Fobia Específica. Simpósio de Terapia Cognitivo Comportamental Instituto Brasileiro de Hipnose IBH

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Transcrição:

Fobia Específica Simpósio de Terapia Cognitivo Comportamental Instituto Brasileiro de Hipnose IBH - 20015

A origem da palavra Fobia Phobos" significa "medo" e serve de raiz para a palavra fobia.

Os critérios diagnósticos do DSM-5 A) Medo acentuado e persistente, excessivo ou irracional, revelado pela presença ou antecipação de um objeto ou situação fóbica.

B) A exposição ao estímulo fóbico provoca, quase que invariavelmente, uma imediata reação de ansiedade, que pode assumir a forma de um ataque de pânico.

C) O indivíduo reconhece que o medo é excessivo e irracional. D)A situação fóbica é evitada ou suportada com intensa ansiedade e sofrimento.

Sintomas Fisiológicos O transtorno fóbico tem sintomas do sistema nervoso Autônomo (neurovegetativo), tais como: Sudorese, palpitações, pânico, vertigem, parestesias, distúrbios gastrointestinais, perda de consciência. Os sintomas aparecem sempre que a pessoa estiver na presença do objeto fóbico.

2 - Aproximação ou contato com o objeto fóbico aumenta a ansiedade 1 - Ansiedade antecipatória Ciclo do medo 3 Evitação ou fuga, diminuição da ansiedade 4 - desmoralização

2 - Aproximação ou Contato com Objeto fóbico Aumenta ansiedade 1 - Ansiedade antecipatória Ciclo do Sucesso 3 Enfrentamento Aumenta ansiedade 4 -Orgulho

Fobias Específicas As fobias específicas frequentemente ocorrem concomitantemente a outros transtornos: de ansiedade, de humor e relacionados à substâncias. Fobias específicas são diagnósticos comórbidos muito comuns a outros transtornos.

Diagnóstico É apropriado apenas se a esquiva, o medo ou antecipação ansiosa do encontro com o estímulo fóbico interferem significativamente na rotina diária ou na vida social do indivíduo, ou se ele sofre acentuadamente por ter a fobia. Ex: O indivíduo tem medo de cobra e mora em área residencial urbana e não restringe suas atividades em função do medo. O diagnóstico também não se aplica a um medo razoável dado ao contexto de estímulos.

Os subtipos segundo o DSM-5 Tipo Animal : causado por animais ou insetos. Início na infância.

Tipo Ambiente Natural: causado por objetos do ambiente natural, tempestade, água, altura. Início na infância.

Tipo Sangue - Injeção Ferimento: causado por ver sangue ou ferimento, tomar injeção ou outros procedimentos médicos invasivos.

Tipo Situacional: causado por uma situação específica, como andar de avião, de transporte coletivo, de metrô, de barco, dirigir carro, túneis, pontes, elevadores e lugares fechados.

Outro tipo: Medo causado por outros estímulos, como medo ou esquiva de situações que podem levar à asfixia, vômito ou contrair uma doença, fobia de espaço. O indivíduo teme cair se tiver afastado de paredes ou outros meios de apoio físico, e medo de sons altos ou personagens fantasiados.

Etiologia Em muitos casos, o acesso a origem da fobia, fica difícil devido a sua sutileza. Em alguns casos há uma incapacidade da evocação da memória infantil.

Teoria das três vias de Rachman -1977 Formula a teoria que as fobias podem ser adquiridas de três maneiras: Condicionamento Clássico Modelagem ou Vicária Instrução

Condicionamento clássico O estímulo condicionado, é capaz de evocar respostas semelhantes àquelas provocadas pelo estímulo incondicionado.

Modelagem ou aprendizagem vicária Respostas emocionais podem ser condicionadas por meio de observação de reações afetivas de outros, subjacentes a experiências dolorosas ou agradáveis. Pode ocorrer vivenciando ou apenas observando através de filmes ou até de desenhos animados.

Instrução Informações verbais negativas a cerca do objeto fóbico são transmitidas, fazendo com que ele adquira propriedades aversivas.

Cognições As cognições estão baseadas em atividades ou suposições (crenças) desenvolvidas a partir de experiências anteriores. Pensamentos Automáticos Erro cognitivo: Hipervalorização do objeto fóbico.

Ganho secundário Apesar da situação fóbica ser aversiva e muitas vezes ser prejudicial, o comportamento fóbico pode ter alguns ganhos: afetivos, financeiros e fuga da responsabilidade.

Ganho secundário: afeto

Ganho secundário: proteção

Ganho secundário: dependência

Avaliação Determinar a natureza da fobia. Averiguar o grau de desejo e comprometimento com o tratamento. Definir as metas de tratamento. Identificar as situações fóbicas graduando a intensidade do medo. Identificar as crenças e pensamentos automáticos. Identificar os comportamentos na presença do estímulo fóbico. Escolher as técnicas comportamentais.

Tratamento O objetivo da utilização de técnicas comportamentais pelo terapeuta de orientação cognitiva é a modificação de processos de pensamentos distorcidos, rígidos e predominantes, cuja única acessibilidade de questionamento passa por estratégias comportamentais, em que os esquemas mentais são enfraquecidos a partir do resultado desses experimentos. Reestruturação Cognitiva: RPD Evidências Pensamentos opositores Descatastrofização Cartões com afirmações de enfrentamento

Desensibilização sistemática - escala Exposição ao vivo lmaginação com técnicas de respiração e relaxamento Modelação O indivíduo aprende a estar na presença do objeto fóbico ao observar o outro em contato com o objeto fóbico, sem medo. Inundação Expor o paciente ao objeto fóbico com o maior grau de ansiedade e por maior período de tempo, impedindo a resposta de esquiva ou fuga.

Tarefa de casa RPD Relaxamento Enfrentamento

Norma Manhães Guerra CRP 05/12627 (21) 9702-8888 normamanhaes@gmail.com Psicóloga Clínica Pós Graduação em Hipnose Clínica Hospitalar e Institucional Pós graduada em Terapia Cognitivo Comportamental Membro didata e supervisora do IBH. Didata da Pós graduação da Celso Lisboa