIRA DE MATEMÁTICA PRIMEIRA FASE NÍVEL 3 (Ensino Médio) GABARITO

Modo de aplicação de composto orgânico e utilização de cobertura morta nas características produtivas de rabanete

Produção de mudas clonais de eucalipto em espuma fenólica: crescimento inicial e mortalidade

EFEITO DA UTILIZAÇÃO DE BIOSSÓLIDO NO DESENVOLVIMENTO INICIAL DE PLANTAS DE GIRASSOL

XXV CONIRD Congresso Nacional de Irrigação e Drenagem 08 a 13 de novembro de 2015, UFS - São Cristóvão/SE

Aos pais e professores

Trigonometria FÓRMULAS PARA AJUDÁ-LO EM TRIGONOMETRIA

DEFICIÊNCIA HÍDRICA: ESTUDO DE AGENTES OSMÓTICOS E TAMANHO DE SEMENTES

BROTAÇÃO E ALTURA DE PLANTAS DE MANDIOCA EM FUNÇÃO DA VELOCIDADE DE PLANTIO MECANIZADO EM DOIS SISTEMAS DE PREPARO DO SOLO

Hortic. bras., v.29, n. 2 (Suplemento - CD ROM), julho 2011

BATATA DOCE MINIMAMENTE PROCESSADA 1. INTRODUÇÃO

Transcrição:

Recipientes e substrtos n germinção e desenvolvimento de crisântemo e mor-perfeito () KELLI PIROLA (2), MARCELO DOTTO (2), AMÉRICO WAGNER JUNIOR (3), ALEXANDRE LUIS ALEGRETTI (3), PAULO CÉSAR CONCEIÇÃO (3) e ANGÉLICA SIGNOR MENDES (3) RESUMO O objetivo deste trblho foi vlir o efeito do substrto e tmnho de recipiente n germinção e desenvolvimento de crisântemo e mor-perfeito. Os trblhos form relizdos no Viveiro de Produção de Muds Hortícols d UTFPR Cmpus Dois Vizinhos-PR. O delinemento experimentl dotdo foi em blocos csulizdos, em ftoril 3 x 4 (tmnho de recipiente x substrto), com qutro repetições, considerndo-se 4 recipientes como unidde experimentl. Form usdos como recipientes os tubetes pequenos, médios e grndes e como substrtos, Plntmx e s misturs, Ltossolo Vermelho + Arei + Cm de Frngo (:: v/v), Ltossolo Vermelho + Arei + Cm de Frngo 2 (:: v/v) e Ltossolo Vermelho + Arei + Cm de Frngo + Cm de frngo 2 (::: v/v). As cms de Frngo e 2 form composts por mrvlh e serrgem, respectivmente. Form vlids 63 dis pós instlção do experimento germinção(%), comprimento totl ds plnts(cm), comprimento ds rízes(cm), ltur(cm), número de folhs e mss d mtéri sec ds plnts(g). Pr germinção e desenvolvimento inicil de mor-perfeito o melhor recipiente foi o pequeno com mistur Ltossolo Vermelho + Arei + Cm de Frngo + Cm de frngo 2 (::: v/v). Pr crisântemo lém deste recipiente e mistur, tmbém se destcrm s misturs Ltossolo Vermelho + Arei + Cm de Frngo (:: v/v) e Ltossolo Vermelho + Arei + Cm de Frngo 2 (:: v/v). Plvrs-chve: Dendrthem grndiflor, propgção sexud, plnt ornmentl. ABSTRACT Recipients nd substrte for germintion nd growth of chrysnthemum nd Viol x wittrockin plnts The im of this work ws to evlute the substrte effect nd recipient size on the germintion nd initil growth of chrysnthemum nd perfect-love ornmentl plnts. The works ws crried out in the Horticulture Nursery from UTFPR - Cmpus Dois Vizinhos - Prná Stte, Brzil. The experimentl design ws in blocks rndomized, in fctoril 3 x 4 (recipient size x substrte), with four replictions, considering 4 recipients by plot. It ws used s recipients, smll, medium nd king continer nd s substrte the Plntmx nd the mixture Red Ltosoil + Snd + Poultry Litter (:: v/v), Red Ltosoil + Snd + Poultry Litter 2 (:: v/v) nd Red Ltosoil + Snd + Poultry Litter + Poultry Litter 2 (::: v/v). The Poultry Litter nd 2 hd wood shvings nd swdust s different ingredients, respectively. The germintion (%), totl lenght plnts(cm), roots length(cm), height(cm), lef number nd plnts dry mss mtter(g), were evlute 63 dys fter experiment instlltion. For germintion nd erly development of perfect-love the best continer ws smll with mixture the red ltosoil + snd + Poultry Litter + Poultry Litter 2 (::: v/v). For Chrysnthemum, besides to this continer nd mixing, the mixtures were lso importnt Red Ltosoil + snd + Poultry Litter (:: v/v) e Red Ltosoil + snd + Poultry Litter 2 (:: v/v). Keywords: Dendrthem grndiflor, sexul propgtion, ornmentl plnts.. INTRODUÇÃO A produção e o consumo de flores e plnts ornmentis no Brsil estão compnhndo tendênci de crescimento do mercdo mundil, mplindo-se cd no. Avli-se que floricultur brsileir movimente, no mercdo doméstico, vlor globl, em torno de 750 milhões de dólres o no. Embor não sej exportdor trdicionl de flores e plnts ornmentis, profissionlizção do segmento exportdor no Brsil está se intensificndo nos últimos nos e, hoje, o pís já se projet no cenário interncionl como importnte referencil de qulidde e competitividde (JUNQUEIRA e PEETZ, 2002). Conforme Demrchi (200), pesr ds ross, crvos e crvins ind representrem em torno de 70% d demnd mundil, s flores tropicis tmbém vem gnhndo espço nesse mercdo, como é o cso de orquídes, ntúrios, bromélis, lpínis, musáces e helicônis. A quntidde de crisântemos comercilizdos no Brsil está compnhndo este crescimento contínuo de mercdo, sendo considerd primeir flor de corte em volume de produção (CHAGAS et l., 2006). Entre os vários ftores responsáveis pelo sucesso do cultivo de crisântemo no pís, pode-se citr escolh de bons genótipos, o mnejo culturl e fitossnitário e dubção, tudo isso, prtindo-se inicilmente d obtenção de muds de bo qulidde fisiológic e snitári. () Trblho recebido pr publicção em 26/0/202 e provdo em 0/06/205 (2) Universidde Tecnológic Federl do Prná (UTFPR) - Cmpus Pto Brnco, Pto Brnco-PR, Brsil. *Autor correspondente: kelli_pirol@ hotmil.com (3) Universidde Tecnológic Federl do Prná (UTFPR) - Cmpus Dois Vizinhos, Dois Vizinhos-PR, Brsil.

52 Recipientes e substrtos n germinção e desenvolvimento de crisântemo e mor-perfeito O mor-perfeito (Viol x wittrockin), pesr de ser plnt ornmentl perene, é cultivdo como nul, com potenciliddes pr uso no pisgismo, com mior dptção regiões mis fris, como no sul do pís. Trdicionlmente, seu cultivo se dá densmente meisombr, sendo su propgção relizd por sementes (PILLA et l., 2006). Todvi, n produção de muds de qulquer espécie ornmentl, o viveirist busc sempre reduzir o tempo pr su comercilizção, lido à redução do custo pr obtêl, mntendo qulidde necessári, conforme exigênci do mercdo (CARVALHO et l., 2000). Neste sentido, o êxito n produção de muds por sementes, de qulquer cultur, depende de vários ftores, entre os quis está n utilizção de sementes de bo qulidde e ns escolhs do melhor substrto e recipiente. Estes ftores exercem influênci sobre emergênci de plântuls e n formção de muds de bo qulidde (WAGNER JÚNIOR et l., 2006). Inúmeros mteriis podem ser empregdos como recipiente e substrto. Porém, deve-se levr em cont disponibilidde e custo de mbos juntmente, com s crcterístics físico-químics do substrto (NICOLOSO et l., 2000) e que os recipientes sejm tóxicos. Atulmente, existe mpl gm de sistems de cultivo de muds florífers em recipientes. Tis sistems utilizm substrtos de origem minerl ou orgânic, nturl ou sintétic, cujs crcterístics diferem mrcdmente ds do solo (GUERRERO e POLO, 989), não existindo um mteril ou mistur de mteriis considerd válid como substrto pr tods s espécies e recipientes (WAGNER JÚNIOR et l., 2006b). Qunto à escolh do substrto, é difícil encontrr quele que, sozinho tend tods s exigêncis d plnt ser cultivd. Isso lev à formulção de misturs ns quis se tent obter inúmers crcterístics desejáveis pr produção de muds (WAGNER JÚNIOR et l., 2006b). Normlmente, o uso n mistur com lguns mteriis orgânicos o substrto fvorece n melhori ds crcterístics químics, físics e biológics, de modo crir mbiente mis dequdo pr o desenvolvimento ds rízes e d plnt como todo (CASA GRANDE JÚNIOR et l., 996). Segundo Psqul et l. (200), mesmo que um substrto poss não reunir tods s quliddes necessáris pr produção de muds de qulidde, deve-se selecionr quele que reun s melhores crcterístics, sendo estreitmente relciondo à eficiênci do sistem de propgção e d vibilidde de uso de recipientes. Pr isso, torn-se necessário relizção de estudos que demonstrem qul melhor tipo de substrto e recipiente, n produção de muds de crisântemo e mor-perfeito, espécies ornmentis de grnde importânci no mercdo. O objetivo deste trblho foi vlir substrtos e tmnho de recipiente n germinção e desenvolvimento de crisântemo e mor-perfeito. 2. MATERIAL E MÉTODOS O trblho foi relizdo no viveiro de produção de muds d Estção Experimentl d UTFPR, Cmpus Dois Vizinhos-PR. Form utilizds sementes comerciis de crisântemo (Dendrthem grndiflor Tzelev.) e de morperfeito (Viol x wittrockin Gms.). As sementes form semeds dus por recipiente, em profundidde de 0,5 cm. Form usdos como recipientes tubetes pequenos redondos (2 x 2,5 cm - 6 estris), médios redondos (4,5 x 3,5 cm - 8 estris) e grndes redondos (20 x 5 cm - 8 estris). Qutro tipos de substrtos form utilizdos, sendo estes, Plntmx (S), Ltossolo Vermelho + Arei + Cm de Frngo (:: v/v) (S2), Ltossolo Vermelho + Arei + Cm de Frngo 2 (:: v/v) (S3) e Ltossolo Vermelho + Arei + Cm de Frngo + Cm de Frngo 2 (::: v/v) (S4). As Cms de Frngo e 2 diferirm qunto su composição, sendo ests composts por mrvlh de Pinus sp. e serrgem, respectivmente. Pr compor s misturs dos substrtos, estes form homogeneizdos com uxílio de um betoneir de 400 litros. As crcterístics químics e físics dos substrtos form presentds ns Tbels e 2, respectivmente. Tbel. Crcterizção químic dos qutro substrtos utilizdos n germinção e desenvolvimento de plnts de morperfeito e Crisântemo. Tble. Chemicl chrcteriztion from four substrtes use for germintion nd growth of perfect-love nd chrysnthemum. Substrto ph P K C 2+ Mg 2+ Al 3+ H + Al SB CTC V MO H 2 O mg dm -3 cmolc dm -3 % g dm -3 S 5,47 b 662, b 600 b 9,64 b 3,95 b 0,0 b 6,9 b 5,2 b 5,2 b 68,7 b 29,20 S2 6,0 06,3 782,00 3,24 2,54 0,0 2,36 7,78 0,4 76,73 6,08 S3 6,00 324,99 782,00 3,5 2,84 0,0 2,9 7,99 0,8 78,49 44,23 S4 6,40 420,97.036,2 3,44 3,45 0,0,90 9,54,44 83,39 57,63 (S) Plntmx, (S2) Ltossolo Vermelho + Arei + Cm de Frngo (:: v/v), (S3) Ltossolo Vermelho + Arei + Cm de Frngo 2 (:: v/v), (S4) Ltossolo Vermelho + Arei + Cm de Frngo + Cm de Frngo 2 (::: v/v). b ph em águ, KCl e CCl 2 Relção :2,5; P, N, K, Fe, Zn, Mn e Cu Extrtor Mehlich ; C, Mg, Al Extrtor: KCl moll - ; H + Al Extrtor Acetto de Cálcio 0,5 moll - ph 7,0; B Extrtor águ quente; S Extrtor fosfto monocálcio em ácido cético; SB = Som de Bses; CTC = Cpcidde de Troc Ctiônic; V = Índice de Sturção de bses. Ornmentl Horticulture V. 2, N o.2, 205, p. 5-60

KELLI PIROLA et l. 53 Tbel 2. Crcterístics físics dos substrtos contendo cm de ves compost por serrgem (Amostr ) e compost com mrvlh (Amostr 2) utilizdos n germinção e desenvolvimento de plnts de mor-perfeito e crisântemo. Tble 2. Physicl chrcteristics of substrtes contining chicken litter composed of swdust (Smple ) nd composed with shvings (Smple 2) used in germintion nd growth of perfect-love nd chrysnthemum. Mteril DS (g/cm 3 ) VPt (%) Microporos Mcroporos Arei (%) Argil (%) Silte (%) Amostr,40 b 48,02 b 28,66 9,36 46,93 34,70 8,37 Amostr 2,4 50,52 35,69 4,83 46,69 42,82 0,49 Amostr : Substrto composto por Ltossolo Vermelho + Arei + Cm de Frngo compost por serrgem (:: v/v); Amostr 2: Ltossolo Vermelho + Arei + Cm de Frngo compost por mrvlh (:: v/v). b DS (g/cm 3 ): Densidde; VPt (%): Porosidde totl. Após germinção, s plnts form desbstds, deixndo-se pens mis vigoros por recipiente plástico. A irrigção foi ministrd dirimente, com mior frequênci nos primeiros dis pós semedur. A tempertur médi foi de 23,9 ± 0,8º C. O delinemento experimentl dotdo foi em blocos csulizdos, em ftoril 3 x 4 (tmnho de recipiente x substrto), com qutro repetições, considerndo-se como unidde experimentl, cd lote de 4 recipientes. As vlições form relizds 63 dis pós instlção do experimento. As vriáveis nlisds form germinção(%), comprimento totl ds plnts(cm), comprimento ds rízes(cm), ltur(cm), número de folhs e mss d mtéri sec ds plnts(g). Os ddos form submetidos à nálise de vriânci e o teste de Tukey (p < 0,05), por meio do progrm computcionl SANEST (ZONTA e MACHADO, 984). Os ddos ds porcentgens de germinção form trnsformdos segundo rco seno x /00, segundo necessidde presentd pelo teste de normlidde de Lilliefors. Já os demis ddos não sofrerm trnsformção. Pr determinção do comprimento totl ds plnts, s mesms form retirds dos substrtos, cuiddosmente, lvds em águ e medids com uxílio de régu grdud em centímetros. Posteriormente, pr obtenção d mss d mtéri sec, s plnts form colocds em envelopes de ppel e trnsferids pr estuf com circulção de r 60 C, permnecendo por 72 hors té tingirem peso constnte. 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO Amor-perfeito A interção, tmnho de recipiente x substrto, não foi significtiv pens pr vriável ltur ds plnts de mor-perfeito. Pelos resultdos obtidos n Tbel 3, verificou-se que nos substrtos S, S2 e S3 não houve diferenç entre s médis de germinção dentro dos três tipos de recipientes testdos. Entretnto, no substrto S4, mior médi foi obtid com recipiente pequeno, tingindo-se 00 % de germinção, sendo não diferente esttisticmente do tmnho médio (72,98 %) (Tbel 3). Est respost de superioridde com menor recipiente é fvorável pr o viveirist, um vez que com menor volume de substrto possibilit-se máxim germinção, reduzindo no custo finl d produção d mud. Tbel 3. Germinção de sementes (%), de mor-perfeito de cordo com o tmnho de recipiente e o substrto utilizdo. Tble 3. Seeds germintion (%) of perfect-love ornmentl plnt ccording to recipients size nd substrte. Substrto Tmnho de recipiente Pequeno Médio Grnde S 50,25 b A 97,65 A 97,65 A S2 4,54 b A 49,99 A 80,6 A S3 97,65 b A 90,82 A 97,65 A S4 00,00 A 72,98 AB 58,70 B CV (%) 33,80 (S) Plntmx, (S2) Ltossolo Vermelho + Arei + Cm de Frngo (:: v/v), (S3) Ltossolo Vermelho + Arei + Cm de Frngo 2 (:: v/v), (S4) Ltossolo Vermelho + Arei + Cm de Frngo + Cm de Frngo 2 (::: v/v). Médis com letrs diferentes, minúscul n mesm colun e miúsculs n mesm linh, diferem significtivmente o nível de 5% de probbilidde Ornmentl Horticulture V. 2, N o.2, 205, p. 5-60

54 Recipientes e substrtos n germinção e desenvolvimento de crisântemo e mor-perfeito Segundo Kämpf (2000), o tipo de recipiente pode influencir ns crcterístics físics do substrto, sendo que, qunto menor ltur do recipiente, mis difícil poderá ser drengem do substrto. Neste sentido, credit-se que, superioridde do recipiente pequeno e médio poss estr relciond às crcterístics físics do substrto S4, proporcionndo menor perd de águ mesmo em recipiente pequeno. Nos substrtos S3 e S4, hvi em su composição serrgem, o que pode ter fvorecido pr mior retenção de águ, devidos às crcterístics físics deste mteril (Tbel 2) (menor diâmetro de prtícul que mrvlh). Segundo Crrijo et l. (2004), serrgem está entre os substrtos que retém mis águ n fix de 5 kp (águ fcilmente disponível) qundo comprdo com fibr de coco, csc de rroz crbonizd, mrvlh e lã de roch. Em relção o comprimento totl e mss de mtéri sec ds plnts (Tbels 4 e 5, respectivmente), observouse que não há diferençs esttístics entre s médis, qundo se comprrm os qutro substrtos nos recipientes de tmnho médio e grnde. Já dentro do recipiente pequeno, não houve diferençs entre os substrtos S4, S3 e S2 pr o comprimento totl (Tbel 4) e, S4, S3 e S pr mss d mtéri sec ds plnts (Tbel 5). Tbel 4. Comprimento totl (cm) de plnts de mor-perfeito de cordo com o tmnho de recipiente e o substrto utilizdo. Tble 4. Totl length (cm) of perfect-love ornmentl plnt ccording to recipients size nd substrte. Substrto Tmnho de recipiente Pequeno Médio Grnde S 8,55 b B 8,00 A 23,07 A S2 4,38 b A 6,06 A 4,26 A S3 3,2 b A 6,8 A 8,83 A S4 2,03 A 4,7 A 7,34 A CV (%) 32,05 (S) Plntmx, (S2) Ltossolo Vermelho + Arei + Cm de Frngo (:: v/v), (S3) Ltossolo Vermelho + Arei + Cm de Frngo 2 (:: v/v), (S4) Ltossolo Vermelho + Arei + Cm de Frngo + Cm de Frngo 2 (::: v/v). Médis com letrs diferentes, minúscul n mesm colun e miúsculs n mesm linh, diferem significtivmente o nível de 5% de probbilidde Tbel 5. Mss de mtéri sec (g) de plnts de mor-perfeito de cordo com o tmnho de recipiente e o substrto utilizdo. Tble 5. Mss dry mtter (g) of perfect-love ornmentl plnt ccording to recipients size nd substrte. Substrto Tmnho de recipiente Pequeno Médio Grnde S 0,7 b A 0,26 A 0,23 A S2 0,2 b A 0,3 A 0,8 A S3 0,8 b A 0,20 A 0,9 A S4 0,4 A 0,07 B 0,0 B CV (%) 7,20 (S) Plntmx, (S2) Ltossolo Vermelho + Arei + Cm de Frngo (:: v/v), (S3) Ltossolo Vermelho + Arei + Cm de Frngo 2 (:: v/v), (S4) Ltossolo Vermelho + Arei + Cm de Frngo + Cm de Frngo 2 (::: v/v). Médis com letrs diferentes, minúscul n mesm colun e miúsculs n mesm linh, diferem significtivmente o nível de 5% de probbilidde Como o crescimento d prte ére ds plnts não se diferencirm esttisticmente entre si, suspeit-se que o mior comprimento totl ds plnts obtido no S4, S3 e S2 (Tbel 4) possm estr ligdos o uso de cm de frngo n composição destes, umentndo-se o ph dos mesmos pr vlores considerdos ltos pr substrtos, o que prejudic bsorção dos micronutrientes (KÄMPF, 2000). Com isso, um ds estrtégis que plnt poss ter utilizdo foi de longr o crescimento rdiculr, buscndose lgum áre em que fosse possível bsorver estes nutrientes. Segundo Tiz e Zeiger (2004), hbilidde ds plnts em obter nutrientes mineris está relciond à su cpcidde de desenvolver extenso sistem rdiculr, o que fez tl suposição no presente trblho. Ornmentl Horticulture V. 2, N o.2, 205, p. 5-60

KELLI PIROLA et l. 55 Nos substrtos S2, S3 e S4, s médis do comprimento totl ds plnts, nos três recipientes não diferirm esttisticmente entre si (Tbel 4). Contudo, no substrto S, o mior comprimento totl ds plnts foi obtido com o recipiente grnde, sendo este semelhnte esttisticmente do tmnho médio. O mesmo resultdo foi obtido pr o comprimento de rízes. Segundo Bezerr (2003), recipientes miores permitem mior volume de rízes, umentndo áre de bsorção de nutrientes. Por isso, um dos ftores que influencirm pr o mior crescimento ds rízes (Tbel 7), nos recipientes de mior tmnho, está relciondo o mior volume permitido pr o crescimento rdiculr em extensão, proporcionndo consequentemente o mior comprimento totl ds plnts (Tbel 4). Além disso, Frncisco et l. (200), descreverm que o recipiente menor demnd menor quntidde de substrto, com isso ocorre redução n disponibilidde de nutrientes. Assim, pelo fto destes substrtos possuírem menor quntidde de mcronutrientes, se comprdo o S (Tbel ), houve mior crescimento rdiculr, já que s rízes tiverm que buscr os nutrientes necessários pr seu desenvolvimento. Qunto o número de folhs foi observdo que, o substrto S4 utilizndo recipiente pequeno presentou mior médi, podendo estr relciondo com mior quntidde de potássio presente no mesmo. O potássio é um mcronutriente que tem ppel fundmentl no metbolismo vegetl, tundo como tivdor de enzims (MATTOS E MONTEIRO, 998), o que pode ter contribuído pr mior obtenção de folhs, conforme descrito por Gurdi e Benlloch (980). Por outro ldo, no recipiente grnde s miores médis form com os substrtos S, S2 e S3, fto que pode estr ligdo mior quntidde de substrto disponível no mesmo (Tbel 6). Tbel 6. Número de folhs, de plnts de mor-perfeito de cordo com o tmnho de recipiente e o substrto utilizdo. Tble 6. Lef number of perfect-love ornmentl plnt ccording to recipients size nd substrte. Substrto Tmnho de recipiente Pequeno Médio Grnde S 2,48 b B 9,24 A 4,09 A S2 5,48 b A 6,73 A 8,96 b A S3 6,33 b A 8,20 A 7,68 b A S4 4,35 A 5,80 B 6,38 b B CV (%) 2,43 (S) Plntmx, (S2) Ltossolo Vermelho + Arei + Cm de Frngo (:: v/v), (S3) Ltossolo Vermelho + Arei + Cm de Frngo 2 (:: v/v), (S4) Ltossolo Vermelho + Arei + Cm de Frngo + Cm de Frngo 2 (::: v/v). Médis com letrs diferentes, minúscul n mesm colun e miúsculs n mesm linh, diferem significtivmente o nível de 5% de probbilidde Tbel 7. Comprimento de rízes (cm) de plnts de mor-perfeito de cordo com o tmnho de recipiente e o substrto utilizdo. Tble 7. Root length (cm) of perfect-love ornmentl plnt ccording to recipients size nd substrte. Substrto Tmnho de recipiente Pequeno Médio Grnde S 7,30 b B 4,90 A 8,85 A S2,49 b A 3,50 A 2,43 A S3,62 b A 3,60 A 4,98 A S4 8,0 A 2,57 A 3,54 A CV (%) 7,66 (S) Plntmx, (S2) Ltossolo Vermelho + Arei + Cm de Frngo (:: v/v), (S3) Ltossolo Vermelho + Arei + Cm de Frngo 2 (:: v/v), (S4) Ltossolo Vermelho + Arei + Cm de Frngo + Cm de Frngo 2 (::: v/v). Médis com letrs diferentes, minúscul n mesm colun e miúsculs n mesm linh, diferem significtivmente o nível de 5% de probbilidde Serrno (2006) citou que o mior volume do substrto permitiu mior desenvolvimento ds rízes, possibilitndo mior explorção e bsorção de nutrientes, o que fvoreceu pr número de folhs. Crisântemo A germinção de sementes de crisântemo mostrou-se significtiv pens dentro do ftor substrto (Tbel 8), sendo que o mesmo comportmento esttístico não foi observdo no ftor recipiente e n interção recipiente x substrto. Porém, pr s vriáveis comprimento totl, mss de mtéri sec, número de folhs, comprimento de rízes e ltur, interção tmnho de recipiente x substrto foi esttisticmente significtiv (Tbels 9 3). Ornmentl Horticulture V. 2, N o.2, 205, p. 5-60

56 Recipientes e substrtos n germinção e desenvolvimento de crisântemo e mor-perfeito Tbel 8. Germinção de sementes (%) de crisântemo de cordo com o substrto utilizdo. Tble 8. Seeds germintion (%) of chrysnthemum plnt ccording to recipients size nd substrte. Substrto Germinção (%) S 93,56 b S2 99,74 b S3 00,0 S4 97,65 b CV (%) 4,76 (S) Plntmx, (S2) Ltossolo Vermelho + Arei + Cm de Frngo (:: v/v), (S3) Ltossolo Vermelho + Arei + Cm de Frngo 2 (:: v/v), (S4) Ltossolo Vermelho + Arei + Cm de Frngo + Cm de Frngo 2 (::: v/v). Médis com letrs diferentes, minúscul n mesm colun diferem significtivmente o nível de 5% de probbilidde Pr germinção, mior médi foi obtid com o substrto S3, que não diferiu esttisticmente ds misturs S2 e S4 (Tbel 8). Observou-se que nestes substrtos existe em su composição presenç de cm de viário, podendo este mteril ter melhordo s crcterístics físics dos mesmos, permitindo mior erção e retenção de águ, necessáris pr tivr o processo germintivo ds sementes. Segundo Luz et l. (2009), cm de frngo é um bo fonte de nutrientes, especilmente de nitrogênio, o seu uso dicion mtéri orgânic que melhor os tributos físicos do solo, ument cpcidde de retenção de águ e melhor erção. Segundo Wgner Júnior et l. (2007), substrtos que contém dequd quntidde de mtéri orgânic presentm bo cpcidde de retenção de águ e erção, lém de lt quntidde de nutrientes disponíveis pr plnt. Tbel 9. Comprimento totl (cm) de plnts de crisântemo de cordo com o tmnho de recipiente e o substrto utilizdo. Tble 9. Totl length (cm) of chrysnthemum plnt ccording to recipients size nd substrte. Substrto Tmnho de recipiente Pequeno Médio Grnde S 27,05 B 33,4 b AB 44,98 A S2 38,45 A 43,82 A 2,5 b B S3 36,53 A 28,23 b A 26,2 b A S4 26,94 A 36,70 b A 28,4 b A CV (%) 2,3 (S) Plntmx, (S2) Ltossolo Vermelho + Arei + Cm de Frngo (:: v/v), (S3) Ltossolo Vermelho + Arei + Cm de Frngo 2 (:: v/v), (S4) Ltossolo Vermelho + Arei + Cm de Frngo + Cm de Frngo 2 (::: v/v). Médis com letrs diferentes, minúscul n mesm colun e miúsculs n mesm linh, diferem significtivmente o nível de 5% de probbilidde Tbel 0. Mss de mtéri sec (g) de plnts de crisântemo de cordo com o tmnho de recipiente e o substrto utilizdo. Tble 0. Mss dry mtter (g) of chrysnthemum plnt ccording to recipients size nd substrte. Substrto Tmnho de recipiente Pequeno Médio Grnde S 0,6 b B 0,28 B 0,93 A S2 0,7 b A 0,75 A 0,20 b A S3 0,83 A 0,34 AB 0,5 b B S4 0,2 b A 0,5 A 0,26 b A CV (%) 75,67 (S) Plntmx, (S2) Ltossolo Vermelho + Arei + Cm de Frngo (:: v/v), (S3) Ltossolo Vermelho + Arei + Cm de Frngo 2 (:: v/v), (S4) Ltossolo Vermelho + Arei + Cm de Frngo + Cm de Frngo 2 (::: v/v). Médis com letrs diferentes, minúscul n mesm colun e miúsculs n mesm linh, diferem significtivmente o nível de 5% de probbilidde Os qutro substrtos utilizdos não diferem esttisticmente entre si, nos recipientes pequeno e médio pr o comprimento totl (Tbel 9) e mss d mtéri sec ds plnts (Tbel 0), respectivmente. Contudo, no recipiente grnde, o substrto S foi superior pr mbs s vriáveis (Tbels 9 e 0) qundo comprdo os demis. Estes resultdos podem estr ligdos os miores vlores de P, C, Mg e CTC deste substrto. O CTC deste substrto é o único que está dentro d fix considerd como idel (> 2 cmolc dm -3 ), por Penningsfeld (983), pr o cultivo de plnts em recipientes. A CTC de um substrto é propriedde de sus prtículs sólids em dsorver e trocr cátions como C +2, Mg +2, K +, N + e NH 4+, desempenhndo ppel fundmentl n reserv de nutrientes Ornmentl Horticulture V. 2, N o.2, 205, p. 5-60

KELLI PIROLA et l. 57 Tbel. Número de folhs, de plnts de crisântemo de cordo com o tmnho de recipiente e o substrto utilizdo. Tble. Lef number of chrysnthemum plnt ccording to recipients size nd substrte. Substrto Tmnho de recipiente Pequeno Médio Grnde S,95 b A 9,02 A 3,02 b A S2 3,6 b A 22,07 A 24,93 A S3 23,67 b A 20,8 AB 9,60 b B S4 28,20 A 4,35 AB,47 b B CV (%) 22,6 (S) Plntmx, (S2) Ltossolo Vermelho + Arei + Cm de Frngo (:: v/v), (S3) Ltossolo Vermelho + Arei + Cm de Frngo 2 (:: v/v), (S4) Ltossolo Vermelho + Arei + Cm de Frngo + Cm de Frngo 2 (::: v/v). Médis com letrs diferentes, minúscul n mesm colun e miúsculs n mesm linh, diferem significtivmente o nível de 5% de probbilidde Tbel 2. Comprimento de rízes (cm) de plnts de crisântemo de cordo com o tmnho de recipiente e o substrto utilizdo. Tble 2. Roots lenght (cm) of chrysnthemum plnt ccording to recipients size nd substrte. Substrto Tmnho de recipiente Pequeno Médio Grnde S 8,0 AB 23,58 b A 7,6 b B S2 7,8 B 23,40 b AB 27,93 A S3 2,98 A 26,86 A 3,95 b B S4 23,83 A 7,83 b AB 6,90 b B CV (%) 7,66 (S) Plntmx, (S2) Ltossolo Vermelho + Arei + Cm de Frngo (:: v/v), (S3) Ltossolo Vermelho + Arei + Cm de Frngo 2 (:: v/v), (S4) Ltossolo Vermelho + Arei + Cm de Frngo + Cm de Frngo 2 (::: v/v). Médis com letrs diferentes, minúscul n mesm colun e miúsculs n mesm linh, diferem significtivmente o nível de 5% de probbilidde Tbel 3. Altur (cm), de plnts de crisântemo de cordo com o tmnho de recipiente e o substrto utilizdo. Tble 3. Height plnt (%) of chrysnthemum plnt ccording to recipients size nd substrte. Substrto Tmnho de recipiente Pequeno Médio Grnde S 8,92 A 3,2 A,25 b A S2 9,23 A 0,00 A 7,05 A S3 6,46 A 6,95 A 7,20 b B S4 2,70 A 0,40 A 9,3 b A CV (%) 38,00 (S) Plntmx, (S2) Ltossolo Vermelho + Arei + Cm de Frngo (:: v/v), (S3) Ltossolo Vermelho + Arei + Cm de Frngo 2 (:: v/v), (S4) Ltossolo Vermelho + Arei + Cm de Frngo + Cm de Frngo 2 (::: v/v). Médis com letrs diferentes, minúscul n mesm colun e miúsculs n mesm linh, diferem significtivmente o nível de 5% de probbilidde pr s plnts. Além do CTC, o vlor ph do substrto S, tmbém é o único que está n fix considerd como ótim pr substrtos de bse orgânic (KÄMPF, 2000), por isso de tl superioridde no presente trblho com o S pr comprimento totl e mss d mtéri sec ds plnts. Pr o recipiente médio o mior comprimento totl ds plnts foi obtido com S2, seguido por S4 e S. Estes substrtos presentrm os miores vlores de P em su composição químic. De cordo com Blck (967), o P é o elemento chve n fse inicil de crescimento devido o mior cúmulo de biomss nest fse. Nos substrtos S4 e S3, s plnts em desenvolvimento nos recipientes testdos não presentrm diferenç esttístic pr o comprimento totl. O mesmo fto foi observdo qundo se comprou s médis de mss de mtéri sec ds plnts nos substrtos S2 e S4 utilizndose os três recipientes, onde não presentrm diferenç esttístic. No substrto S, s miores médis de mss de mtéri sec (Tbel 0) e comprimento totl ds plnts (Tbel 9) form obtids no recipiente grnde, sendo que, pr est últim vriável, médi ssemelhouse esttisticmente do recipiente médio. Bezerr (2003) descreveu que recipientes miores permitem mior volume de rízes, umentndo-se áre de bsorção de nutrientes. Supõe-se que isto, lido s crcterístics químics e físics deste substrto (Tbel e 2), influenciou pr Ornmentl Horticulture V. 2, N o.2, 205, p. 5-60

58 Recipientes e substrtos n germinção e desenvolvimento de crisântemo e mor-perfeito mior desenvolvimento ds plnts, principlmente do sistem rdiculr. Por outro ldo, nos substrtos S2 e S3 houve s miores médis pr o comprimento totl e mss d mtéri sec utilizndo-se os recipientes pequeno e médio (Tbels 9 e 0). O mior comprimento totl obtido com os recipientes pequenos e médios no substrto S2 form influencidos pel ltur ds plnts (Tbel 3), um vez que o comprimento de rízes (Tbel 2) presentou superioridde com o recipiente grnde seguido pelo de tmnho médio. Pr o número de folhs, os substrtos S e S2 não presentrm diferençs esttístics entre os recipientes, fto não obtido pr S3 e S4, que tiverm s miores médis com os recipientes pequeno e médio (Tbel ), o que conforme já ressltdo pr mor-perfeito ser vntjoso pr economi do viveirist. Isso foi ressltdo por Crneiro (995), que firmou que recipientes menores demndm menos volume de substrto, o que diminui áre ocupd no viveiro e os custos de trnsporte. Entretnto, considerndo-se cd recipiente houve s miores médis pr o número de folhs utilizndose o recipiente pequeno com os substrtos S4, S3 e S2 (Tbel ). Acredit-se que o mior número de folhs com uso do recipiente pequeno e substrtos S2, S3 e S4 fvorecerm pr o mior cúmulo de mss de mtéri sec, já que qunto mis folhs s plnts tiverem, miores s chnces de se produzir biomss, um vez que ument-se tx fotossintétic e consequentemente mis fontes de crbono, necessários pr o desenvolvimento ds plnts. Contudo, o mesmo não ocorreu com o uso do recipiente grnde, um vez que s miores médis form verificds com o substrto S2 seguido por S e S4. Dentro do recipiente de tmnho médio, os vlores quntificdos pr o número de folhs não diferirm significtivmente entre os substrtos. Em relção o desenvolvimento rdiculr houve s miores médis pr S3, S e S4 com os recipientes médio e pequeno (Tbel 2). O mesmo não ocorreu com o substrto S2 que teve os miores resultdos com o recipiente grnde, seguido pelo médio, demonstrndo que cd recipiente exerce influênci diferencid sobre o desenvolvimento rdiculr ds plnts, de cordo com o substrto dotdo. Pr ltur ds plnts, qundo se utilizou o recipiente grnde, o substrto S2 foi o que presentou mior médi, porém este não diferiu do S e S4 (Tbel 3). Por outro ldo, os recipientes pequeno e médio não presentrm diferençs esttístics de cordo com o substrto utilizdo. 4. CONCLUSÃO Pr germinção e desenvolvimento inicil de morperfeito o melhor recipiente foi o pequeno com mistur Ltossolo Vermelho + Arei + Cm de Frngo + Cm de frngo 2 (::: v/v). Pr crisântemo lém deste recipiente e mistur, tmbém se destcrm s misturs Ltossolo Vermelho + Arei + Cm de Frngo (:: v/v) e Ltossolo Vermelho + Arei + Cm de Frngo 2 (:: v/v). REFERÊNCIAS BEZERRA, F.C. Produção de muds de hortliçs em mbiente protegido. Fortlez: Embrp Agroindústri Tropicl, 2003. 22p. BLACK, C.A. Soil plnt reltionships. 2.ed. New York: J. Wiley, 967. 792p. CARNEIRO, J.G.A. Produção e controle de qulidde de muds florestis. Curitib: UFPR/FUPEF; Cmpos: UENF, 995. 45p. CARRIJO, O.A.; VIDAL, M.C.; REIS, N.V.B.; SOUZA, R.B.; NAKISHIMA, N.P. Produtividde de tomteiro em diferentes substrtos e modelos de cs-de-vegetção. Horticultur Brsileir. v.22, n., p.5-9, 2004. CARVALHO, G.R.; PIO, R.; PASQUAL, M. Influênci de diferentes substrtos n climtizção de brotções de cfeeiro produzidos in vitro. Revist Unimr Ciêncis. v.9, n., p.69-73, 2000. CASAGRANDE JÚNIOR, J.G.; VOLTOLINI, J.A.; HOFFMANN, A.; FACHINELLO, J.C. Efeito de mteriis orgânicos no crescimento de muds de rçzeiro (Psidium cttleynum Sbine). Revist Brsileir de Agrociênci. v.2, n.3, p.87-9, 996. CHAGAS, E.A.; FRÁGUAS, C.B.; SILVA, E.F.; PASQUAL, M.; MENDONÇA, V. Multiplicção in vitro de crisântemo cv. White Polris. Revist Brsileir de Agrociênci. v.0, n., p.23-26, 2006. DEMARCHI, C. Guerr ds flores moviment os trópicos. Gzet Mercntil Ltino-Americn, s.l., 28 fev.- 04 mr. p.7-8, 200. FRANCISCO, M.G.S.; MARUYAMA, W.I.; MENDONÇA, V.; SILVA, E.A.; REIS, L.L.; LEAL, S.T. Substrtos e recipientes n produção de muds de mmoeiro Sunrise Solo. Agrrin, v.3, n.9, p.267-274, 200. GUERRERO, F.; POLO, A. Control de ls proprieddes hidrofísics de ls turbs pr su utilizción grícol. Agricoltur Mediterrne, v.9, p.453-459. 989. JUNQUEIRA, A.H.; PEETZ, M.S. Os pólos de produção de flores e plnts ornmentis do Brsil: um nálise do potencil exportdor. Revist Brsileir de Horticultur Ornmentl, Cmpins, v.8, n./2, p. 25-47, 2002. KÄMPF, A.N. Seleção de mteriis pr uso como substrtos. In: KÄMPF, A.N.; FERMINO, M.H. (Ed.). Substrtos pr plnts: bse d produção vegetl em recipientes. Porto Alegre: Gênesis, p.39-45, 2000. Ornmentl Horticulture V. 2, N o.2, 205, p. 5-60

KELLI PIROLA et l. 59 LUZ, J.M.Q.; MORAIS, T.P.S.; BLANK, A.F.; SODRÉ, A.C.B.; GUEDMILLER, S. Teor, rendimento e composição químic do óleo essencil de mnjericão sob doses de cm de frngo. Horticultur Brsileir, v.27, n.3, p.349-353, 2009. MATTOS, W.T.; MONTEIRO, F.A. Respost de Brquiri briznth doses de Potássio. Scienti Agricol. v.55, n.3, p.428-437, 998. NICOLOSO, F.T.; FORTUNATO, R.P.; ZANCHETTI, F.; CASSOL, L.F.; EISINGER, S.M. Recipientes e substrtos n produção de muds. Ciênci Rurl. v.30, n.6, p.987-992, 2000. PASQUAL, M.; CHALFUN, N.N.J.; RAMOS, J.D.; VALE, M.R.; SILVA, C.R.R. Propgção de plnts frutífers. Lvrs:UFLA. 200. 37 p. PENNINGSFELD, F. Kultursubstrte fur den grtenbu, besonders in Deutschlnd: ein kritischer Überblick. Plnt nd Soil, The Hgue, v.75, p.269-28, 983. PILLA, M.A.C.; HABER, L.L.; GRASSI FILHO, H. Uso rcionl de nutrientes no cultivo hidropônico de morperfeito. Irrig. v., n.3, p.367-375, 2006. TAIZ, L.; ZEIGER, E. Fisiologi Vegetl. 3 ed. Porto Alegre. Artmed. 2004, 79p. WAGNER JÚNIOR, A.; ALEXANDRE, R.S.; NEGREIROS, J.R.S.; PIMENTEL, L.D.; SILVA, J.O.C.; BRUCKNER, C.H. Influênci do substrto n germinção e desenvolvimento inicil de plnts de mrcujzeiro mrelo (Pssiflor edulis Sims f. flvicrp Deg). Ciênci e Agrotecnologi, Lvrs, v.30, n.4, p.643-647, 2006. WAGNER JÚNIOR, A.; NERES, C.R.L.; NEGREIROS, J.R.S.; ALEXANDRE, R.S.; DINIZ, E.R.; PIMENTEL, L.D.; BRUCKNER, C.H. Substrtos n formção de muds de pinheir (Annon squmos L.). Revist Ceres. v.53, n.308 p.439-445, 2006b. WAGNER JÚNIOR, A.; SANTOS, C.E.M.; ALEXANDRE, R.S.; SILVA, J.O.C.; NEGREIROS, J.R.S.; PIMENTEL, L.D.; ÁLVARES, V.S.; BRUCKNER, C.H. Efeito d préembebição ds sementes e do substrto n germinção e no desenvolvimento inicil do mrcujzeiro doce. Revist Ceres. v.54, n.3, p.-6, 2007. ZONTA, E.P.; MACHADO, A.A. Snest - Sistem de Análise Esttístic pr Microcomputdores. Pelots: UFPel, 984. 75p. SERRANO, L.A.L. Sistem de blocos prensdos e doses de dubo de liberção lent n formção de port-enxerto cítrico. Ciênci Rurl, v.36, n.2, p.44-447, 2006. Ornmentl Horticulture V. 2, N o.2, 205, p. 5-60