GESTÃO DE MACROPOLÍTICAS PÚBLICAS FEDERAIS O Modelo de Desenvolvimento Brasileiro Esther Dweck Brasília Ministério do Planejamento 04 de fevereiro de 2014
O modelo de desenvolvimento brasileiro Objetivos a serem perseguidos simultaneamente: Crescimento econômico sustentado Redução das desigualdades sociais e regionais
Crescimento com melhora da distribuição de renda
O modelo de desenvolvimento Círculo virtuoso do crescimento apoiado em dois pilares: Expansão do mercado de consumo de massa resultante da incorporação progressiva das famílias trabalhadoras Expansão do investimento, público ou privado induzido pelo governo, em infraestrutura econômica e social
Círculo virtuoso do crescimento Política pública autônoma 1 pilar 2 pilar Aumento dos rendimentos das famílias Investimentos públicos e privados em infraestrutura Política pública autônoma Expansão do mercado interno Aumento das escalas de produção Redução de custos sistêmicos Entrada em merc.externos Aumento da produtividade Crescimento
Possíveis Entraves ao Modelo Sobreoferta de trabalhadores com pouca qualificação tende a provocar pressão baixista sobre os salários dos estratos mais baixos. Falhas de mercado tendem a dificultar a realização de grandes investimentos em infraestrutura. Mecanismos de mercado não garantem transferência de ganhos de produtividade ao aumento dos salários nem à expansão dos investimentos. Políticas públicas fundamentais para que esses entraves sejam afastados e a transferência de fato ocorra.
Primeiro Pilar: políticas de inclusão social e de redução das desigualdades Além da busca da justiça social, essas políticas contribuem para a reprodução do modelo de consumo de massa. o Política de elevação do salário mínimo e garantia de fontes alternativas de rendimentos que independem da posição do trabalhador no mercado de trabalho o fortalecem na negociação salarial. Cria-se uma pressão contínua pelo aumento dos rendimentos das famílias, fazendo com que estes de fato cresçam de forma concomitante aos aumentos na produtividade.
Segundo Pilar: políticas para impulsionar os investimentos em infraestrutura Ação direta do Estado ou por ele coordenada, induzida e financiada, permite realizar investimentos que demandam grandes quantidades de recursos e longos períodos de maturação, mas que são cruciais para o aumento da produtividade e da competitividade. Contribuem como fonte autônoma de demanda independente do ciclo econômico, mantendo a procura por trabalho aquecida. Investimentos em infraestrutura tendem a contribuir para a melhora da distribuição de renda.
Os motores do modelo Expansão do mercado de consumo de massa Valorização do salário mínimo Bolsa-família Expansão do crédito Simplificação e desoneração tributária Desoneração ao consumo Expansão/melhoria dos serviços públicos Expansão dos investimentos em infraestrutura PAC PMCMV PIL Bancos Públicos
Os motores do modelo 2000 Exportações 2005 Consumo de Massa + Exportações 2007 Consumo de Massa + Infraestrutura + Exportações 2009 Consumo de Massa + Infraestrutura + Habitação + Exportações
Políticas em foco Bolsa-família
16,00 Redes de Promoção Social Sistema de Bem-estar Social Tropical 14,00 12,00 10,00 8,00 6,00 4,00 2,00-2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013* Public Workers (active and retired) Pension (urban and rural) Espeicial Benefits Worker's Benefits "Bolsa Família" 12 Source: BCB and IBGE.
Bolsa Família Criado em 2003 e sob a coordenação nacional do MDS, o programa atende mais de 13 milhões de famílias. Paga, de forma automatizada, direta e impessoal, benefícios de acordo com a renda mensal per capita e a composição das famílias. Associada a condicionalidades e ações complementares. Gestão descentralizada e compartilhada entre a União e entes federados.
Bolsa Família Aumenta os rendimentos das famílias, contribuindo diretamente para a expansão da demanda por bens de consumo popular, induzindo o aumento das escalas para sua produção e o crescimento do emprego e da renda. Forte e rápida melhora dos indicadores sociais das famílias beneficiadas conduz ao aumento da produtividade dos trabalhadores atuais e futuros.
Bolsa Família Famílias atendidas (milhões) e valor investido (R$ bilhões)
Políticas em foco PAC
Programa de Aceleração do Crescimento Lançado em 2007, o programa é constituído por: Medidas de estímulo ao investimento privado Ampliação dos investimentos públicos em infraestrutura Eixos: Transportes - Energia - Social e Urbano Sistema Inovador de Planejamento, Gestão e Monitoramento Priorização de programas e projetos Novas formas de pactuação Garantia de continuidade dos recursos
Programa de Aceleração do Crescimento Em 2007 PAC 1 Acelerar o ritmo de crescimento da economia Aumentar o emprego e a renda Diminuir as desigualdades sociais e regionais Superação dos gargalos na infraestrutura do País Em 2009 nova função Redução dos impactos da crise internacional função anti-cíclica Criação do MCMV Em 2011 uma nova etapa: PAC 2 2011-2014
Programa de Aceleração do Crescimento Crescimento dos investimentos públicos e privados induzidos pelo programa constitui fonte relevante de demanda autônoma, contribuindo diretamente para a ocupação da força de trabalho e para o crescimento dos salários. Por outro lado, investimentos são cruciais para superar lacunas na infraestrutura e aumentar a competitividade da produção nacional.
Programa de Aceleração do Crescimento
Programa de Aceleração do Crescimento Investimento como motor do crescimento Consumo das Famílias e Investimento FBCF (Índice 2004 = 100)
Esforço Público para o aumento dos Investimentos
Políticas em foco Resultados
Resultados Aumento da Renda Per capita Renda domiciliar real per capita (R$)
Resultados Redução da Pobreza extrema População em extrema pobreza* (%)
Resultados Redução da Taxa de Desemprego Taxa de desemprego (%)
Resultados Aumento do acesso a energia elétrica Número de domicílios com energia elétrica (%)
Resultados Aumento do acesso a rede de esgoto Número de domicílios com acesso a rede de esgoto* (%)
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