INSTRUÇÕESS - EMENDA CONSTITUCIONAL 87/2015 Introdução Este roteiro contem instruçõess para configuração e emissão de notas com base nas alterações de Partilha de ICMS e Calculo do Fundo de Combate a pobreza (FCP) conforme determina a EC 87/2015. Atualização do sistema Gestor Prime Antes de iniciar as configurações é necessário atualizar o sistema Gestor para ultima versão disponível em nosso site, caso ainda utilize o gestor New (Versão 8) é necessário converter para o Gestor prime, pois as alterações para esse calculo foram realizadas apenas no sistema Gestor Prime. Cadastro das alíquotas de ICMS Para calculo da Partilha do ICMS em vendas interestaduais é necessário uma utilizada para calculo: analise na tabela de ICMS - Acesse o cadastro de um dos produtos vendidos para outro estado.- Clique na aba TRIBUTAÇÃO - No campo tabela de ICMS clique no botão a frente para acessar o cadastro da tabela de ICMS - Caso ainda não tenha tabela de ICMS cadastrada será necessário clicar em NOVO e realizar um cadastro com base nas alíquotas. Vamos citar como exemplo a venda de produto do PR com destino a RS. Neste caso a alíquota interna no RS é 18% e a alíquota interestadual é 12%. Para uma situação igual a essa a linha RS na tabela de ICMS deve ficar 1
Cadastro da alíquota do Fundo de Combate a pobreza (FCP) Para calculo do fundo de Combate a pobreza é necessária o preenchimento da alíquota no cadastro da tabela de ICMS dos produtos. - Acesse o cadastro de um dos produtos vendidos para outro estado.- Clique na aba TRIBUTAÇÃO - No campo tabela de ICMS clique no botão à frente para acessar o cadastro da tabela de ICMS - Caso ainda não tenha tabela de ICMS cadastrada será necessário clicar em NOVO e realizar um cadastro com base nas alíquotas. Vamos citar como exemplo a venda de produto do PR com destino a BA com alíquota de FCP de 2% - Clique na linha do estado de destino e preencha a coluna FCP com a alíquota do fundo. - Salve o cadastro da tabela. - As alíquotas apresentadas neste roteiro tem caráter de simulação e não devem ser utilizadas como referente. - Consulte seu escritório de contabilidade caso tenha duvidas sobre o calculo do FCP. Informações importantes sobre a Tabela de ICMS - A linha do estado de origem, no exemplo acima PR, não sofre alterações para situações de vendas interestaduais citadas neste documento. - A alíquota interna deverá ser informadaa na coluna %ICMS desta tabela. - O percentual interestadual de venda deverá ser informado na coluna INTERESTAD da linha do estado de origem. - Para saber as alíquotas a serem utilizadas recomendamos que consulte o escritório de contabilidade. - Não é necessário o cadastro de uma tabela para cada estado, cadastre apenas uma tabela e pode ser adicionado os percentuais de todos os estados nesta. 2
Cadastro de Tabela de ICMS para os Produtos Após cadastrar a tabela é necessário vincular ela ao cadastro do produto, pois ao realizar a nota o sistema vai consultar a tabela e quais alíquotas devem ser aplicadas. Código de CST e CSOSN e suas influencias no calculo Dentro do cadastro do Produto é necessário analisar a CST e CSOSN utilizados, pois a partilha de ICMS não será aplicada para todas as CST ou CSOSN. A tabela abaixo demonstra em quais casos será calculada a partilha de ICMS conforme a nota técnica do Governo. Tipo da empresa Regras a ser aplicadas Empresa Normal (Lucro presumido / real) Somente p/ CST= 00, 20, 40, 41 e 60 Empresa Optante pelo Simples Nacional CSOSN= 102, 103, 300, 400, 500 CST= 00, 20, 40, 41 e 60 Lançamento da Venda com partilha de ICMS A partilha de ICMS somente é aplicada para vendas ao Consumidor Final não contribuinte, para identificar isso ao realizar a Venda, é necessário alterar o campo Destino como CONSUMIDOR na tela de outras notas. Caso não seja selecionada essa opção conforme a imagem abaixo não será calculada a Partilha 3
Emissão da Nota Fiscal com Partilha de ICMS Quando a nota for emitida diretamente pela tela de Outras notas, não passando pela Venda, também é necessário alterar o campo Destino comoo CONSUMIDOR. Caso não seja selecionada essa opção conforme a imagem abaixo não será calculada a Partilha. Apresentação do cálculo na tela Outras Notas Ao informar os produtos na nota fiscal os valores de partilha serão apresentados no rodapé da tela para conferencia. ATENÇÃO: O valor apresentado no campo Vlr Icms Dest é a soma do valor da partilha do destino + o valor do do Fundo de Combate a pobreza que também será recolhido ao destino. 4
Apresentação das informações na DANFE Não existe um campo especifico para impressão dos valores da partilha na DANFE, sendo assim, esses valores serão impressos nas informações Complementares da Nota fiscal. Simulador de cálculo da partilha de ICMS e FCP Acesse www.londrisoft.com.br clique em utilitários e na seqüência clique em Simulador de cálculo da Partilha de ICMS. Essa opção vai permitir simular o cálculo a ser realizado pelo sistema gestor. Exemplo de Calculo da Partilha Segue um exemplo de venda do PR com destino a RS. Valor total de produtos: 100,00 Base de calculo do ICMS Alíquota de ICMS próprio/interestadual Calculo do ICMS Próprio Valor do ICMS ICMS NORMAL 100,00 12% 100,00 * 12% = 12,00 R$ 12,00 PARTILHA DE ICMS (Novo calculo) Base de calculo do ICMS Alíquota interna Alíquota Interestadual Diferença entre alíquotas (Alíquota DIFAL) Calculo da Diferença para Partilhaa (Base * Alíquota DIFAL) Valor a Ser Partilhado (Valor DIFAL) Parte a recolher no estado de Origem (PR) Valor a recolher no estado de Origem (Valor do DIFAL * 60%) Parte a recolher no estado de Destino (RS) Valor a recolher no estado de Destino (RS) 100,00 18% 12% 6% 100,00 * 6% = 6,00 6,00 60% 6,00 * 60% = 3,60 40% 6,00 * 40% = 2,40 Perguntas e respostas sobre Partilha de ICMS 5
Perg.: Empresas optantes pelo simples nacional, precisam calcular esta partilhaa na emissão de notas? R.: Até a publicação deste material, uma liminar do STF de 17/02/2016 desobriga as empresas optantes pelo simples de realizar este calculo, porem recomenda-se a verificação junto ao escritório de Contabilidade., Perg.: Quando devem ser destacadas essas informações de partilha de ICMS na nota fiscal? R.: Essa partilha de ICMS vai ocorrer paraa as vendas ao Consumidor Final não contribuinte de outro estado, porem dentro do sistema existem outras regras: Tipo da empresa Regras a ser aplicadas Empresa Normal CST= 00, 20, 40, 41 e 60 Empresa Optante pelo Simples CSOSN= 102, 103, 300, 400, 500 CST= 00, 20, 40, 41 e 60 Perg.: Os percentuais de partilha de ICMS para o estado de Origem e destino são definidos como? R.: A emenda constitucional criou uma tabela com os percentuais que vão ser ajustados a cada ano, aumentando a fatia do estado de destino até chegar a 100%. Confira a tabela. Ano Estado de Destino Estado de Origem 2016 40% 2017 60% 2018 80% 60% 40% 20% 2019 100% Perg.: Qual a diferença do código de CSOSN e CST? R.: O código de CSOSN é utilizado exclusivamente para empresas optantes pelo simpless nacional, já os códigos de CST são utilizados pela receita para as notas de empresas não optantes pelo simples, ou seja, empresas do Lucro Presumido, real e outros. Porem dentro do sistema mesmo se sua empresa é optante pelo simples é necessário o preenchimento dos dois códigos. Perg.: Como recolher o valor calculo de Partilha para o estado de destino? R.: O recolhimento do diferencial de alíquotas calculado na forma descrita, deverá ser efetuado por meio da Guia Nacional de Recolhimento de Tributos Estaduais(GNRE) ou outro documento de arrecadação, de acordo com a legislação da Unidade Federada de destino, por ocasião da saída do bem ou do início da prestação de serviço, em relação a cada operação ou prestação (cláusula quarta do Convênio ICMS nº 93/15). Logo, por meio do Ajuste SINIEF nº 11/15 foram acrescentadas as alíneas "n", "o", "p" e "q" ao inciso I do 1º do art. 88-A do Convênio SINIEF nº 6/89, que dispõe sobre a utilização da Guia Nacional de Recolhimento de Tributos Estaduais On-Line (GNRE On-Line). 6
Os códigos de recolhimento a seguir indicados referem-se às alterações promovidas pela Emenda Constitucional nº 87/15 e pelo Convênio ICMS nº 93/15, que tratam da repartição do imposto entre a origem e o destino das mercadorias ou serviços, bem como para o recolhimento do Fundo Estadual de Combate à Pobreza: a) ICMS Consumidor Final não contribuinte de outra UF por Operação Código 10010-2; b) ICMS Consumidor Final não contribuinte de outra UF por Apuração Código 10011-0; c) ICMS Fundo Estadual de Combate à Pobreza por Operação Código 10012-9; d) ICMS Fundo Estadual de Combate à Pobreza por Apuração Código 10013-7. O documento de arrecadação deve mencionar o número do respectivo documento fiscal e acompanhar o trânsito do bem ou a prestação do serviço. O recolhimento do imposto de que trata a letra b do subtópico 4.3.1 deve ser feito em documento de arrecadação ou GNRE distintos. As Unidades Federadas de destino do bem ou do serviço podem, na forma de sua legislação, disponibilizar aplicativo que calcule o imposto a que se refere as letras a.3 e b.3 do Subtópico 4.3.1, devendo o imposto ser recolhido no décimo quinto dia do mês subsequente à saída do bem ou ao início da prestação de serviço. Fonte: www.cenofisco.com.br Perg.: O que é o Fundo de Combate a pobreza (FCP)? R.: O adicional de até 2% na alíquota de ICMS aplicável às operações e prestações, nos termos previstos no art. 82, 1º, do ADCT da Constituição Federal/88, destinado ao financiamento dos fundos estaduais e distrital de combate à pobreza, é considerado para o cálculo do imposto, conforme disposto nas letras a.1 e b.1 do subtópico 4.3 cujo recolhimento deve observar a legislação da respectiva Unidade Federada de destino (cláusula segunda, 4º, do Convênio ICMS nº 93/15). No cálculo do imposto devido à Unidade Federada de destino, o remetentee deve calcular, separadamente, o imposto correspondente ao diferencial de alíquotas, por meio da aplicação sobre a respectiva base de cálculo de percentual correspondente: a) à alíquota interna da Unidade Federada de destino sem considerar o adicional de até 2%; b) ao adicional de até 2%. Fonte: www.cenofisco.com.br 7