Doenças Reumáticas dos Tecidos Moles

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Doenças Reumáticas dos Tecidos Moles Doenças Reumáticas dos Tecidos Moles DEFINIÇÃO Grupo de afecções reumáticas em que o distúrbio musculoesquelético se restringe aos tecidos moles ou periarticulares, como: tendões, ligamentos, bursas, cápsulas, dentre outros tecidos. Podem ser manifestações isoladas ou fazer parte de outras doenças Skare, 2007. Doenças Reumáticas dos Tecidos Moles CLASSIFICAÇÃO Localizadas Bursites, tendinites, tenossinovites, entesopatias. Regionais Quadros miofasciais, neuropatias por compressão, SD. do desfiladeiro torácico. Difusas FIBROMIALGIA 1

Doenças Reumáticas dos Tecidos Moles EPIDEMIOLOGIA 40% das doenças reumáticas; Principais causas de morbidade e ausência no trabalho Estimativa: 7 entre 100 pessoas apresentam sinais e sintomas de reumatismo de partes moles" a cada ano; Faixa etária: adultos Doenças Reumáticas dos Tecidos Moles ETIOLOGIA Microtrauma cumulativo Sobrecarga estática Postura inadequada Excesso de jornada de trabalho Doenças Reumáticas dos Tecidos Moles CARACTERÍSTICAS COMUNS Dor noturna é pior que a diurna; Dor que surge com o movimento pode melhorar com a atividade MAS tende a piorar à medida que esta se prolonga; Tensões, fraquezas e desequilíbrios musculares; Achados laboratoriais e radiológicos negativos. 2

Doenças Reumáticas dos Tecidos Moles MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS GERAIS DOR* Formigamento FRAQUEZA MUSCULAR Espasmo muscular INQUIETAÇÃO E ANSIEDADE AFECÇÕES CONHECIDAS Tendinites Bursites Tenossinovites Capsulites Entesites Fasciítes SD. Compressivas FIBROMIALGIA Doenças Reumáticas dos Tecidos Moles FIBROMIALGIA (FM) 3

FIBROMIALGIA: DEFINIÇÃO Síndrome reumática crônica, não inflamatória, caracterizada pela presença de dor musculoesquelética difusa e dos chamados tender points (pontos dolorosos). Sato, 2004; Skare, 2007. EPIDEMIOLOGIA Distribuição universal Prevalência: 2-5% na população adulta; 15% das consultas em ambulatórios de reumatologia; Faixa etária: Acomete todas as idades (35 a 50 anos); Acomete mais as mulheres 10-15M:1H. SBR, 2004; Consenso Brasileiro de Fibromialgia, 2010. ETIOPATOGÊNESE: modelo atual Pertubação no Eixo Hipotálamo- Hipófise-Adrenal + Sistema Nervoso Simpático (alteração da resposta ao estresse) FATOR ESTRESSENTE AGUDO + Predisposição genética? / Estresse não-específico (infecção viral, estresse mental ou trauma físico) Disfunções neuro-hormonais - triptofano: precussor da serotonina - serotonina / encefalina - substância P / bradicinina Estado de saúde complexo e heterogêneo no qual há um DISTÚRBIO NO PROCESSAMENTO DA DOR associado a outras características secundárias? Helfenstein e Feldman, 2002; Sato 2004; Skare, 2007; Crofford e Demitrack, 1996 4

PATOGÊNESE Alterações no nível de receptores neuro-hormonais OCASIONANDO UMA DESREGULAÇÃO, E NÃO LESÃO!! DOR SONO Alterações nos neuro-hormônios moduladores da DOR Fisiologia do SONO Alteração no ritmo biológico (cortisol, serotonina) Anormalidades do sono Depressão Amplificação da dor MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS CLÁSSICAS DOR DIFUSA* Fadiga (75 a 80% dos indivíduos = sono) Distúrbio do Sono sono não-reparador Distúrbio do Humor irritabilidade, ansiedade e depressão (30% dos indivíduos) Sato, 2004. Skare, 2007; David e Lloyd, 2001. 5

OUTRAS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Dificuldade de memória e concentração Rigidez muscular matinal* Parestesias Sensação subjetiva de inchaço das extremidades Fenômeno de Raynaud Palpitação Boca seca e tontura Helfenstein e Feldman, 2002; Sato 2004 DESORDENS ASSOCIADAS Síndrome do cólon irritável Síndrome da bexiga irritável Síndrome das pernas inquietas Dismenorréia Cefaléia tensional crônica Helfenstein e Feldman, 2002; Sato 2004 DÉFICITS IMPORTANTES: CAPACIDADE AERÓBIA (Condicionamento físico)* Função muscular (força, resistência e ADM) Desempenho funcional (caminhar, subir escadas) DOR CRÔNICA DIFUSA ACSM 2014 6

FATORES QUE AFETAM OS SINTOMAS AGRAVANTES ATENUANTES Inatividade* Atividade física excessiva Ansiedade ou estresse* Clima frio ou úmido Sono não repousante* Fadiga física ou mental Atividade física moderada* Sono repousante Clima quente ou seco Banhos quentes* SBR, 2004; Consenso Brasileiro de Fibromialgia, 2010. Dor generalizada: (3 meses) Lado esquerdo e direito Acima e abaixo da linha da cintura Dor no esqueleto axial Critérios para classificação da Fibromialgia Dor em 11 dos 18 pontos dolorosos (tender points) na palpação digital Força aproximada de até 4kg/cm 2 Ambos os critérios devem ser preenchidos para o diagnóstico! American College of Rheumatology, 1990 Atualização da Fisioterapia na Fibromialgia Tender points OCCIPITAL (2) SUPRAESPINHAL (2) TRAPÉZIO (2) CERVICAL BAIXA (2) 2ª COSTELA (2) EPICONDILO LAT.(2) GLÚTEOS (2) GRANDE TROCANTER (2) JOELHOS (2) 7

Atualização dos critérios diagnósticos Definir o local de dor Atualização dos critérios diagnósticos Gravidade dos sintomas (fadiga, acordar sem estar relaxado e sintomas cognitivos) Se os sintomas tiveram o mesmo nível (3 meses) Confirmar se a dor não pode ser atribuída a outra doença Wolfe et al, 2010 DIAGNÓSTICO ACHADOS CLÍNICOS* EXAMES COMPLEMENTARES? - Laboratoriais (hemograma, VHS, enzimas musculares, fator reumatóide, anticorpos,etc.) Ausência de achados laboratoriais que apontem para doença inflamatória ou degenerativa! 8

Miofascial x Fibromialgia Regional Pontos gatilhos Autolimitada Fadiga ausente Mobilidade restrita Prognóstico bom Terapêutica local Generalizada Pontos dolorosos Crônica Fadiga proeminente Mobilidade normal Prognóstico reservado Terapêutica ampla PROGNÓSTICO Resultados ainda limitados? Remissão completa 3-5% dos pacientes Menos de 50% apresentam alguma melhora Diminuição na qualidade de vida e na produtividade TRATAMENTO? Até o momento, não existem tratamentos que sejam considerados muito eficazes! A dor crônica é um estado de saúde persistente que modifica a vida. O objetivo do seu tratamento é o CONTROLE e não sua ELIMINAÇÃO Consenso Brasileiro de Fibromialgia, 2010. 9

PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIO American College Sports Medicine - 2014 CONSIDERAÇÕES ESPECIAIS NA PRESCRIÇÃO DO EXERCÍCIO PARA FIBROMIALGIA - Monitorar o nível e a localização da dor do indivíduo; - Determinar tempo de recuperação adequados; - Alternar porções corporais diferentes ou sistemas diferentes (ex: musculoesquelético vs cardiorrespiratório); - Prescrever exercício, especialmente no começo, em um nível de esforço físico sem dor)*; - Iniciar a progressão do exercício num nível baixo, visando gerar adaptações fisiológicas sem o aumento de sintomas; - Utilizar sala com temperatura e umidade controladas para evitar exacerbação dos sintomas. American College Sports Medicine - 2014 RECOMENDAÇÕES FITT PARA INDIVÍDUOS COM FIBROMIALGIA - EXERCÍCIO AERÓBIO FREQUENCIA: INÍCIO = 2-3 dias/semana 3-4 dias/semana INTENSIDADE: 30% do VO 2 R < 60% VO 2 R) TEMPO: Iniciar com incrementos de 10 minutos até um total de, no mínimo, 30 min/dia e progredir para 60 min/dia. TIPO: atividades de baixo impacto (caminhada, ciclismo ou exercício na água) para minimizar a dor. 10

EXERCÍCIO AERÓBIO (bicicleta, esteira, natação, caminhada, etc.) Carga no LA - (60 a 75% da Fcmáx); Mínimo 2x/semana); 30 minutos cada sessão capacidade aeróbia e diminuição da fadiga Melhora no padrão do sono Melhora da auto-estima Chiarello, driusso e Radl, 2005; Consenso Brasileiro de Fibromialgia, 2010; ACSM 2014 11

LIMIAR ANAERÓBIO Objetivo: Avaliar e comparar o efeito do exercício aeróbio realiado em piscina e no mar em mulheres com fibromialgia Design 46 participantes 23 cada grupo exercício aeróbio 3x/semana 12 semanas - 60 minutos cada sessão. Variáveis analisadas: VAS, número de Tender Points, FIQ, SF-36 e BDI 12

CONCLUSÃO: o programa de exercício aeróbio na água (piscina ou mar) foi efetivo no tratamento da fibromialgia, sendo o exercício no mar mais efetivo para os aspectos motivacionais. American College Sports Medicine 2014 RECOMENDAÇÕES FITT PARA INDIVÍDUOS COM FIBROMIALGIA - EXERCÍCIO RESISTIDO FREQUÊNCIA: 2 a 3 dias/semana INTENSIDADE: 50 a 80% de 1RM (monitorar a dor e valorizar uma intensidade inicial menor). TEMPO: FORÇA: 1 a 3 séries; 3 a 5 repetições/grupo muscular;. RESISTÊNCIA: 1 a 3 séries; 10 a 20 repetições/grupo muscular; ou alguma combinação com alternância de segmentos (grupos musculares) TIPO: faixas elásticas, carga nos braços/tornozelos, aparelhos/pesos. OBS: NÍVEL DE EVIDÊNCIA MENOR CONCLUSÃO: Treinamento resistido de moderada a alta intensidade melhora a função, dor e força em mulheres com fibromialgia. PORÉM, Treinamento aeróbio (8 semanas) se mostra melhor que o exercício resistido na melhora da dor. 13

Objetivo: Efeito de um programa de treinamento funcional no TTO da fibromialgia Design 36 pacientes (20 GE e 16 GC) treinamento funcional (circuito com 1 a 3 séries de 8 a 12 repetições - 40 minutos) 3x/semana (2 sessões na água e 1 no solo) Variáveis analisadas: VAS, força muscular, FIQ e equilíbrio CONCLUSÃO: O programa de treino funcional foi eficaz em reduzir a dor e melhorar a capacidade funcional em pacientes com fibromialgia sendo uma boa estratégia para manter o estilo de vida independente nesses pacientes. 14

Scand J Med Sci Sports 2006: 16 (Suppl. 1): 5 65 American College Sports Medicine 2014 RECOMENDAÇÕES FITT PARA INDIVÍDUOS COM FIBROMIALGIA - EXERCÍCIO FLEXIBILIDADE FREQUENCIA: 1 a 3 vezes/semana até 5 vezes/semana INTENSIDADE: Alongamento ativos e suaves até sensação de desconforto leve todos os grupos musculares*. TEMPO: 10 a 30 segundos TIPO: faixas elásticas e alongamento sem carga. OBS: EVIDÊNCIA LIMITADA American College Sports Medicine 2014 RECOMENDAÇÕES FITT PARA INDIVÍDUOS COM FIBROMIALGIA ATIVIDADE FUNCIONAL Atividades cotidianas que podem ser realizadas sem o uso de equipamento especializado TIPO: Caminhada, subir escadas, levantar da cadeira, dançar. OBJETIVO: Possibilitar a manutenção de atividade física de intensidade leve a moderada mesmo quando os pacientes são sintomáticos. PROGRESSÃO: Guiado pelos sintomas em cada sessão. OBS: Considerar exercícios em grupo: apoio social e adesão ao exercício. 15

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