Uso de Revestimento Comestível e Embalagem Valorizável para Palmito de Pupunha Minimamente Processado

Documentos relacionados
ENFERMAGEM ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM FERIDAS E CURATIVOS. Aula 5. Profª. Tatiane da Silva Campos

Fisiologia pós-colheita: conceitos iniciais

ARMAZENAGEM E EMBALAGEM EM ATMOSFERA CONTROLADA OU MODIFICADA

EMBALAGEM E ACONDICIONAMENTO

Frutas e Hortaliças. Resfriamento 12/11/2016 TÉCNICAS DE RESFRIAMENTO. Resfriamento ( ꜜT o C)

Fisiologia Pós-colheita de Flores. Msc. Cristiane Calaboni Doutoranda PPG Fisiologia e Bioquímica de Plantas

PHYNUS Quitosana, fibras de laranja e psyllium

DESENVOLVIMENTO E APLICAÇÃO DE COBERTURAS COMESTÍVEIS NA CONSERVAÇÃO PÓS-COLHEITA DE TOMATES (LYCOPERSICON ESCULENTUM L.)

MULTI VITAMIN Suplemento polivitamínico

EMBALAGENS DE ALIMENTOS

ESTUDO DAS POTENCIALIDADES DA UTILIZAÇÃO DE COBERTURAS COMESTÍVEIS PARA A CONSERVAÇÃO DE MORANGOS (FRAGARIA ANANASSA)

AZ Vit. Ficha técnica. Suplemento Vitamínico Mineral. REGISTRO: Isento de Registro no M.S. conforme Resolução - RDC n 27/10.

Bioquímica: Componentes orgânicos e inorgânicos necessários à vida. Leandro Pereira Canuto

EMBALAGEM MELHOR. MUNDO MELHOR!

Avaliação Escrita 1ª Etapa

AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA DE MELÃO (Cucumis( melon var. inodorus) MINIMAMENTE PROCESSADO EM FUNÇÃO DO TEMPO DE ARMAZENAMENTO

Estratégias para reduzir o estresse do processamento mínimo

EFEITO DE COBERTURAS À BASE DE FÉCULA DE MANDIOCA, LECITINA DE SOJA E CERA DE ABELHA NA PERDA DE MASSA E COR DE TOMATES DURANTE O AMADURECIMENTO

Conservação a Baixas Temperaturas Baixas Temperaturas na conservação de Alimentos

EFEITO DO BRANQUEAMENTO E IMERSÃO EM ÁCIDO CÍTRICO NO CONGELAMENTO DE FRUTAS E HORTALIÇAS

Outros nomes. fresh-cuts. CUIDADOS: escolha da matéria-prima cuidados de higiene preparo final

CONHEÇA AS PRINCIPAIS ETAPAS QUÍMICAS NA INDÚSTRIA DE CELULOSE. Processos Químicos Industriais II

BIOLOGIA. Moléculas, células e tecidos. Estrutura e fisiologia da Membrana Plasmática - Parte 1. Professor: Alex Santos

Classificação da embalagem (material) Processamento da embalagem Efeito da embalagem na conservação do alimento (bolachas)

WORKSHOP INTERNACIONAL DE PÓS-COLHEITA e IV Reunião da Rede HORTYFRESCO. Embalagens CAUSAS? CONSEQUÊNCIAS:

Você é o que você come? A composição química dos seres vivos

Colheita e Pós-Colheita

ESTUDO COMPARATIVO DO COEFICIENTE DE DIFUSÃO, PERMEABILIDADE AO VAPOR D ÁGUA, E TEOR DE UMIDADE DE FILMES DE QUITOSANA COM ADIÇÃO DE CORANTES.

Exercícios de Água, Sais, Lipídios e Glicídios

PREFEITURA MUNICIPAL DE MARACANÃ Secretaria Municipal de Educação CNPJ/ /

EFEITO DA ADIÇÃO DE MISTURAS DE CARBOXILATOS NA PERMEABILIDADE AO VAPOR D ÁGUA E TRANSPARÊNCIA DE FILMES DE GELATINA

EFICIÊNCIA DE REVESTIMENTOS DE PARAFINA E FILMES BIODEGRADÁVEIS NA CONSERVAÇÃO PÓS-COLHEITA DE MANDIOCA DE MESA.

Tintas, Vernizes, Lacas e Esmaltes. Professora Ligia Pauline

MÉTODOS QUÍMICOS DE CONTROLE (SANITIZAÇÃO) 1

BATATA YACON: CARACTERIZAÇÃO E INATIVAÇÃO ENZIMÁTICA

UNIDADE 3 SUBUNIDADE 2 AULA 11

As embalagens para alimentos em alumínio Sustentabilidade e Usabilidade

Refrigeração e Ar Condicionado

USO DE REVESTIMENTOS COMESTÍVEIS NA CONSERVAÇÃO PÓS-COLHEITA DE PIMENTÃO VERDE ARMAZENADO EM TEMPERATURA AMBIENTE E SOB REFRIGERAÇÃO

Funções dos Ingredientes na Panificação

Instituto Vida e Saúde

ARMAZENAMENTO DE SEMENTES Silvio Moure Cicero 1. Introdução

UTILIZAÇÃO DE BAIXAS TEMPERATURAS NA CONSERVAÇÃO DE ALIMENTOS

ESTUDO DE FILMES BIODEGRADÁVEIS DE RECOBRIMENTO APLICADO EM MORANGOS

APLICAÇÃO DE RECOBRIMENTOS À BASE DE CARBOIDRATOS CONTENDO DIFERENTES FONTES LIPÍDICAS EM MANGA TOMMY ATKINS

TIPOS DE RECIPIENTES ADEQUADOS PARA ARMAZENAGEM DE RESÍDUOS QUÍMICOS:

CARACTERÍSTICAS GERAIS DA PAREDE CELULAR

EFEITO DO TRATAMENTO COM SANITIZANTE ORGÂNICO VEROMAX 80 COMBINADO COM ANTIOXIDANTES ORGÂNICOS SOBRE A QUALIDADE EM RAÍZES DE MANDIOCA DE MESA.

Proteínas. Profa. Alana Cecília

Roda de discussão Alimentação Saudável: O que isso tem a ver com Sustentabilidade?

Trabalho de Recuperação 1º SEMESTRE

Processamento Mínimo de Frutas

PROCESSAMENTO COM ALTA PRESSÃO

Biologia Molecular - I. Prof. Fernando Belan - Classe A

Vamos iniciar o estudo da unidade fundamental que constitui todos os organismos vivos: a célula.

Oque é? Conjunto estabelecido pela associação da tinta de acabamento a respectivas massas e fundos, através de ferramentas/utensílios específicos.

Métodos em Fitopatologia. Esterilização

Conteúdo 4 - Papéis e acabamentos. professor Rafael Hoffmann

FISP - FOLHA DE DADOS DE SEGURANÇA DO MATERIAL PELMD, PEBD e PEAD

WEBINAR ALGINATOS PARA PANIFICAÇÃO. 10 de abril de 2018

Modificações fisiológicas no amadurecimento de vegetais

AVALIAÇÃO DE COMPOSTOS FENÓLICOS, ANTOCIANINAS, VITAMINA C E CAPACIDADE ANTIOXIDANTE EM MIRTILO ARMAZENADO EM ATMOSFERA CONTROLADA

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa Amazônia Oriental Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Embalagens ativas Prof. Germán Ayala Valencia Acondicionamento e Embalagens para Alimentos Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, 2018

DETERMINAÇÃO DO GRAU DE UMIDADE EM SEMENTES. Francisco Guilhien Gomes Junior. Identificação da maturidade fisiológica

ARMAZENAMENTO DE FRUTOS DE AMORA PRETA (Rubus spp) REVESTIDOS COM QUITOSANA

QUÍMICA ORGÂNICA II. Funções Orgânicas

ENFERMAGEM ENFERMAGEM EM CENTRAL DE MATERIAL ESTERILIZADO. Aula 5. Profª. Tatiane da Silva Campos

IMPERMEÁVEL E ABSORVENTE. O Curativo Transparente com Compressa Absorvente consiste de:

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE MAÇÃS (Malus domestica Borkh.) CV. GALA MINIMAMENTE PROCESSADAS, TRATADAS COM DIFERENTES COBERTURAS COMESTÍVEIS

Água A água é uma substância química cujas moléculas são formadas por dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio (H2O). É abundante no planeta Terra,

Disciplina de Biologia Celular

Corrosão Metálica. Introdução. O que é corrosão? Classificação dos processos de corrosão. Principais tipos de corrosão

PREPARO: Inspeção e Manutenção Funcionalidade/Desempenho dos Materiais. Enfª. Teresinha Neide de Oliveira Dezembro- 2011

Tecido conjuntivo e tecido osseo

Experiência 1: Identificação de Amostras Sólidas por densidade 59

BIOQUÍMICA CELULAR. Ramo das ciências naturais que estuda a química da vida. Prof. Adaianne L. Teixeira

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA BAIANO. Profª Msc. Élia Karina

Medidas de mitigação de Acrilamida em géneros alimentícios

Processamento do Frango Colonial

Fronteiras da Célula.

PRIMEIRO ADENDO DE Nº /2017 AO EDITAL - 004/2017

Biomassa de Banana Verde Polpa - BBVP

COMPOSIÇÃO QUÍMICA DA CÉLULA. Prof.(a):Monyke Lucena

VIDA ÚTIL E EMBALAGEM PARA MELANCIA MINIMAMENTE PROCESSADA. Graduanda do Curso de Engenharia Agrícola, UnUCET Anápolis - UEG.

CABOIDRATOS, FIBRAS, LIPÍDEOS, PROTEÍNAS E ÁGUA

Universidade Federal de Alfenas, Faculdade de Nutrição-MG -

INSTRUÇÕES DE USO MEPILEX BORDER

HNT 205 Produção e Composição de Alimentos, 2016 Diurno/Noturno GABARITO Lista Escurecimento Enzimático e Pigmentos

Prof. Marcelo Langer. Curso de Biologia. Aula 43 Citologia

Sumário. O desafio da produção nos trópicos. Agricultura baseada em ciência. Como atingir os ODS. Perdas e desperdício de alimentos

Disciplina: Fitopatologia Agrícola CONTROLE FÍSICO DE DOENÇAS DE PLANTAS

Corrosão: Definições e implicações práticas Aspectos termodinâmicos Formas de controle

Fita Dupla Face com Adhesive 200MP

Processamento mínimo de frutas e hortaliças

Prof. João Ronaldo Tavares de Vasconcellos Neto

INSTRUÇÃO DE USO. ACTICOAT Curativo com barreira antimicrobiana DESCRIÇÃO DISPONIBILIDADE DO PRODUTO

Projeto de Aterros de Resíduos

Composição química. Profª Maristela. da célula

REABILITAÇÃO E PROTECÇÃO DE BETÃO 26 MARÇO 2105, PEDRO AZEVEDO SIKA PORTUGAL/ REFURBISHMENT & STRENGTHENING

Transcrição:

Uso de Revestimento Comestível e Embalagem Valorizável para Palmito de Pupunha Minimamente Processado Tecnologia desenvolvida pela Embrapa aumenta a vida útil e agrega valor ao produto minimamente processado Rodrigo da Silveira Campos

Primeiro Desafio Os produtos minimamente processados expõe tecidos antes intactos e protegidos Quando expostos, os tecidos vegetais sofrem alterações rápidas e drásticas, prejudicando a qualidade dos produtos processados. A manutenção da qualidade é o grande desafio para a produção de palmitos de pupunha minimamente processados

Processamento Mínimo O processamento mínimo do palmito de pupunha permite a comercialização de um produto seguro e com mínima alteração da qualidade nutricional e sensorial Colheita do Palmito Pré-lavagem Descascamento Cortes (toletes, coração e espaguete) Sanitização (80mg.Cl -1 / 15min.) Revestimento

Fisiologia Pós-colheita O processamento mínimo acelera o processo de senescência do produto, por isso é fundamental estudar a fisiologia pós-colheita do palmito de pupunha H 2 O Início dos estresses fisiológicos CO 2 C 2 H 4 Consumo de Oxigênio (O 2 ) Maior produção de Dióxido de Carbono (CO 2 ) e Etileno (C 2 H 4 ) Perda de Água (H 2 O) Formação de compostos fenólicos O 2

Fisiologia Pós-colheita Corte e o Escurecimento enzimático Fenóis fenol resorcinol Melanina hidroquinona Lignificação meta Quinonas para orto pirocatecol

Revestimentos Comestíveis Os revestimentos comestíveis cumprem a função de uma embalagem primária, com a vantagem de reduzir ou eliminar a utilização de polímeros à base de petróleo refinado São formados após a aspersão ou imersão do produto em uma solução filmogênica. A sua utilização em palmito de pupunha minimamente processado revestido aumenta a sua vida útil com manutenção da sua qualidade in natura, permitindo o uso de embalagens valorizáveis e ecologicamente corretas Possuem em sua formulação produtos capazes de formar filmes com características semelhantes aos plásticos usualmente utilizados

Revestimentos Comestíveis Os filmes são uma fina camada que recobrem o produto após a secagem da solução filmogênica, e podem ser ingeridos junto com o alimento Um bom revestimento deve minimizar a perda de qualidade, reduzindo: Perda de Umidade Taxa Respiratória Produção de Etileno Escurecimento enzimático Podridões pós-colheita Perda do frescor As pesquisas avançaram e as formulações criadas permitem que sejam utilizados em frutos in natura ou minimamente processados, com aumento da vida útil e manutenção da qualidade

Revestimentos Comestíveis Processo de Revestimento Palmito minimamente processado Imersão em solução filmogênica Retirada do excesso de solução filmogênica Secagem Acondicionamento em Embalagem Secundária Armazenamento Refrigerado

Revestimentos Comestíveis Materiais utilizados em revestimentos As formulações existentes demonstram sucesso a partir de derivados de proteínas, polissacarídeos e lipídios como coberturas semipermeáveis sobre frutas tropicais Cada material para revestimentos possui vantagens e desvantagens, uma alternativa é fazer combinações destes materiais para melhorar as propriedades dos revestimentos

Revestimentos Comestíveis Materiais utilizados em revestimentos Recobrimentos a base de Proteínas Vantagens - boas barreiras a O 2 e CO 2 Desvantagens - não são boa barreira a umidade Recobrimentos a base de Polissacarídeos Vantagens - baixa permeabilidade a gases e aderência a superfícies hidrofílicas Desvantagens - não são boa barreira a umidade Recobrimentos a Base de Lipídeos São pouco permeáveis ao vapor de água e gases Armazenamento em altas temperaturas pode causar anaerobiose

Revestimentos Comestíveis Materiais utilizados em revestimentos QUITOSANA Polímero natural derivado do processo de desacetilação da quitina, o segundo polissacarídeo mais abundante da natureza É atóxica e possui a capacidade de formação de géis. O seu uso como revestimento confere além da capacidade de barreira, propriedades antifúngicas e antibacterianas

Revestimentos Comestíveis Materiais utilizados em revestimentos GELATINA É uma proteína obtida a partir da hidrólise do colágeno. Forma filmes claros, flexíveis e pouco permeáveis ao oxigênio Filmes a base de gelatina possuem grande permeabilidade ao vapor de água por possuírem caráter hidrofílico

Revestimentos Comestíveis Materiais utilizados em revestimentos AMIDO A fonte mais utilizada é a mandioca e para a sua utilização é necessário a geleificação do amido Possui baixa permeabilidade ao oxigênio e à umidade, características essas muito exploradas para o desenvolvimento de revestimentos Atualmente a maioria das formulações possui amido em sua composição em face das suas características reológicas e de preço

Revestimentos Comestíveis Materiais utilizados em revestimentos ALGINATO DE SÓDIO O alginato é um polissacarídeo linear formado por ácido poliurônico de cadeia linear A propriedade de geleificação do alginato é útil para formar revestimentos com película resistente, boa barreira a gases e umidade Quando em contato com cátions como o cálcio, formam gel instantaneamente

Revestimentos Comestíveis Segundo Desafio O grande desafio em pesquisas com revestimentos comestíveis é a criação de formulações fáceis de preparo, eficientes e com baixo custo A reprodutibilidade a partir da formulação inicial é primordial e o revestimento deve formar filme em pouco tempo São complexos, pois devem controlar doenças póscolheita, ter boas características de barreira a gases e umidade, atoxicidade, sem prejuízo das características sensoriais e nutricionais dos produtos

Desenvolvimento de Embalagens Cenário Hoje, no Brasil, há poucas opções de embalagens para palmito de pupunha Palmitos em conserva são em sua maioria comercializados em embalagens de vidro ou de metal As opções para palmitos in natura ou minimamente processados são as mesmas utilizadas para embalar vegetais (ou não), em sua grande maioria, embalagens plásticas Em vista do cenário atual, qual embalagem escolher? O que fazer?

Desenvolvimento de Embalagens Terceiro Desafio Cada tipo de produto exige uma embalagem apropriada, no entanto, as embalagens disponíveis no mercado raramente conseguem se adequar aos produtos in natura e minimamente processados Palmitos de pupunha minimamente processados precisam que as tecnologias pós-colheita convirjam em busca da manutenção da qualidade do produto in natura As embalagens não podem ser apenas teoricamente eficientes, devem ser comercialmente praticáveis e ecologicamente corretas

Desenvolvimento de Embalagens Para vencer os obstáculos com embalagens, frutas e palmitos de pupunha foram escaneados para a criação de protótipos em formato real O acesso a modelos reais permitiu a criação de protótipos tridimensionais de frutas e palmito de pupunha, auxiliando no desenvolvimento de embalagens que garantissem o que é preconizado pelas pesquisas em pós-colheita

Desenvolvimento de Embalagens O modelo desenvolvido atua como embalagem secundária, ou seja, uma embalagem para proteger o palmito revestido O revestimento fornece as características de barreira, assimilando as tradicionais embalagens plásticas. As caixas protegem os palmitos de impactos e permite uma valorização do produto.

Desenvolvimento de Embalagens O Resultado O processamento mínimo, uso de revestimento e acondicionamento em uma embalagem apropriada para o palmito de pupunha permitiu o aumento da vida útil em mais de quatro vezes (dos tradicionais 6 dias, para 22 dias de vida útil sob armazenamento refrigerado) Palmitos de pupunha saudáveis e saborosos, revestidos e acondicionados em uma embalagem diferenciada de baixo custo com agregação de valor Desafios Vencidos

Obrigado rodrigo.silveira@embrapa.br