CUSTO DE PRODUÇÃO DE TOURINHOS NELORE ALIMENTADOS COM DIETAS À BASE DE FUBÁ OU MILHO DESINTEGRADO COM PALHA E SABUGO (MDPS) Introdução

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Transcrição:

137 CUSTO DE PRODUÇÃO DE TOURINHOS NELORE ALIMENTADOS COM DIETAS À BASE DE FUBÁ OU MILHO DESINTEGRADO COM PALHA E SABUGO (MDPS) Rivânia Ferreira Moreira¹, Daniene Aparecida Pereira 2, Marco Túlio Lopes Serrano 3 Resumo: Avaliou-se o custo da alimentação de 37 novilhos, com idade média de 18 meses, da raça nelore, mantidos em confinamento por um período de 60 dias. Realizou-se uma análise comparativa do custo de produção entre duas dietas isoproteicas e isoenergéticas, utilizando milho moído (fubá) ou milho desintegrado com palha e sabugo (MDPS) como alimento energético no concentrado. Os animais foram subdivididos em quatro lotes de acordo com o peso e escore de condição corporal, sendo dois lotes com animais com média de peso e escore aproximados e dietas diferentes, e dois lotes com animais mais leves e também dietas diferentes. A dieta 1 continha fubá (fubá, soja, ureia, mineral) e a dieta 2 MDPS (MDPS, ureia, mineral e soja). O volumoso utilizado foi a silagem de milho. Os grupos apresentaram ganho médio de peso satisfatório, e os lotes que receberam a dieta 1 apresentaram resultados superiores em relação à dieta 2, além de a primeira ter apresentado menor custo por produção da arroba de boi convertido. Palavras-chave: bovinos, confinamento, reprodutores Introdução O desempenho de um animal tem relação direta com o consumo de matéria seca digestível, de modo que até 90% de sua variação pode ser ocasionada pelo consumo e, no máximo, 40% das flutuações na digestibilidade. O consumo de 1,2 Graduandas do Curso de Medicina Veterinária UNIVIÇOSA, Viçosa, MG. e-mails: rivaniafm@yahoo.com.br, daniene_pereira@hotmail.com; 3 Professor do Curso de Medicina Veterinária UNIVIÇOSA, Viçosa, MG. e-mail: mtulio@uvicosa.com.br

138 Rivânia Ferreira Moreira et al. matéria seca varia conforme o animal, o alimento, as condições de alimentação e o clima (MERTENS, 1994). Entre as características do alimento, a fibra é um componente importante, principalmente a fração de fibra digestível ácida (FDA). Entre os alimentos energéticos, o milho é o mais utilizado na alimentação dos bovinos pela facilidade de cultivo, custo acessível e qualidade nutricional, sendo o amido o carboidrato mais abundante, caracterizando-o como importante fonte energética (FILHO, 2010). O aproveitamento de alimentos fibrosos pelos ruminantes coloca-os em vantagem em relação aos animais monogástricos na utilização de subprodutos da agricultura. A palha e o sabugo do milho podem ser utilizados em dietas de ruminantes, pois credi+tam baixo custo a dietas, o que pode justificar sua utilização, mesmo diante da fração indigestível da fibra (FILHO, 2010). Material e Métodos O trabalho foi conduzido em uma fazenda de criação de nelore puro, de origem (PO), destinado à reprodução, localizada no município de São Geraldo, Minas Gerais, à altitude média de 397 m, latitude s 20º54 187 e longitude w 42º47 856, clima tropical. Os 37 tourinhos utilizados eram oriundos dos próprios acasalamentos da fazenda, submetidos à seleção com base no peso aos 18 meses de idade. O experimento iniciou-se em junho de 2011 e foi concluído em setembro do mesmo ano. Antes do período de adaptação, os animais foram pesados, sem jejum prévio, às 7 h, sendo mantido esse horário até o fim do experimento. Os tourinhos foram separados em quatro lotes, de acordo com o peso e escore de condição corporal (ECC). Durante o período de adaptação (15 dias), todos receberam a mesma dieta. Diariamente, foi realizado o acompanhamento do escore de cocho, considerando até 10% um índice aceitável de sobra. A análise da matéria seca (MS) e a reposição do alimento oferecido, de acordo com o consumo de MS, foram feitos semanalmente. A alimentação oferecida foi identificada como dieta 1 e dieta 2 (tabelas 1 e 2).

Custo de produção de tourinhos Nelore alimentados... 139 As dietas foram formuladas pelo Sistema Viçosa de Formulação de Rações (LANA, 2009), para bovinos de corte, período de crescimento e segundo as exigências da Tabela Brasileira de Exigências Nutricionais de Gado de Corte (FILHO, 2010). A mistura dos ingredientes para a confecção das dietas foi realizada na própria fazenda, sendo estocadas em tambores e fornecidas aos animais uma vez ao dia, pela manhã (às 8 h). Tabela 1 Distribuição dos lotes e das dietas ofertadas Grupo I Grupo II Grupo III Grupo IV Número de animais 8 9 11 9 Peso Inicial (kg) 336 303 239 288 GPD estimado (kg) 1 0,7 1 0,7 Volumoso SM SM SM SM Concentrado 1 2 1 2 VxC 50:50 70:30 50:50 70:30 GPD: ganho de peso diário. VxC: volumoso x concentrado. SM: silagem de milho. Tabela 2 Composição da dieta (%) Dieta 1 Dieta 2 Fubá 90 MDPS 83 Soja 9 Soja 15 Mineral 0,5 Mineral 0,5 Ureia 0,5 Uréia 1 A análise dos custos foi realizada de forma direta, a partir dos preços obtidos na compra dos ingredientes e de uma avaliação comparativa dos resultados, sem contabilizar mão de obra e outras despesas.

140 Rivânia Ferreira Moreira et al. Resultados e Discussão Os lotes eram muito heterogêneos, apresentando um desvio-padrão elevado eles? e entre os animais do mesmo lote. Essa diferença reflete no consumo do alimento por animal, que foi reposto semanalmente com base no escore de cocho e no teor de matéria seca da silagem (manteve-se a média de 40% da matéria seca). Como o volumoso era uma silagem com alto teor de matéria seca, muita palha e partículas grandes, o consumo foi limitado. Com base nos constituintes do MDPS, que possui uma qualidade inferior, de menor digestibilidade como a palha e o sabugo, o experimento confirmou o resultado esperado (alguns criadores são iludidos sobre isso). Como descrito na tabela 3, em relação aos custos dos ingredientes que compõem as dietas, o milho teve um custo de R$ 0,27 superior ao do MDPS, porém este teve seu valor de NDT e PB maiores, o que gerou um custo menor da dieta, que foi balanceada mais facilmente. A formulação do MDPS apresentou um custo mais elevado e foi mais trabalhosa, sendo necessário utilizar maior quantidade de fonte proteica, o que contribuiu de forma significativa para o aumento do custo da dieta. Tabela 3 Custo/ kg Ingrediente R$/kg R$ NDT R$ PB Milho 0,63 0,74 6,30 Ureia 1,56 Mineral 1,13 MDPS 0,35 0,51 5,00 Soja 1,06 NDT: Nutrientes digestíveis totais. PB: Proteína bruta. Como o milho moído (fubá) apresenta melhor digestibilidade, houve melhor conversão alimentar nos animais que receberam a dieta 1 (tabela 4). Houve uma diferença bem significativa entre os custos e o ganho de peso obtido pelos animais submetidos a esses dois tipos de dieta, mesmo sendo oferecida maior proporção de volumoso x concentrado na dieta 1.

Custo de produção de tourinhos Nelore alimentados... 141 Tabela 4 Comparativo entre dieta 1 e 2 e custo por animal GP Médio Total / arroba Total de arroba Consumo Total (kg) Custo/kg Custo Total Custo /animal Dieta 1 2587,4 0,67 1733,56 4,43 48,8 91,24 Dieta 2 4377,1 0,47 2057,24 3,8 35 114,29 A dieta 1 foi mais econômica, embora seu custo inicial por kg tenha sido superior, e mais eficiente com relação aos resultados de ganho de peso e desenvolvimento obtidos pelos animais (menor custo por arroba). Portanto, para animais em crescimento, que recebem dietas à base de silagem de milho, a substituição de milho moído por MDPS não é economicamente viável. Referências Bibliográficas BERCHIELLI, T.T.; PIRES, A.V.; Oliveira, S.G. Nutrição de Ruminantes. Jaboticabal: Funep, 2006, 583p. LANA, R.P. Sistema Viçosa de Formulação de Rações. 4ª ed. Viçosa:UFV, 2009, 91p. MERTENS, D.R. Regulation of forage intake. In: FAHEY, G.C., COLLINS, M.; MERTENS, D.R. et al. (Eds). Forage quality evaluation and utilization. Madison: ASA, CSSA, SSSA. p.450-493, 1994. VALADARES FILHO, S.C.; Marcondes, M.I.; Chizzotti, M.L.; Paulino, P.V.R. Exigências Nutricionais de Zebuínos Puros e Cruzados BR Corte. 2ª ed. Viçosa: UFV, 2010, 193p. VALADARES FILHO, S.C.; Machado, P.A.S.; Chizzotti, M.L.; Amaral, H.F.; Magalhães, K.A.; Rocha Jr., V.R.; Capelle, E.R. Tabelas brasileiras de composição de alimentos para bovinos. 3ª ed. Viçosa: UFV, 2010,502p.

142 Rivânia Ferreira Moreira et al.