Reclamação BA - Eletrônico Celso de Mello

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Nº 4708 /2014 PGR - RJMB - Eletrônico Relator: Ministro Celso de Mello Reclamante: Monte Tabor Centro Ítalo-Brasileiro de Promoção Sanitária Reclamado: Chefe de Orientação e Análise Tributária da Delegacia da Receita Federal do Brasil - Salvador RECLAMAÇÃO. ISENÇÃO DA CONTRIBUIÇÃO PARA A PREVIDÊNCIA. ART. 195, 7º, DA CF/88. CANCELAMENTO DO BENEFÍCIO. ALEGADA OFENSA À DECISÃO MONO- CRÁTICA, REFERENDADA PELO PLENÁRIO, NA ADI 2.028/DF IMPROCEDÊNCIA. 1. No julgamento da medida cautelar na ADI 2.028/DF, o STF, ao afastar os efeitos de dispositivos da Lei 9.732/98, cingiu-se a apreciar a temática referente ao alcance da isenção estabelecida pelo art. 195, 7º, da Constituição Federal, se voltada apenas a entidades filantrópicas ou destinada também a outras entidades da assistência social sem fins lucrativos, não examinando a questão atinente à autoridade competente para cancelamento do benefício. Contrariedade a julgado desse Tribunal Supremo não demonstrada. 2. Parecer pela improcedência da reclamação. Trata-se de reclamação proposta pela associação Monte Tabor Centro Ítalo Brasileiro de Promoção Sanitária, com pedido de liminar, contra suposta violação por parte do Chefe de Orientação e Análise Tributária da Delegacia da Receita Federal do Brasil à

decisão dessa Corte Suprema na Ação Direta de Inconstitucionalidade 2.028/DF. Narra a reclamante ter sofrido o cancelamento da isenção da contribuição para a seguridade social prevista na redação original do art. 55 da Lei 8.212/91, fundando-se a decisão reclamada no art. 206, 8º, do Decreto 3.048/99. Afirma, contudo, não ter a autoridade reclamada atribuição para cancelamento do benefício em exame, tendo em vista a decisão monocrática prolatada nos autos da Ação Direta de Inconstitucionalidade 2.028/DF, confirmada pelo Plenário, pela qual essa Corte Suprema suspendeu os efeitos do art. 1º, na parte em que alterou a redação do art. 55, III, da Lei 8.212/91 e acrescentou-lhe os 3º, 4º e 5º, assim como dos arts. 4º, 5º e 7º, todos da Lei 9.732/1998. Por sua vez, o art. 55, 4º, da Lei 8.212/91, com redação dada pela Lei 9.732/1998, dispositivo cujos efeitos foram suspensos pela ADI 2.028/DF, estabelecia que o Instituto Nacional do Seguro Social INSS cancelará a isenção se verificado o descumprimento do disposto neste artigo. Sustenta a reclamante que, tendo essa Corte Suprema suspendido os efeitos do art. 55, 4º, da Lei 8.212/91, não detinha a autoridade reclamada atribuição para cancelar o benefício em comento. Ademais, segundo a reclamante, a decisão reclamada se fundou indevidamente no teor do art. 206, 8º, do Decreto 3.048/99, o qual, ao dispor que o Instituto Nacional do Seguro Social cancelará a isenção da pessoa jurídica de direito privado beneficente 2

que atender aos requisitos previstos neste artigo, a partir da data em que deixar de atendê-los, basicamente regulamentou e reiterou os termos do dispositivo legal cujos efeitos foram suspensos nos autos da ADI 2.028/DF. Dessa maneira, por supostamente não deter a autoridade reclamada atribuição para prolatar a decisão ora atacada, a reclamante requereu, liminarmente, a suspensão e, definitivamente, o cancelamento do Ato Cancelatório nº 0002/2009. Vieram os autos à Procuradoria-Geral da República para parecer. Liminar indeferida. A controvérsia cinge-se a verificar se a Delegacia da Receita Federal do Brasil em Salvador, ao cancelar a isenção da contribuição social à época disciplinada no art. 55 da Lei 8.212/91, concedida anteriormente à ora reclamante, contrariou a decisão monocrática dessa Corte Suprema, referendada pelo Plenário, nos autos da Ação Direta de Inconstitucionalidade 2.028/DF. O Plenário dessa Corte Suprema, ao referendar a concessão da medida cautelar na Ação Direta de Inconstitucionalidade 2.028/DF para suspender a eficácia do art. 1º, na parte em que alterou a redação do art. 55, III, da Lei 8.212/91 e acrescentou-lhe os 3º, 4º e 5º, assim como dos arts. 4º, 5º e 7º, todos da Lei 9.732/1998, proferiu acórdão assim ementado: EMENTA: Ação direta de inconstitucionalidade. Art. 1º, na parte em que alterou a redação do artigo 55, III, da Lei 3

8.212/91 e acrescentou-lhe os 3º, 4º e 5º, e dos artigos 4º, 5º e 7º, todos da Lei 9.732, de 11 de dezembro de 1998. - Preliminar de mérito que se ultrapassa porque o conceito mais lato de assistência social - e que é admitido pela Constituição - é o que parece deva ser adotado para a caracterização da assistência prestada por entidades beneficentes, tendo em vista o cunho nitidamente social da Carta Magna. - De há muito se firmou a jurisprudência desta Corte no sentido de que só é exigível lei complementar quando a Constituição expressamente a ela faz alusão com referência a determinada matéria, o que implica dizer que quando a Carta Magna alude genericamente a "lei" para estabelecer princípio de reserva legal, essa expressão compreende tanto a legislação ordinária, nas suas diferentes modalidades, quanto a legislação complementar. - No caso, o artigo 195, 7º, da Carta Magna, com relação a matéria específica (as exigências a que devem atender as entidades beneficentes de assistência social para gozarem da imunidade aí prevista), determina apenas que essas exigências sejam estabelecidas em lei. Portanto, em face da referida jurisprudência desta Corte, em lei ordinária. - É certo, porém, que há forte corrente doutrinária que entende que, sendo a imunidade uma limitação constitucional ao poder de tributar, embora o 7º do artigo 195 só se refira a "lei" sem qualificá-la como complementar - e o mesmo ocorre quanto ao artigo 150, VI, "c", da Carta Magna -, essa expressão, ao invés de ser entendida como exceção ao princípio geral que se encontra no artigo 146, II ("Cabe à lei complementar:... II - regular as limitações constitucionais ao poder de tributar"), deve ser interpretada em conjugação com esse princípio para se exigir lei complementar para o estabelecimento dos requisitos a ser observados pelas entidades em causa. - A essa fundamentação jurídica, em si mesma, não se pode negar relevância, embora, no caso, se acolhida, e, em conseqüência, suspensa provisoriamente a eficácia dos dispositivos impugnados, voltará a vigorar a redação originária do artigo 55 da Lei 8.212/91, que, também por ser lei ordinária, não poderia regular essa limitação constitucional ao poder de tributar, e que, apesar disso, não foi atacada, subsidiariamente, como inconstitucional nesta ação direta, o que levaria ao não-conhecimento desta para se possibilitar que outra pudesse ser proposta sem essa deficiência. - Em se tratando, porém, de pedido de liminar, e sendo igualmente rele- 4

vante a tese contrária - a de que, no que diz respeito a requisitos a ser observados por entidades para que possam gozar da imunidade, os dispositivos específicos, ao exigirem apenas lei, constituem exceção ao princípio geral -, não me parece que a primeira, no tocante à relevância, se sobreponha à segunda de tal modo que permita a concessão da liminar que não poderia dar-se por não ter sido atacado também o artigo 55 da Lei 8.212/91 que voltaria a vigorar integralmente em sua redação originária, deficiência essa da inicial que levaria, de pronto, ao não-conhecimento da presente ação direta. Entendo que, em casos como o presente, em que há, pelo menos num primeiro exame, equivalência de relevâncias, e em que não se alega contra os dispositivos impugnados apenas inconstitucionalidade formal, mas também inconstitucionalidade material, se deva, nessa fase da tramitação da ação, trancá-la com o seu não-conhecimento, questão cujo exame será remetido para o momento do julgamento final do feito. - Embora relevante a tese de que, não obstante o 7º do artigo 195 só se refira a "lei", sendo a imunidade uma limitação constitucional ao poder de tributar, é de se exigir lei complementar para o estabelecimento dos requisitos a ser observados pelas entidades em causa, no caso, porém, dada a relevância das duas teses opostas, e sendo certo que, se concedida a liminar, revigorar-se-ia legislação ordinária anterior que não foi atacada, não deve ser concedida a liminar pleiteada. - É relevante o fundamento da inconstitucionalidade material sustentada nos autos (o de que os dispositivos ora impugnados - o que não poderia ser feito sequer por lei complementar - estabeleceram requisitos que desvirtuam o próprio conceito constitucional de entidade beneficente de assistência social, bem como limitaram a própria extensão da imunidade). Existência, também, do "periculum in mora". Referendou-se o despacho que concedeu a liminar para suspender a eficácia dos dispositivos impugnados nesta ação direta. (ADI 2028 MC, Rel. Min. MOREIRA ALVES, Tribunal Pleno, DJ 16-06-2000) Da intelecção da decisão tida por violada, o STF acatou liminarmente o argumento de inconstitucionalidade material de dispositivos da Lei 9.732/1998, por restringirem a concessão da 5

isenção da contribuição para a seguridade social prevista no art. 195, 7º, da Constituição Federal apenas às entidades filantrópicas, excluindo outras entidades de assistência social sem fins lucrativos. No entendimento dessa Corte Suprema, o benefício constitucional em apreço é destinado às distintas entidades beneficentes de assistência social, independentemente de serem parcial ou exclusivamente filantrópicas, objetivando estimular a prestação de serviços gratuitos a pessoas carentes. Estabeleciam os dispositivos da Lei 8.212/91, com redação dada pela Lei 9.732/98, cujos efeitos foram suspensos no âmbito da ADI 2.028/DF: Art. 55. Fica isenta das contribuições de que tratam os arts. 22 e 23 desta Lei a entidade beneficente de assistência social que atenda aos seguintes requisitos cumulativamente: III promova, gratuitamente e em caráter exclusivo, a assistência social beneficente a pessoas carentes, em especial a crianças, adolescentes, idosos e portadores de deficiência. 3º Para os fins deste artigo, entende-se por assistência social beneficente a prestação gratuita de benefícios e serviços a quem dela necessitar. 4º O Instituto Nacional do Seguro Social INSS cancelará a isenção se verificado o descumprimento do disposto neste artigo. 5º Considera-se também de assistência social beneficente, para os fins deste artigo, a oferta e a efetiva prestação de serviços de pelo menos sessenta por cento ao Sistema Único de Saúde, nos termos do regulamento. (grifou-se) A reclamante afirma ter o ato ora impugnado, ao cancelar o seu benefício de isenção da contribuição para a seguridade social disciplinado no art. 195, 7º, da CF/88, contrariado o julgado do 6

STF na ADI 2.028/DF, por ter sido emanado de autoridade sem atribuição para tanto, tendo em vista a suspensão dos efeitos do acima ressaltado art. 55, 4º, da Lei 8.212/91, com redação dada pela Lei 9.732/98. Preliminarmente, impende destacar que o Supremo Tribunal Federal, apesar de ter suspendido na ADI 2.028/DF os efeitos do aludido art. 55, 4º, da Lei 8.212/91, não enfrentou a questão afeta a qual autoridade compete cancelar a isenção estabelecida no art. 195, 7º, da Constituição Federal. A ênfase do julgado tido por violado direcionou-se especificamente à questão atinente ao alcance do referido benefício constitucional, se voltado apenas às entidades filantrópicas ou destinado também a outras entidades de assistência social sem fins lucrativos. Assim, não tendo sido enfrentada a questão referente à atribuição para cancelamento do benefício do art. 195, 7º, da CF/88, não há que se falar em ofensa por parte da decisão atacada ao julgado do STF na ADI 2.028/DF. Ademais, mesmo que se acatasse o afirmado pela reclamante e se considerasse não deter o Instituto Nacional do Seguro Social atribuição para cancelamento da isenção em tela, tendo-se em consideração a referenciada decisão apontada como paradigma a qual afastou os efeitos do art. 55, 4º, da Lei 8.212/91, impende ressaltar não ser o INSS a autoridade ora reclamada, e sim a Delegacia da Receita Federal em Salvador. 7

Não tendo sido o Instituto Nacional do Seguro Social, e sim a Receita Federal do Brasil, a autoridade responsável pela prolatação da decisão ora impugnada, em nenhuma hipótese merece prosperar a alegação do reclamante no sentido de ter-se aplicado dispositivo legal, no caso concreto, o art. 55, 4º, da Lei 8.212/91, com redação dada pela Lei 9.732/98, com eficácia suspensa por essa Corte Suprema na ADI 2.028/DF. Não se vislumbrando qualquer ofensa à decisão dessa Corte Suprema tida por violada, não merece acolhimento o presente pedido reclamatório. Ante o exposto, opina a PROCURADORIA-GERAL DA REPÚBLICA pela improcedência da reclamação. Brasília (DF), 25 de julho de 2014. Rodrigo Janot Monteiro de Barros Procurador-Geral da República vf 8