ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO E A INTEGRAÇÃO TEORIA E PRÁTICA: PERSPECTIVAS DA FORMAÇÃO DOCENTE

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Transcrição:

ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO E A INTEGRAÇÃO TEORIA E PRÁTICA: PERSPECTIVAS DA FORMAÇÃO DOCENTE Roselene Ferreira Sousa (Faculdade de Educação UFC Bolsista FUNCAP) Resumo O estudo objetiva verificar como o estágio curricular supervisionado tido como um eixo articulador teoria e prática se materializa no curso de licenciatura em biologia numa faculdade pública no Ceará. A pesquisa é qualitativa e a metodologia é o estudo de caso. Desenvolve-se na disciplina de estágio curricular supervisionado do curso de biologia. Os sujeitos são dois professores da disciplina, alunos e um professor da escola de educação básica que recebe o aluno. Na coleta de dados são utilizadas as técnicas análise documental, entrevistas e história oral. Resultados preliminares apontam que os sujeitos percebem a importância do estágio curricular supervisionado, porém, na escola campo, o estágio se converte num espaço de aplicação de teorias e procedimentos desarticulados da prática. Palavras-chave: Estágio curricular supervisionado. Formação de professor. Teoria e Prática. Introdução A formação docente para o ensino de biologia deve estar preparada para superar os entraves percebidos nos moldes da racionalidade técnica, muito presentes nos cursos de licenciatura onde disciplinas específicas se sobressaem em detrimento das pedagógicas. Embora essa prática seja muito contestada nos discursos e nas propostas curriculares para a formação docente, o que se observa é uma desarticulação entre as disciplinas de conteúdos específicos e as disciplinas que trabalham os saberes necessários para a docência. Nesse contexto, o estágio curricular supervisionado deverá ir além da visão simplista de cumprimento das horas prescritas nos documentos oficias e de aplicação da teoria na prática, devendo se configurar como espaço de formação importante para a reflexão da prática pedagógica do professor de biologia em formação. Dessa forma, percebe-se a necessidade de uma formação que se aproxime da realidade da escola e, a partir de situações que acontecem no cotidiano da prática pedagógica, as ações possam ser pensadas e refletidas, pois não podemos separar a formação do contexto do trabalho. (IMBERNÓN, 2009, p. 10). Cada classe, cada aluno, cada situação de ensino reflete características únicas e singulares (CONTRERAS, 2002, p. 115). Sendo, portanto, 704

difícil elencar métodos iguais a todas as situações de práticas pedagógicas, pois cada situação exige uma reflexão e uma autonomia na tomada de decisões. Nessa perspectiva, observando os problemas referentes à formação de professores de biologia e, ainda, os problemas inerentes à relação teoria e prática no estágio curricular supervisionado o seguinte questionamento surge: Como o estágio curricular supervisionado, tido como um eixo articulador teoria e prática tem se materializado no curso de licenciatura em biologia numa faculdade pública no interior do Ceará? A partir dessa indagação outros questionamentos também surgiram: Que concepções de estágio curricular supervisionado encontram-se presentes nos documentos oficiais do curso de licenciatura em biologia? Que concepções de estágio curricular supervisionado são manifestadas pelo professor orientador da Universidade e pelo professor regente da escola de educação básica que recebe o estagiário? Como ocorre a articulação entre o estágio curricular supervisionado do curso de biologia da faculdade e a escola de educação básica? Dentro desse contexto, o objetivo geral deste estudo, é: Verificar como o estágio curricular supervisionado, tido como um eixo articulador teoria e prática tem se materializado no curso de licenciatura em biologia numa faculdade pública no interior do Ceará. Mais especificamente: a) analisar as concepções de estágio curricular supervisionado presentes nos documentos oficiais do curso de licenciatura em biologia; b) Perceber as concepções de estágio curricular supervisionado manifestadas pelo professor orientador da Universidade e pelo professor regente da escola de educação básica que recebe o estagiário; c) identificar a articulação entre o estágio curricular supervisionado do curso de biologia da faculdade e a escola de educação básica. Desse modo, a pesquisa é de predominância qualitativa e a metodologia utilizada é o estudo de caso descritivo e analítico, tendo como técnicas de coleta de dados, a análise de documentos, a entrevista e a história oral. É desenvolvida numa faculdade pública no interior do estado do Ceará e numa escola de educação básica que recebe os alunos estagiários para a realização da prática da disciplina de estágio curricular supervisionado em biologia. O estudo poderá colaborar com os debates para a melhoria da qualidade da formação do professor de biologia, tendo em vista que essa formação tem acontecido sem a relação entre a teoria e prática, não contribuindo para uma visão crítica e mais reflexiva do futuro docente, que não discute os problemas enfrentados no cotidiano das aulas. Poderá contribuir na busca de sugestões e perspectivas de formação docente pautadas na reflexão do 705

aluno/estagiário, levando-o a ser capaz de realizar suas ações a partir de suas análises e discussões formadoras dentro do âmbito universitário. Desse modo, justifica-se tal pesquisa por tratar-se de uma problemática bastante pertinente, considerando que essa discussão é fundamental para vislumbrar respostas aos problemas que a formação de professores de biologia enfrenta hoje, além de buscar alternativas para uma formação inicial eficaz, onde estágio curricular supervisionado possa ser um espaço para a reflexão, crítica e construção de novas práticas pedagógicas. Trata-se, como afirmado, de uma pesquisa em desenvolvimento e, para este trabalho, serão apresentados resultados preliminares, resultantes dos primeiros contatos realizados no campo de estudo para ajuste da metodologia e dos instrumentos de coleta de dados. A articulação teoria e prática no Estágio Curricular Supervisionado Segundo Abreu (2014, p. 33) [...] o campo do estágio permite uma prática pedagógica refletida e a formação de um educador capaz de pensar e agir criticamente avaliando, reavaliando e ampliando seu repertório. Deste modo, o estágio curricular supervisionado poderá colaborar com a formação do futuro professor, entretanto, se faz necessário abandonar a ideia do estágio supervisionado como a hora da prática, é importante que o estágio seja percebido e vivido como [...] a hora da prática refletida, associada à teoria, problematizada, experimentada. (ABREU, 2014, p. 34). Neste panorama, a escola deverá deixar de ser apenas o local de aplicação da teoria de forma desarticulada e passar a ser um espaço onde o futuro professor possa pensar, refletir, olhar para a sua própria prática, criar e recriar alternativas para melhorar e aprimorar o seu trabalho como docente. No artigo 13, no 3º parágrafo das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior, em curso de licenciatura de graduação plena, orienta que o estágio curricular supervisionado, a ser realizado em escola de educação básica, deve ser avaliado conjuntamente pela escola formadora e escola campo de estágio. (BRASIL, 2002). Entretanto, a literatura mostra que há pouca participação da escola que recebe o aluno estagiário, inclusive na avaliação. Ainda se encontra presente nos cursos de formação de professores a dicotomia entre a teoria e a prática, a escola onde acontece o estágio ainda é 706

percebida apenas como um espaço de aplicação da teoria. É preciso perceber a escola campo como espaço real de formação do futuro docente. Propomos que o Estágio seja este espaço de unidade teoria-prática e que tenhamos como ponto de partida e de chegada as nossas atividades docentes [...] não a prática pela prática e sim a prática fundamentada na teoria em confronto com a realidade [...] (LIMA, 2001, p. 21). Nesse contexto, observa-se a importância da escola no desenvolvimento do estágio, pois a partir do confronto com a realidade no cotidiano das aulas poderá se fazer um trabalho de reflexão sobre a teoria estudada, relacionando-a aos problemas vivenciados na escola. No entanto, para isso, é preciso que o estágio se desenvolva numa perspectiva de estudar e refletir a prática, a partir da observação e constatação dos eventos que ocorrem na sala de aula onde o estágio se desenvolve. A escola campo, como parceira nesse processo de formação do futuro docente, poderá, também, refletir sobre as suas ações, pois nesse espaço, [...] a atuação do estagiário é também um momento de aprendizagem para os docentes que o recebem [...] (PEREIRA; NASCIMENTO, 2014, p. 118). Para Lima (2012, p. 39), o estágio possui lições formativas que favorecem a reflexão da prática, dos professores enquanto indivíduos e profissionais, dos conhecimentos e da ressignificação de saberes. O estágio curricular supervisionado poderá, através de uma relação de parceria entre a escola e a universidade, possibilitar não somente entrelaçar culturas, mas também formar de agir e pensar, podendo também fazer com que a escola reflita sobre o seu papel, como um espaço destinado à formação de professores. (PEREIRA; NASCIMENTO, 2014). Entretanto, ainda se observa nos cursos de formação dos professores de Ciências/biologia, a desarticulação entre as disciplinas pedagógicas e as disciplinas específicas, favorecendo o tradicional modelo de ensino três-mais-um, [...] em que só ao final dos cursos os estudantes têm acesso ao desenvolvimento de atividades na escola-campo por meio do estágio. (MESQUITA; SOARES, 2011, p. 285) Como bem coloca Schnetzler (2000), isto significa que as disciplinas de conteúdo específico, propriamente ditas, seguem seu curso independente e isolado das disciplinas pedagógicas e vice-versa (p. 14), o que reforça a visão simplista de que para se ensinar basta dominar o conteúdo a ser ensinado. 707

As diretrizes curriculares oficiais para os estágios supervisionados buscam superar esse tradicional modelo de ensino, que não contribui para a formação do futuro professor e, dessa forma, orientam que [...] a inserção do estágio deve se dar a partir da segunda metade dos cursos de licenciatura [...] (MESQUITA; SOARES, 2011, p. 285), possibilitando ao estudante vivenciar maior interação entre teoria e prática no decorrer do curso. Entretanto, é necessário ir além de garantir maior interação entre teoria e prática e propor situações que favoreçam a tarefa docente, como um [...] trabalho coletivo de inovação, pesquisa e formação permanente (GIL-PÉREZ; CARVALHO, 2006, p. 18). Devese, então, permitir um contínuo trabalho de reflexão na ação, propondo uma alternativa de superar o modelo da racionalidade técnica. (MALDANER, 2006). Nesse contexto, transformar o espaço de sala de aula do estágio em ambiente para a reflexão da prática pedagógica poderá contribuir para a melhoria da qualidade da formação docente em Ciências/biologia, uma vez que os estudantes, futuros professores, irão refletir sua própria prática, partindo [...] dela para a ela retornar, num processo contínuo de açãoreflexão-ação. (SCHNETZLER, 2000, p. 28). Nessa perspectiva, o futuro docente torna-se [...] um investigador na sala de aula, produzindo saberes pedagógicos [...] (SCHNETZLER, 2000, p. 28) e, dessa forma, é possível que se supere o modelo de formação docente pautado na racionalidade técnica. A prática transforma-se em investigação, deixando de ser somente um espaço de simples aplicação de teorias e procedimentos (PERÈZ GOMEZ, 1992 apud SCHNETZLER, 2000). Schnetzler, Essas ações propõem a ideia de professor reflexivo e, de acordo com Rosa e A prática reflexiva é a reflexão sobre o conhecimento na ação que se produz quando o profissional trata de explicar a si mesmo fazendo aflorar conhecimentos que estão implícitos na sua ação. Por meio da prática reflexiva, o professor pode perceber o que está inadequado no contexto de suas aulas, posto que as manifestações dos alunos configuram um quadro em que se podem depreender os principais problemas da aprendizagem.(1998, p. 20). É no cotidiano das aulas que ações simples se consolidam e ganham força na prática pedagógica tais como, a interação com os alunos, a construção do conhecimento de forma participativa, os aspectos operacionais de cada ação, o material didático, além da definição dos objetivos e fins, bem como os mecanismos para alcançá-los, podendo a observação da prática, alicerçar mecanismos de crítica e reflexão, pois a formação não se constrói por acumulação (de cursos, de conhecimentos ou de técnicas), mas sim através de um trabalho de 708

reflexividade crítica sobre as práticas e de (re) construção permanente de uma identidade pessoal. (NÓVOA, 1997, p. 25). Assim, o estágio curricular supervisionado deve contribuir com a formação do futuro professor, deixando de ser apenas burocrático, tornando-se um momento de estudo e reflexão sobre a prática, pois [...] o estágio não é somente uma etapa burocrática a ser cumprida, mas uma etapa da formação que permite superar a fragmentação entre a teoria e a prática, na medida em que pressupõe uma atividade investigativa, envolvendo reflexão e intervenção. (ABREU, 2014, p. 36). Entretanto, o que se percebe é que a teoria caminha distante da prática, pois é muito comum falar-se que o estágio é a hora da prática. No entanto, para Lima (2012) a hora da prática é também a hora da teoria (p. 24), pois é no estágio que o futuro professor atribui a finalidade das suas ações com base em pressupostos que fundamentam sua ação docente. A hora da prática é uma oportunidade de práxis docente. (p.27), pois a práxis pedagógica permite a possibilidade de transformar a realidade da educação num processo contínuo de ação, reflexão e ação. (PEREIRA; NASCIMENTO, 2014). Procedimentos metodológicos da investigação A pesquisa, ainda em desenvolvimento, apresenta uma abordagem de predominância qualitativa. Dessa forma, leva-se em consideração todo o contexto observado durante a pesquisa, pois os investigadores qualitativos interessam-se mais pelo processo do que simplesmente pelos resultados ou produtos (BOGDAN; BIKLEN, 1994, p.49). A metodologia utilizada é o estudo de caso, pois permite que os investigadores retenham as características holísticas e significativas dos eventos da vida real [...] (YIN, 2010, P. 24), tendo como proposta de investigar o caso como um todo considerando a relação entre as partes que o compõem (GIL, 2009, p.8). A pesquisa analisa os dados obtidos em forma de palavras e não de números, se caracterizando como descritiva, pois há uma tentativa de [...] analisar os dados em toda a sua riqueza, respeitando, tanto quanto o possível a forma em que estes foram registrados ou transcritos (BOGDAN; BIKLEN, 1994, p.48). O cenário do estudo é uma faculdade pública no interior do estado do Ceará e uma escola de educação básica que recebe o aluno/estagiário. Este cenário foi escolhido levando 709

em conta aspectos que tornam a pesquisa mais operacional, tais como: localização geográfica, receptividade dos coordenadores e professores, organização curricular e formação dos professores. A universidade pública foi escolhida na perspectiva de perceber dificuldades encontradas em disciplinas de estágio curricular supervisionado em cursos de Licenciatura em Biologia nas universidades públicas, que refletem diretamente nas escolas. Os sujeitos do estudo são: dois professores da disciplina de estágio curricular supervisionado em biologia e seus alunos e ainda, um professor da escola de educação básica que recebe o aluno/estagiário. Para o levantamento dos dados utiliza-se mais de uma técnica, pois os estudos de caso [...] requerem a utilização de múltiplas técnicas de coleta de dados. Isto é importante para garantir a profundidade necessária ao estudo e a inserção do caso em seu contexto, bem como para conferir maior credibilidade aos resultados (GIL, 2009, p. 55). Realizamos consultas a fontes documentais, pois é de grande importância analisar as características da instituição cenário da pesquisa, bem como os documentos oficiais que direcionam os estágios curriculares supervisionados e, dessa forma, fazer um paralelo entre as prescrições oficiais e o desenvolvimento das ações docentes. Dentre os documentos coletados pode-se citar: a Legislação Federal que orienta os estágios, o Projeto Político Pedagógico do curso de licenciatura em biologia e as ementas das disciplinas de estágio curricular supervisionado. Na coleta dos dados, utiliza-se também, as entrevistas, realizadas com os professores de estágio curricular supervisionado da licenciatura em biologia e seus alunos e, ainda, com os professores da escola de educação básica. As entrevistas são consideradas uma das fontes mais importantes de informação para os estudos de caso. Em geral, as entrevistas são uma fonte essencial de evidência do estudo de caso porque a maioria delas é sobre assuntos humanos ou eventos comportamentais (YIN, 2010, p. 135). A História Oral apresenta-se como objetivo de integrar elementos subjetivos, resgatar elementos da memória de sujeitos que participaram da elaboração dos pressupostos do estágio curricular supervisionado no curso em estudo, tentando perceber suas concepções, percebendo de que forma o percurso histórico teve reflexo na ação atual. Na concepção de Garnica (2004, p.78), a História Oral é a história (re)constituída a partir da oralidade, numa clara complementação [...] àquela concepção de história pautada somente em documentos escritos. Deste modo, a nossa busca pela história oral surge como 710

uma valorização de versões que não se encontram relatadas em documentos escritos, na busca de se construir uma história. Nesta etapa do trabalho serão utilizadas entrevistas reflexivas, caracterizadas pela disposição do pesquisador de compartilhar continuamente sua compreensão dos dados com o participante (GATTI, apud SZYMANSKI, 2004, p. 07). Também, está sendo feito uso nesta pesquisa das entrevistas informais, pois se acredita ser possível coletar dados através dos depoimentos espontâneos. A análise dos dados coletados é feita a partir das seguintes categorias: Ensino de Biologia, Formação de Professores, Estágio Curricular Supervisionado e Ação Docente, considerando que As categorias são conceitos que expressam padrões que emergem dos dados e são utilizadas com o propósito de agrupá-los de acordo com a similitude que apresentam. (GIL, 2009, p. 103). Resultados e Análise dos dados Os resultados obtidos até o momento fornecem um rápido vislumbre de como se configura o estágio supervisionado na concepção de alguns de seus atores, os professores. A pesquisa aponta também que a escola onde se desenvolve o estágio curricular supervisionado se apresenta apenas como lócus de aplicação da teoria, de forma desarticulada da prática. Na concepção dos pesquisados o mecanismo de estágio funciona como um espaço de observação e de uma ação docente reprodutiva, sem reflexão, sem possibilidade de mudanças didáticas e epistemológicas. Embora os documentos oficiais para os estágios orientem a sua inserção a partir da segunda metade dos cursos de licenciatura e devam preparar para o trabalho produtivo dos futuros docentes, visando o aprendizado de competências para o desenvolvimento das suas atividades profissionais e uma contextualização do currículo no âmbito das salas de aula, percebe-se que o desenvolvimento do estágio não contempla teorias condizentes com a realidade do cotidiano da escola básica encontrada pelos alunos/estagiários. Percebeu-se, através da pesquisa, uma falta de comunicação entre os orientadores de estágio e a escola que recebe o estagiário e a carência de uma parceria mais eficaz, de uma troca de opiniões, de uma reflexão das ações desenvolvidas, pois o contato entre a universidade e a escola é somente através de documentos institucionais. Na opinião de Carvalho (2012) os estágios devem ter como base o que foi discutido nas salas de aula 711

universitárias, não podem ser uma prática sem referencial teórico, ou seja, a prática escolar deve ter característica de um laboratório científico, onde os alunos têm um problema a resolver. Ainda para a autora, O problema é que os professores universitários dos conteúdos específicos, e também dos conteúdos pedagógicos, e às vezes até dos conteúdos integradores estão longe da escola e não têm referência de quais são os problemas alusivos as suas disciplinas que poderão ser propostas para serem pesquisados na escola básica. (p.35) Nesse contexto, a escola campo do estágio curricular supervisionado, se converte num espaço de aplicação de teorias e procedimentos desarticulados da prática, onde deveria se configurar num espaço de reflexão da própria ação docente, num contínuo processo de açãoreflexão-ação, superando o tradicional modelo da racionalidade técnica proveniente do positivismo. Coadunando com Pereira e Nascimento (2014), uma parceria entre escola e universidade pode proporcionar ao estágio curricular uma possibilidade de entrelaçamento de culturas, de formação para agir e pensar, de reflexão da escola sobre o seu papel. Por outro lado, nas entrevistas, percebeu-se que os sujeitos demonstraram achar o estágio curricular importante e necessário para a formação do licenciando, porém, o tempo de realização do estágio ainda é ineficiente para um maior contato do aluno estagiário com a realidade escolar, embora esse fator tenha melhorado ao longo dos anos, conforme a fala do sujeito que respondeu à entrevista com a história oral, porém segundo ele, o tempo que o aluno estagiário fica na escola ainda é insuficiente. Nessa perspectiva, os estudos como o de Maldaner (2016) apontam para um distanciamento entre as orientações curriculares na perspectiva reflexiva e o cotidiano das aulas, ou seja, não se retorna ao espaço de sala de aula de aplicação do estágio num contínuo processo de ação, reflexão e ação. Algumas Considerações Pensando no estágio curricular supervisionado na licenciatura em biologia como a dimensão prática necessária para os cursos de formação docente, entendendo que é o momento em que o aluno/estagiário mantém contato direto com a escola campo de atuação 712

profissional, o estágio deverá ultrapassar a percepção de simples aplicação de saberes e conteúdos adquiridos durante a teoria estudada no curso de licenciatura para ser compreendido como espaço de integração e inserção do aluno, futuro docente no cotidiano real da sala de aula. Dessa forma, o estágio curricular supervisionado deve contribuir com a formação do futuro professor de biologia, deixando de ser apenas burocrático, tornando-se um momento de estudo e reflexão sobre a prática, pois o que ainda se observa é que a teoria caminha distante da prática, sendo muito comum falar-se que o estágio é a hora da prática. Entretanto, é no estágio curricular supervisionado que o futuro professor atribui a finalidade das suas ações com base em pressupostos que fundamentam sua ação docente. Nessa perspectiva, a escola deverá se apresentar como parceira da universidade nesse processo de formação e ser percebida como cenário que permita a reflexão e reelaboração das práticas docentes, favorecendo uma ação colaborativa que possa organizar e redefinir as ações dos professores de biologia em formação, contribuindo para a superação da dicotomia teoriaprática. Referências ABREU, R. M. de A. O Estágio Curricular Supervisionado como Possibilidade de Pesquisa na Formação de Educadores. In: D ÁVILA, C. M.; ABREU, R. M. de A. O Estágio Curricular Supervisionado na Formação de Professores e Pedagogos: Entre a realidade e o devir. Curitiba: CRV, 2014, p. 31-38. BOGDAN, R. C; BIKLEN, S. K. Investigação qualitativa em educação: uma introdução à teoria e aos métodos. Porto: Porto Editora, 1994. BRASIL, Ministério da Educação e Cultura. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica. RESOLUÇÃO CNE/CP Nº 1, de 18 de Fevereiro de 2002. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/res1_2.pdf Acessado em 20 de Setembro de 2015. CARVALHO, A. M. P; GIL-PEREZ, D. Formação de Professores de Ciências. São Paulo: Cortez Editora, 2006. CARVALHO, A. M. P. de Trabalhar com a formação de professores de ciências: uma experiência encantadora. In CARVALHO, A. M. P. de; CACHAPUZ, A. F. E Gil-PÉREZ (Orgs.) Ensino de ciências como compromisso científico e social: os caminhos que percorremos. São Paulo: Cortez, 2012. CONTRERAS, José. A autonomia de professores. São Paulo: Cortez, 2002. 713

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