CUF - CONSULTADORIA E SERVIÇOS



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Transcrição:

CUF - CONSULTADORIA E SERVIÇOS 3 R E L AT Ó R I O E C O N TA S 2 0 1 3

CUF - CONSULTADORIA E SERVIÇOS Relatório e Contas 2013 R E L AT Ó R I O E C O N TA S 2 0 1 3 4

CUF - CONSULTADORIA E SERVIÇOS 5 R E L AT Ó R I O E C O N TA S 2 0 1 3

CUF - CONSULTADORIA E SERVIÇOS RELATÓRIO E CONTAS 2013 I - ORGÃOS SOCIAIS II - RELATÓRIO DE GESTÃO 1. ENQUADRAMENTO MACRO-ECONÓMICO 4 2. FACTOS MAIS RELEVANTES 5 3. EVOLUÇÃO DOS PRINCIPAIS INDICADORES 10 4. SITUAÇÃO ECONÓMICO-FINANCEIRA 11 5. PERSPECTIVAS FUTURAS 12 6. PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS 12 7. NOTA FINAL 12 III - DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS IV - ANEXOS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO 2013 1. IDENTIFICAÇÃO DA ENTIDADE 2. REFERENCIAL CONTABILÍSTICO DE PREPARAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 3. PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS 4. FLUXOS DE CAIXA 5. PARTES RELACIONADAS 6. ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS 7. PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO 8. ACTIVOS INTANGÍVEIS 9. PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS 10. GOODWILL 11. INVENTÁRIOS 12. ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS 13. DIFERIMENTOS 14. INSTRUMENTOS FINANCEIROS 15. PROVISÕES, PASSIVOS CONTINGENTES E ACTIVOS CONTINGENTES 16. BENEFÍCIOS DOS EMPREGADOS 17. INSTRUMENTOS DE CAPITAL PRÓPRIO 18. SUBSÍDIOS AO GOVERNO E APOIOS DO GOVERNO 19. RÉDITO 20. GANHOS/PERDAS IMPUTADOS DE SUBSIDIÁRIAS, ASSOCIADAS E EMPREENDIMENTOS CONJUNTOS 21. TRABALHOS PARA A PRÓPRIA ENTIDADE 22. FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS 23. AUMENTOS/REDUÇÕES DE JUSTO VALOR 24. OUTROS RENDIMENTOS E GANHOS 25. OUTROS GASTOS E PERDAS 26. EFEITOS DE ALTERAÇÕES EM TAXAS DE CÂMBIO 27. GASTOS/REVERSÕES DE DEPRECIAÇÃO E AMORTIZAÇÃO 28. JUROS E RENDIMENTOS SIMILARES OBTIDOS 29. JUROS E GASTOS SIMILARES SUPORTADOS 30. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO 31. OUTRAS INFORMAÇÕES 32. ACONTECIMENTOS APÓS A DATA DO BALANÇO 36 36 36 52 53 56 57 58 59 61 61 63 64 64 68 70 73 75 75 76 77 78 79 79 80 81 81 81 82 82 84 87 V - RELATÓRIO E PARECER DO FISCAL ÚNICO VI - CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS R E L AT Ó R I O E C O N TA S 2 0 1 3 6

I - ORGÃOS SOCIAIS 7 RELATÓRIO E CONTAS 2013

ORGÃOS SOCIAIS ASSEMBLEIA GERAL PRESIDENTE DA MESA Dr. Alexandre Cabral Côrte-Real de Albuquerque SECRETÁRIO Dr. Manuel José Gouvêa Portella de Herédia CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Eng.º João Maria Guimarães José de Mello ADMINISTRADORES Eng.º João Jorge Gonçalves Fernandes Fugas Dr. Miguel Maria Pereira Vilardebó Loureiro Dr. André Cabral Côrte-Real de Albuquerque Eng.º Pedro Maria Guimarães José de Mello D. Jaime Urquijo Chacón FISCAL ÚNICO ERNST & YOUNG AUDI & ASSOCIADOS - SROC, S.A. SUPLENTE DO FISCAL ÚNICO Dr. Paulo Jorge Luis da Silva RELATÓRIO E CONTAS 2013 8

9 RELATÓRIO E CONTAS 2013

II - RELATÓRIO DE GESTÃO RELATÓRIO E CONTAS 2013 10

CUF CONSULTADORIA E SERVIÇOS, S.A. RELATÓRIO DE GESTÃO E CONSOLIDADO EXERCÍCIO DE 2013 Senhores Accionistas, De acordo com o estipulado na Lei e nos Estatutos, vem o Conselho de Administração submeter à Assembleia Geral, o Relatório de Gestão e as Contas referentes ao exercício de 2013. 11 RELATÓRIO E CONTAS 2013

RELATÓRIO DE GESTÃO 1. ENQUADRAMENTO MACRO-ECONÓMICO 4 2. FACTOS MAIS RELEVANTES 5 3. EVOLUÇÃO DOS PRINCIPAIS INDICADORES 10 4. SITUAÇÃO ECONÓMICO-FINANCEIRA 11 5. PERSPECTIVAS FUTURAS 12 6. PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS 12 7. NOTA FINAL 12 RELATÓRIO E CONTAS 2013 12

1. ENQUADRAMENTO MACRO-ECONÓMICO O exercício económico de 2013 anunciava-se como podendo ser o período de transição entre o que fora a fase aguda da crise financeira, iniciada em 2007-2008, e o que já seria a abertura da fase de consolidação. Para esse efeito teríamos de assistir não só, à consolidação da banca e das empresas com a assimilação das suas imparidades, mas também à consolidação dos equilíbrios orçamentais e das contas externas nacionais para que a taxa de risco associada às dívidas soberanas não prejudicassem a actividade das empresas nem o referido processo de consolidação. Esta transição tinha como pressuposto que tivessem sido reconhecidos e corrigidos os efeitos das perdas de valor dos activos registadas nos balanços dos bancos e das empresas, mas também tinha como condição a correcção dos comportamentos sociais que implicaram o recurso excessivo ao crédito para financiar as expectativas de consumo em economias que revelavam, já desde o início do século, uma tendência persistente de redução do seu potencial de crescimento. Esta seria a oportunidade para estabelecer a ponte entre o reconhecimento dos factores que geraram a crise e o estabelecimento das novas normas de comportamento, de regulação e de funcionamento das economias, que utilizassem a informação contida na crise e nos seus efeitos para restabelecer estratégias económicas sustentáveis. Estávamos assim perante uma equação muito complexa em que todas as medidas a tomar poderiam beneficiar algumas das variáveis mas prejudicar outras. A análise das crises financeiras do passado indicavam que, em média, é necessário um período da ordem dos sete anos para absorver os desequilíbrios criados numa crise financeira. Nesta periodização, o exercício económico de 2013 aparecia como a oportunidade para avaliar os progressos obtidos pelos programas de correcção e de estímulo ao crescimento, depois de o Produto Interno Bruto ter registado perdas muito acentuadas em relação ao que era a tendência antes da crise nas economias desenvolvidas: 13% na Zona Euro, 18% na Grã-Bretanha, 15% nos Estados Unidos. Esta forte contracção, num período muito curto, gerou uma significativa destruição de valor dos activos das empresas, deixando-as sem meios financeiros para novas decisões de investimento e concentrando na redução dos custos e na inovação na produção ou na procura de novos mercados as prioridades para a recuperação de capacidade competitiva, que seria o indicador decisivo para a atracção de novos capitais e para a recuperação do crescimento. A expectativa do que poderia ser o ano de 2013 estava assim condicionada por vários factores de incerteza. O abrandamento da evolução das economias emergentes e a transferência de capitais para as economias desenvolvidas, parecia estar a indicar uma clara alteração nas expectativas existentes, embora com as economias desenvolvidas também a registarem um crescimento potencial inferior ao ciclo anterior. Este ano para as economias desenvolvidas teve assim uma evolução favorável embora insuficiente para absorver os desequilíbrios anteriores. O crescimento da economia mundial em 2013 não foi além dos 2,9%, inferior aos 3,2% obtidos em 2012. A Zona Euro teve um crescimento negativo de -0,4%, uma ligeira melhoria em relação ao crescimento negativo de 2012, que fora de -0,7%. O significado efectivo deste medíocre resultado económico deve ser procurado no que foi o seu enquadramento político e institucional, com os esforços desenvolvidos para se reconfigurar os dispositivos institucionais existentes, que tiveram como principais objectivos atingidos o acordo sobre a União Bancária (concluído em Dezembro, ainda que com fases de concretização que se estendem até 2026) e a clarificação da intenção de o Banco Central Europeu poder comprar dívida no mercado secundário (com a cláusula de imposição de condicionalidades aos beneficiários dessas operações) no quadro do seu mandato de condução da política monetária na Zona Euro, mas também com a necessidade de aguardar a clarificação do que seria a orientação política da Alemanha após as eleições legislativas de Setembro. A deficiente clarificação institucional e política que não foi concebida para o tipo de crise que teve de enfrentar a partir de 2007-2008 teve consequências na formação do crescimento potencial, sobretudo porque a estabilização das estratégias empresariais e sectoriais não será sustentada enquanto não houver a definição das linhas estratégicas e dos quadros institucionais para a área da moeda comum. Foi também durante o exercício de 2013 que se revelaram dois novos sinais de ameaça que se manifestam em todas 13 RELATÓRIO E CONTAS 2013

as economias desenvolvidas: uma taxa de inflação muito baixa (inferior ao valor desejado pelas autoridades monetárias, que é de 2% ao ano) a que está associado o risco da deflação, e a possibilidade de se ter entrado num regime económico de estagnação secular, onde o potencial de crescimento será muito inferior ao que se conheceu no passado. Foi neste contexto global que é, simultaneamente, de transição, de incerteza, de ameaça e de construção de novas instituições e de novos dispositivos financeiros, que a economia portuguesa teve de procurar o seu ajustamento às consequências de uma perda de 6% do PIB no período 2011-2013. A contracção da economia nesta escala e num período curto tem consequências estruturais profundas. Teve de ser assumido o custo da destruição de valor dos activos, de postos de trabalho e de rendimentos, teve de se reconhecer o custo de muito longo prazo de absorção do endividamento, mas ainda não foi revelado o que poderá ser o benefício das novas construções e dos novos programas estratégicos que essa destruição, pelo simples facto de ter existido, permite. Neste sentido, a economia portuguesa manteve-se, em 2013, num processo próprio de transição, evoluindo de um modelo do passado que não pode ser reconstruído mas ainda sem ter um programa para o modelo do futuro. Durante 2013, a economia portuguesa contraiu -1,4%, com a evolução do consumo privado de -2,0%, do consumo público de -1,5% e da formação bruta do capital fixo de -8,4%, com o resultado global de contracção da procura interna no valor de -2,7% (a que corresponde uma queda acumulada da procura interna de 20% do PIB no período 2011-2013). Em contrapartida destes indicadores negativos, que ainda pertencem ao efeito de destruição inerente ao processo da crise, há um aumento da Balança Corrente e de Capital (em 2,5% do PIB), com a Balança de Bens e Serviços a ter o resultado positivo de 1,7% do PIB. Persistem os constrangimentos estruturais ao crescimento económico em Portugal e o exercício de 2013, ainda subordinado à emergência do programa de auxílio externo, não podia ter a ambição de os resolver (apenas poderia evitar que se degradassem mais) e teria de os transferir para os exercícios seguintes. Por um lado, o elevado endividamento das empresas e das famílias, acumulado com o elevado endividamento do Estado, é uma limitação ao potencial de financiamento das actividades económicas, do investimento e dos apoios sociais. Sem centros de acumulação de capital, não haverá meios para organizar o aumento da competitividade e a criação de postos de trabalho, como também não haverá a formação de excedentes nos resultados de exploração que permitam apoiar a investigação e a inovação. Este constrangimento estrutural foi agravado pela crise e vai ser colocado no primeiro plano logo na fase inicial da União Bancária isto é, já em 2014, quando os bancos portugueses vão ser sujeitos a exame pelo Banco Central Europeu. O nível ainda relativamente baixo das qualificações da população activa é um constrangimento à produtividade, mas as atitudes rígidas e defensivas do direito do trabalho e das posições sindicais não contribuem para que se organize a flexibilidade dos custos em função da evolução efectiva dos mercados, ganhando competitividade e capacidade de adaptação rápida nas operações em mercados externos que continuarão condicionados pela incerteza e pela turbulência dos movimentos de capitais. Neste sentido, o exercício de 2013 foi, efectivamente, um período de transição. Não conduziu a um novo contexto de estabilidade e de crescimento, mas clarificou as condições que têm de ser cumpridas para atingir esses objectivos desejados. As prioridades naturais que são a criação de emprego e o crescimento económico precisam da clarificação dos poderes e competências das instituições europeias, mas também precisam que sejam satisfeitas as prioridades instrumentais que são a defesa do valor dos activos (assegurando a sua competitividade) e a criação de condições de acumulação de capital (nas actividades empresariais ou por atracção de capitais externos e por integração em redes empresariais com vocação e dimensão para operarem nos mercados globais). 2. FACTOS MAIS RELEVANTES 2.1 Na CUF Consultadoria e Serviços, S.A. A nível da CUF Consultadoria e Serviços, o ano de 2013 continuou a ver a sua actividade condicionada pela conjuntura económico-financeira. Com esse enquadramento, a CUF continua a estudar de uma forma muito activa as alternativas estratégicas de parceria de crescimento, ao mesmo tempo que continua a apostar na melhoria contínua de todos os seus factores e a procurar permanentemente aumentar de eficiência quer RELATÓRIO E CONTAS 2013 14

ao nível do processo que ao nível de toda a estrutura que suporta a sua actividade. Com uma estrutura financeira já muito alinhada com a sua actividade, a CUF continua a prosseguir as acções de curto prazo que lhe permitam uma maior eficiência financeira como lhe permitam uma redução do Capital Empregue. Foram considerados os custos implícitos ao fasing out programados de algumas áreas de negócio e constituídas as respectivas provisões. Foram também ajustados os riscos de actividades já descontinuados tendo sido feita a utilização de uma provisão anteriormente constituída. No âmbito fiscal, fez-se uma adequação dos impostos diferidos contabilizados com as perspectivas existentes para a actividade tendo-se procedido a uma actualização do valor até então considerados. A nível corporativo, continuam a ser prestados serviços internos e externos nas áreas de suporte à actividade, tendo-se vindo a desenvolver competências nalgumas áreas, nomeadamente nas áreas de Sistema de Informação, que permitam à CUF Consultadoria e Serviços, S.A. ter um maior valor acrescentado interno. Sistemas de Informação Na área de Sistemas de Informação o ano de 2013 foi marcado por forte pressão legal/fiscal a nível de Sistemas de Informação. Dado o volume de alterações produzidas pelas entidades oficiais, a SAP viu-se forçada a emitir sucessivas actualizações ao software, muitas delas alterando actualizações anteriores. Como forma de acorrer ao volume inusitado de alterações, a SAP deixou de prestar este tipo de manutenção às versões menos recentes. Assim, vimo-nos forçados a levar a cabo uma tarefa que não seria tão crítica não tivesse havido esta circunstância. O upgrade de sistemas, trabalho sempre sensível e que envolve algum risco, risco esse que é tanto maior quanto aproveitámos para fazer um upgrade integral, desde o sistema operativo, à base de dados e ao sistema em si, teve assim lugar durante 2013. A operação correu bem, dentro dos prazos e até acabou por ter custos inferiores aos expectáveis dado que a equipa da DSI da CUF já adquiriu competências que lhes permite efectuar trabalhos normalmente efectuados por consultoria especializada. Uma parte significativa do trabalho centrou-se, pois, em torno de instalações de actualizações legais e de todas as configurações e parametrizações no sistema, tendo-se, por vezes, que adaptar processos operacionais para ir de encontro aos requisitos. Durante o ano continuou ainda a dar-se atenção especial aos trabalhos relacionados com Business Inteligence e Business Reporting. Para que a informação flua com mais agilidade e rigor tem-se vindo igualmente a proceder à revisão de vários processos quer operacionais quer administrativos. Recursos Humanos A CUF desenvolveu no ano de 2013 um projecto de Desenvolvimento da sua Estrutura, com foco na sua organização e no seu capital humano. No âmbito deste projecto foi estabelecida uma matriz de sucessões / substituições, após análise de potencial dos Quadros da CUF, e identificadas áreas prioritárias de desenvolvimento de Quadros, de acordo com as perspectivas estabelecidas nessa matriz. O ano de 2013 assinalou ao nível das iniciativas de Recursos humanos, o reforçar do espírito de colaboração e inovação que marca identidade da CUF. O projecto Matriosca-Líder foi disso exemplo envolvendo, num esforço de análise e colaboração transformadora, diversos líderes da CUF, em diferentes unidades de negócio e em todos os patamares hierárquicos. Com o desenvolvimento desta fase do projecto foi possível tomar consciência de dimensões mais desenvolvidas da liderança, bem como de áreas a desenvolver. Fechámos o ano de 2013 com os líderes das equipas mais alinhados e conscientes do caminho a percorrer e um plano de acção para no futuro dar continuidade ao trabalho iniciado com este projecto. 15 RELATÓRIO E CONTAS 2013

No final do ano de 2013 o nº de efectivos era o seguinte: 2013 (31/12) EMPRESAS Contratados por tempo indeterminado Contatados a Termo Certo SOMA CUF QI 178 8 186 Renoeste 12 0 12 Nutriquim 13 0 13 Quimigest 46 0 46 Aquatro 10 0 10 Elnosa 54 15 69 QUÍMICOS INDUSTRIAIS 313 23 336 Innovnano 12 10 22 Cuf Serviços 42 2 44 CUF 367 35 402 Durante o ano de 2013 realizaram-se um conjunto de estágios e bolsas na CUF, que envolveu 68 estagiários e bolseiros: 9 Bolsas de Investigação e Doutoramento em Empresa 23 Estágios Curriculares 6 Estágios de Empresa 9 Estágios de Verão 21 Estágios IEFP A CUF continuou a apostar no desenvolvimento das competências dos seus colaboradores. Implementouse um ambicioso Plano de Formação em 2013, do qual destacamos a formação nas seguintes áreas: Língua Inglesa Gestão, com a participação no Programa Avançado de Gestão para Executivos Universidade Católica Portuguesa / Grupo José de Mello ADR Acordo Europeu sobre o transporte de mercadorias perigosas por estrada Sistemas de Gestão Integrados Segurança, Qualidade e Ambiente Para além de inúmeras presenças em conferências, seminários, feiras e/ou simpósios nacionais e internacionais. Inovação No Plano da Inovação, a CUF acredita nesta capacidade como factor decisivo para o fortalecimento da competitividade dos seus negócios, a nível global. Neste contexto, promove e desenvolve uma cultura de Investigação, Desenvolvimento e Inovação (IDI) eficiente e efectiva, que acredita ser a base para a criação de inovações susceptíveis de proporcionar um futuro mais sustentável. Em 2013, a CUF contou com 8% dos seus colaboradores dedicados à IDI e investiu cerca de 1M nestas actividades, o que resultou numa ainda maior consolidação do seu portfólio de projectos de IDI, bem como do portfolio de patentes, contando este último já com 11 famílias de patentes (31 patentes concedidas e mais de 150 pedidos de patente a decorrer). O ano de 2013 foi também marcado pelo fortalecimento das relações com o exterior, quer com entidades relevantes do Sistema Cientifico e de Base Tecnológica Nacional, quer com clientes e fornecedores, através da criação de parcerias estratégicas com o objectivo de conceber e desenvolver soluções tecnológicas cada vez RELATÓRIO E CONTAS 2013 16

mais inovadoras e sustentáveis. Desta forma, durante o ano de 2013 foram estabelecidas cerca de 99 parcerias de IDI para a realização de projectos específicos de forte componente tecnológica, tendo ainda a CUF integrado na sua estrutura, neste período de tempo, cerca de 34 alunos de Mestrado e Doutoramento. À semelhança do que aconteceu em anos anteriores, realizou-se novamente em 2013 o Programa Colombo, focado em promover e premiar a participação de todos os colaboradores na geração de ideias inovadoras, susceptíveis de trazer valor para a empresa. 2.2 Na CUF Companhia União Fabril, SGPS, S.A. A CUF Companhia União Fabril, SGPS, S.A. prosseguiu a sua actividade de gestão da carteira de participações do Grupo. Em fase da estrutura de capitais da empresa, foi decidido proceder a uma distribuição de Resultados Transitados ao Accionista, no montante de 11 milhões de Euros. A actividade desenvolvida no exercício origina a obtenção de um Resultados Líquido de cerca de 2,7 milhões de Euros. 2.2.1 Na CUF Químicos Industriais, S.A No presente exercício as unidades operaram com níveis de produção relativamente elevados tendo-se batido alguns recordes de produção, embora tenha decorrido em Finais de Setembro e início de Outubro a paragem geral do Complexo, que ocorre cada 2 anos. Como facto relevante e devidamente descrito neste relatório há a referir a reparação do tanque de amoníaco no Lavradio, que foi uma operação muito exigente do ponto de vista técnico e bastante demorada, que para lá das questões de natureza técnica obrigou a um plano de acção complexo de natureza logística e de abastecimento alternativo de amoníaco, com reflexos importantes na conta de exploração da empresa. Do ponto de vista de mercado e fruto da reparação anteriormente referida houve alguns constrangimentos de fornecimento de alguns produtos do lado Orgânico, que condicionaram os valores orçamentados, com reflexos igualmente na conta de exploração. A exemplo de exercícios anteriores não podemos deixar de referir uma vez mais que as condições internas relacionadas com custos das energias continuam a ser um factor de difícil controlo pela empresa, face ao agravar dos custos no mercado, mas que fruto da grande preocupação em controlar esses factores de produção, através duma gestão muito eficiente das unidades e através de negociações específicas com os principais fornecedores, foi possível minimizar os impactos dos agravamentos de mercado. Foram levados a cabo um conjunto de iniciativas do ponto de vista técnico, com vista a melhorias operacionais de relevo, com reflexos importantes na competitividade das unidades, na busca de novas tecnologias de produção, do lado das operações de automação, controlo e recolha de informação, bem como de melhoria das acções de manutenção, com disponibilidades médias do funcionamento das unidades crescentes, que revelam uma muito alta fiabilidade do funcionamento das mesmas. Outra operação de relevo foi a negociação com o Governo da Galiza de um memorando de entendimento que permitirá a operação da unidade de Pontevedra até finais de 2017. Foi igualmente dada particular importância às questões de SHA, com a certificação do sistema de gestão de Segurança e saúde do trabalho segundo a norma OSHAS 18001:2007 e do lado da Qualidade com a certificação do Sistema de Gestão da Investigação, Desenvolvimento e Inovação segundo o referencial NP 4457. Foi dada continuidade a um conjunto de medidas de optimização operacional entre as equipas da CUF e do principal cliente por forma a melhorar as operações em geral, com alguns resultados positivos de ambas as partes, que claramente estão em conformidade com os objectivos de melhoramento de competitividade do Pólo de Estarreja. No âmbito da estratégia que tem vindo a ser seguida há vários anos do conceito de aniline over the fence continuaram a desenvolver-se vários contactos internacionais, que serão prosseguidos no próximo exercício, aumentando a expectativa positiva em relação a esta linha estratégica. 17 RELATÓRIO E CONTAS 2013

2.2.2 Na INNOVNANO Materiais Avançados, S.A. Durante o primeiro semestre de 2013, o principal foco de atenção no que toca à actividade residiu na estabilização, melhoria da fiabilidade, e reprodutibilidade das principais operações produtivas, no seguimento do arranque da laboração do novo site industrial, no final de Agosto de 2012. Já na segunda metade do ano, foi possível desencadear um conjunto de iniciativas destinadas a, progressivamente, aumentar a produtividade e o número de horas de funcionamento da unidade de síntese. Neste particular, são de destacar a extensão da infra-estrutura de automação e controle, e o aumento faseado do período de laboração, numa primeira fase para um regime de 2 turnos, 5 dias por semana, permitindo um tempo disponível de 60h semanais, e, posteriormente, para um regime de 3 turnos, 5 dias por semana, aumentando a disponibilidade horária para as 120h semanais. De notar que a autorização para adopção do regime de laboração contínua já foi requerida junto das entidades competentes, em Outubro, aguardando-se ainda resposta. Em paralelo, procedeu-se à definição e implementação de diversos processos e procedimentos de suporte em várias áreas funcionais, garantindo uma maior consolidação e normalização de tarefas, essenciais para assegurar a continuidade e a fiabilidade das operações em toda a cadeia de produção. A evolução do mercado observada ao longo de 2013 foi de acordo com o esperado, mantendo-se as taxas de crescimento da procura na ordem dos 20% ao ano, que se deverão continuar a verificar durante os próximos anos. Actualmente, estima-se que a procura mundial por nanomateriais se situe em torno dos 3 mil milhões de euros, correspondendo ao que vinha a ser projectado desde anos anteriores. De modo a assegurar o aumento de visibilidade da empresa e das suas capacidades num espectro geográfico alargado, desenvolveram-se várias iniciativas de marketing estratégico, tanto ao nível da comunicação, como da presença em geografias seleccionadas. Até à data a actividade da INNOVNANO tem vindo a ser maioritariamente financiada pelo seu accionista único, e, em menor parte, através de fundos disponibilizados no âmbito de Sistemas de Incentivo à Inovação, Investigação, e Desenvolvimento. Tendo em vista a fase de desenvolvimento da empresa e o esforço de financiamento que lhe está associado, acordou-se, no final do exercício, como forma de melhorar a estrutura financeira da empresa, converter Suprimentos de 5.000.000 Euros em Prestações Suplementares de Capital. Os principais objectivos para 2014 passam pelo aumento contínuo da produção de modo a atingir níveis de produção capazes de suportar a rápida progressão prevista ao nível das vendas, a par da multiplicação de novas formulações em torno da zircónia. 2.2.3 Na AP Amoníaco de Portugal, S.A. Durante o ano de 2013, a AP prosseguiu com a sua actividade de comercialização de amoníaco. Em termos de volume, a sua actividade foi reduzida em comparação com o ano anterior, na medida em que o Tanque de Amoníaco (F2851) não esteve operativo cerca de nove meses do ano de 2013. Foi no período de Fevereiro a Setembro de 2013 que se concretizaram as intervenções de inspecção e reparações necessárias ao Tanque F2851, bem como nalguns equipamentos afectos ao mesmo. Estas intervenções já estavam planeadas para se efectuarem no ano de 2013. Face a esta situação a empresa apresentou um volume de actividade quase 50% abaixo do ano anterior, apresentando Resultados Operacionais positivos na ordem dos 347.215 Euros. Os resultados negativos de cerca de 1.441.890,39 Euros são consequência da redução da actividade referida e também de custos ocorridos com a operação de intervenção do Tanque de Amoníaco. Em termos patrimoniais, verificou-se um aumento significativo dos Activos Fixos Tangíveis fruto das operações efectuadas no Tanque de Amoníaco e uma diminuição significativa das contas de clientes e accionistas. Os Passivos Financeiros mantiveram-se em linha com o ano anterior. RELATÓRIO E CONTAS 2013 18

2.2.4 Na SGPMAG - Sociedade de Granéis Parque de Aveiro Movimentação e Armazenagem de Granéis, S.A: Durante o ano de 2013 foram movimentados 58 navios, correspondendo a 109.500 tons de Benzeno, 41.000 tons de Anilina, 23.000 tons de MNB e 1.000 tons de Soda Cáustica. No final de Janeiro entrou ao serviço o tanque S201, afecto à armazenagem de benzeno. Com este novo tanque, a SGPAMAG aumentou a sua capacidade de armazenagem de benzeno para 9.000 tons. Em Junho iniciou-se o processo de certificação da SGPAMAG no âmbito do ISPS Code (protecção de instalações portuárias), junto da DGRM (Direcção Geral dos Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos). A EUROPARIS Sociedade Imobiliária, Lda, foi constituída em Novembro de 2004 e tem como objectivo principal a compra e venda de imóveis e a revenda dos adquiridos para esse fim. A empresa é detentora de um património imobiliário bastante significativo na zona de Loulé, já com licenciamento aprovado e em fase de promoção e venda. Durante o ano de 2013 manteve-se a crise do sector imobiliário, com a quebra acentuada do preço dos activos e com poucas oportunidades de negócio. Para 2014, quer para um como para outro caso, renova-se a expectativa relativamente à actividade económica e vãose prosseguir os esforços no sentido de se encontrarem novas oportunidades de valorização do património existente. Durante o mês de Setembro foram iniciadas as obras de recuperação da ponte cais 22 e do sistema de incêndio de água salgada. Este investimento permitirá uma maior flexibilidade na recepção de navios. Em Outubro recebemos a comunicação, por parte da Agência Portuguesa do Ambiente, da aprovação do Relatório de Segurança da Instalação. As perspectivas existentes para 2014, são um aumento sustentado da actividade quer pela estabilização operacional que a empresa vem demonstrando, quer pelas novas capacidades de tancagem que estão a ser operadas. 2.2.5. Na DOLOPAND Investimentos Imobiliários e Turísticos, S.A. e EUROPARIS Sociedade Imobiliária, Lda A DOLOPAND Investimentos Imobiliários e Turísticos, S.A. tem como objectivo principal a compra e venda de bens imóveis e a revenda dos adquiridos para esse fim e nessa qualidade, procedeu à aquisição de um prédio rústico, no exercício. Para além disso, a empresa é detentora de um terreno rústico de valor bastante significativo na zona de Torres Vedras, em fase de licenciamento e promoção junto de potenciais investidores. 19 RELATÓRIO E CONTAS 2013

3. EVOLUÇÃO DOS PRINCIPAIS INDICADORES UNIDADE 2009 2010 2011 2012* 2013 Volume de Negócios M 178 258 283 321 330 Cash Flow Operacional (EBITDA) M 14 28 38 39 38 Resultados Operacionais (EBIT) M 2 10 16 19 19 Resultados Operacionais / Vendas % 1 3,8 5,6 5,9 5,8 Custos Financeiros M 3,4 5,9 8,8 13,8 12,4 Resultados Antes de Impostos M -1,7 3,7 7,4 8,7 9,1 Resultados Líquidos M 1 2 7,8 1 2,7 Capitais Próprios** M 26 27 31 35 45 Activos Líquidos M 413 417 388 381 351 Passivo Financeiro M 290 287 272 246 230 Passivo Financeiro / EBITDA Nº de vezes 20,7 10,2 7,1 6,3 6,0 Nº Médio de Efectivos** Nº 541 538 405 402 404 Vendas por Efectivos M 330 480 699 799 816 * Em 2013 foram reclassificados alguns custos financeiros que anteriormente apareciam em Outros Custos. Por esse facto foram ajustados os respectivos indicadores de 2012 **Não se consideram os efectivos da AQP RELATÓRIO E CONTAS 2013 20

4. SITUAÇÃO ECONÓMICO-FINANCEIRA A actividade da CUF em termos consolidados decorre em linha com o previsto no Plano Estratégico. A CUF Consultadoria e Serviços continuou a prestar serviços internos e externos e tem vindo a desenvolver novas competências no sector onde actua. Em termos consolidados, o Volume de Negócios atingiu os 330 milhões de Euros, correspondente a um aumento de 3% face ao ano anterior. Este aumento é proveniente do aumento da actividade das suas participadas, nomeadamente nos Químicos Industriais. A margem EBITDA situa-se nos 11% em linha com o orçamentado. Os Resultados Operacionais de cerca de 19 milhões de Euros, não registam variações significativas com contributos positivos e negativos das várias actividades. Para este resultado contribuiu significativamente a adequação da Provisão existente para Reestruturação à actual realidade da CUF. Aliás para o referido movimento concorreram factores positivos e factores negativos: Factores Positivos Reversão da provisão destinado ao fasing out de actividades já concluídas; Factores Negativos Dotação de provisões para reestruturação de outras actividades. A permanente adequação dos impostos diferidos ao perfil dos resultados previstos da CUF Consultadoria e Serviços, S.A. para os próximos anos, concorrem para a contabilização de impostos de 6,4 milhões de Euros. Os Resultados Líquidos consolidados foram de 2,7 milhões de Euros o que representa uma subida significativa face ao ano anterior. A CUF tem vindo a tentar cumprir com a política definida para a gestão do risco financeiro, com a gestão da liquidez, do crédito, dos preços das commodities e da gestão do risco das taxas de juro. Nesse sentido, entre outras acções, a CUF tem vindo a desenvolver e agilizar o recurso a instrumentos de curto prazo por forma a ter uma gestão do seu Fundo de Maneio e do seu Capital Empregue mais eficiente. O Passivo Financeiro foi reduzido em 16 milhões de Euros. No âmbito da gestão da liquidez, continuou-se em 2012 o trabalho iniciado sobre o capital a curto prazo, tendo sido desenvolvidas várias acções sobre o crédito a clientes e fornecedores. No âmbito de uma política de prudência, a CUF Consultadoria e Serviços, S.A. manteve as operações de cobertura de taxas de juro, nomeadamente as relativas a operações de longo prazo. Conforme referido, no âmbito da adequação dos referidos riscos, a CUF Consultadoria e Serviços, S.A. procedeu à reversão de parte da Provisão constituída que se destinava a fazer face aos riscos de descontinuidade das actividades que a CUF decidiu não prosseguir. QUÍMICOS INDUSTRIAIS O ano de 2013, os Proveitos Operacionais atingiram os 329 milhões de Euros, representando um acréscimo de 3% face ao ano de 2012, apesar de 2013 ter sido um ano em que ocorreu uma Paragem Geral. Os Produtos Orgânicos registaram um aumento de cerca de 5% face ao ano anterior, proveniente do aumento da venda de quantidades de anilina, mononitrobenzeno e ácido sulfanílico, sendo que no caso da anilina, houve um aumento significativo das vendas no mercado externo. Por outro lado as quantidades de venda de ácido nítrico foram inferiores ao ano anterior. Os Produtos Inorgânicos registaram vendas inferiores ao ano anterior com excepção do hipoclorito de sódio e do ácido clorídrico. Globalmente e apesar disso, as margens e o EBITDA mantiveram-se em linha com o ano anterior. 21 RELATÓRIO E CONTAS 2013

Para este resultado concorreram alguns factos ocorridos durante o ano de 2013. Com uma contribuição positiva registou-se o impacto do subsídio do AICEP (Prémio de Realização), a redução de alguns custos operacionais e a redução de custos com o pessoal. Com contribuição negativa registou-se o incremento dos custos logísticos com o amoníaco derivado da imobilização do tanque do Lavradio e a dotação de provisões para a reestruturação das actividades e algumas imparidades de inventários. Os Resultados Financeiros continuaram a ter um peso significativo na estrutura dos Resultados, embora em termos absolutos vão, apesar da redução dos rendimentos financeiros, reduzindo o seu valor, fruto fundamentalmente da redução da dívida. O Resultado Líquido de cerca de 6,8 milhões de Euros está em linha com o perfil de resultados previsto, representando um acréscimo de 1 milhão de Euros quando comprado com o ano anterior. INNOVNANO 5. PERSPECTIVAS FUTURAS A CUF Consultadoria e Serviços, S.A. prevê para 2014, a prossecução da sua estratégia assente no desenvolvimento da sua actuais actividades dos Químicos Industriais e da Nanotecnologia. Na área de Químicos Industriais, para além da procura continuada de uma maior eficiência do seu processo produtivo, a CUF Químicos Industriais continuará a seguir a sua estratégica de crescimento e de internacionalização, através da realização de novos projectos, resultado de parceria a estabelecer a montante ou a jusante da cadeia produtiva onde se incluí, realizados em geografias directamente ligadas a esse tipo de integração. A evolução recente da economia internacional tem vindo por um lado a condicionar a realização destes projectos estratégicos, mas por outro, tem vindo a abrir novas oportunidades ao estabelecimento destas parcerias com outros Stakeholders internacionais. Na área de Nanotecnologia, perspectiva-se uma aproximação cada vez mais rápida do mercado em resultado da estabilização dos processos produtivos por um lado, e de toda a acção comercial que tem vindo a ser desenvolvida junto dos mercados. A INNOVNANO prosseguiu com o seu plano de estabilização dos seus processos produtivos. Como consequência da fase em que se encontra, a INNOVNANO apresentou um resultado líquido negativo de 1,9 milhões de Euros. 6. PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS O Conselho de Administração propõe que o Resultado Líquido gerado no exercício, no montante de Euros: 2.690.686,13, tenha a seguinte aplicação: Até à data a actividade da Innovnano tem vindo a ser maioritariamente financiada pelo seu accionista único, e, em menor parte, através de fundos disponibilizados no âmbito de Sistemas de Incentivo à Inovação, Investigação, e Desenvolvimento. - Para Reserva Legal 134.535,00 Euros - Para Resultados Transitados 2.556.151,13 Euros Tendo em vista a fase de desenvolvimento da empresa e o esforço de financiamento que lhe está associado, acordou-se, no final do exercício, como forma de melhorar a estrutura financeira da empresa, converter Suprimentos de 5.000.000 Euros em Prestações Suplementares de Capital. RELATÓRIO E CONTAS 2013 22

7. NOTA FINAL Concluído mais um ano de actividade da CUF Consultadoria e Serviços, S.A., não queremos deixar de manifestar o nosso agradecimento pelo empenho demonstrado por todos os nossos Stakeholders, Órgãos de Fiscalização e Instituições Financeiras. Porto Salvo, 14 de Fevereiro de 2014 O Conselho de Administração João Maria Guimarães José de Mello João Jorge Gonçalves Fernandes Fugas Miguel Maria Pereira Vilardebó Loureiro André Cabral Corte-Real de Albuquerque Pedro Maria Guimarães José de Mello Jaime Urquijo Chacón 23 RELATÓRIO E CONTAS 2013

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III - DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO E CONTAS 2013 26

DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DOS FLUXOS DE CAIXA (Quantias expressas em Euros) Notas 2013 2012 Fluxo de caixa das actividades operacionais - método directo Recebimentos de Clientes 429.316.756 361.670.960 Pagamentos a Fornecedores (371.511.524) (294.835.852) Pagamentos ao Pessoal (15.224.898) (14.346.090) Caixa gerada pelas operações 42.580.334 52.489.018 Pagamentos/recebimentos do imposto sobre o rendimento (1.394.411) (49.139) Outros recebimentos/pagamentos (19.243.444) (12.711.230) Fluxo de caixa das actividades operacionais (1) 21.942.479 39.728.649 Fluxo de caixa das actividades de investimento Pagamentos respeitantes a: Activos Fixos Tangíveis (11.910.240) (6.959.813) Investimentos Financeiros (84.193) - Outros Activos - (25.500.000) (11.994.433) (32.459.813) Recebimentos provenientes de: Activos fixos tangíveis 36.103 90.228 Outros activos 192.128 25.502.889 Subsídios ao investimento 166.918 1.195.050 Juros e rendimentos similares 2.610.613 3.556.666 Dividendos 384.210 230.674 3.389.972 30.575.507 Fluxo de caixa das actividades de investimento (2) (8.604.461) (1.884.306) Fluxo de caixa das actividades de financiamento Recebimentos provenientes de: Financiamentos obtidos 319.013.736 21.054.095 319.013.736 21.054.095 Pagamentos respeitantes a: Financiamentos obtidos (325.718.537) (16.712.717) Juros e gastos similares (10.366.629) (11.415.826) Outras operações de financiamento - (689.905) (336.085.166) (28.818.448) Fluxo de caixa das actividades de financiamento (3) (17.071.430) (7.764.353) Variações de caixa e seus equivalentes (1+2+3) 3.640.361 8.367.892 Efeito das diferenças de câmbio - - Caixa e seus equivalentes no início do período 4 28.880.671 (1.199.317) Alteração do Perímetro de Consolidação 4 (2.057) - Caixa e seus equivalentes no fim do período 4 25.145.202 28.880.671 27 RELATÓRIO E CONTAS 2013

BALANÇO CONSOLIDADO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 (Quantias expressas em Euros) RUBRICAS Notas 12/31/2013 12/31/2012 Activo Activo Não Corrente Activos Fixos Tangíveis 6 155.007.360 162.257.145 Propriedades de Investimento 7 19.724.523 19.851.529 Goodwill 10.1 39.000 39.000 Activos Intangíveis 8 3.144.559 554.466 Participações Financeiras - Método Equiv. Patrimonial 9.1 1.057.196 1.001.021 Participações Financeiras - Outros Métodos 9.2 9.218 272.628 Outros Activos Financeiros 14.1 29.680.000 29.680.000 Activos por Impostos Diferidos 30 13.701.835 20.456.517 222.363.691 234.112.306 Activo Corrente Inventários 11.1 32.592.525 34.273.015 Clientes 14.3 40.304.475 47.942.462 Adiantamentos a Fornecedores 113.844 65.443 Estado e Outros Entes Públicos 12 2.271.165 1.897.976 Accionistas/Sócios 14.2 25.500.000 25.500.000 Outras Contas a Receber 14.3 1.489.084 7.231.829 Diferimentos 13.1 1.241.528 1.246.913 Caixa e Depósitos Bancários 4 25.145.202 28.880.671 128.657.822 147.038.309 Total do Activo 351.021.513 381.150.615 Capital Próprio, Interesses Minoritários e Passivo Capital Próprio Capital 17.1 20.422.000 20.422.000 Reservas Legais 17.2 1.157.837 1.107.758 Outras Reservas 17.2 11.265.027 11.265.027 Resultados Transitados 17.2 3.636.221 2.624.607 Ajustamentos em Activos Financeiros 17.3 6.306.911 (1.265.922) Resultados Líquidos do Período 2.690.686 1.001.572 45.478.682 35.155.042 Interesses Minoritários 17.4 (21.202) (21.245) Total do Capital Próprio 45.457.480 35.133.797 Passivo Passivo Não Corrente Provisões 15 20.163.044 28.263.371 Financiamentos Obtidos 14.6 193.086.823 220.763.355 Responsabilidades por Benefícios pós-emprego 16.1 5.127.129 6.052.024 Passivos por Impostos Diferidos 30 8.199.958 6.435.640 226.576.953 261.514.390 Passivo Corrente Fornecedores 14.4 33.138.731 43.440.726 Estado e Outros Entes Públicos 12 4.259.874 7.674.773 Financiamentos Obtidos 14.6 36.847.818 25.192.678 Outras Contas a Pagar 14.5 4.552.663 7.973.835 Diferimentos 13.2 187.995 220.416 78.987.080 84.502.428 Total do Passivo 305.564.034 346.016.818 Total do Capital Próprio, Interesses Minoritários e Passivo 351.021.513 381.150.615 RELATÓRIO E CONTAS 2013 28

DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DOS RESULTADOS POR NATUREZAS (Quantias expressas em Euros) Rendimentos e Gastos Notas 2013 2012 Vendas e Serviços Prestados 19 329.519.040 321.259.464 Subsídios à Exploração 18 74.358 788.379 Ganhos/Perdas de Subsidiárias, Assoc. e Emp. Conjuntos 20 438.925 364.012 Variação nos Inventários da Produção 11.2 (306.878) (227.158) Trabalhos para a Própria Entidade 21 44.597 38.674 Custo das Mercadorias Vendidas e das Matérias Consumidas 11.3 (229.643.198) (213.747.992) Fornecimentos e Serviços Externos 22 (58.769.213) (61.575.328) Gastos com o Pessoal 16.4 (15.319.200) (17.336.386) Imparidade de Inventários (Perdas/Reversões) 11.4 (330.463) (1.876.295) Imparidade de Dívidas a Receber (Perdas/Reversões) 14.2 (23.708) 91.507 Provisões (Aumentos/Reduções) 15 8.078.773 6.027.187 Imparidade Inv. não Depreciáveis/Amortizáveis (297.603) - Aumentos/Reduções de Justo Valor 23-3.463 Outros Rendimentos e Ganhos 24 8.773.844 7.554.786 Outros Gastos e Perdas 25 (3.767.789) (2.623.718) Resultados antes de Depreciações, Gastos de Financiamento e Impostos 38.471.486 38.740.594 Gastos/Reversões de Depreciação e Amortização 27 (19.482.587) (19.735.414) Imparidade Activos Depreciáveis/Amortizáveis - - Resultado Operacional (antes de gastos de Financiamento e Impostos) 18.988.899 19.005.181 Juros e Rendimentos Similares Obtidos 28 2.612.664 3.611.980 Juros e Gastos Similares Suportados 29 (12.465.752) (13.868.102) Resultado antes de Impostos 9.135.811 8.749.059 Impostos sobre o Rendimento do Período 30 (6.445.082) (7.747.460) Resultado Líquido do Período 2.690.729 1.001.599 Resultado Líquido do Período atribuível a: - Detentores do Capital da Empresa-Mãe 2.690.686 1.001.572 - Interesses Minoritários 17.5 43 27 2.690.729 1.001.599 29 RELATÓRIO E CONTAS 2013

RELATÓRIO E CONTAS 2013 30 DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO DO PERÍODO 2013 (Quantias expressas em Euros) Descrição Notas Capital Realizado (Nota 17.1) Reservas Legais (Nota 17.2) Outras Reservas (Nota 17.2) Ajustamentos em Activos e Passivos Financeiros (Nota 17.4) Outras variações no Capital Próprio (Nota 17.3) Resultados Transitados (Nota 17.2) Resultado Líquido do Período (Nota 17.2) Total Interesses Minoritários (Nota 17.5) Total de Capital Próprio POSIÇÃO NO INÍCIO DO PERÍODO 2012 1 20.422.000 715.054 11.265.027 (4.773.200) 523.453 (4.836.120) 7.854.071 31.170.284 (21.380) 31.148.904 ALTERAÇÕES NO PERÍODO Ajustamentos por Activos Financeiros (134.194) (134.194) (134.194) Ganhos líquidos em coberturas (1.587.113) (1.587.113) (1.587.113) Subsídios 5.228.585 (362.861) 4.865.724 4.865.724 Direitos de emissão (160.592) (160.592) (160.592) Outras alterações reconhecidas no Capital Próprio (639) (639) (639) 2 - - 0 3.507.278 (523.453) (639) - 2.983.186-2.983.186 RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO 3 1.001.572 1.001.572 1.001.572 RESULTADO INTEGRAL 4=2+3 1.001.572 3.984.758-3.984.758 OPERAÇÕES COM DETENTORES DE CAPITAL NO PERÍODO Minoritários adquiridos em Concentrações de Actividades Empresariais - 136 136 5 - - - - - - - - 136 136 APLICAÇÃO DE RESULTADOS Constituição da Reserva Legal 392.704 (392.704) - - Transferência de Resultados do exercício para Resultados Transitados 7.461.367 (7.461.367) - 6-392.704 - - - 7.461.367 (7.854.071) - - - POSIÇÃO NO FIM DO PERÍODO 2012 7=1+2+3+5+6 20.422.000 1.107.758 11.265.027 (1.265.922) 0 2.624.607 1.001.572 35.155.042 (21.245) 35.133.798 POSIÇÃO NO INÍCIO DO PERÍODO 2013 7 20.422.000 1.107.758 11.265.027.06 (1.265.922) 0 2.624.607 1.001.572 35.155.042 (21.245) 35.133.798 ALTERAÇÕES NO PERÍODO Ajustamentos por Activos Financeiros - Subsidiárias 60.121 60.121 60.121 60.121 Subsídios 3.370.689 3.370.689 3.370.689 Ganhos líquidos em coberturas 2.417.913 2.417.913 2.417.913 Direitos de emissão 1.828.105 1.828.105 1.828.105 Outras alterações reconhecidas no Capital Próprio (43.874) (43.874) (43.874) 8 - - (0) 7.572.833 (0) 60.121-7.632.953-7.632.953 RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO 9 2.690.686 2.690.686 2.690.686 RESULTADO INTEGRAL 10=8+9 2.690.686 10.323.639-10.323.639 OPERAÇÕES COM DETENTORES DE CAPITAL NO PERÍODO Minoritários alienados de Concentrações de Actividades Empresariais - 43 43 11 - - - - - - - - 43 43 APLICAÇÃO DE RESULTADOS Constituição da Reserva Legal 50.079 (50.079) - - Transferência de Resultados do exercício para Resultados Transitados 951.493 (951.493) - - 12-50.079 - - - 951.493 (1.001.572) - - - POSIÇÃO NO FIM DO PERÍODO 2012 13=8+9+11+12 20.422.000 1.157.837 11.265.027 6.306.911 0 3.636.221 2.690.686 45.478.682 (21.202) 45.457.480

31 RELATÓRIO E CONTAS 2013

RELATÓRIO E CONTAS 2013 32

IV - ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO 2013 33 RELATÓRIO E CONTAS 2013

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 2013 CUF Consultadoria e Serviços, S.A. Este documento contém as divulgações exigidas pelas Normas de Contabilidade e de Relato Financeiro (NCRF) que compõem o Sistema de Normalização Contabilística (SNC), em referência ao exercício de 2013. RELATÓRIO E CONTAS 2013 34

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 1. IDENTIFICAÇÃO DA ENTIDADE 36 2. REFERENCIAL CONTABILÍSTICO DE PREPARAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 36 3. PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS 36 4. FLUXOS DE CAIXA 52 5. PARTES RELACIONADAS 53 6. ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS 56 7. PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO 57 8. ACTIVOS INTANGÍVEIS 58 9. PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS 59 10. GOODWILL 61 11. INVENTÁRIOS 61 12. ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS 63 13. DIFERIMENTOS 64 14. INSTRUMENTOS FINANCEIROS 64 15. PROVISÕES, PASSIVOS CONTINGENTES E ACTIVOS CONTINGENTES 68 16. BENEFÍCIOS DOS EMPREGADOS 70 17. INSTRUMENTOS DE CAPITAL PRÓPRIO 73 18. SUBSÍDIOS AO GOVERNO E APOIOS DO GOVERNO 75 19. RÉDITO 75 20. GANHOS/PERDAS IMPUTADOS DE SUBSIDIÁRIAS, ASSOCIADAS E EMPREENDIMENTOS CONJUNTOS 76 21. TRABALHOS PARA A PRÓPRIA ENTIDADE 77 22. FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS 78 23. AUMENTOS/REDUÇÕES DE JUSTO VALOR 79 24. OUTROS RENDIMENTOS E GANHOS 79 25. OUTROS GASTOS E PERDAS 80 26. EFEITOS DE ALTERAÇÕES EM TAXAS DE CÂMBIO 81 27. GASTOS/REVERSÕES DE DEPRECIAÇÃO E AMORTIZAÇÃO 81 28. JUROS E RENDIMENTOS SIMILARES OBTIDOS 81 29. JUROS E GASTOS SIMILARES SUPORTADOS 82 30. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO 82 31. OUTRAS INFORMAÇÕES 84 32. ACONTECIMENTOS APÓS A DATA DO BALANÇO 87 35 RELATÓRIO E CONTAS 2013

1. IDENTIFICAÇÃO DA ENTIDADE O Grupo CUF ( Grupo ), designado pela CUF Consultadoria e Serviços, S.A. ( CUF, CUF Serviços ou Grupo ) tem sede em Lisboa e foi constituída em 19 de Maio de 1997, tendo como objecto social a consultadoria nas áreas económica, financeira e de recursos humanos, a gestão de empresas, a prestação de serviços de qualquer natureza, bem como a realização de todas as operações conexas e afins. Actualmente a CUF é a holding de um grupo de sociedades que actuam em Portugal e em Espanha em três actividades diferentes: Área dos Químicos produção e comercialização de produtos químicos industriais; Área dos Nanomateriais produção e comercialização de materiais avançados, designadamente de dimensão micro e nano métrica e suas aplicações, bem como a prestação de serviços de caracterização e consultadoria na área dos materiais avançados; Área da Imobiliária compra e venda de bens imóveis. A empresa-mãe do Grupo CUF é a José de Mello, Participações II, SGPS, S.A. e tem a sua sede em Lisboa. 2. REFERENCIAL CONTABILÍSTICO DE PREPARAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As demonstrações financeiras foram preparadas de acordo com o Sistema de Normalização Contabilístico (SNC), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 158/2009, de 13 de Julho. 3. PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS 3.1 Bases de mensuração usadas na preparação das demonstrações financeiras: As demonstrações financeiras foram preparadas tendo em conta as bases da continuidade, do regime do acréscimo, da consistência de apresentação, da materialidade e agregação, da não compensação e da informação comparativa. Tendo por base o disposto nas NCRF, as políticas contabilísticas adoptadas pela empresa foram as seguintes: (a) Activos fixos tangíveis Os activos fixos tangíveis referem-se a bens utilizados na produção, na prestação de serviços ou no uso administrativo. O Grupo adoptou o custo considerado na mensuração dos activos fixos tangíveis em referência a 1 de Janeiro de 2009 (data de transição para as NCRF), nos termos da isenção permitida pela NCRF 3 Adopção pela Primeira vez das NCRF.O Grupo adoptou como custo considerado, o valor constante das anteriores demonstrações financeiras preparadas de acordo com anterior referencial contabilístico (POC), o qual incluía reservas de reavaliação efectuadas ao abrigo de diversos diplomas legais que tiveram em conta coeficientes de desvalorização da moeda. RELATÓRIO E CONTAS 2013 36