GLOSSÁRIO DE MATEMÁTICA FINANCEIRA Com conceitos dispostos aproximadamente na ordem em que são apresentados na disciplina TT 007 Economia de



Documentos relacionados
INFORMAÇÕES IMPORTANTES,

Existe uma diferença entre o montante (S) e a aplicação (P) que é denominada de remuneração, rendimento ou juros ganhos.

AMORTIZAÇÃO E EMPRÉSTIMOS

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTO

COMO CRIAR UM PLANO DE AMORTIZAÇÃO

Imediatas: parcelas pagas em 30, 60 e 90 dias Antecipadas: sendo a primeira parcela paga no ato

Lista de exercício nº 3* VPL, TIR e Equivalência de fluxos de caixa

MATEMÁTICA FINANCEIRA

Análise e Resolução da prova de Auditor Fiscal da Fazenda Estadual do Piauí Disciplina: Matemática Financeira Professor: Custódio Nascimento

CURSO ON-LINE PROFESSOR GUILHERME NEVES. Resolverei neste ponto a prova de Matemática Financeira da SEFAZ/RJ 2010 FGV.

Prof. Luiz Felix. Unidade II MATEMÁTICA FINANCEIRA

Matemática Financeira

Matemática Financeira. e Engenharia Econômica

Matemática Financeira - Vinícius Werneck, professor do QConcursos.com

Título : B2 Matemática Financeira. Conteúdo :

MATEMÁTICA FINANCEIRA CARREIRAS FISCAIS 1

Empréstimos e Financiamentos. Matemática Financeira. Empréstimos e Financiamentos. Empréstimos e Financiamentos. Empréstimos e Financiamentos

ADM020 Matemática Financeira

REGIME DE CAPTALIZAÇÃO COMPOSTA

EXERCÍCIOS PROF. SÉRGIO ALTENFELDER

Aula 08 Matemática Financeira. Amortização de Empréstimos

SIMULADO COMENTADO DE MATEMÁTICA FINANCEIRA

RESOLUÇÃO DAS QUESTÕES DE MATEMÁTICA

Para acharmos as taxas equivalentes utilizamos a fórmula abaixo: Te = ( n Ö 1+i) 1

EMPRÉSTIMOS. Nos financiamentos a longo prazo o devedor ou mutuário tem também três modalidades para resgatar sua dívida:

Exemplos de Preenchimento dos Atributos relativos ao Fluxo Financeiro (caráter meramente exemplificativo)

Março/2012 Parte 2. Pag.1. Prof. Alvaro Augusto

UNIDADE Sistemas de amortização de empréstimo e financiamento

Prova de Matemática Financeira 01 a 20

Sumário. Capítulo 1 Razão 1. Introdução Conceito Razões inversas Exercícios propostos... 07

SISTEMAS DE AMORTIZAÇÃO

Lista de Exercícios para a Prova Substitutiva de Matemática Financeira Parfor Matemática

Matemática Financeira Aplicada.

Os juros podem ser capitalizados segundo dois regimes: simples ou compostos.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA CAMPUS DOM PEDRITO CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM AGRONEGÓCIO

MATEMÁTICA FINANCEIRA

UNIDADE 1. SISTEMAS DE AMORTIZAÇÃO DE EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS

CIÊNCIAS CONTÁBEIS MATEMATICA FINANCEIRA JUROS SIMPLES

Comunicado Técnico 03

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA MATEMÁTICA FINANCEIRA MAT 191 PROFESSORES: ENALDO VERGASTA, GLÓRIA MÁRCIA, JODÁLIA ARLEGO

prestação. Resp. $93.750,00 e $5.625,00.

F NA N N A C N E C IRA

Universidade Comunitária da Região de Chapecó Curso de Economia 5º Período 8 AMORTIZAÇÃO DE EMPRÉSTIMOS

JURO COMPOSTO. Juro composto é aquele que em cada período financeiro, a partir do segundo, é calculado sobre o montante relativo ao período anterior.

MATEMÁTICA FINANCEIRA

MS 777 Projeto Supervisionado Professor: Laércio Luis Vendite Ieda Maria Antunes dos Santos RA:

Prof. Dr. João Muccillo Netto

UFSC CFM DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA MTM 5152 MATEMÁTICA FINACEIRA II PROF. FERNANDO GUERRA. LISTA DE EXERCÍCIOS SISTEMAS DE AMORTIZAÇÃO DE EMPRÉSTIMOS

CAPÍTULO 2 MATEMÁTICA FINANCEIRA

Matemática Financeira

Amilton Dalledone Filho Glower Lopes Kujew

Valor do dinheiro no tempo

Elementos de Análise Financeira Juros Compostos Profa. Patricia Maria Bortolon

MATEMÁTICA FINANCEIRA PARA O ENSINO BÁSICO

É a renda uniforme e periódica formada por uma infinidade de prestações.

A transformação e o custo do dinheiro ao longo do tempo *


PROFESSOR: SEBASTIÃO GERALDO BARBOSA

SISTEMAS DE AMORTIZAÇÃO

CORREÇÃO MONETÁRIA. Prof. M. Sc. Jarbas Thaunahy Santos de Almeida

Matemática Régis Cortes. JURO composto

INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO FLUXO DE CAIXA

PLANO DE ENSINO E APRENDIZAGEM

PLANOS DE FINANCIAMENTO METERIAL COMPLEMENTAR

Conceitos Financeiros

BANCO DO BRASIL Questão 11. Resolução:

MENSAGEM DE ABERTURA

EXERCÍCIOS IV SÉRIES DE PAGAMENTOS IGUAIS E CONSECUTIVOS 1. Calcular o montante, no final de 2 anos, correspondente à aplicação de 24 parcelas iguais

U U +E U U E Sendo E e U dois algarismos não nulos e distintos, a soma E + U é igual a

CAIXA ECONOMICA FEDERAL

Sérgio Carvalho Matemática Financeira Simulado 02 Questões FGV

Prof. Luiz Felix. Unidade I

Capítulo 6 Série Uniforme Prestações Iguais

CURSO ON-LINE PROFESSOR: VÍTOR MENEZES. Comentários sobre as provas de estatística e financeira ICMS RJ

INTRODUÇÃO À MATEMÁTICA FINANCEIRA

REGULAMENTO A CONCESSÃO E MANUTENÇÃO DE EMPRÉSTIMO SIMPLES AOS PARTICIPANTES E ASSISTIDOS DO PLANO BENEFÍCIO PREV-RENDA.

Lista de Exercícios 1

DESCONTO SIMPLES. Os títulos de crédito mais utilizados em operações financeiras são a nota promissória, a duplicata e a letra de câmbio.

Análise e Resolução da prova do ISS-Cuiabá Disciplina: Matemática Financeira Professor: Custódio Nascimento

CURSO ON-LINE PROFESSOR GUILHERME NEVES

Matemática Financeira II

Matemática. Aula: 04/10. Prof. Pedro Souza. Visite o Portal dos Concursos Públicos

captação de recursos empréstimos financiamento.

EXERCÍCIOS DIVERSOS TRABALHO 1

MATEMÁTICA FINANCEIRA - ADMINISTRAÇÃO

PLANO DE ENSINO 2009 Médio Profissionalizante ( ) Profissionalizante ( )

MATEMÁTICA FINANCEIRA PARA CONCURSOS

MATEMÁTICA FINANCEIRA

NBC TSP 10 - Contabilidade e Evidenciação em Economia Altamente Inflacionária

E C O N O M I A D A E N G E N H A R I A MATEMÁTICA FINANCEIRA

CURSO ON-LINE PROFESSOR GUILHERME NEVES

ACADEMIA DO CONCURSO PÚBLICO AULÃO DE MATEMÁTICA FINANCEIRA PROF PIO REGIME DE CAPITALIZAÇÃO SIMPLES

MATEMÁTICA FINANCEIRA PROF. DANIEL DE SOUZA INTRODUÇÃO:

INTRODUÇÃO: JURO FATOR DE FORMAÇÃO DE JURO. VJ = VA x j. *Taxa de juro na forma unitária j=10% => j= 10/100 => j= 0,1

MA12 - Unidade 10 Matemática Financeira Semana 09/05 a 15/05

Mercado Financeiro e de Capitais Prof. Cleber Rentroia MBA em Finanças e Banking

SISTEMAS DE AMORTIZAÇÃO SISTEMA DE AMORTIZAÇÃO CONSTANTE - SAC SISTEMA DE AMORTIZAÇÃO CONSTANTE - SAC SISTEMA DE AMORTIZAÇÃO AMERICANO

MATEMÁTICA FINANCEIRA AULA 02. Prof. Mário Leitão

MINICURSO DE MATEMÁTICA FINANCEIRA NO DIA A DIA

Transcrição:

GLOSSÁRIO DE MATEMÁTICA FINANCEIRA Com conceitos dispostos aproximadamente na ordem em que são apresentados na disciplina TT 007 Economia de Engenharia I. Observação: Os conceitos acompanhados de asterisco simples foram transcritos ou adaptados de: FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Aurélio século XXI: o dicionário da língua portuguesa. 3. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999. 2128 p. Os conceitos acompanhados de asterisco duplo ou triplo foram elaborados com base, respectivamente, em: MONTELLA, Maura. Economia passo a passo. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2004. 199 p. /pp. 140-9/ NEWNAN, Donald G.; LAVELLE, Jerome P. Fundamentos de engenharia econômica. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 2000. 359 p. /pp. 63-6; tradução de Alfredo Alves de Farias; revisão técnica de Alceu Salles de Camargo Jr.; original em língua inglesa: Engineering Press, 1998./ Os demais conceitos foram, no conjunto, elaborados com base no conhecimento geral de matemática financeira, sendo que a maioria deles, mas não a totalidade (há alguns que foram redigidos com base no referido conhecimento geral), o foi com base em: CASAROTTO FILHO, Nelson; KOPITTKE, Bruno Hartmut. Análise de investimentos: matemática financeira; engenharia econômica; tomada de decisão; estratégia empresarial. 9.ed. São Paulo, Atlas, 2000. 458 p. /Capítulos 1, 2, 3, 4 e 5./ Juro*: importância cobrada, por unidade de tempo, pelo empréstimo de dinheiro, geralmente expressa como porcentagem da soma emprestada; rendimento de capital investido; interesse. Principal*: é o valor de um empréstimo ou investimento, em distinção aos juros ou lucro a ele referente(s). Capitalização*: ato ou efeito de capitalizar, isto é, de adicionar [juros] ao capital [principal] ou montante. Regime de capitalização ou forma de capitalização: modo como ocorre a capitalização, em função de sobre o que incide a taxa de juros e da natureza finita ou diferencial dos períodos de capitalização. Juros simples: regime de capitalização em que, em cada período, a taxa de juros incide apenas sobre o principal. Período de capitalização: unidade de tempo ao fim da qual incide a taxa de juros. Horizonte de planejamento: o total de períodos de capitalização considerados em um estudo. Taxa de juros*: relação percentual entre os juros cobrados, por unidade de tempo, e o capital [principal] emprestado. Taxa de desconto: denominação atribuída à taxa de juros quando de sua utilização para converter um valor monetário, ou um conjunto de valores monetários, em outro ou outros, que lhe seja(m) equivalente(s), e que esteja(m) referenciado(s) a um instante de tempo anterior ao do(s) primeiro(s). Montante*: capital acrescido dos juros, ao fim de um período de capitalização. Valor futuro: o mesmo que montante. Valor presente: valor de uma entrada ou saída de caixa em relação a outro(s) que esteja(m) em período(s) a ele posterior(es). Juros compostos: regime de capitalização em que, em cada período, a taxa de juros incide sobre o montante do período imediatamente anterior. 1

Juros contínuos: juros cuja taxa refere-se a um diferencial de tempo. Fluxo de caixa: representação de entradas de caixa e de saídas de caixa, contanto que o instante de tempo em que cada uma dessas entradas e saídas acontece ou devem acontecer esteja claramente identificado. Diagrama de fluxo de caixa: representação gráfica em que o horizonte de planejamento é representado por um segmento de reta, subdividido em tantas partes iguais quanto for o número de períodos de capitalização, sendo que nas extremidades destas pode haver vetores com direção vertical e sentido, como é mais usual, de baixo para cima, no caso de entradas de caixa, e de cima para baixo, no de saídas de caixa. Evento isolado: elemento de um fluxo de caixa que é temporalmente definido com referência a um único instante de tempo. Série: elemento de um fluxo de caixa para cuja definição temporal é necessário pelo menos os instantes de tempo inicial e final de um período de capitalização. Série uniforme: série de entradas ou saídas de caixa em que estas apresentam a mesma magnitude e natureza (entrada ou saída), sucedendo-se umas às outras durante um número de períodos sucessivos. É usualmente representada pela letra A. Série em gradiente aritmético: série de entradas ou saídas de caixa em que, no segundo período, tem-se uma entrada ou saída (a primeira da série) à qual sucedem outras, uma em cada período posterior, cada qual aumentada da magnitude da primeira em relação à anterior. É usualmente representada pela letra G. Série em gradiente geométrico***: série de entradas ou saídas de caixa em que, no primeiro período, tem-se uma entrada ou saída (a primeira da série) à qual sucedem outras, uma em cada período posterior, cada qual majorada em relação à que lhe é imediatamente anterior na porcentagem correspondente à magnitude da chamada taxa de gradiente geométrico vigente na série em questão. É usualmente representada pela letra X. Taxa de gradiente geométrico***: taxa que, em uma série em gradiente geométrico, define a magnitude percentual que cada entrada ou saída de caixa, conforme se trate de série de entradas ou de saídas de caixa, respectivamente, a partir da segunda, deve ser majorada, em módulo, em relação à entrada ou saída de caixa que lhe é imediatamente anterior. Convenção linear: convenção utilizada para cálculo de montante com juros compostos quando o número de períodos é não inteiro, segundo a qual os juros referentes à parte fracionária são determinados utilizando-se interpolação linear entre os valores inteiros imediatamente antecedente e imediatamente posterior. Convenção exponencial: convenção utilizada para cálculo de montante com juros compostos quando o número de períodos é não inteiro, segundo a qual os juros referentes à parte fracionária, assim como os da parte inteira, são determinados usando a formulação característica de juros compostos, que tem variação exponencial. Série perpétua: série uniforme em que o número de períodos é tão grande que pode ser conveniente considerá-lo infinito. Série antecipada: série em que as entradas ou saídas são registradas no início do respectivo período de capitalização. Série postecipada: série em que as entradas ou saídas são registradas ao final do respectivo período de capitalização. Taxa nominal: taxa que se refere a um período de tempo diferente do período de capitalização. 2

Taxa efetiva: taxa que se refere a um período de tempo que é idêntico ao período de capitalização. Taxa interna de retorno: taxa para a qual o valor presente do fluxo de caixa é nulo. Taxa externa de retorno: cada uma das taxas de retorno, exceto a taxa interna de retorno. Taxa mínima de atratividade: taxa que expressa um valor de referência para ganhos periódicos a partir do qual uma pessoa considera ser interessante investir. Inflação: perda do poder aquisitivo da moeda, durante um determinado intervalo de tempo. Correção monetária: instrumento de correção do efeito da inflação que, do ponto de vista teórico, repõe integralmente as perdas de poder aquisitivo por ela ocasionadas. Variação cambial: aumento ou redução do preço de uma moeda expresso em unidades monetárias de outra, e/ou em frações dessa unidade. Cotação: relação de troca entre duas moedas, vigente em um certo instante de tempo. Regime de taxa de câmbio fixa**: regime no qual a autoridade monetária intervém no mercado de divisas, comprando ou vendendo divisas em quantidade suficiente para manter a cotação entre a moeda nacional e a divisa dentro de certos limites predefinidos. Regime de taxa de câmbio flutuante**: regime no qual a autoridade monetária deixa que a oferta e a demanda no mercado por divisas definam a cotação entre a moeda nacional e a divisa. Valorização cambial**: em regimes de taxas de câmbio fixas, redução, em relação a uma cotação unidade de moeda estrangeira (segundo a convenção do incerto), ou aumento da quantidade de moeda estrangeira necessária para trocar por uma unidade de moeda nacional (segundo a convenção do certo). Desvalorização cambial**: em regimes de taxas de câmbio fixas, aumento, em relação a uma cotação unidade de moeda estrangeira (segundo a convenção do incerto), ou redução da quantidade de moeda estrangeira necessária para trocar por uma unidade de moeda nacional (segundo a convenção do certo). Apreciação cambial**: em regimes de taxas de câmbio flutuantes, redução, em relação a uma cotação unidade de moeda estrangeira (segundo a convenção do incerto), ou aumento da quantidade de moeda estrangeira necessária para trocar por uma unidade de moeda nacional (segundo a convenção do certo). Depreciação cambial**: em regimes de taxas de câmbio flutuantes, aumento, em relação a uma cotação referenciada a um instante anterior, da quantidade de moeda nacional necessária para trocar por uma unidade de moeda estrangeira (segundo a convenção do incerto), ou redução da quantidade de moeda estrangeira necessária para trocar por uma unidade de moeda nacional (segundo a convenção do certo). Convenção do certo**: convenção segundo a qual uma unidade da moeda nacional é expressa em unidades monetárias, e/ou em respectivas frações, de uma moeda estrangeira. Convenção do incerto**: convenção segundo a qual uma unidade da moeda estrangeira é expressa em unidades monetárias, e/ou em respectivas frações, da moeda nacional. Taxa global de juros: taxa única que expressa o efeito conjunto de inflação (ou correção monetária) e de juros. Taxa prefixada: taxa que é definida e conhecida previamente ao início do primeiro período do intervalo de tempo ao qual a mesma se refere. 3

Taxa pós-fixada: taxa cujo valor numérico somente fica definido e conhecido após transcorrer-se o intervalo de tempo à qual a mesma se refere, uma vez que é função de pelo menos uma variável cujo valor numérico somente é conhecido após tal transcurso. Amortização: restituição do principal de uma dívida. Sistema de amortização: cada uma das formas de devolução do principal acrescido de juros referente a uma dívida. Sistema de Prestação Constante (SPC): sistema de amortização em que o principal, acrescido de juros, é restituído por meio de pagamentos periódicos todos de mesmo valor. Sistema Francês: o mesmo que Sistema de Prestação Constante. Sistema Price: o mesmo que Sistema de Prestação Constante. Saldo devedor: a parte do principal de uma dívida ainda a ser restituída. Sistema de Amortização Constante (SAC): sistema de amortização em que a parcela referente a amortização é igual em todos os pagamentos. Sistema de Amortização Misto: sistema de amortização em que cada valor de prestação, de amortização, de juros e de saldo devedor é igual à média dos respectivos valores calculados pelo Sistema de Prestação Constante e pelo Sistema de Amortização Constante. Sistema Hamburguês: o mesmo que Sistema de Amortização Constante. Período de carência: período em que não há amortização, mas apenas incidência, com ou sem pagamento, de juros. Período de amortização: período em que há restituição do principal ao credor, no todo ou em partes. Sistema Americano: sistema de amortização em que, ao final de cada período, pagam-se apenas os juros, sendo o principal restituído com pagamento único, no momento em que se liquida a dívida. Sistema de pagamento único: sistema de amortização em que o total de juros e o principal são pagos com uma única prestação, no momento em que se liquida a dívida. Sistema de juros antecipados: sistema de amortização em que os juros são cobrados antecipadamente e o principal é devolvido com pagamento único, no momento em que se liquida a dívida. Correção cobrada: regime de consideração dos efeitos de correção monetária em sistemas de amortização de dívidas que estabelece que toda correção monetária gerada a cada período deve integralizar a prestação do respectivo período, de modo a que, no início de cada novo período, não haja correção monetária alguma gerada em períodos anteriores que ainda não tenha sido paga. Correção capitalizada: regime de consideração dos efeitos de correção monetária em sistemas de amortização de dívidas que estabelece que somente parte da correção monetária gerada a cada período deve integralizar a prestação do respectivo período, de modo que, no início de cada novo período, a menos do primeiro, parte da correção monetária gerada em períodos anteriores ainda não haja sido paga e, conseqüentemente, deve ser paga, observando-se a característica de cada sistema de amortização, em prestações futuras, acrescida também da correção monetária correspondente aos respectivos períodos futuros, até o instante de seu pagamento. 4

Observação: GLOSSÁRIO DE MATEMÁTICA FINANCEIRA Com conceitos em ordem alfabética. Os conceitos acompanhados de asterisco simples foram transcritos ou adaptados de: FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Aurélio século XXI: o dicionário da língua portuguesa. 3. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999. 2128 p. Os conceitos acompanhados de asterisco duplo ou triplo foram elaborados com base, respectivamente, em: MONTELLA, Maura. Economia passo a passo. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2004. 199 p. /pp. 140-9/ NEWNAN, Donald G.; LAVELLE, Jerome P. Fundamentos de engenharia econômica. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 2000. 359 p. /pp. 63-6; tradução de Alfredo Alves de Farias; revisão técnica de Alceu Salles de Camargo Jr.; original em língua inglesa: Engineering Press, 1998./ Os demais conceitos foram, no conjunto, elaborados com base no conhecimento geral de matemática financeira, sendo que a maioria deles, mas não a totalidade (há alguns que foram redigidos com base no referido conhecimento geral), o foi com base em: CASAROTTO FILHO, Nelson; KOPITTKE, Bruno Hartmut. Análise de investimentos: matemática financeira; engenharia econômica; tomada de decisão; estratégia empresarial. 9.ed. São Paulo, Atlas, 2000. 458 p. /Capítulos 1, 2, 3, 4 e 5./ Amortização: restituição do principal de uma dívida. Apreciação cambial**: em regimes de taxas de câmbio flutuantes, redução, em relação a uma cotação unidade de moeda estrangeira (segundo a convenção do incerto), ou aumento da quantidade de moeda estrangeira necessária para trocar por uma unidade de moeda nacional (segundo a convenção do certo). Capitalização*: ato ou efeito de capitalizar, isto é, de adicionar [juros] ao capital [principal] ou montante. Convenção do certo**: convenção segundo a qual uma unidade da moeda nacional é expressa em unidades monetárias, e/ou em respectivas frações, de uma moeda estrangeira. Convenção do incerto**: convenção segundo a qual uma unidade da moeda estrangeira é expressa em unidades monetárias, e/ou em respectivas frações, da moeda nacional. Convenção exponencial: convenção utilizada para cálculo de montante com juros compostos quando o número de períodos é não inteiro, segundo a qual os juros referentes à parte fracionária, assim como os da parte inteira, são determinados usando a formulação característica de juros compostos, que tem variação exponencial. Convenção linear: convenção utilizada para cálculo de montante com juros compostos quando o número de períodos é não inteiro, segundo a qual os juros referentes à parte fracionária são determinados utilizando-se interpolação linear entre os valores inteiros imediatamente antecedente e imediatamente posterior. Correção capitalizada: regime de consideração dos efeitos de correção monetária em sistemas de amortização de dívidas que estabelece que somente parte da correção monetária gerada a cada período deve integralizar a prestação do respectivo período, de modo que, no início de cada novo período, a menos do primeiro, parte da correção monetária gerada em períodos anteriores ainda não haja sido paga e, conseqüentemente, deve ser paga, observando-se a característica de cada sistema de amortização, em prestações futuras, acrescida também da correção monetária correspondente aos respectivos períodos futuros, até o instante de seu pagamento. 1

Correção cobrada: regime de consideração dos efeitos de correção monetária em sistemas de amortização de dívidas que estabelece que toda correção monetária gerada a cada período deve integralizar a prestação do respectivo período, de modo a que, no início de cada novo período, não haja correção monetária alguma gerada em períodos anteriores que ainda não tenha sido paga. Correção monetária: instrumento de correção do efeito da inflação que, do ponto de vista teórico, repõe integralmente as perdas de poder aquisitivo por ela ocasionadas. Cotação: relação de troca entre duas moedas, vigente em um certo instante de tempo. Depreciação cambial**: em regimes de taxas de câmbio flutuantes, aumento, em relação a uma cotação referenciada a um instante anterior, da quantidade de moeda nacional necessária para trocar por uma unidade de moeda estrangeira (segundo a convenção do incerto), ou redução da quantidade de moeda estrangeira necessária para trocar por uma unidade de moeda nacional (segundo a convenção do certo). Desvalorização cambial**: em regimes de taxas de câmbio fixas, aumento, em relação a uma cotação unidade de moeda estrangeira (segundo a convenção do incerto), ou redução da quantidade de moeda estrangeira necessária para trocar por uma unidade de moeda nacional (segundo a convenção do certo). Diagrama de fluxo de caixa: representação gráfica em que o horizonte de planejamento é representado por um segmento de reta, subdividido em tantas partes iguais quanto for o número de períodos de capitalização, sendo que nas extremidades destas pode haver vetores com direção vertical e sentido, como é mais usual, de baixo para cima, no caso de entradas de caixa, e de cima para baixo, no de saídas de caixa. Evento isolado: elemento de um fluxo de caixa que é temporalmente definido com referência a um único instante de tempo. Fluxo de caixa: representação de entradas de caixa e de saídas de caixa, contanto que o instante de tempo em que cada uma dessas entradas e saídas acontece ou devem acontecer esteja claramente identificado. Horizonte de planejamento: o total de períodos de capitalização considerados em um estudo. Inflação: perda do poder aquisitivo da moeda, durante um determinado intervalo de tempo. Juro*: importância cobrada, por unidade de tempo, pelo empréstimo de dinheiro, geralmente expressa como porcentagem da soma emprestada; rendimento de capital investido; interesse. Juros compostos: regime de capitalização em que, em cada período, a taxa de juros incide sobre o montante do período imediatamente anterior. Juros contínuos: juros cuja taxa refere-se a um diferencial de tempo. Juros simples: regime de capitalização em que, em cada período, a taxa de juros incide apenas sobre o principal. Montante*: capital acrescido dos juros, ao fim de um período de capitalização. Período de amortização: período em que há restituição do principal ao credor, no todo ou em partes. Período de capitalização: unidade de tempo ao fim da qual incide a taxa de juros. Período de carência: período em que não há amortização, mas apenas incidência, com ou sem pagamento, de juros. Principal*: é o valor de um empréstimo ou investimento, em distinção aos juros ou lucro a ele referente(s). 2

Regime de capitalização ou forma de capitalização: modo como ocorre a capitalização, em função de sobre o que incide a taxa de juros e da natureza finita ou diferencial dos períodos de capitalização. Regime de taxa de câmbio fixa**: regime no qual a autoridade monetária intervém no mercado de divisas, comprando ou vendendo divisas em quantidade suficiente para manter a cotação entre a moeda nacional e a divisa dentro de certos limites predefinidos. Regime de taxa de câmbio flutuante**: regime no qual a autoridade monetária deixa que a oferta e a demanda no mercado por divisas definam a cotação entre a moeda nacional e a divisa. Saldo devedor: a parte do principal de uma dívida ainda a ser restituída. Série antecipada: série em que as entradas ou saídas são registradas no início do respectivo período de capitalização. Série em gradiente aritmético: série de entradas ou saídas de caixa em que, no segundo período, tem-se uma entrada ou saída (a primeira da série) à qual sucedem outras, uma em cada período posterior, cada qual aumentada da magnitude da primeira em relação à anterior. É usualmente representada pela letra G. Série em gradiente geométrico***: série de entradas ou saídas de caixa em que, no primeiro período, tem-se uma entrada ou saída (a primeira da série) à qual sucedem outras, uma em cada período posterior, cada qual majorada em relação à que lhe é imediatamente anterior na porcentagem correspondente à magnitude da chamada taxa de gradiente geométrico vigente na série em questão. É usualmente representada pela letra X. Série perpétua: série uniforme em que o número de períodos é tão grande que pode ser conveniente considerá-lo infinito. Série postecipada: série em que as entradas ou saídas são registradas ao final do respectivo período de capitalização. Série uniforme: série de entradas ou saídas de caixa em que estas apresentam a mesma magnitude e natureza (entrada ou saída), sucedendo-se umas às outras durante um número de períodos sucessivos. É usualmente representada pela letra A. Série: elemento de um fluxo de caixa para cuja definição temporal é necessário pelo menos os instantes de tempo inicial e final de um período de capitalização. Sistema Americano: sistema de amortização em que, ao final de cada período, pagam-se apenas os juros, sendo o principal restituído com pagamento único, no momento em que se liquida a dívida. Sistema de Amortização Constante (SAC): sistema de amortização em que a parcela referente a amortização é igual em todos os pagamentos. Sistema de Amortização Misto: sistema de amortização em que cada valor de prestação, de amortização, de juros e de saldo devedor é igual à média dos respectivos valores calculados pelo Sistema de Prestação Constante e pelo Sistema de Amortização Constante. Sistema de amortização: cada uma das formas de devolução do principal acrescido de juros referente a uma dívida. Sistema de juros antecipados: sistema de amortização em que os juros são cobrados antecipadamente e o principal é devolvido com pagamento único, no momento em que se liquida a dívida. Sistema de pagamento único: sistema de amortização em que o total de juros e o principal são pagos com uma única prestação, no momento em que se liquida a dívida. Sistema de Prestação Constante (SPC): sistema de amortização em que o principal, acrescido de juros, é restituído por meio de pagamentos periódicos todos de mesmo valor. 3

Sistema Francês: o mesmo que Sistema de Prestação Constante. Sistema Hamburguês: o mesmo que Sistema de Amortização Constante. Sistema Price: o mesmo que Sistema de Prestação Constante. Taxa de desconto: denominação atribuída à taxa de juros quando de sua utilização para converter um valor monetário, ou um conjunto de valores monetários, em outro ou outros, que lhe seja(m) equivalente(s), e que esteja(m) referenciado(s) a um instante de tempo anterior ao do(s) primeiro(s). Taxa de gradiente geométrico***: taxa que, em uma série em gradiente geométrico, define a magnitude percentual que cada entrada ou saída de caixa, conforme se trate de série de entradas ou de saídas de caixa, respectivamente, a partir da segunda, deve ser majorada, em módulo, em relação à entrada ou saída de caixa que lhe é imediatamente anterior. Taxa de juros*: relação percentual entre os juros cobrados, por unidade de tempo, e o capital [principal] emprestado. Taxa efetiva: taxa que se refere a um período de tempo que é idêntico ao período de capitalização. Taxa externa de retorno: cada uma das taxas de retorno, exceto a taxa interna de retorno. Taxa global de juros: taxa única que expressa o efeito conjunto de inflação (ou correção monetária) e de juros. Taxa interna de retorno: taxa para a qual o valor presente do fluxo de caixa é nulo. Taxa mínima de atratividade: taxa que expressa um valor de referência para ganhos periódicos a partir do qual uma pessoa considera ser interessante investir. Taxa nominal: taxa que se refere a um período de tempo diferente do período de capitalização. Taxa pós-fixada: taxa cujo valor numérico somente fica definido e conhecido após transcorrer-se o intervalo de tempo à qual a mesma se refere, uma vez que é função de pelo menos uma variável cujo valor numérico somente é conhecido após tal transcurso. Taxa prefixada: taxa que é definida e conhecida previamente ao início do primeiro período do intervalo de tempo ao qual a mesma se refere. Valor futuro: o mesmo que montante. Valor presente: valor de uma entrada ou saída de caixa em relação a outro(s) que esteja(m) em período(s) a ele posterior(es). Valorização cambial**: em regimes de taxas de câmbio fixas, redução, em relação a uma cotação unidade de moeda estrangeira (segundo a convenção do incerto), ou aumento da quantidade de moeda estrangeira necessária para trocar por uma unidade de moeda nacional (segundo a convenção do certo). Variação cambial: aumento ou redução do preço de uma moeda expresso em unidades monetárias de outra, e/ou em frações dessa unidade. 4