CAPÍTULO 5 TECNOLOGIA E ESTRATÉGIA



Documentos relacionados
AULAS 11, 12, 13 e 14

VANTAGEM COMPETITIVA NA VISÃO BASEADA EM RECURSOS

MACROESTRATÉGIA EMPRESARIAL

6 Referências bibliográficas

1.1. O Problema Objetivos da Pesquisa

Podemos concluir que, em última análise, todas elas se reduzem a dois factores essenciais:

CEA439 - Gestão da Tecnologia da Informação

2 Aspectos inerentes às empresas para obtenção de vantagens competitiva

FUNDAÇÃO EDUCACIONAL SERRA DOS ÓRGÃOS FACULDADES UNIFICADAS DIREÇÃO ACADÊMICA PLANO DE CURSO

Fundamentos de Marketing Sessão 10 17/03/16

Conceitos Básicos de Estratégia. Do Posicionamento ao Movimento

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO CURSO DE MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

PRESSUPOSTOS NORTEADORES DA ESCOLA DA RESOURCE- BASED VIEW OF THE FIRM (RBV).

Gestão de desempenho com base em competências

Gestão Estratégica de Marketing e Marketing Estratégico Aula 17/08/17

IPV.ESTG Volume de Trabalho Total (horas): 106 Total Horas de Contacto: 50,7 T TP P OT ,7 Competências

FONTE DE VANTAGEM COMPETITIVA NO SETOR SAÚDE: PORTER OU RBV?

Pós-Graduação Lato-Sensu em Marketing Autor & Coordenador da Nova Proposta Prof. Dr. Edson Coutinho da Silva Departamento de Administração

Revista Inteligência Competitiva Adriane Regina Garippe Johann; Elenilton Rüdiger Johann; Elisângela Rüdiger Johann; Luiz Carlos Duclós

1. Introdução. Gestão Orçamental. Júlia Fonseca 2010/2011. Gestão Orçamental

Laboratório de Sustentabilidade Sessão 6: A planificação estratégica. Maio de 2015

INVESTIGAÇÃO DAS CAPACIDADES PRODUTIVAS DE PME S EXPORTADORAS DE MINAS GERAIS

A formulação estratégica sob a perspectiva da visão baseada em recursos

CAPÍTULO 9 ALIANÇAS ESTRATÉGICAS

UNIDADE I: Noções de Análise Estruturada de Sistemas

Um ensaio teórico: a teoria Resource-Based View e a teoria Dynamic Capabilities

ESTRATÉGIA ORGANIZACIONAL: SUA EVOLUÇÃO NOS ÚLTIMOS 50 ANOS

!!" %&'( )*+ ' %&'# (*+ ',

O meio envolvente. Identificar partes interessadas ( stakeholders ) e sua influência Acções do gestor. Amílcar Ramos: ISCTE-Business School

A empresa e o seu ambiente

IDENTIFICAÇÃO DE OPORTUNIDADES DE MERCADO. Planejamento e Marketing Estratégico

ORÇAMENTO DO ESTADO PARA 2008

Integração da Estratégia Tecnológica com a Estratégia de Negócio: um estudo de caso no setor eletro-eletrônico.

Negócios Estratégicos I

A Integração entre a Visão baseada em Recursos e a Visão baseada no Mercado da Vantagem Competitiva: dificuldades e perspectivas

Estratégias de Marketing para Varejo

Indice PREFÁCIO. INTRODUÇÁO GERAL. 1. A análise concorrencial.

TRANSFERÊNCIA DE CONHECIMENTO NAS FRANQUIAS BRASILEIRAS

Capítulo IV A Programação Matemática

Exploring Corporate Strategy 7 th Edition

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS. Programa de Pós-Graduação em Administração

A vantagem competitiva

GOVERNANÇA E COOPERAÇÃO - CAPACITAÇÃO (VISÃO ACADÊMICA)

ESTUDO BIBLIOMÉTRICO DE PUBLICAÇÕES CIENTÍFICAS SOBRE ESTRATÉGIAS COMPETITIVAS DE 2002 A

Estratégia Empresarial & Balanced Scorecard. Prof. Wilson Richa

FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS DE SÃO PAULO ANTONIO BATISTA DA SILVA JÚNIOR

ELISABETE CRISTINA GASPERI (Univali) Resumo

O meio envolvente. Identificar partes interessadas ( stakeholders ) e sua influência Acções do gestor. Amílcar Ramos: ISCTE-Business School

O Desafio da Nova Cadeia de Valor

Curso de Pós-Graduação Lato-Sensu. Empreendedorismo. Coordenador Prof. Dr. Edson Coutinho da Silva. Departamento de Administração da FEI

Análise da formação de recurso estratégico segundo a RBV: estudo em uma organização educacional

LLM Marketing de serviços jurídicos

Business Innovation Design Thinking

Fatores que Influenciam o Desempenho das Firmas: um Modelo Integrativo

Inválido para efeitos de certificação

Professor: Flávio Fernandes Aula 3 Estratégia da Produção Vide capitulo 3 do livro base

FEA USP. EAD376 - Economia da Estratégia. Análise de Ambiente Interno e Posicionamento para a Vantagem Competitiva

Vantagem competitiva sustentável na construção civil: estudo na região Centro-Oeste do Paraná

ALBUQUERQUE, L. G. A. A gestão estratégica de pessoas. In: FLEURY, M. T. L. (Org.). As pessoas na organização. São Paulo: Gente, p

Curso de Pós-Graduação Lato-Sensu EMPREENDEDORISMO. Coordenador Prof. Dr. Edson Coutinho da Silva. Departamento de Administração da FEI

Avaliar a estratégia de empresas diversificadas

GESTÃO ESTRATÉGICA DE NEGÓCIOS

Capítulo 8 Desenvolvimento Empresarial

ESTRATÉGICAS ORGANIZACIONAIS

5.1. Sugestões para pesquisas futuras

DISCUTINDO CONCEITOS: RECURSOS, CAPACITAÇÕES E COMPETÊNCIAS

A Definição do Posicionamento Estratégico sob a Perspectiva das Competências Organizacionais para Obtenção de Vantagem Competitiva

EM BUSCA DE NOVOS MODELOS TEÓRICOS QUE CONTRIBUAM PARA A COMPREENSÃO DE VANTAGENS COMPETITIVAS

Marketing no Desporto

Sistemas de Informação --- conceitos e definição

PROJECTO ÂNCORA QUALIFICAÇÃO E CERTIFICAÇÃO NO SECTOR DAS TICE

Gestão de Projetos: Práticas PMBoK Guide

Estratégia e Competitividade

Capacidades Dinâmicas, Inovação e Modelos Organizacionais: a trajetória de uma organização hospitalar

CAPÍTULO 10: INCORPORAÇÃO DAS TECNOLOGIAS NA BASE DE CONHECIMENTO DA EMPRESA

Universidade de Brasília Programa de Pós Graduação em Administração Mestrado Acadêmico em Administração. Jaqueline da Silva Thomazine

2ª Parte Competindo com a Tecnologia de Informação

Palavras-chave: Tecnologia da Informação; Capacidades Dinâmicas; Estratégia Organizacional.

PÓS GRADUAÇÃO - COMPETÊNCIAS AULA ESTRATÉGIA E COMPETÊNCIAS ORGANIZACIONAIS

Estratégia de Produção. Jonas Lucio Maia

Conteúdo Único Por: Marcopolo Marinho

1 FMCG: ESTABILIDADE ESCONDE DIFERENTES REALIDADES 2 BEBIDAS: O VERÃO SALVA A TENDÊNCIA GLOBAL 3 AS PROMOÇÕES: CADA VEZ MAIS UM FACTOR HIGIÉNICO

Vítor Emílio do Nascimento Figueiredo Basto Mestrado em Gestão de Informação Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ Programa de Pós-Graduação em Administração Curso de Mestrado Acadêmico em Administração ALFREDO LOHN BRAUN

Aline Silva Autran de Morais Lauro César Silva Melo Taisa Dias

MBA GESTÃO COMERCIAL

PLANO DE CURSO. Formação para Profissionais. PORTUGAL ANGOLA MOÇAMBIQUE CABO VERDE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE BRASIL

Modelo de negócios: constructo real ou metáfora de estratégia?

ARTIGO - AEM ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA E MARKETING EFEITOS DO USO DA VISÃO BASEADA EM RECURSOS PELAS EMPRESAS BRASILEIRAS

Vantagem competitiva sustentável na construção civil: estudo qualitativo na região central do Paraná

FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS DE SÃO PAULO

Unidade I PLANEJAMENTO OPERACIONAL. Prof. Me. Livaldo dos Santos

OS RECURSOS COMO FONTE DE ESTRATÉGIA COMPETITIVA: UMA EVIDÊNCIA EMPÍRICA DA RESOURCE-BASED VIEW 1

ANÁLISE DO SEGMENTO DE FAST FOOD EM CAMPO GRANDE, MS

AS PME s COMO FACTOR DE DESENVOLVIMENTO. A IMPORTÂNCIA DA ORGANIZAÇÃO NAS PME s

Visão Baseada em Recursos: um Estudo Bibliométrico e de Redes Sociais da Produção Científica da Área de Estratégia do EnANPAD

3 Análise para a definição da estratégia

Assessment of the readiness of the strategic human capital through a model to prioritize the strategic competences: a literature review

Apresentação e Antecedentes Os conceitos básicos, inspirações teóricas Estudos de Caso Conclusões

Transcrição:

CAPÍTULO 5 TECNOLOGIA E ESTRATÉGIA

5.1. TECNOLOGIA E ESTRATÉGIA: UM RELACIONAMENTO COMPLEXO E MULTI- FACETADO

A TECNOLOGIA... CONDICIONA A ESTRATÉGIA ATRAVÉS DA MUDANÇA TECNOLÓGICA DAS INDÚSTRIAS E DA ACUMULAÇÃO TECNOLÓGICA NAS EMPRESAS... MAS É SIMULTANEAMENTE CONDICIONADA PELA DEFINIÇÃO DE FUTUROS POSSÍVEIS DE HORIZONTES DE ACTUAÇÃO DA GESTÃO DAS COMPETÊNCIAS DAS EMPRESAS

5.2. ESTRATÉGIA TECNOLÓGICA: CARACTERIZAÇÃO

ESTRATÉGIA TECNOLÓGICA PROCESSO DINÂMICO DE AFECTAÇÃO, AQUISIÇÃO, DESENVOLVIMENTO E VALORIZAÇÃO DOS RECURSOS TECNOLÓGICOS DA EMPRESA, TENDO EM VISTA A OBTENÇÃO DE UMA POSIÇÃO CONCORRENCIAL FAVORÁVEL E SUSTENTADA

5.3. A TECNOLOGIA FACE ÀS PRINCIPAIS CORRENTES DA ESTRATÉGIA

AS PRINCIPAIS CORRENTES DA ESTRATÉGIA Posicionamento: Michael Porter Resource / Competence / Knowledge Based View: Barney; Wernerfelt; Peteraf; Hamel e Prahalad; Grant; Teece, Pisano e Shuen Processualista: Henry Mintzberg; Robert Burgelman

TECNOLOGIA E POSICIONAMENTO ESTRATÉGICO A TECNOLOGIA INFLUENCIA DOMÍNIO DE ACTIVIDADE ESTRUTURA DA CONCORRÊNCIA BASES DA VANTAGEM COMPETITIVA

TECNOLOGIA E RESOURCE-BASED VIEW A INFLUÊNCIA DA ACUMULAÇÃO DE COMPETÊNCIAS TECNOLOGIA E CRIAÇÃO DE VANTAGENS TECNOLOGIA E MECANISMOS DE ISOLAMENTO A INOVAÇÃO TECNOLÓGICA COMO ELEMENTO DINAMIZADOR DA VISÃO ESTRATÉGICA DA EMPRESA

Fonte: Leonard-Barton (1995)

TECNOLOGIA E PROCESSO ESTRATÉGICO A INFLUÊNCIA DO EVOLUCIONISMO A INCERTEZA TECNOLÓGICA E FLEXIBILIDADE TECNOLOGIA E EXPERIMENTAÇÃO A INOVAÇÃO ABERTA (CHESBROUGH, 2000)

5.4. A FORMAÇÃO DA ESTRATÉGIA TECNOLÓGICA

FACTORES DE DEFINIÇÃO DE ESTRATÉGIAS TECNOLÓGICAS COMPETÊNCIAS TECNOLÓGICAS ACUMULADAS ORIENTAÇÃO EXTERNA ESPECIFICIDADE ORGANIZACIONAL COESÃO ESTRATÉGICA INTERNA CAPACIDADE DE GESTÃO

A.D. LITTLE 1. Definição do melhor mix produtos/mercados 2. Identificação das tecnologias utilizadas e do seu impacto concorrencial Impacto Concorrencial Embrionárias, Crescimento, Chave e Básicas De Base, Chave e Pacing Posição no Ciclo da Vida 3. Avaliação da posição tecnológica da empresa Grau de Competência e/ou Apropriação das Tecnologia Chave Nível de Investimento para Sustentar/Conquistar Posições Grau de Maturidade das Tecnologias 4. Integração das perspectivas tecnológica e estratégica Matriz Posição Competitiva/Posição Tecnológica 5. Definição da carteira de projectos a desenvolver Optimização Relação Risco/Atractividade Risco Incerteza Grau de exposição/prejuízo potencial Atractividade Quota de mercado potencial Contrib. Carteira global de negócios Potencial de Lucro

Fonte: A.D. Little

Fonte: Porter (1985)

Fonte: Baseado em Frohman ()

COMPETÊNCIAS NUCLEARES E INTENÇÃO ESTRATÉGICA (G. HAMEL E C.K. PRAHALAD) BASE DE PARTIDA INTENÇÃO ESTRATÉGICA CRIAR O FUTURO, ESTIMULAR DESEQUILIBRIOS CRIATIVOS ENTRE O QUE É E O QUE QUER SER A EMPRESA ALAVANCAR RECURSOS

ALAVANCAR RECURSOS: FAZER MAIS COM MENOS 1) CONCENTRAR MINING 2) ACUMULAR BORROWING BLENDING 3) COMPLEMENTAR BALANCING RECYCLING 4) CONSERVAR CO-OPTING PROTECTING 5) RECUPERAR Fonte: Hamel e Prahalad (1994)

5.5. AS CAPACIDADES DINÂMICAS DAS EMPRESAS

AS CAPACIDADES DINÂMICAS DAS EMPRESAS POSIÇÃO: EM RELAÇÃO À CONCORRÊNCIA, NO QUE RESPEITA A PRODUTOS, PROCESSOS E TECNOLOGIAS PERCURSOS TECNOLÓGICOS: EM FACE DAS COMPETÊNCIAS ACUMULADAS DA EMPRESA E DAS OPORTUNIDADES EMERGENTES PROCESSOS ORGANIZACIONAIS: INTEGRANDO A APRENDIZAGEM ESTRATÉGICA Fonte: Teece, Pisano e Shuen (1998)

AS CAPACIDADES DINÂMICAS DAS EMPRESAS: A PERSPECTIVA DE TEECE (2007 e 2009) Technical versus Evolutionary Fitness Três tipos básicos de Capacidades: (1) Identificar Oportunidades/Ameaças (Sensing); (2) Captar Oportunidades (Seizing); e (3) Combinação, Reconfiguração e Protecção dos Activos As Capacidades Dinâmicas como uma Metacapacidade específica da Empresa A importância da capacidade combinatória e da compreensão das relações e inter-acções entre os sub-sistemas e entre os actores