RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO Quality Software S.A. 1. Mensagem do Presidente Senhores acionistas e demais interessados, Em cumprimento às disposições legais, a Quality Software S.A. submete à apreciação de seus acionistas e demais interessados o Relatório da Administração e as correspondentes Informações Financeiras, acompanhada dos Relatórios dos Auditores Independentes, referentes ao exercício findo em 31 de Junho de 2015, elaborados de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 2. Conjuntura Econômica Os investidores e analistas do mercado financeiro voltaram a elevar a expectativa de fechamento da inflação para 2015. Pesquisa feita com instituições financeiras, divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC), sugere que a inflação, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), encerrará o ano em 9,32%, e não mais em 9,25% como na previsão da semana anterior. Os preços administrados, que são aqueles regulados pelo governo - como os da gasolina e da energia - subirão 15,14%. Antes, a estimativa era 15,12%. Com relação ao Produto Interno Bruto (PIB), a soma dos bens e serviços produzidos por um país, a projeção é que a economia terá retração de 1,97% contra a retração de 1,80% previsto anteriormente. Para a produção industrial, é esperada queda de 5,21%, e não mais o recuo de 5,00% estimado antes. No caso do câmbio, a projeção é que o dólar encerre o ano em R$ 3,40, nível superior à previsão anterior de R$ 3,35. A moeda norte-americana já chegou a ser cotada a R$ 3,5374, o maior valor desde 2003. A expectativa para o fechamento da Selic taxa básica de juros da economia e principal instrumento do BC, para controle da inflação, apresentou um decréscimo para 14,25% ao ano para 2015, antes os 14,50% apresentados no mês anterior. A estimativa da dívida líquida do setor público apresentou uma queda para 36,20% do PIB, frente os 37,00% da semana anterior. A estimativa do déficit em contracorrente, que mede a qualidade das contas externas, ficou em US$ 77,5 bilhões. A projeção anterior era US$ 78,6 bilhões. O saldo previsto para a balança comercial aumentou de US$ 6,4 bilhões para US$ 7,7 bilhões. Os investimentos estrangeiros estimados caíram de US$ 66 bilhões para US$ 65 bilhões. 3. Mercado de TI O Complexo Eletrônico envolve tanto segmentos da indústria eletroeletrônica, entre os quais podemos citar os componentes eletrônicos, a eletrônica de consumo, os equipamentos eletrônicos e de comunicação, a automação industrial e a informática, quanto da indústria de software e serviços de Tecnologia da Informação (TI), cuja característica comum é a produção de bens e serviços sob uma base técnica similar, neste caso a eletrônica. Para o ano de 2015, projeta-se um montante total de US$ 64,3 bilhões de investimentos no setor, o que representará um crescimento real de 7,3% em relação ao número realizado de 2014. Os investimentos nos próximos anos serão liderados pelos equipamentos de informática e telecomunicações, que crescem usualmente acima do Produto Interno Bruto (PIB). Segundo a Pesquisa Industrial Anual (PIA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Brasil, o setor de software cresce a taxas superiores a dois dígitos (de 2011-2014, média de 12,4% ao ano). A indústria brasileira de desenvolvimento e serviços de software apresentou faturamento total de cerca de US$ 11,44 bilhões em 2014. Os principais fatores do crescimento são: aumento dos investimentos de TI de setores tradicionais da economia (como agricultura, transportes, saúde e educação); constante incentivo para terceirizar serviços e infraestruturas internas de TI; difusão dos serviços móveis e serviços
profissionais para redes corporativas; e advento de novas tecnologias, como Internet das Coisas, Big Data e Desenvolvimento voltado para a 3ª plataforma. O Brasil, segundo a Associação Brasileira das Empresas de Software (Abes)/IDC, ocupa a 7ª posição no ranking internacional dos investimentos em TI (que inclui hardware, software e serviços). Esse mercado movimentou cerca de US $ 60 bilhões em 2014, representando cerca de 2,5% do PIB brasileiro e 3% do total global do setor. O mercado nacional é explorado por cerca de 12.661 empresas, dedicadas ao desenvolvimento, produção, distribuição de software e de prestação de serviços. Daquelas que atuam no desenvolvimento e produção de software, cerca de 94,6% são classificadas como micro e pequenas empresas. 4. Negócios, Produtos e Serviços da Quality Software A Quality Software S.A. é uma empresa brasileira de Tecnologia da Informação, fundada em 1989 na cidade do Rio de Janeiro, sob a forma de sociedade limitada, pelos senhores Júlio Cesar Estevam de Britto e David Estevam de Britto, hoje Vice-Presidente e Presidente do Conselho de Administração, respectivamente. Atualmente, a expertise da Quality engloba a prestação de serviços de (i) assessoramento, orientação, implantação, elaboração, execução, acompanhamento e revisão de planos diretores e trabalhos em geral nos setores de informática, auditoria de sistemas, softwares, próprios ou de terceiros; (ii) treinamento, desenvolvimento de sistemas, suporte técnico em hardware e software, em geral; (iii) design gráfico, editoração eletrônica e diagramação. Esses serviços estão distribuídos de acordo com as 4 (quatro) áreas de negócios da companhia, como BPO, Fábrica de Projetos, SISEG (Sistema de Registro Nacional de Sinistros), Treinamento. Para tanto, a empresa possui abrangência tecnológica multidisciplinar aliada ao emprego de metodologias e processos de trabalho consagrados, o que a qualifica para a prestação de serviço em um contexto internacional, a saber: Gestão de Projetos: PMI (Project Management Institute) e Scrum; Gestão e Operação de TI: ITIL (Information Technology Infrastructure Library), ISO 20000 e COBIT (Control Objectives for Information and Related Technology); Desenvolvimento de Sistemas: CMMI 2 (Capability Maturity Model Integration), ISO 9001 e MPS.BR (Brazilian Improvement Software Process). 5. Missão e Valores Missão Prover o conceito de one stop shop, ou seja, atender as necessidades de nossos clientes, no que tange à Tecnologia da Informação, de forma a implementar o melhor arranjo tecnológico para desenvolver soluções competitivas de negócios, voltadas para o aumento da produtividade e maximização da cadeira de valor de nossos clientes. Valores Prover o melhor arranjo tecnológico para desenvolver soluções competitivas de negócios, atando com perfil dinâmico, ágil e inovador, oferecendo a melhor relação custo benefício do mercado. Somos reconhecidos por nossos clientes como a melhor parceria no desenvolvimento de soluções envolvendo tecnologias da informação. 6. Desempenho do Segundo Trimestre do ano de 2015 6.1 Receita Liquida No segundo trimestre de 2015, a receita operacional líquida consolidada da Quality alcançou R$ R$20.217.522, um aumento de 15,70%% em relação ao exercício de 2014. Vale ressaltar que o aumento relevante da receita se deu pelo aumento do portfólio no período com a obtenção de 64 novos clientes, além da ampliação do escopo de serviço em clientes já existentes.
A unidade de negócio que obteve o maior crescimento foi a de BPO, cujo faturamento foi de R$16.239.993 representando aproximadamente 73%% do faturamento total, e crescimento de 26% frente ao mesmo período do exercício anterior, em virtude do fechamento de grandes contratos de infraestrutura com a característica de receita recorrente. A unidade SISEG apresentou uma leve retração, motivada pelo baixo desempenho do mercado de automóveis em 2015. Tal fator possui influencia direta sobre os resultados dessa unidade de negócio. A unidade de fabrica teve um pequeno crescimento, de 6,25%, reflexo da nova estratégia da companhia em substituir os projetos de tecnologias específicas nos clientes por um novo produto, nomeado de Demandas Express, que tem como objetivo uma sustentação contínua da operação de desenvolvimento. Essa nova estratégia tem como característica principal a receita recorrente e sensibilizando diretamente na Área de negócio BPO. Abaixo, seguem os quadros da Receita Liquida :
6.2 Custos, Despesas Operacionais e Turnover A variação dos índices de inflação pode afetar os custos e despesas da Companhia entre eles a despesa com pessoal (salários, encargos e benefícios). O crescimento em pessoal é quase que proporcional a receita visto que a margem de contribuição é sempre preservada, como hoje o maior insumo da companhia é o material humano, o turn over médio da companhia este ano está em 6%. Vale ressaltar que o aumento significativo de pessoal nos dois primeiros trimestres deste ano foi em virtude do fechamento de novos contratos. Abaixo, segue o quadro do Custo, Despesas Operacionais e turnover.
6.3 EBITDA e Lucro Liquido O Lucro Líquido no segundo trimestre de 2015 teve uma queda expressiva, assim como o EBTIDA, cujo resultado foi de R$308.683 negativos, e a margem EBTIDA foi de -0,56%, resultantes da necessidade em realizar diversos investimentos anteriormente citados, bem como em dois contratos específicos, cujas receitas ainda não foram sensibilizadas como um todo. Obs: De acordo com a estratégia de expansão da companhia, foram realizados gastos não operacionais relacionados a M&A, como assessorias de financeira/jurídica para possíveis empresas target. Esses gastos foram incluídos na apuração do EBITDA por afetar diretamente a geração de caixa operacional da companhia. 6.4 Geração de Caixa e Dívida Desta forma, terminamos o segundo trimestre com uma posição de caixa de R$ 912.348, com redução de R$ 3.476K frente ao caixa iniciado em 01.01.2015, motivado pela série de investimentos já comentados anteriormente. 7. Arbitragem Informamos que a companhia, seus acionistas e administradores obrigam-se a resolver, por meio de arbitragem, toda e qualquer disputa ou controvérsia que possa surgir entre eles, relacionada ou oriunda, em especial, da aplicação, validade, eficácia, interpretação, violação e seus efeitos, das disposições contidas na Lei das S.A., no Estatuto Social da COMPANHIA, nas normas editadas pelo Conselho Monetário Nacional, pelo Banco Central do Brasil e pela Comissão de Valores Mobiliários, bem como nas demais normas aplicáveis ao funcionamento do mercado de capitais em geral, além daquelas constantes do Regulamento de Listagem do BOVESPA MAIS, do Regulamento de Sanções, do Contrato de Participação no BOVESPA MAIS e do Regulamento de Arbitragem da Câmara de Arbitragem do Mercado. 8. Instrução CVM nº 381/2003 Em atendimento à determinação da Instrução CVM 381/2003, informamos que, no exercício encerrado em 31 de Junho de 2015, não contratamos nossos auditores independentes para trabalhos diversos daqueles correlatos de auditoria externa.
9. Agradecimento A Administração da Quality agradece aos clientes, fornecedores e instituições financeiras pelo apoio e confiança depositados, e em especial aos colaboradores, pela dedicação e esforço através dos quais foi possível obter os resultados apresentados. Cordialmente, Júlio Cesar Estevam de Britto Junior Diretor de Relações com Investidores