Conservação pós-colheita de antúrio

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Transcrição:

Seminário de Iniciação Científica e Tecnológica, 7., 2010, Belo Horizonte Conservação pós-colheita de antúrio Ângela Maria Pereira do Nascimento (1), Simone Novaes Reis (2), Elka Fabiana Aparecida Almeida (2), Jussara Ellen Morais Frazão (3), Patrícia Duarte de Oliveira Paiva (4), Izabel Cristina dos Santos (5) (1) Bolsista PIBIC FAPEMIG/EPAMIG, angela_mpn2@yahoo.com.br; (2) Pesquisadoras/Bolsistas BIP FAPEMIG/EPAMIG - São João del-rei, simonereis@epamig.br; (3) Bolsista Pós-Doc Junior FAPEMIG/EPAMIG - São João del-rei; (4) Professora UFLA - Lavras; (5) Pesquisadora EPAMIG - São João del-rei Introdução A qualidade dos produtos da floricultura é influenciada por todas as operações que envolvem sua produção e colheita. O manejo pós-colheita de flores tem influência direta na comercialização. Logo após a colheita, diversos processos fisiológicos acontecem, iniciando a deterioração, que pode ser acentuada por fatores externos (SONEGO; BRACKMANN, 1995). As soluções preservativas, que contêm carboidratos, germicidas, inibidores de etileno, podem ser utilizadas para aumentar a vida de vaso das flores de corte (NOWAK; RUDNICKI, 1990). O antúrio é uma das flores de corte de origem tropical, com grande expressão no mercado mundial, por suas características ornamentais exóticas e coloração exuberante. Este trabalho teve por objetivo estudar o efeito da combinação entre pulsing de sacarose e soluções conservantes sobre a durabilidade pós-colheita de hastes florais de antúrio. Material e Métodos As hastes florais de antúrio, variedade Rubi, foram colhidas pela manhã, em um plantio comercial da cidade de Barbacena, MG, e, imediatamente, colocadas em água. Em seguida, foram então transportadas a seco, em embalagem de papelão, durante 60 minutos. Após a chegada, as hastes florais

EPAMIG. Resumos expandidos 2 foram selecionadas e padronizadas com no mínimo 50 cm e no máximo 60 cm de comprimento. A solução de pulsing foi preparada, colocando 20 g de sacarose por litro de água. As inflorescências foram pesadas e divididas em dois grupos: um foi colocado na solução de pulsing e outro em água potável por 24 horas. Após esse período, as hastes florais foram transferidas para as soluções de manutenção. O preparo da solução de dicloro isocianurato de sódio foi feito de acordo com a recomendação do fabricante, colocando-se uma pastilha do produto comercial em 3 L de água (100 ppm). A solução de hipoclorito de sódio foi preparada a 50 ppm, utilizando-se 2,2 ml de produto comercial para cada litro de água. Os tratamentos foram os seguintes: 1 - pulsing com sacarose 2%, solução de manutenção com DIS (100 ppm); 2 - sem pulsing, solução de manutenção com DIS (100 ppm); 3 - pulsing com sacarose 2%, solução de manutenção com hipoclorito de sódio 50 ppm; 4 - sem pulsing, solução de manutenção com hipoclorito de sódio 50 ppm; 5 - com pulsing de sacarose 2%, solução de manutenção com água potável; 6 - sem pulsing, solução de manutenção com água potável. As hastes florais foram separadas por tratamento e acondicionadas em recipientes plásticos, contendo 1 L de solução de conservação, à temperatura ambiente (máxima e mínima de 29,2ºC e 18,2ºC). As avaliações foram diárias, realizadas por dois avaliadores, que analisaram: peso fresco das inflorescências e qualidade, de acordo com a seguinte escala de notas: 3 aspecto geral excelente, perfeito para comercialização, haste floral túrgida, vistosa, com brilho e sem manchas; 2 - aspecto geral bom, haste floral com alguma característica alterada (escurecimento da espata, perda de brilho), mas ainda com qualidade comercial; 1 - aspecto geral ruim, haste floral murcha ou manchada, mudança da cor avermelhada para arroxeada, escurecimento do ápice da espádice, não adequada para comercialização. Para que as hastes florais fossem consideradas em padrão comercial, deveriam permanecer com a nota 3 ou 2, sendo a nota 1 considerada descarte. O somatório dos dias de permanência nas notas 3 e 2 representa o período em que as hastes florais permaneceram no padrão comercial.

Seminário de Iniciação Científica e Tecnológica, 7., 2010, Belo Horizonte 3 O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado, com seis tratamentos e quatro repetições (três hastes florais). As análises estatísticas foram realizadas com o auxílio do programa Sistema de Análise de Variância para Dados Balanceados (Sisvar) (FERREIRA, 2000). Resultados e Discussão Ao avaliar o número de dias em que as hastes florais permaneceram com a melhor qualidade (nota 3), não foi possível detectar diferenças entre os tratamentos (Tabela 1). Com relação ao número de dias no padrão comercial, somente o tratamento 5 destacou-se dos demais (Tabela 1). Esses resultados demonstram a importância da realização do pulsing para a cultura do antúrio, pois as hastes florais tratadas e condicionadas em água potável permaneceram três dias a mais no padrão comercial, do que aquelas em que o pulsing não foi realizado e a solução de conservação foi a mesma. Os resultados estão de acordo com Dias-Tagliacozzo (2004), que afirma que o uso de sacarose associado ao ácido cítrico é recomendado como pulsing, e que não há necessidade de uso de solução de conservação para as variedades brasileiras de antúrio. Com relação à perda progressiva de peso fresco das hastes, houve diferença significativa entre os tratamentos. O tratamento 5 destacou-se dos demais, com menor porcentagem de perda de peso fresco, seguido pelo tratamento 3. Nos tratamentos 1 e 2, em que houve uso de dicloro isocianurato de sódio (DIS), foi observada maior porcentagem de perda de peso que os demais (Tabela 1). Carneiro et al. (2002) observaram que, em flores de zínia, o pulsing com diferentes concentrações de sacarose, por 18 ou 24 horas, acelerou a senescência. Antes (2007) afirma que a sacarose só é eficiente na solução de conservação, quando utilizada em conjunto com solução bactericida, o que não foi observado no caso do antúrio. Almeida (2005) observou que o uso de pulsing de sacarose foi eficiente, prolongando a durabilidade de copo-de-leite. As inflorescências do tratamento 5, condicionadas em sacarose e conservadas em água potável, mantiveram peso constante até o 12 o dia após a colheita. A partir do 13 o dia, houve pequena perda de peso, mas com valores

EPAMIG. Resumos expandidos 4 próximos e mantendo essa situação até o 20 o dia. Esse período coincide com o número de dias em que as hastes permaneceram no padrão comercial, o que permite associar a manutenção do peso fresco com a longevidade das flores. Aos 15 dias após a colheita, observou-se que algumas hastes florais, tratadas com DIS, apresentaram escurecimento da espata e, três dias depois, todas as inflorescências encontravam-se dessa forma (inaptas para a comercialização). O uso do DIS pode ter provocado alteração do ph dos tecidos do antúrio ou o aumento da respiração, que levou à senescência da planta e à mudança da cor da espata (POLACK, 2006). Conclusões O condicionamento das inflorescências de antúrio, variedade Rubi, em solução de sacarose (20%), por 24 horas, tem efeito na durabilidade, mesmo sem uso de biocidas na solução de conservação. O uso de dicloro isocianurato de sódio foi prejudicial ao antúrio, com ou sem o pulsing de sacarose. Referências ALMEIDA, E.F.A. Conservação pós-colheita de copo-de-leite. 2005. 100p. Dissertação (Mestrado em Fitotecnia) Universidade Federal de Lavras, Lavras. ANTES, R.B. Oclusão vascular na pós-colheita de rosas e gérberas de corte. 2007. 91p. Dissertação (Mestrado em Fitotecnia) Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre. CARNEIRO, T.F. et al. Influência da sacarose e do corte da base da haste na longevidade de inflorescências de Zinnia elegans. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v.37, n.8, p.1065-1070, ago. 2002. DIAS-TAGLIACOZZO, G.M. Pós-colheita de antúrio. Revista Brasileira de Horticultura Ornamental, Campinas, v.10, n.1/2, p.45-47, 2004.

Seminário de Iniciação Científica e Tecnológica, 7., 2010, Belo Horizonte 5 FERREIRA, D.F. Análises estatísticas por meio do Sisvar para windows versão 4.0. In: REUNIÃO ANUAL DA REGIÃO BRASILEIRA DA SOCIEDADE INTERNACIONAL DE BIOMETRIA, 45., 2000, São Carlos. [Anais]... São Carlos: UFSCar, 2000. p.255-258. NOWAK, J.; RUDNICKI, R.M. Postharvest handling and storage of cut flowers, florist greens, and potted plants. Portland: Timber, 1990. 210p. POLACK, S.W. Produção em diferentes adubações e substratos e póscolheita de antúrios de corte. 2006. 84p. Dissertação (Mestrado em Fitotecnia) Universidade Federal do Paraná, Curitiba. SONEGO, G.; BRACKMANN, A. Conservação pós-colheita de flores. Ciência Rural, Santa Maria, v.25, n.3, p.473-479, set./dez. 1995. Tabela 1 - Número médio de dias em que as inflorescências de antúrio permaneceram na melhor qualidade e no padrão comercial, e porcentagem de perda de massa fresca em função dos tratamentos aplicados Tratamento Número de dias com melhor qualidade Número de dias no padrão comercial Porcentagem de perda de massa fresca 1 14,50 a 16,25 b 51,09 c 2 13,50 a 15,50 b 56,06 c 3 15,25 a 16,50 b 37,61 b 4 15,00 a 17,25 b 47,47 c 5 14,75 a 20,75 a 29,78 a 6 14,75 a 17,75 b 42,64 b NOTA: Médias seguidas pela mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste Scott- Knott ao nível de 5% de significância.