As tendências da Alimentação - Hoje e Amanhã Alexandra Bento
Causas de morte (por grupo), estimativas para 2002 Total de mortes: 57 milhões 37 milhões de DCNT Doenças transmissíveis, condições maternais e perinatais e carências nutricionais (32.3%) Doenças crónicas não transmissíveis(58.6%) Acidentes (9.1%) Source:WHO, WHR, 2003
Causas de morte (por grupo), e Região da OMS, 2001 75% Doenças crónicas não transmissíveis Acidentes Doenças transmissíveis, condições maternais e perinatais e carências nutricionais 50% 25% AFR AMR EMR EUR SEAR WPR Source: WHR 2002 African Region (AFR), Americas Region (AMR), Eastern Mediterranean Region (EMR), European Region (EUR), Southeast Asia Region (SEAR), Western Pacific Region (WPR)
Factores de risco para as doenças crónicas não transmissíveis Hipertensão arterial; Hipercolesterolemia; Excesso de peso e obesidade; Sedentarismo; Baixo consumo de frutos e vegetais; Elevado consumo de sal (NaCl); Consumo de gordura saturada e ácidos gordos trans. Source: WHR 2002
ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL É uma forma racional de comer que assegura variedade, equilíbrio e quantidade justa de alimentos escolhidos pela sua qualidade nutricional e higiénica, submetidos a benéficas manipulações culinárias. rias. Emílio Peres Saber comer para melhor viver Caminho, 1994
Alimentação Não é só determinante para o estado de saúde mas também para qualidade de vida numa perspectiva holística cultural, social e psicológica
ALIMENTAÇÃO NO CICLO DE VIDA Nascer com saúde Morrer com dignidade Crescer com segurança Importância do aleitamento materno Promoção de hábitos alimentares saudáveis ao longo da vida Prevenção de perturbações nutricionais Promoção do consumo moderado de bebidas alcoólicas Envelhecimento activo Uma juventude à descoberta de um futuro saudável Uma vida adulta produtiva A Alimentação no Plano Nacional de Saúde Janeiro de 2005
Disponibilidade energética em países Europeus entre 1969 e 2002 Disponibilidade energética (kcal/dia/per capita) 3900 3700 3500 3300 3100 2900 2700 2500 1971 1981 1992 1997 1969-1979- 1990-1995- 2000-2002 Dinamarca Filândia Alemanha Grécia Islândia Itália Holanda Noruega Portugal Espanha Suécia FAO
Gastos energéticos diários kcal/d 6000 4000 2000 0 1900 1945 1990 < 500 kcal / dia do que há 100 anos --» 180.000 kcal / ano Aerobics Center Longitudinal Study - Cooper Clinic
Estrutura da População Activa Mundial (em %) Agricultura Indústria Serviços 1950 1990 1950 1990 Regiões + desenvolvidas Regiões - desenvolvidas OIT, 2003
Quilos consumidos consumidos por pessoa +11% +26% +40% +24% +47% +17% 1970 2000 Proteinas Gorduras Açúcares Vegetais Cereais Frutas Proteínas (lacticínios, ovos, peixes, carne, aves e nozes) Gorduras e óleos (azeite, banha, margarinas e óleos alimentares) Açúcares (doces, açúcar de beterraba, cana de açúcar e mel) Vegetais (frescos e em conserva) Cereais (cevada, milho, aveia, arroz, centeio e farinha de trigo) Frutas (frescas e em calda)
Determinantes do Comportamento Alimentar F. Sócio cio-econ económicos Disponibilidade F. Externos F. Internos Comportamentos alimentares individuais Rees, 1992
Determinantes do Comportamento 1. Necessidades fisiológicas 2. Estado de saúde 3. Imagem corporal 4. Auto-conceito 5. Desenvolvimento psicossocial 6. Valores pessoais 7. Preferências alimentares Factores Internos Rees, 1992
Determinantes do Comportamento Alimentar Factores Externos 1. Características da família 2. Amigos 3. Valores sociais e culturais 4. Experiências 5. Conhecimentos alimentares 6. Meios de comunicação 7. Modas alimentares 8. Comida rápida Rees, 1992
Factores que influenciam a saúde 15 24 anos Alimentação Hábitos tabágicos Consumo B. alcoólicas Prática de Actividade Física Meio Ambiente Stress Peso Corporal Apoio da família e amigos Factores genéticos Nenhum destes Não sabe Portugal % 57.8 29.9 21.5 20.5 20.0 19.5 12.3 11.3 3.4 1.5 0.5 UE % 35.2 42.3 22.3 22.2 17.0 32.6 10.0 6.6 6.9 0.9 0.4 Pan-EU Survey on Consumer Attitudes to Physical Activity, Body Weight and Health
Factores que influenciam a saúde n = 406 % Alimentação Ir a consultas médicas Reduzir o consumo de tabaco Evitar o excesso de b. alcoólicas Evitar engordar Fazer actividade física Relaxar e descansar com regularidade Não sabe Envolver-se em actividades sociais 65.9 27.1 26.4 26.1 14.4 13.5 12.1 3.9 0.7 Elderly-Choice - Atitudes e comportamentos dos consumidores mais velhos face à alimentação
Se não se tomarem medidas drásticas para prevenir e tratar a obesidade, mais de 50% da população mundial será obesa em 2025.
Prevalência da Obesidade em Portugal % 50 45 40 35 30 25 20 15 10 5 0 45,3 38,4 11,1 2,4 2,1 0,7 <18 18-24.9 25-29.9 30-34.9 35-39.9 >40 BP N P-O O-I O-II O-III IMC IMC Carmo I et al. 2005
Problema de saúde pública Doença crónica Plano Nacional de Combate à Obesidade DR II Série nº 43, 2/3/2005
Contribuição da obesidade para a prevalência de algumas doenças Diabetes tipo 2 Hipertensão Doença coronária Litíase biliar Osteoartrite Cancro da mama Cancro do útero Cancro do cólon 61% 17% 17% 30% 24% 11% 34% 11% Wolf et al. Obes Res. 1998; 6:97-106
Custos da Obesidade 1996 46,2 milhões de contos 3,5% das despesas em saúde Associação Portuguesa da Economia da Saúde Pereira J, Mateus C, Amaral MJ. 1999
Objectivo Reduzir o peso corporal Reduções de peso 5 a 10% benefícios significativos
Genéticos Bioquímicos Neurológicos e Fisiológicos Obesidade Ambientais Culturais e Psicossociais
Tratamento da obesidade Actividade física Aconselhamento nutricional Alteração estilo de vida Modificação de comportamento Intervenção farmacológica Cirurgia Prevenção da obesidade
Se Ingestão Gasto Energético Engordamos!
Se Gasto Energético Ingestão Emagrecemos!
Activos (> 3.5 horas / semana) vs Inactivos 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 0 horas/semana 3,5 horas/semana AUST. BELG. DK. FINL. FRAN. ALEM. GREC. IREL. ITA. LUX. HOL. PORT. ESP. SUÉC. UK UE de Almeida et al,, 1999
Situação nutricional do país (Plano Nacional de Saúde Janeiro 2005) Baixo consumo de hortofrutícolas apenas 23,2% das raparigas e 18,1% dos rapazes com 15 anos consome hortícolas diariamente. Elevado consumo de sal e gordura as DCV são responsáveis por cerca de 50% das mortes ocorridas em 1999. Consumo excessivo de bebidas alcoólicas licas 9% da população corresponde a bebedores excessivos e 7% a doentes alcoólicos. Elevada prevalência de excesso de peso 31,5% das crianças entre os 7 e 9 anos, 54% dos homens e 46% das mulheres adultas apresentam excesso de peso. Baixa % de crianças as amamentadas até aos 6 meses apenas 29% das crianças amamentadas até aos 6 meses
Plano Nacional de Intervenção nos Estilos de Vida Objectivos nutricionais específicos Aumento do consumo de hortícolas (pelo menos 400g/dia) Redu Redução do consumo de sal (<5g/dia) Redução do consumo total de gorduras para valores entre 15 e 30% da ingestão energética diária (IED) Redução do consumo de gorduras saturadas (<10% IED) e dos ácidos gordos trans (<1% IED) Redução da prevalência de consumidores excessivos de álcool (16g etanol/dia nas mulheres e 24g etanol/dia nos homens)
Medidas a tomar Comunidades, locais de trabalho, escolas, centros de saúde e muitos outros locais que possam servir para veicular informação, podem ser responsáveis por modificar o comportamento da população geral, no sentido de incentivar a adopção de dietas mais saudáveis e estimular o aumento da actividade física sica.
Educação Alimentar conjunto de experiências de aprendizagem com o Objectivo de facilitar, de forma voluntária, a adopção de comportamentos alimentares saudáveis e outros relacionados com a nutrição propícios para a saúde e bem estar orçamentais. J Am Diet Assoc. 1995; 95: 367-369
Educação Alimentar Conhecimento eu sei Atitude positiva eu quero Comportamento alimentar eu faço
Comer Porquê? - Sobreviver - Bem-estar estar emocional - Formar e conservar células, c tecidos e órgãos - Desempenhar actividades físicas f e intelectuais - Criar reservas energéticas e nutricionais
A RODA DOS ALIMENTOS O prato colorido
Adaptada à realidade alimentar da época A nova Roda 25 anos depois Programa Saúde XXI do Ministério da Saúde Protocolo - Faculdade de Ciências da Nutrição da Universidade do Porto e o Instituto do Consumidor.
O que é? Representação gráfica Forma de círculo, c dividido em fatias Fatias de diferentes tamanhos GRUPOS Grupo alimentos com propriedades nutricionais semelhantes
O que é? É um material educativo que através de uma pretende transformar informação nutricional complexa em conceitos simples e fáceis de utilizar. Guia de Educação Alimentar
A nova Roda Forma de círculoc Prato Não hierarquiza Alimentos da nossa cultura Pão de qualidade, azeite, pescado, leguminosas e hortícolas
Novidades? 7 grupos Subdivisão de alguns grupos Porções diárias Água ao centro
O prato colorido
Que mensagem? Alimentação diária Grupo Propriedades nutricionais semelhantes Tamanho do grupo proporção de peso
Que mensagem? Fruta 20% Gorduras e óleos 2% 1 a 3 porções 3 a 5 porções Lacticínios 18% 2 a 3 porções Hortícolas 23% 3 a 5 porções Carnes, pescado e ovos 5% 1,5 a 4,5 porções Leguminosas 4% 1 a 2 porções Cereais e derivados, tubérculos 28% 4 a 11 porções
Água: a Bebida de Eleição Principal componente do organismo (55-60% do peso corporal) Perdas diárias (2-3L) Ingerir diariamente 1,5L de água
Actividade a dormir a comer a praticar actividade física
Recomendações Nutricionais e Alimentares Conselho Nacional de Alimentação e Nutrição (CNAN) e Comissão de Educação Alimentar
Recomendações Nutricionais e Alimentares Aumento do consumo de hidratos de carbono complexos Aumento do consumo de fibra 50 a 70% VET 27 e 40 g / dia Valores de referência Redução do consumo de lípidos totais, em especial à custa dos ác.gordos saturados e colesterol 30% VET Ác. gordos saturados < 10% Colesterol < 300 mg Redução do consumo de sacarose 20 a 30 g / dia Redução do consumo de sódio sal 6 g / dia Redução do consumo de álcool 4% VET
Consumo Abundante Produtos Hortícolas Frutos Cereais Completos Leguminosas Tubérculos
Consumo Justo Leite ou equivalentes Peixe Aves Carne Ovos
Consumo Cuidado Óleos e Gorduras Alimentos Gordos
Consumo Nulo ou Excepcional Açúcar Mel Guloseimas Sal
Como comer ao longo do dia? Primeiro-Almo Almoço Completo e equilibrado, de modo a fornecer a energia necessária para possibilitar uma boa aprendizagem e raciocínio Ex: : leite + pão ou cereais + fruta ou sumo Merenda da Manhã e da Tarde Variar os alimentos, em menor quantidade que o primeiro-almo almoço.. Adaptada à duração da manhã e da tarde. Ex: : fruta ou sumo + sandes de queijo
Como comer ao longo do dia? Almoço o e Jantar Constituído por sopa, prato (alternar carne e peixe) com salada, e fruta. Ex: : sopa de legumes + 150g carne ou peixe + 1 a 2 batatas + salada crua ou hortaliça a cozinhada + fruta Ceia Deve ser simples e de fácil f digestão. Ex: : Iogurte + bolachas
Erros Alimentares Sal em excesso Uso excessivo de gordura Abuso de bebidas alcoólicas licas Pouco leite Escassez de produtos hortícolas e frutas Saltar refeições Doces em excesso
A não esquecer Alimentação Saudável: Completa Equilibrada Variada
A RODA DOS ALIMENTOS um guia para a escolha alimentar diária! COMA BEM, VIVA MELHOR!