Processo legislativo ordinário: leis ordinárias Processo legislativo sumário: prazo Processo legislativo especial: EC, LC, LD, MP, DL, Res. e leis financeiras. ORDINÁRIO 3 Fases: fase introdutória fase constitutiva fase complementar ORDINÁRIO FASE INTRODUTÓRIA Iniciativa: alguém ou algum órgão para apresentar projetos de lei a) PARLAMENTAR b) EXTRAPARLAMENTAR ORDINÁRIO FASE INTRODUTÓRIA a) CONCORRENTE: vários legitimados b) EXCLUSIVA (ou RESERVADA): determinado cargo ou órgão ORDINÁRIO FASE CONSTITUTIVA (2 PARTES): a) : ampla discussão e votação sobre a matéria nas duas Casas do CN. b) : caso o projeto seja aprovado, haverá participação do Chefe do Executivo, por meio do exercício da sanção ou veto. ORDINÁRIO CASA INICIADORA 1) Instrução nas comissões: 58, 2.º, I. Análise da constitucionalidade (CCJ) e, posteriormente, seu mérito (Comissões Temáticas). Já pode ser aprovado no âmbito das comissões. 1
ORDINÁRIO CASA INICIADORA 2) Aprovação em Plenário: se necessário for (a Constituição permite que o Regimento Interno dispense a apreciação do Plenário), o projeto seguirá para o plenário da Casa deliberativa principal, onde será discutido e votado. ORDINÁRIO CASA INICIADORA 3) Quorum: maioria dos votos, presente a maioria absoluta de seus membros. LEI ORDINÁRIA: MAIORIA SIMPLES ORDINÁRIO CASA INICIADORA 4) Aprovação do projeto na Casa Iniciadora: Se aprovado o projeto de lei na Casa Iniciadora, seguirá para a outra, chamada Casa Revisora. Se não aprovado: ARQUIVO (PRINCÍPIO DA IRREPETIBILIDADE) ORDINÁRIO CASA REVISORA 5) Casa Revisora: igual ao que acontece na Casa Iniciadora. 6) Se aprovado sem emendas: seguirá para o Presidente da República. ORDINÁRIO CASA REVISORA 7) Se aprovado com emendas: retorno das alterações à Casa Iniciadora para análise e votação em um único turno, a fim de aprová-las ou rejeitá-las, de forma definitiva. ORDINÁRIO FASE CONSTITUTIVA Emendas: Os projetos de lei enviados pelo Presidente da República quando de sua iniciativa exclusiva, em regra, poderão ser alterados, através de emendas, pelos parlamentares. Há, entretanto, uma exceção, uma vez que não são permitidas emendas que visem ao aumento de despesa, salvo em matéria orçamentária. 2
EMENDAS supressiva: erradica qualquer parte de outra proposição. aglutinativa: fusão de outras emendas, ou destas com o texto original. substitutiva: apresentada como sucedânea à parte de outra proposição, alterando-a, substancial ou formalmente, em seu conjunto. EMENDAS modificativa: altera a proposição sem a modificar substancialmente. Recebe o nome de emenda de redação quando visa sanar vício de linguagem ou incorreção técnica legislativa. aditiva: se acrescenta a outra proposição. ORDINÁRIO 8) Término da deliberação parlamentar: o projeto é remetido à deliberação executiva, onde será analisado pelo Presidente da República, que poderá vetá-lo ou sancionálo. ORDINÁRIO 9) Sanção: aquiescência, concordância do Presidente da República aos termos de um projeto de lei. Segue, daí, para FASE COMPLEMENTAR. - EXPRESSA OU TÁCITA: 15 dias úteis ou silencia. A sanção pode ser TOTAL ou PARCIAL. ORDINÁRIO 10) Veto: discordância do Presidente da República com o projeto de lei. É irretratável. a) inconstitucional: aspecto formal VETO JURÍDICO b) contrário ao interesse público: aspecto material VETO POLÍTICO ORDINÁRIO Características do veto: a) expresso b) motivado ou formalizado c) total ou parcial: mas a parcialidade somente alcança texto integral de artigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea 3
ORDINÁRIO Características do veto: d) supressivo e) superável ou relativo: poderá ser afastado pela maioria absoluta dos Deputados e Senadores, em escrutínio secreto, em sessão conjunta do Congresso Nacional. ORDINÁRIO 11) Tramitação do veto: a) retorno ao Congresso Nacional b) se houver sanção parcial, somente o texto vetado retornará ao Congresso Nacional para deliberação. A parte sancionada deverá ser, no prazo de 48 horas, promulgada e publicada. ORDINÁRIO 11) Tramitação do veto: c) Se o veto for superado o projeto será remetido, novamente, ao Presidente da República, para a promulgação d) Se, porém, for mantido, o projeto de lei será arquivado. ORDINÁRIO FASE COMPLEMENTAR Promulgação: executoriedade Publicação: notoriedade Prazo: 48 horas, pelo Presidente da República. Se não, o Presidente do Senado a promulgará, e, se este não o fizer em igual prazo, caberá ao Vice-Presidente do Senado fazê-lo. SUMÁRIO QUEM PODE? O Presidente da República poderá solicitar urgência para apreciação de projetos de sua iniciativa Obs. Não precisa ser iniciativa exclusiva SUMÁRIO PRAZO Cada Casa: 45 dias Emendas: Casa iniciadora tem + 10 dias Ultrapassado o prazo: sobrestar-se-ão todas as demais deliberações legislativas da respectiva Casa, com exceção das que tenham prazo constitucional determinado. 4
SUMÁRIO INAPLICABILIDADE ESPECIAL ESPÉCIES NORMATIVAS períodos de recesso projetos de código EMENDAS CONSTITUCIONAIS LEIS COMPLEMENTARES LEIS DELEGADAS MEDIDAS PROVISÓRIAS DECRETOS-LEGISLATIVOS RESOLUÇÕES MUDANÇA DA CONSTITUIÇÃO Mutação constitucional: processo não formal de mudança da Constituição, pela evolução dos costumes, dos valores da sociedade. Reforma constitucional: processo formal de mudança da Constituição, por meio do poder constituinte derivado. A atual Constituição trouxe duas espécies de reforma: a revisão (art. 3º, do ADCT) e a emenda constitucional (art. 60, da CF). Iniciativa (fase introdutória) 1/3, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal Presidente da República mais da metade das Assembléias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros Limitações Limitações expressas: EXPRESSAS OU IMPLÍCITAS Circunstancias: A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio 5
Limitações expressas: Formais ou procedimentais: (fase constitutiva): Quorum: A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros. Não existe deliberação executiva Limitações expressas: Formais ou procedimentais: (fase complementar): Promulgação: Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com o respectivo número de ordem. Publicação (CF silencia): Congresso Nacional Limitações expressas: Formais ou procedimentais: Princípio da irrepetibilidade: A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa. Limitações expressas: Materiais (CLÁUSULAS PÉTREAS): Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: - a forma federativa de Estado - o voto direto, secreto, universal e periódico - a separação dos Poderes - os direitos e garantias individuais. Limitações implícitas: Decorrem das limitações expressas e são dividas em dois grupos: as normas sobre o titular do poder constituinte reformador e as disposições relativas à eventual supressão das limitações expressas (inexiste no nosso sistema o mecanismo da dupla revisão) LEI COMPLEMENTAR Diferenças (em relação ao processo legislativo ordinário): matéria reservada (diferença material) quorum: maioria absoluta (dif. formal) 6
Iniciativa (fase introdutória) SÓ O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Requisitos: relevância e urgência nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e direito eleitoral direito penal, processual penal e processual civil organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus membros planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e suplementares, ressalvado o previsto no art. 167, 3º que vise a detenção ou seqüestro de bens, de poupança popular ou qualquer outro ativo financeiro reservada a lei complementar já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional e pendente de sanção ou veto do Presidente da República Matéria tributária: 2º Medida provisória que implique instituição ou majoração de Matéria tributária: Medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, exceto os previstos nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada. 7
Art. 246. É vedada a adoção de medida provisória na regulamentação de artigo da Constituição cuja redação tenha sido alterada por meio de emenda promulgada entre 1.º de janeiro de 1995 até a promulgação desta emenda, inclusive. Formais (princípio da irrepetibilidade): É vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória que tenha sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo Prazo de vigência 60 dias, ressalvado o disposto nos 11 e 12, prorrogável, nos termos do 7º, uma vez por igual período Início da contagem e suspensão: Publicação da medida provisória, suspendendo-se durante os períodos de recesso do Congresso Nacional Prazo de vigência Prorrogação da Medida Provisória: 7º Prorrogar-se-á uma única vez por igual período a vigência de medida provisória que, no prazo de sessenta dias, contado de sua publicação, não tiver a sua votação encerrada nas duas Casas do Congresso Nacional Prazo de vigência Convocação extraordinária: automaticamente incluídas na pauta da convocação Perda da eficácia: Decreto Legislativo, em 60 dias, pelo Congresso Nacional Prazo de vigência (prorrogação) Não editado o DL: as relações jurídicas constituídas e decorrentes de atos praticados durante a vigência da MP caduca conservar-se-ão por ela regidas 8
Prazo de vigência (prorrogação) Aprovado projeto de lei de conversão alterando o texto original da medida provisória, esta manter-se-á integralmente em vigor até que seja sancionado ou vetado o projeto. Fase constitutiva Comissão mista: de Deputados e Senadores para examinar as medidas provisórias e sobre elas emitir parecer Casa iniciadora: Câmara dos Deputados Casa revisora: Senado Federal Fase complementar Aprovada a medida provisória, será convertida em lei, devendo o Presidente do Senado Federal promulgá-la, remetendo ao Presidente da República para a publicação da lei de conversão Prazo de trancamento de pauta Regime de urgência constitucional: Se a medida provisória não for apreciada em até quarenta e cinco dias contados de sua publicação, entrará em regime de urgência, subseqüentemente, em cada uma das Casas do Congresso Nacional, ficando sobrestadas, até que se ultime a votação, todas as demais deliberações legislativas da Casa em que estiver tramitando. Aprovação da Medida Provisória com alterações: Existe a possibilidade e apresentação de emendas ao texto original da medida provisória pelo Congresso Nacional Neste caso, estará transformando a medida provisória em projeto de lei de conversão, que será remetido ao Presidente da República, para que o sancione ou vete. Uma vez sancionado, o próprio Presidente da República o promulgará e determinará sua publicação. Rejeição da Medida Provisória: expressa ou tácita Rejeição expressa: uma vez rejeitada expressamente pelo Legislativo, a medida provisória perderá seus efeitos retroativamente, cabendo ao Congresso Nacional disciplinar as relações jurídicas dela decorrentes, no prazo de 60 dias. 9
Rejeição tácita: a decadência da medida Provisória, pelo decurso do prazo constitucional, opera a desconstituição, com efeitos retroativos, dos atos produzidos durante sua vigência. Medida provisória e lei anterior: A edição da medida provisória paralisa temporariamente a eficácia da lei que versava a mesma matéria. Se for aprovada, opera-se a revogação da lei anterior; se rejeitada, restaura-se a eficácia da norma anterior. Estados-membros e municípios: O STF considera as regras básicas do processo legislativo previstas na Constituição Federal como modelos obrigatórios às Constituições Estaduais. Tal entendimento se aplica, igualmente, às Leis Orgânicas dos Municípios. Assim, permite-se que no âmbito estadual e municipal haja previsão de medidas provisórias a serem editas, respectivamente, pelo Governador do Estado ou Prefeito Municipal e analisadas pelo Poder Legislativo local, desde que no primeiro caso exista previsão na Constituição Estadual e no segundo, previsão nesta e na respectiva Lei Orgânica do Município. LEI DELEGADA Iniciativa (Fase introdutória): Presidente da República, que deverá solicitar a delegação ao Congresso Nacional. Limitações materiais: LEI DELEGADA a) atos de competência exclusiva do Congresso Nacional, os de competência privativa da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal b) matéria reservada à lei complementar Limitações materiais: LEI DELEGADA d) nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e eleitorais e) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos c) organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus membros 10
Forma de delegação: LEI DELEGADA Resolução do Congresso Nacional (Resolução típica) Resolução atípica: Se a resolução determinar a apreciação do projeto pelo Congresso Nacional, este a fará em votação única, vedada qualquer emenda. Possibilidade de sustação: O Congresso Nacional poderá, através da aprovação de decreto legislativo, sustar a referida lei delegada, paralisando seus efeitos, não retroativamente (ex nunc), por força do art. 49, V. Isto, evidentemente, não impedirá que o STF, em uma eventual declaração direta de inconstitucionalidade, suste, retroativamente (ex tunc), a lei delegada (duplo controle repressivo da constitucionalidade de lei delegada). DECRETO LEGISLATIVO Matérias: competência exclusiva do Congresso Nacional, previstas, basicamente, no art. 49, da CF. Além destas, a regulamentação exigida no art. 62, 3.º (decreto legislativo para regulamentar as relações jurídicas decorrentes de medida provisória rejeitada). Procedimento: não é tratado pela Constituição, cabendo ao próprio Congresso discipliná-lo. Tratados internacionais: A EC 45/04 criou a possibilidade de tratados internacionais, que versem sobre direitos humanos, serem incorporados com força de lei ordinária (art. 49, I) ou com força de emenda constitucional (art. 5.º, 3.º). Trata-se de uma atuação discricionária do Congresso Nacional. RESOLUÇÃO Matéria: competência do Congresso Nacional ou de competência privativa do Senado ou da Câmara dos Deputados, mas em regra com efeitos internos; excepcionalmente, com efeitos externos, como a que dispõe sobre a delegação legislativa Procedimento: cabe ao regimento interno de cada uma das Casas, bem como ao Congresso Nacional, discipliná-lo. 11