Hipertensão arterial (I10.-) e doença renal hipertensiva ou nefrosclerose (I12) Angina pectoris (I20.-) Infarto agudo do miocárdio (I21) Cor pulmonale SOE ou doença cardiopulmonar crônica (I27.9) Placas epicárdicas ou pericárdicas (I34.8) Parada cardíaca (I46) Arritmias cardíacas (I49.-) Aterosclerose (I70.-) e doença aterosclerótica do coração (I25.1) Síndrome de Raynaud (I73.0) Acrocianose e acroparestesia (I73.8) Classificação de Schilling
EUA: 1-3% das mortes (ocupacional) Brasil: principal causa de óbito HAS: aposentadoria por invalidez (20,4%)
HAS (HA sistólica) A doença renal hipertensiva define um conjunto de alterações renais associadas com a hipertensão arterial crônica, caracterizada por comprometimento vascular, glomerular e túbulointersticial dos rins. Causa: HAS primária = 95% idiopática HAS secundária = ocupacional chumbo e ruído inseticidas organofosforados e carbamatos solventes sulfeto de carbono estresse (controladores de Schilling II vôo/motoristas de ônibus) Causa: doença renal hipertensiva (envelhecimento, HAS, DM, exposição ao mercúrio, sulfeto de carbono)
Classificação: HAS LEVE: diastólica entre 90 e 99 mm/hg e sistólica entre 140 e 159 mm/hg; HAS MODERADA: diastólica entre 100 e 109 mm/hg e sistólica entre 160 e 179 mm/hg; HAS GRAVE: diastólica acima de 110 mm/hg e sistólica acima de 180 mm/hg. Diagnóstico Anamnese clínica, ocupacional, exame físico e exames complementares (EAS; hemograma: sódio, potássio, creatinina, glicose, colesterol total,ldl e HDL-colesterol; eletrocardiograma (ECG). Baseia-se na média de duas ou mais medidas de PA diastólica acima de 140 mm/hg e/ou PA diastólica acima de 90 mm/hg, em inspeções subseqüentes, estando o paciente descansado, em ambiente tranqüilo, e não devendo ter fumado ou ingerido café nos últimos 30 minutos.
O exame médico periódico objetiva a identificação de sinais e sintomas para a detecção precoce da doença. Avaliação clínica e ocupacional com registro dos demais fatores de risco (tabagismo, abuso de álcool e outras drogas, etc.) e a orientação do trabalhador; monitorização biológica, sendo para o chumbo utilizados os seguintes indicadores biológicos de exposição: 1- concentração de chumbo no sangue (Pb-S) VR de até 40 µg/100 ml e IBMP de 60 µg/100ml. A ACGIH recomenda, como índice biológico de exposição, 30 µg/100 ml; 2- concentração de ácido delta amino levulínico na urina (ALA-U) VR de até 4,5 mg/g de creatinina e IBMP de até 10 mg/g de creatinina; 3- concentração de zincoprotoporfirina no sangue (ZPP-S) VR de até 40 µg/100 ml e IBMP de 100 µg/100 ml. 4- dosagem de chumbo sérico reflete a absorção do metal nas semanas antecedentes à coleta da amostra ou à mobilização de depósitos ósseos.
Principal causa: doença ateroesclerótica das artérias coronárias Exposição ocupacional intoxicação por monóxido de carbono exposição crônica ao sulfeto de carbono, (verniz, viscose) exposição e a cessação da exposição aos nitratos e ao trinitrotolueno (TNT) 36 a 48 h finda a exposição estresse Clínica: Dor precordial que pode irradiar IVE Arritmia cardíaca Diagnóstico: Avaliação clínica, ocupacional, exame físico, exames complementares
Principal causa aguda: embolia pulmonar Exposição ocupacional: sílica (silicose, DPOC, cor pulmonale) Diagnóstico: Avaliação clínica ocupacional exames complemetares (ECG, ecocardiograma, radiologia) ingurgitamento jugular; edema de membros inferiores; impulsão sistólica paraesternal, sopro de regurgitação tricúspide e aumento do componente P2 de B2
Principal causa ocupacional: asbestos Classificada como doença benigna de serosas Ocupações que envolvem: fabricação de tecidos a prova de fogo e de materiais de fibrocimento, particularmente na construção civil Clínica: Assintomática exceto nos quadros de asbestose pulmonar, câncer pulmonar ou mesotelioma maligno de pleura, quando estiverem superpostos Diagnóstico Avaliação clínica, ocupacional, exame físico, exames complementares radiografia de tórax pode mostrar congestão pulmonar, coração de tamanho normal a moderadamente aumentado e as placas, quando há calcificação (utilizar o padrão da OIT); tomografia computadorizada e ressonância magnética são os exames mais adequados para visualização do espessamento pericárdico; eletrocardiograma e ecocardiograma.
Mecanismos básicos: fibrilação ventricular. taquicardia ventricular sem pulso (TV), atividade elétrica sem pulso (dissociação eletromecânica) e assistolia Exposição ocupacional: acidentes elétricos, a intoxicação grave por substâncias tóxicas (solventes, monóxido de carbono)
Exposição ocupacional: Monóxido de carbono: fibrilação atrial ou contrações atriais e ventriculares prematuras. Gás arsina: distúrbios de condução, bloqueios atrioventriculares de vários graus e assistolia. aguda aos Nitratos: taquicardia sinusal reflexa. Solventes (fluorcarbonos ) e Organoclorados (clorofórmio, tetracloroetileno, tricloroetileno, diclorometano, cloreto de metileno) = em baixas doses, efeitos arritmogênicos das catecolaminas = em altos níveis de exposição, bradicardia sinusal, graus variados de bloqueio atrioventricular e parada cardíaca. Solventes (hidrocarbonetos alifáticos, aromáticos, cetonas, éteres e ésteres (nãoorganoclorados): parada cardíaca Agrotóxicos organofosforados e carbamatos: taquicardia sinusal (receptores nicotínicos) e bradicardia sinusal (recepetores muscarínicos) Antimônio, arsênio, cobalto e mercúrio: distúrbios de condução Chumbo: distúrbios de condução e BAV
Clínica assintomática palpitações repercussão hemodinâmica Diagnóstico Avaliação clínica, ocupacional exame físico e exames complementares (sangue, ECG, TE, ecocardiogama, Holter 24h, estudo eletrofisiológico)
Estudos epidemiológicos demonstram risco relativo de morte por doença coronariana aterosclerose até 5,6 vezes maior em trabalhadores expostos ao sulfeto de carbono, quando comparados com populações não expostas Clínica Relacionada com localização: angina pectoris, isquemia cerebral transitória, acidente vascular cerebral isquêmico, claudicação intermitente, gangrena de extremidades e/ou infarto mesentérico Diagnóstico Avaliação clínica, ocupacional, exame físico, exames complementares
Doença X Fenômeno exposição ocupacional: frio, calor, cloreto de vinila, trauma repetitivo Clínica : Dedos das mãos (simétricos) até MCF Bochehca, nariz, queixo, orelha Episódica, pele seca e complicações: alterações tróficas da pele Palidez Cianose (dor, dormência) Hiperemia (latejamento, formigamento) Diagnóstico Avaliação clínica (infecções, medicações, neoplasia, colagenose), ocupacional, exame físico (teste do mergulho das mãos durante 10 minutos em água com temperatura entre 10 e 15º C) RX de mãos: acroosteólise (cloreto de vinila)
Acrocianose: uma afecção caracterizada por cianose persistente da pele das mãos associada a uma diminuição da temperatura da pele. Acroparestesia é a parestesia limitada às extremidades do corpo e que pode acompanhar os casos de acrocianose secundária. Classificação: primária (mulheres, adultos jovens, distúrbios psiquiátricos) secundária (ocupacional) pequenos traumatismos repetitivos; vibrações localizadas; cloreto de vinila (PVC); baixas temperaturas Clínica Cianose fixa bilateral e simétrica podendo ascender e piora com exposição ao frio Pele fria e úmida Complicações: raro alteração trófica da pele
Diagnóstico Avaliação clínica, ocupacional, exame físico, exames complementares Diferenciar de síndorme de Raynaud, obstrução arterial RX de mãos: acroosteólise (cloreto de vinila) O exame médico periódico visa à identificação de sinais e de sintomas, para a detecção precoce da doença e inclui para trabalhadores expostos ao cloreto de vinila, por exemplo, os exames periódicos devem incluir as provas de função hepática, a dosagem das transaminases séricas (TGO e TGP), da desidrogenase láctica, da fosfatase alcalina e da gama-glutamil-transferase, visando à detecção de angiossarcoma hepático em estágios mais iniciais.
substituição do agente, da substância, da ferramenta ou da tecnologia de trabalho por outros mais seguros, menos tóxicos ou lesivos; isolamento da máquina, agente, ou substância potencialmente lesivos, por meio de enclausuramento do processo, suprimindo ou reduzindo a exposição; adoção de medidas de higiene e segurança ocupacional, como implantação e manutenção de sistemas de ventilação local exaustora adequadas e eficientes, capelas de exaustão, controle de vazamentos e incidentes por meio de manutenção preventiva e corretiva de máquinas e equipamentos; monitoramento sistemático dos agentes agressores;
adoção de sistemas de trabalho e operacionais seguros, por meio da classificação e rotulagem das substâncias químicas segundo propriedades toxicológicas e toxicidade; diminuição do tempo de exposição e do número de trabalhadores expostos; informação e comunicação dos riscos aos trabalhadores; utilização de EPI de modo complementar às medidas de proteção coletiva; controle médico e monitoramento biológico dos trabalhadores expostos.
reconhecimento prévio das atividades e locais de trabalho onde existam agentes físico, químicos e/ou biológicos; identificação dos problemas ou danos potenciais para a saúde, decorrentes da exposição aos fatores de risco identificados; proposição das medidas a serem adotadas para eliminação ou controle da exposição aos fatores de risco e proteção dos trabalhadores; educação e informação aos trabalhadores e empregadores.
1- avaliação da necessidade de afastamento (temporário ou permanente) do trabalhador da exposição, do setor de trabalho ou do trabalho como um todo. 2- caso o trabalhador seja segurado pelo SAT da Previdência Social, solicitar à empresa a emissão da CAT, preencher o LEM e encaminhar ao INSS. Em caso de recusa de emissão da CAT pela empresa, o médico assistente deve fazê-lo; 3- acompanhamento e registro da evolução do caso, particularmente do registro de agravamento da situação clínica com o retorno ao trabalho; 4- notificação do agravo;
Doenças Relacionadas ao Trabalho. Manual de Procedimentos para os Serviços de Saúde (Ministério da Saúde). Capítulo 14. 2002. CURRENT Medical Diagnosis & Treatment. Chapter 10, 11 e 12. 2011.