Gestão da Manutenção em Edifícios: Modelos para uma abordagem LARG (Lean, Agile, Resilient e Green)



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Transcrição:

César Duarte Freitas Gonçalves Mestre em Engenharia Industrial Gestão da Manutenção em Edifícios: Modelos para uma abordagem LARG (Lean, Agile, Resilient e Green) Dissertação para obtenção do Grau de Doutor em Engenharia Industrial Orientador: Professor Doutor José António Mendonça Dias, Professor Auxiliar, Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa Júri: Presidente: Prof. Doutor Virgílio António Cruz Machado Arguentes: Vogais: Prof. Doutor Francisco Manuel Vicente Sena Prof. Doutor Luís António de Andrade Ferreira Prof. Doutor Filipe José Didelet Pereira Prof. Doutor José António Mendonça Dias Prof. Doutor António Carlos Bárbara Grilo Prof. Doutor José Augusto da Silva Sobral Setembro 2014

César Duarte Freitas Gonçalves Mestre em Engenharia Industrial Gestão da Manutenção em Edifícios: Modelos para uma abordagem LARG (Lean, Agile, Resilient e Green) Dissertação para obtenção do Grau de Doutor em Engenharia Industrial Orientador: Professor Doutor José António Mendonça Dias, Professor Auxiliar, Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa Júri: Presidente: Prof. Doutor Virgílio António Cruz Machado Arguentes: Vogais: Prof. Doutor Francisco Manuel Vicente Sena Prof. Doutor Luís António de Andrade Ferreira Prof. Doutor Filipe José Didelet Pereira Prof. Doutor José António Mendonça Dias Prof. Doutor António Carlos Bárbara Grilo Prof. Doutor José Augusto da Silva Sobral Setembro 2014

Gestão Manutenção em Edifícios: Modelos para uma abordagem LARG (Lean, Agile, Resilient e Green) Copyright César Duarte Freitas Gonçalves, FCT/UNL e UNL A Faculdade de Ciências e Tecnologia e a Universidade Nova de Lisboa têm o direito, perpétuo e sem limites geográficos, de arquivar e publicar esta dissertação através de exemplares impressos reproduzidos em papel ou de forma digital, ou por qualquer outro meio conhecido ou que venha a ser inventado, e de a divulgar através de repositórios científicos e de admitir a sua cópia e distribuição com objetivos educacionais ou de investigação, não comercias, desde que seja dado crédito ao autor e editor. A elaboração desta dissertação beneficiou do regime de isenção de propinas de doutoramento, no âmbito do acordo específico de cooperação existente entre a Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de lisboa e o Instituto Superior de Engenharia da Universidade do Algarve.

À Ana Paula e às nossas filhas Maria e Rita À alegria de partilharmos a Vida

Agradecimentos O meu primeiro agradecimento é dirigido ao Professor Doutor José António Mendonça Dias, pela sua orientação científica, pelas sugestões e importantes recomendações que conduziram à concretização deste trabalho de investigação. Quero expressar o meu reconhecimento pela partilha de conhecimento, pela disponibilidade e compreensão demonstrada que, ao longo desta jornada, se revelaram substanciais no alcance dos meus objetivos. Ao Professor Doutor Virgílio António Cruz Machado, apresento igualmente os meus agradecimentos pelo incentivo e determinação com que sempre pautou as suas palavras. Os meus agradecimentos dirigem-se também à Universidade Nova de Lisboa pelo apoio institucional dado ao presente trabalho de investigação. Dirijo um especial agradecimento ao Eng. João Nuno Gonçalves Fernandes, pelo seu envolvimento, disponibilidade e partilha da sua experiência profissional. A sua colaboração e empenho foram essenciais para a aplicação prática dos modelos desenvolvidos nesta dissertação. Os meus agradecimentos sinceros aos meus colegas, docentes e funcionários, do Departamento de Engenharia Mecânica do Instituto Superior de Engenharia da Universidade do Algarve, pelo apoio que sempre prestaram e pelas palavras de incentivo. Aos meus amigos sem exceção, quero igualmente agradecer, pelo estímulo da amizade, pelo incentivo e confiança que sempre me demonstraram. Agradeço ainda aos meus pais e restantes familiares o apoio e a compreensão tida ao longo deste trabalho, pois todos, de alguma forma, contribuíram para que o mesmo se tornasse possível. À Ana Paula e às nossas filhas Maria e Rita, os meus ternos agradecimentos pela compreensão e apoio em todos os momentos, imprescindíveis para vencer este desafio. Foram os pilares da minha motivação, embora muitas vezes se tenham privado da minha companhia e atenção ao longo da minha dedicação a este trabalho. VII

Resumo Face à complexidade, à dimensão tecnológica e às exigências funcionais dos edifícios torna-se necessário equacionar modelos para assegurar o desempenho da gestão da manutenção dos seus ativos físicos. O conceito LARG (Lean, Agile, Resilient e Green) fornece uma visão inovadora e abrangente na resposta às necessidades técnicas, económicas e competitivas atuais. O presente trabalho promove os conceitos dos paradigmas LARG numa abordagem de integração à gestão da manutenção de ativos físicos em edifícios. O modelo desenvolvido pretende estabelecer uma visão da manutenção pró-ativa que viabilize a máxima fiabilidade, disponibilidade e conforto das instalações, garantindo eficiência e qualidade de serviço do edifício ao longo do seu ciclo de vida, proporcionando a segurança ambiental, de pessoas e bens, a custos otimizados. O modelo LARG pretende contribuir para um melhor desempenho da gestão das atividades da manutenção, verificando aspetos atualmente fundamentais no âmbito da sua atuação e em coerência com as estratégias do negócio das organizações. Nesta dissertação é proposto um modelo de avaliação do desempenho da gestão da manutenção, integrando os seus diferentes aspetos no âmbito dos paradigmas LARG. Este modelo baseia-se no uso de um sistema harmonizado de indicadores chave de desempenho (KPIs). A metodologia contempla a seleção de KPIs relevantes para a manutenção, através da aplicação de métodos MCDA (Multiple Criteria Decision Aiding), considerando a preferência do decisor. O modelo de avaliação de desempenho da gestão da manutenção é estabelecido através da agregação ponderada de KPIs selecionados para as categorias LARG. A metodologia desenvolvida foi aplicada a um caso de estudo baseado na gestão das atividades da manutenção de um aeroporto. Foram identificados e desenvolvidos KPIs com interesse para medir aspetos fundamentais da manutenção integrados nas categorias LARG. A metodologia permitiu selecionar os KPIs mais relevantes com a preferência do decisor. Os resultados da avaliação LARG proporcionaram uma análise global do desempenho da manutenção que compreendeu a interpretação dos objetivos alcançados e a perceção dos desvios mais preocupantes. Caberá aos gestores da manutenção determinar orientações para as correções técnicas, funcionais e organizacionais da manutenção. A implementação da metodologia proposta possibilita às organizações otimizar a gestão da manutenção dos seus ativos com melhor desempenho, a um menor custo, com uma gestão técnica e operacional ágil, correndo menores riscos, resiliente a adversidades e, sobretudo, com responsabilidade ambiental. Palavras-chave Gestão da Manutenção; Ativos Físicos; KPI; LARG; MCDA; ELECTRE IX

Abstract Given buildings complexity, technological dimension and functional requirements, it is necessary to equate models so as to ensure the performance of maintenance management of their physical assets. The LARG (Lean, Agile, Resilient and Green) concept provides an innovative and comprehensive insight in the response to current technical, economic and competitive needs. This study promotes the concepts of LARG paradigms in an approach of integration to maintenance management of physical assets in buildings. The model developed seeks to establish a vision of proactive maintenance that enables facilities maximum reliability, availability and comfort, ensuring the building s efficiency and service quality throughout its life cycle, providing environmental safety of people and property, at optimised costs. The LARG model aims at contributing to a better performance of activities maintenance management, verifying aspects that are, currently, critical within the scope of its performance and in line with organisations business strategies. This dissertation proposes a model to assess maintenance management performance, integrating its various aspects within the scope of LARG paradigms. This model is based on the use of a harmonised system of key Performance Indicators (KPIs). The methodology encompasses the selection of KPIs that are relevant for maintenance, through the application of MCDA (Multiple Criteria Decision Aiding) methods, considering the decision maker s preference. The model of assessment of maintenance management performance is established through the weighted aggregation of KPIs selected for LARG categories. The methodology was applied to a case study based on the maintenance management of activities of an airport. Relevant KPIs in the measurement of key aspects of maintenance integrated in LARG categories were identified and developed. The methodology allowed selecting the most relevant KPIs with the preference of the decision maker. Results of LARG assessment provided an overall analysis of maintenance performance that involved the interpretation of the goals attained and the perception of the most worrying deviations. It is up to maintenance managers to determine guidelines for the technical, functional and organisational adjustments of maintenance. The implementation of the proposed methodology enables organisations to optimise the maintenance management of their assets with better performance, at a lower cost, with a responsive technical and operational management, with reduced risks, resilient to adversity and, above all, with environmental responsibility. Keywords: Maintenance Management; Physical Assets; KPI; LARG; MCDA; ELECTRE XI

Índice de Matérias CAPÍTULO 1 - Introdução 1.1. Âmbito da Dissertação... 1 1.2. Objetivos da Dissertação... 2 1.3. Motivação... 3 1.4. Estrutura da Dissertação... 4 CAPÍTULO 2 - Abordagem à Manutenção em Edifícios 2.1. Introdução... 7 2.2. Manutenção em Edifícios... 8 2.3. Manutenção em Edifícios, Necessidades e Objetivos... 10 2.4. Exigências Funcionais dos Edifícios... 12 2.5. Dimensão Tecnológica dos Edifícios... 15 2.6. Sistemas de Gestão da Manutenção... 17 2.6.1. Estrutura organizacional, funções e planeamento... 17 2.6.2. Implementação da manutenção... 19 2.6.3. Documentos técnicos para a manutenção... 19 2.6.4. Sistemas de informação na gestão da manutenção... 21 2.6.5. Manutenção e qualidade... 24 2.6.6. Manutenção, higiene, saúde e segurança... 25 2.6.7. Manutenção e ambiente... 25 2.7. Eficiência Energética... 26 2.8. Legislação e Normas Aplicáveis... 28 2.9. Custos de manutenção... 29 2.10. Objetivos e Estratégia da Manutenção... 33 2.11. Desempenho da Gestão da Manutenção... 36 2.11.1. Key Performance Indicators (KPIs)... 38 CAPÍTULO 3 Abordagem Paradigmática LARG à Gestão da Manutenção 3.1. Introdução... 43 3.2. Modelação da Manutenção LARG... 44 3.3. LARG (Lean, Agile, Resilient e Green)... 48 3.3.1. Lean... 51 3.3.2. Agile... 59 3.3.3. Resilient... 63 3.3.4. Green... 67 CAPÍTULO 4 Modelos de Apoio à Gestão da Manutenção 4.1. Introdução... 73 4.2. TPM - Total Productive Maintenance... 74 4.2.1. Implementação de metodologias TPM... 77 4.3. RAMS Reliability, Availability, Maintainability and Safety... 86 4.3.1. Fiabilidade... 87 4.3.1.1. Modelos de Fiabilidade... 88 4.3.1.2. Fiabilidade Humana... 89 4.3.2. Disponibilidade... 91 4.3.3. Manutibilidade... 91 4.3.4. Segurança... 93 4.4. FMEA - Failure Mode and Effects Analysis... 94 4.5. RCM Reliability Centred Maintenance... 95 4.6. BIM - Building Information Model... 96 XIII

4.6.1. Contexto histórico do BIM... 98 4.6.2. Benefícios do BIM no ciclo de vida dos edifícios... 99 4.6.3. Contributos do BIM na gestão de edifícios... 101 4.6.3.1. Eficiência energética... 102 4.6.3.2. Segurança... 103 4.6.3.3. Ambiente... 105 4.6.3.4. Gestão da manutenção... 106 4.6.4. Interoperabilidade do BIM com software de gestão da manutenção... 109 4.6.5. Contributos do BIM para uma manutenção LARG... 112 CAPÍTULO 5 Modelos de Apoio Multicritério à Decisão 5.1. Introdução... 119 5.2. Apoio Multicritério à Decisão... 120 5.2.1. Método ELECTRE... 123 5.2.1.1. ELECTRE I... 126 5.2.1.2. ELECTRE III... 134 5.2.2. Analytic Hierarchy Process (AHP)... 142 5.2.2.1. Limitações do método AHP... 144 5.2.2.2. Procedimentos do método AHP... 146 5.2.3. Procedimento Simos revisto Software SRF... 150 5.2.3.1. Principais vantagens do procedimento de Simos revisto:... 151 5.2.3.2. Limitações do SRF e do procedimento de Simos revisto:... 152 5.3. Aplicação dos métodos MCDA... 153 CAPÍTULO 6 Metodologia Proposta 6.1. Introdução.....155 6.2. Avaliação de Desempenho da Gestão da Manutenção....156 6.3. Modelo para avaliação LARG 158 6.3.1. Objetivos e estratégias da manutenção...160 6.3.2. Seleção de indicadores...161 6.3.2.1. Aplicação dos modelos MCDA.....161 6.3.2.2. Definição dos critérios de avaliação......164 6.3.2.3. Pesos e limiares dos critérios...169 6.3.2.4. Pré-seleção de KPIs...171 6.3.2.5. Escala de avaliação das alternativas (KPIs).172 6.3.2.6. Seleção das alternativas (KPIs)..173 6.3.3. Quantificação dos indicadores LARG selecionados...176 6.3.4. Pesos para agregação dos indicadores LARG 177 6.3.5. Normalização dos resultados dos indicadores....179 6.3.6. Indicador Global LARG 181 6.4. Representações Gráficas dos Resultados LARG......183 6.5. Análise de Resultados LARG....184 CAPÍTULO 7 Aplicação da Metodologia Caso de estudo Aeroporto 7.1. Introdução... 185 7.2. Apresentação do Caso de Estudo Aeroporto... 186 7.3. Aplicação da Metodologia... 194 7.3.1. Objetivos da gestão da manutenção no aeroporto... 194 7.3.2. Critérios de avaliação dos KPIs... 198 7.3.3. Pré-seleção dos indicadores (KPIs)... 201 7.3.4. Avaliação dos KPIs... 206 7.3.5. Ordenação dos KPIs... 209 7.3.6. Seleção dos KPIs... 216 7.3.7. Atribuição das ponderações para agregação LARG... 221 7.3.8. Avaliação LARG... 225 7.4. Análise dos resultados da avaliação LARG... 233 XIV

CAPÍTULO 8 Conclusões e Sugestões para Trabalhos Futuros 8.1. Conclusões... 243 8.2. Sugestões para Trabalhos Futuros... 248 BIBLIOGRAFIA... 251 ANEXO I Contribuições do BIM no apoio à gestão da manutenção LARG em edifícios... 263 ANEXO II KPIs propostos para avaliação LARG...... 269 ANEXO III Quantificação dos KPIs (caso de estudo aeroporto)... 275 ANEXO IV Código VBA Métodos MCDA... 281 IV.1. Código Método ELECTRE I... 282 IV.1.1. Código Gráfico de decisão Kernel... 288 IV.2. Código Método AHP... 290 XV

Índice de Figuras Figura 2.1 Tipos de edifícios e tipos de utilização... 8 Figura 2.2 Instalações e equipamentos em edifícios..9 Figura 2.3 Exemplo de estrutura organizacional do departamento de manutenção...17 Figura 2.4 Iceberg de custos.30 Figura 2.5 Custos versus nível de manutenção.31 Figura 2.6 Rácios da manutenção orientados para o custo 32 Figura 2.7 Rácios da manutenção orientados para o custo (globais da organização)...32 Figura 2.8 Fatores que influenciam o desempenho da manutenção.34 Figura 3.1 Modelo concetual da gestão da manutenção LARG.47 Figura 3.2 Pirâmide da gestão da manutenção. 54 Figura 4.1 Pilares fundamentais do TPM...77 Figura 4.2 Integração do BIM com CMMS no processo de gestão da manutenção.111 Figura 4.3 Contribuições do BIM na integração com a manutenção LARG...116 Figura 5.1 Processo de decisão por multicritérios..122 Figura 5.2 Estrutura geral do método ELECTRE III 135 Figura 5.3 Exemplo de árvore de hierarquias no método AHP.143 Figura 6.1 Gestão da manutenção, expectativas e desempenho 157 Figura 6.2 Estrutura conceptual da metodologia proposta 160 Figura 6.3 Metodologia para seleção de indicadores (KPIs) através do método ELECTRE I.163 Figura 6.4 Metodologia para seleção de indicadores (KPIs) através do método ELECTRE III..164 Figura 6.5 Avaliação global da manutenção LARG 177 Figura 6.6 Interpolação linear.180 Figura 6.7 Diagrama de contribuições na avaliação LARG..183 Figura 7.1 Estrutura organizacional do departamento de manutenção do aeroporto...189 Figura 7.2 Diagrama de contribuições na avaliação LARG (2012)..234 Figura 7.3 Diagrama de contribuições na avaliação LARG (2013)..236 Figura 7.4 Diagrama de contribuições na avaliação LARG (comparação 2012/2013).240 Figura I.1 Contribuições do BIM para a manutenção Lean...264 Figura I.2 Contribuições do BIM para a manutenção Agile...265 Figura I.3 Contribuições do BIM para a manutenção Resilient.266 Figura I.4 Contribuições do BIM para a manutenção Green.267 Figura IV.1 Folha Excel ElectreI-Dados.287 Figura IV.2 Folha Excel ElectreI-Result.287 Figura IV.3 Folha Excel Grafico, identificação do Kernel (alternativa 3) 289 Figura IV.4 Folha Excel AHP-Dados.. 292 Figura IV.4 Folha Excel AHP-Result...292 XVI

Índice de Tabelas Tabela 2.1 Lista de legislação e normas da manutenção em edifícios.29 Tabela 5.1 Variantes do método ELECTRE....124 Tabela 5.2 Escala Fundamental do AHP (Saaty)...146 Tabela 5.3 Valores do índice aleatório de consistência RCI (Saaty)...149 Tabela 6.1 Escala Likert para avaliação das alternativas (KPIs)...173 Tabela 7.1 Pesos dos critérios gerados pelo software SKF..199 Tabela 7.2 Limiares de discriminação para cada critério (ELECTRE III) 200 Tabela 7.3 Lista de KPIs propostos para a categoria Lean (conjunto de alternativas). 202 Tabela 7.4 Lista de KPIs propostos para a categoria Agile (conjunto de alternativas).203 Tabela 7.5 Lista de KPIs propostos para a categoria Resilient (conjunto de alternativas)..204 Tabela 7.6 Lista de KPIs propostos para a categoria Green (conjunto de alternativas)..205 Tabela 7.7 Avaliação dos KPIs para a categoria Lean (desempenho das alternativas)..206 Tabela 7.8 Avaliação dos KPIs para a categoria Agile (desempenho das alternativas)..207 Tabela 7.9 Avaliação dos KPIs para a categoria Resilient (desempenho das alternativas) 208 Tabela 7.10 Avaliação dos KPIs para a categoria Green (desempenho das alternativas)... 208 Tabela 7.11 Ordenação dos KPIs para a categoria Lean através do método ELECTRE I.. 209 Tabela 7.12 Ordenação dos KPIs para a categoria Agile através do método ELECTRE I.. 210 Tabela 7.13 Ordenação dos KPIs para a categoria Resilient através do método ELECTRE I...211 Tabela 7.14 Ordenação dos KPIs para a categoria Green através do método ELECTRE I 212 Tabela 7.15 Ordenação dos KPIs para a categoria Lean através do método ELECTRE III 213 Tabela 7.16 Ordenação dos KPIs para a categoria Agile através do método ELECTRE III 214 Tabela 7.17 Ordenação dos KPIs para a categoria Resilient através do método ELECTRE III......215 Tabela 7.18 Ordenação dos KPIs para a categoria Green através do método ELECTRE III. 216 Tabela 7.19 Seleção dos KPIs para a categoria Lean...217 Tabela 7.20 Seleção dos KPIs para a categoria Agile...218 Tabela 7.21 Seleção dos KPIs para a categoria Resilient. 219 Tabela 7.22 Seleção dos KPIs para a categoria Green. 221 Tabela 7.23 Matriz de comparação AHP e pesos para agregação LARG..222 Tabela 7.24 Matriz de comparação AHP e pesos para ponderação dos KPIs na categoria Lean... 223 Tabela 7.25 Matriz de comparação AHP e pesos para ponderação dos KPIs na categoria Agile...223 Tabela 7.26 Matriz de comparação AHP e pesos para ponderação dos KPIs na categoria Resilient.224 Tabela 7.27 Matriz de comparação AHP e pesos para ponderação dos KPIs na categoria Green... 224 Tabela 7.28 Avaliação da gestão da manutenção na categoria Lean (2012) 227 Tabela 7.29 Avaliação da gestão da manutenção na categoria Lean (2013) 227 Tabela 7.30 Avaliação da gestão da manutenção na categoria Agile (2012) 228 Tabela 7.31 Avaliação da gestão da manutenção na categoria Agile (2013) 228 Tabela 7.32 Avaliação da gestão da manutenção na categoria Resilient (2012)..229 Tabela 7.33 Avaliação da gestão da manutenção na categoria Resilient (2013)..229 Tabela 7.34 Avaliação da gestão da manutenção na categoria Green (2012)..230 Tabela 7.35 Avaliação da gestão da manutenção na categoria Green (2013)..230 Tabela 7.36 Avaliação global LARG da gestão da manutenção (2012)..231 Tabela 7.37 Avaliação global LARG da gestão da manutenção (2013)..232 Tabela II.1 Lista de KPIs propostos para a categoria Lean (conjunto de alternativas). 270 Tabela II.2 Lista de KPIs propostos para a categoria Agile (Conjunto de alternativas) 271 Tabela II.3 Lista de KPIs propostos para a categoria Resilient (Conjunto de alternativas). 272 Tabela II.4 Lista de KPIs propostos para a categoria Green (Conjunto de alternativas)..273 Tabela III.1 Quantificação dos KPIs selecionados para a categoria Lean.. 276 Tabela III.2 Quantificação dos KPIs selecionados para a categoria Agile.. 277 Tabela III.3 Quantificação dos KPIs selecionados para a categoria Resilient 278 Tabela III.4 Quantificação dos KPIs selecionados para a categoria Green 279 XVII

Abreviaturas AEC AFTM AHP ANP ASEP AVAC BIM BREAM BSLCA CAD CIM CMMS COBie CR CREAM EAM ELECTRE FM FMEA ETA FTA GDM GMAC HEART HEP HRA IAI IFC IT KPI JIT LARG LCA LCC LEED MADM MAMD Arquitetura, Engenharia e Construção Accelerated Failure Time Models Analytic Hierarchy Process Analytic Network Process Accident Sequence Evaluation Program Aquecimento, Ventilação e Ar Condicionado Building Information Model Building Research Establishment Environmental Assessment Method Building Services Life Cycle Analysis Computer Aided Design Computer Integrated Manufacturing Computerized Maintenance Management System Construction Operations Building information exchange Consistency Ratio (rácio de consistência no método AHP) Cognitive Reliability and Error Analysis Enterprise Asset Management ELimination Et Choix Traduisant la REalité Facilities Management Failure Mode and Effects Analysis Event Tree Analysis Fault Tree Analysis Group Decision Making Gestão da Manutenção Assistida por Computador Human Error Assessment and Reduction Technique Human Error Probability Human Reliability Analysis Industrial Alliance for Interoperability Industry Foundation Classes Information Technology Key Performance Indicator Just-In-Time Lean, Agile, Resilient e Green Lifecycle Assessment Analysis Life Cycle Cost Leadership in Energy and Environmental Design Multiple Attribute Decision Making Modelos/Métodos de Apoio Multicritério à Decisão XIX

MCDA MCDM MEP MODM MPPS MTBF MTTR NC ND OEE OTs PAM PHM PM QAI RAMS RCFA RCM RODS RPN SHERPA SRF TESEO THERP TI TPM TPS TQM VBA Multiple Criteria Decision Aiding Multiple Criteria Decision Making Mechanical, Electrical, Plumbing Multiple Objective Decision Making Maintenance Personnel Performance Simulation Mean Time Between Failures Mean Time To Repair Net Concordance Value, valor de concordância líquida Net Discordance Value, valor de discordância líquida Overall Equipment Effectiveness Ordens de Trabalho Physical Asset Management Proportional Hazards Modelling Productive Maintenance Qualidade do Ar Interior Reliability, Availability, Maintainability and Safety Root Cause Failure Analysis Reliability Centered Maintenance Reliability Of Dormant Systems Risk Priority Number Systematic Human Error Reduction and Prediction Approach Simos-Roy-Figueira (software) Technique for Empirical Simulation of Errors in Operations Technique for Human-Error Rate Prediction Tecnologia de Informação Total Productive Maintenance Toyota Production System Total Quality Management Visual Basic for Applications XX

Símbolos a i Alternativa i (ELECTRE) a ij Importância do critério i sobre o critério j (AHP) a p a q Alternativa p Alternativa q A Conjunto de alternativas (ELECTRE) A Matriz de comparação de pares (AHP) A i Valor normalizado de cada KPI Agile A m Conjunto de alternativas (KPIs) para a categoria Agile; A n Conjunto de KPIs selecionados para a categoria Agile c Índice de concordância do conjunto C( p, q) (ELECTRE I) pq c Índice de concordância do conjunto C( q, p) (ELECTRE I) qp C Matriz de índices de concordância (ELECTRE I) C n Critério de índice n C Limiar de concordância (ELECTRE I) C ( p, q) Conjunto de concordância (ELECTRE I) C ( a, b) Índices de concordância global de a prevalecer b (ELECTRE III) C j ( a, b) Índice de concordância com a prevalência da alternativa a sobre b para o critério g j (ELECTRE III) CI CR Índice de consistência (AHP) Rácio de consistência (AHP) d pq Índice de discordância do conjunto D( p, q) (ELECTRE I) D Matriz de índices de discordância (ELECTRE I) D Limiar de discordância (ELECTRE I) D k Processo de destilação k (ELECTRE III) D k +1 Destilação descendente (ELECTRE III) D k +1 Destilação ascendente (ELECTRE III) D ( p, q) Conjunto de discordância (ELECTRE I) D j ( a, b) Índice de discordância com a prevalência da alternativa a sobre b para o critério g j (ELECTRE III) e pq Elementos da matriz E E Matriz domínio de concordância (ELECTRE I) f pq Elementos da matriz F XXI

λ k f 1 a D + k F ( ) Número de alternativas que prevalecem a (ELECTRE III) Conjunto de critérios (ELECTRE) F Matriz domínio de discordância (ELECTRE I) g j Critério de índice j (ELECTRE) g j (a) Desempenho da alternativa a segundo o critério g j (ELECTRE III) G i Valor normalizado de cada KPI Green G m Conjunto de alternativas (KPIs) para a categoria Green G n I k Conjunto de KPIs selecionados para a categoria Green Valor da agregação dos KPI na categoria I Valor real resultado do KPI, valor a normalizar ' k Índice de desempenho normalizado [0;1] k max Melhor valor da escala de normalização do KPI k min Pior valor da escala de normalização do KPI K i L i L n Valor normalizado do KPI i na categoria I Valor normalizado de cada KPI Lean Conjunto de KPIs selecionados para a categoria Lean L m Conjunto de alternativas (KPIs) para a categoria Lean LARG m n Índice global de avaliação LARG Número de alternativas Número de elementos NC m Net Concordance, valor de concordância líquida da alternativa m NC p Net Concordance, valor de concordância líquida da alternativa p ND m Net Discordance, valor de discordância líquida da alternativa m ND p Net Discordance, valor de discordância líquida da alternativa p p j Limiar de preferência para o critério g j (ELECTRE III) λ ( ) p k 1 a D + k Número de alternativas prevalecidas por a (ELECTRE III) q j Limiar de indiferença para o critério g j (ELECTRE III) λ 1 ( a) q D k + k Posição relativa da alternativa a face ao conjunto A (ELECTRE III) r Desempenho normalizado da alternativa a segundo o critério ij (ELECTRE I) R Matriz de desempenho normalizada (ELECTRE I) i g j RCI R i Índice aleatório de consistência (AHP) Valor normalizado de cada KPI Resilient R m Conjunto de alternativas (KPIs) para a categoria Resilient XXII

R n Conjunto de KPIs selecionados para a categoria Resilient s( λ k ) Limite de descriminação, com o nível de corte λ k (ELECTRE III) k +1 S λ A Relação de prevalência discriminatória entre as alternativas do conjunto com o nível de corte λ k+1 (ELECTRE III) A v j Limiar de veto para o critério g j (ELECTRE III) v Valor ponderado de r com o peso w (ELECTRE I) ij ij V Matriz de desempenho normalizada ponderada (ELECTRE I) j w j w' j W Peso ou importância relativa do critério j Média geométrica de cada linha da matriz A (AHP) Conjunto de pesos relativos ao conjunto de critérios Wk i Peso para agregação de cada indicador K i W I WL i WA i WR i WG i Peso para agregação do valor da categoria I no índice LARG Peso para agregação de cada KPI Lean Peso para agregação de cada KPI Agile Peso para agregação de cada KPI Resilient Peso para agregação de cada KPI Green W L Peso para agregação da avaliação na categoria Lean W A Peso para agregação da avaliação na categoria Agile W R Peso para agregação da avaliação na categoria Resilient W G Peso para agregação da avaliação na categoria Green x Desempenho da alternativa a segundo o critério g (ELECTRE I) ij X Matriz de desempenho (ELECTRE I) Z Diferença de importância entre critérios (SRF) Z Matriz de domínio agregada (ELECTRE I) z pq Elementos da matriz Z (ELECTRE I) i j α β λ k Coeficiente de destilação (ELECTRE III) Coeficiente de destilação (ELECTRE III) Nível de corte (ELECTRE III) λ max Autovalor máximo (maximum eigenvalue) (AHP) σ ( a, b) Matriz dos índices de credibilidade (ELECTRE III) XXIII

CAPÍTULO 1 Introdução CAPÍTULO 1 INTRODUÇÃO 1.1. Âmbito da Dissertação O presente trabalho insere-se no âmbito da gestão da manutenção, com especial ênfase para os edifícios, consistindo na sua plenitude, uma área da Engenharia Industrial. O conceito de Manutenção tem evoluído e continua a evoluir no tempo e, consequentemente, dentro de cada organização (Gonçalves, 2005). As organizações modernas, nomeadamente aquelas que detêm património imobiliário edificado, necessitam de modelos de trabalho e gestão à altura das exigências e em função dos serviços e utilidades que as suas instalações prestam. Neste âmbito, julga-se necessário o desenvolvimento de modelos mais ajustados à gestão da manutenção das instalações que integram as funcionalidades dos edifícios e grandes estruturas. Perante a competitividade, cada vez mais evidenciada entre as empresas, estas necessitam de atingir diversos aspetos como o da inovação, diversidade, melhoria contínua e qualidade ao melhor preço. Para atingir estes objetivos, as empresas têm de corresponder com flexibilidade e eficácia, sempre tendo em atenção a qualidade dos seus produtos e serviços para satisfação dos seus clientes. O progressivo aumento da complexidade das instalações, sistema e equipamentos nos edifícios acompanhou a crescente exigência na qualidade do serviço por parte do cliente, assim como os custos de operação, a que acrescem as preocupações atuais de segurança e ambientais. Com a evolução tecnológica surgem novas práticas, técnicas e filosofias na manutenção. Assim, o conceito da atuação da gestão da manutenção centra-se, cada vez mais, na eliminação de desperdícios e redução de custos, na capacidade técnica e agilidade das equipas de trabalho, na capacidade de resposta a situações de emergência e disruptivas dos processos e, com primordial atenção, para as questões ambientais, nomeadamente, para a eficiência energética e minimização da agressividade ambiental nas suas intervenções. Atualmente, gerir a manutenção é uma tarefa complexa e compreende o domínio de um vasto número de disciplinas e conceitos. Neste âmbito, surge o conceito LARG (Lean, Agile, Resilient e Green), que pretende fornecer às organizações na atualidade, uma visão inovadora e abrangente na resposta às necessidades técnicas, económicas e competitivas. O tema da dissertação é bastante abrangente, contudo, procuraram-se abordar modelos e metodologias mais adequadas para uma abordagem LARG no seio da manutenção. Estas metodologias, conceitos e soluções, numa perspetiva integrada, podem contribuir para a avaliação Gestão da Manutenção em Edifícios: Modelos para uma abordagem LARG 1