TÉCNICAS DE CONTROLE DE ANSIEDADE: ENFRENTANDO A APRESENTAÇÃO DOS TRABALHOS DE CONCLUSÃO DE CURSO

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1 TÉCNICAS DE CONTROLE DE ANSIEDADE: ENFRENTANDO A APRESENTAÇÃO DOS TRABALHOS DE CONCLUSÃO DE CURSO Almir Dalmolin Filho Acadêmico oitavo período do Curso de Psicologia das Faculdades Integradas de Cacoal (UNESC-Cacoal). Ana Rita Leite Malheiros Jornalista (DRT 778/MS), acadêmica do oitavo período do Curso de Psicologia das Faculdades Integradas de Cacoal (UNESC-Cacoal). Ricardo Alexandre Aneas Botta Psicólogo (UNESP-SP, 1993), Mestre em Educação Especial (UFSCAR-SP, 1997), professor do Curso de Psicologia das Faculdades Integradas de Cacoal (UNESC-Cacoal). INTRODUÇÃO A ansiedade diante de eventos considerados estressores pelo individuo pode ser considerada normal pelo senso comum, mas deve se tornar preocupante a partir do momento em que prejudique o sujeito na realização de atividades. Conforme o DSM-V, os transtornos de ansiedade incluem características de medo excessivo e perturbações comportamentais relacionadas. Pode-se verificar a ansiedade em atividades que avaliem o desempenho do sujeito, em trabalhos de conclusão de curso, por exemplo, onde se exige um trabalho escrito e a apresentação do mesmo, é possível muitos sintomas relacionados à ansiedade. De acordo com o DSM-V (2014, p. 189), muitos dos transtornos de ansiedade se desenvolvem na infância e tendem a persistir se não forem tratados. Para ser considerado um transtorno de ansiedade. No caso de ansiedade relativa a apresentação de trabalhos a classificação é de ansiedade social, em que o sujeito se esquiva de situações sociais e os sintomas são apresentados quando tem que se expor a outros.para ser classificado como um Transtorno de Ansiedade os sintomas devem estar presentes, em adultos, durante seis meses ou mais. Mas, isso é um problema? Como pode ser resolvido? Tem cura? Qual o profissional mais adequado a se procurar? Com o objetivo de verificar qual é, de fato, o nível de ansiedade de estudantes em período de elaboração de Trabalho de Conclusão de Curso, foi realizado um levantamento, aplicando a Escala Beck (BAI Inventário de Ansiedade), em acadêmicos do curso de Biomedicina das Faculdades Integradas de Cacoal (Unesc-Cacoal). METODOLOGIA Para realizar o levantamento dos níveis de ansiedade dos estudantes, foi utilizada a Escala Beck. O material é composto pelo Inventário de Depressão (BDI), Inventário de Ansiedade (BAI), Escala de Desesperança (BHS) e Escala de Ideação Suicida (BSI). Para a verificação dos dados foi aplicado somente o Inventário de Ansiedade (BAI). XIV Jornada Científica das Faculdades Integradas de Cacoal - UNESC 1

2 O teste foi aplicado em 24 acadêmicos do curso de biomedicina da UNESC-Cacoal, sendo desses, 10 do sexto período e 14 do oitavo período. Após a tabulação dos resultados, foram realizadas pesquisas nos sites Google e Scielo para buscar materiais teórico-científicos para realizar embasamento e técnicas utilizadas pela TCC Terapia Cognitivo Comportamental utilizadas para tratar os transtornos de ansiedade. Em ambos os sites, foram utilizadas as seguintes palavras chaves para realizar a pesquisa por material: scielo, TCC, intervenção, transtorno, trabalho de conclusão de curso, psicologia, técnicas, cognitivo comportamental, ansiedade. Além de pesquisas no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais DSM-V. RESULTADOS Entre os alunos do sexto período 10% do total foram classificados como tendo ansiedade do tipo leve segundo os resultados do teste. Este foi o menor índice, em seguida, 30% foram classificados como tendo ansiedade no nível mínimo, 30% moderado e 30% grave. Já entre os alunos do oitavo período 7,14% apresentaram ansiedade em nível mínimo, 28,57% no nível leve, 28,57% no nível moderado e 35,71% no nível grave, os resultados estão de ambos os testes são descritos no gráfico abaixo: Gráfico 1 - Porcentagem de alunos em cada nível de ansiedade de acordo com a Escala Beck X Jornada Científica das Faculdades Integradas de Cacoal - UNESC

3 O oitavo período conta com 5,71% mais de acadêmicos no nível de ansiedade grave em relação ao número total de alunos do que a sexto período. O maior número de alunos no nível grave com relação ao total de cada sala está no oitavo período, pela proximidade da data de apresentação dos trabalhos. Uma ansiedade considerada normal é a que não interfere, de forma prejudicial em suas atividades, assim como o DSM-V, descreve que os transtornos de ansiedade incluem características de medo excessivo e perturbações comportamentais relacionadas. Medo é a resposta emocional e ameaça iminente real ou percebida, enquanto ansiedade é a antecipação de ameaça futura.(dsm-v, 2014, p.189). Essa antecipação futura não deve prejudicar o individuo, uma vez que, nem se sabe se realmente vai ocorrer. A TCC Terapia Cognitivo Comportamental, pode contribuir com técnicas simples para a melhoria desse transtorno, de forma paliativa, uma vez que um acompanhamento psicológico, quando a ansiedade se torna patológica é essencial. Neves Neto (2011, p.158) destaca que o treino de respiração se constitui em um dos recursos mais frequentes na prática da psicoterapia Terapia Cognitivo-Comportamental. O autor descreve que desde tempos antigos esse tipo de técnica é considerado para a redução do estresse e promoção do bem-estar biopsicossocial e espiritual. Faria (2011) sugere a técnica de respiração diafragmática, ela deve ser praticada quando o sujeito sentir necessidade. A técnica consiste basicamente em respirar profundamente, devagar e, pelo diafragma. Alguns psicoterapeutas pedem para o seu cliente imaginar algumas situações ou objetos para colaborar no processo correto de respiração. Outra técnica que pode ser utilizada é a recaptação de CO², baseada na expiração pela boca dentro de um saco de papel, devagar e pausadamente, e inspirar o ar do próprio saquinho. A ação deve ser repetida por diversas vezes, até que o sujeito sinta-se mais confortável. O saco de papel pode ser substituído pelas palmas das mãos, uma sobre a outra em forma de concha, e a respiração deve ser realizada da mesma maneira, só que dentro da concha. Bahls e Navolar (2004), descrevem que a teoria cognitvo comportamental é baseada no processamento da cognição, ou seja da forma como o sujeito interpreta determinado contexto. Além disso, essa abordagem reconhece o papel das cognições como de extrema importância para o sujeito. Por isso, técnicas que se utilizem da imaginação são utilizadas como auxilio para o sujeito. Faria (2011) sugere duas: Visualização e Descatastrofização. XIV Jornada Científica das Faculdades Integradas de Cacoal - UNESC 3

4 Na Visualização, é proposto que o sujeito imagine uma situação que o preocupe e não interromper esse pensamento. Se ao realizar esse exercício se sentir ansioso é aconselhado utilizar a técnica de respiração diafragmática, enquanto realiza o processo. Se isso te causar algumas situações como um termino de uma forma considerada não adequada por você ou se você não consegue prosseguir para saber como termina a situação, utilize a técnica de Descatastrofização. A Descatastrofização consiste em questionar o que de pior pode acontecer?, é normal analisar que o que possa acontecer seja considerado realmente ruim; Mas, não tão ruim que não seja capaz de suportar, a técnica consiste na reflexão de que podemos lidar sim com uma demanda considerada forte. A visualização deve trazer ao sujeito a desmistificação do problema. Outra técnica listada por Faria (2011), é a de exposição, onde o individuo é exposto à situações consideradas ansiogênicas para ele, até que a ansiedade vá diminuindo. CONCLUSÃO Não se pode negar a impossibilidade de se elencar o prejuízo que a ansiedade pode trazer para a vida do sujeito, uma vez que prejudicando às suas atividades ele deixa de viver, sem saber que frutos poderia colher no decorrer de sua jornada. A partir da verificação da alteração nos níveis de ansiedade de acordo com os períodos acadêmicos, emerge e necessidade de realizar mais estudos para verificar as possibilidades de casos patológicos ou agrave de casos já diagnosticados que possam vir a comprometer saúde física e psíquica do indivíduo. A identificação dos níveis de ansiedade no ambiente acadêmico ajuda a esclarecer para indivíduo sobre a necessidade de procurar tratamento e, mesmo em casos não patológico, a procurar o profissional o qual pode ajudar a lidar com gerando uma melhora na qualidade de vida. REFERÊNCIAS AMERICAN Psychiatric Association (2013).DSM-5. Diagnostic and statistical manual of mental disorders (5 th Edition).Washington, DC: Author. X Jornada Científica das Faculdades Integradas de Cacoal - UNESC

5 NEVES NETO, Armando Ribeiro das. Técnicas de respiração para a redução do estresse em terapia cognitivocomportamental. In: Arq Med Hosp Fac Cienc Med Santa Casa São Paulo 2011;56(3): Disponível em < > Acesso em: 15 de junho BAHLS, Saint Clair; NAVOLAR, Ariana Bassetti Borba. Terapia cognitivo-comportamentais: conceitos e pressupostos teóricos. Rev Eletrônica Psicol [periódico na internet] Disponível em: Acesso em: 15 junho FARIA, Katia Figueiredo. Uma revisão de técnicas cognitivas e comportamentais utilizadas no Transtorno de Ansiedade generalizada, Trantorno de Pânico e Fobia Social. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Disponível em: < Acesso em: 06 de agosto de 2017 [Monografia] XIV Jornada Científica das Faculdades Integradas de Cacoal - UNESC 5