LeYa Leituras Projeto de Leitura Nome do livro: Mão que conta história Autora: Márcia Leite Currículo da autora: Nasceu em 1960, em São Paulo, cidade onde desenvolveu sua vida pessoal e profissional. Escreve para crianças e jovens há mais de 25 anos. Hoje além de escritora também tem uma editora. Ilustradora: Taline Scubach Resumo: Neste livro Mão que conta história, Márcia Leite nos revela toda sua surpreendente capacidade narrativa, como demonstrada em uma original capacidade de lidar com as palavras. Ao estabelecer uma história em que as diferenças unem os personagens que são duas irmãs, uma com deficiência visual e a outra não. A autora nos sensibiliza e nos mostra as possibilidades de um texto, quando literário, alcançar o que vai além do cotidiano da linguagem. Em sua obra, ela nos faz perceber as tantas escritas que o corpo possui. E mais, é olhando com os olhos da alma que Márcia nos diz que outros diálogos são possíveis. De tudo nos fica a certeza, em seu belo livro, de que o amor tem muitas mãos. Recomendação: A partir de 7 anos Temas principais: Ética e cidadania, compreensão da diversidade, da importância do respeito e de conviver e aprender com as diferenças.
Objetivo geral Favorecer a atenção dos alunos quanto à percepção de que são diferentes uns dos outros, cada um possui características e qualidades importantes e singulares, as quais nos tornam únicos e, por isso, dignos de sermos respeitados e valorizados. Objetivos específicos trabalhar o conceito da diversidade (cultural, étnica, social e religiosa). discutir a inclusão de alunos com necessidades especiais no contexto de sala de aula. estimular intervenções individuais e coletivas contra atitudes preconceituosas. incentivar o respeito mútuo a partir de atividades compartilhadas em grupo. aprender e saber respeitar as diferenças físicas e psicológicas que existem entre as pessoas. compreender e respeitar a diversidade étnica racial, as diferenças físicas e de gênero, para a formação de uma sociedade igualitária. Sugestão de sequência didática Etapa 1 Antes da leitura Antecipação do tema ou ideia principal a partir de elementos paratextuais, como título, subtítulo, exame de imagens. A partir da observação das imagens de capa e do título, levantar hipóteses sobre as personagens, o enredo e a temática principal. Levantamento do conhecimento prévio sobre o assunto partindo das expectativas de leitura, explorando com os alunos a ilustração (nota-se que o plano de fundo das páginas está na cor preta, tendo como intuito referencial as pessoas que não enxergam). O destaque colorido cabe apenas para representar as personagens e o mundo imaginário. Promover uma conversa informal, discutindo sobre as temáticas da obra: a compreensão da diversidade, da importância do respeito ao próximo, e de conviver e aprender com as diferenças.
Etapa 2 Leitura da obra na íntegra Após a exploração do suporte o professor fará a leitura do texto e das ilustrações. Das ilustrações - explorar os recursos imagéticos das páginas, entendendo-os como elementos importantes à compreensão geral da história. Exemplos: pp. 4 e 5 (De quem são as mãos representadas nas páginas? Duas crianças? Dois adultos?) pp.10 e 11 (Menina de olhos fechados e as mãos no rosto o que significa não ver as coisas do lado de fora? ); pp.18 e 19 (Onde está a menina? O que aconteceu com a mão dela? Que outras imagens aparecem pip, passarinho elementos que voam); pp.30 e 31 (São as mesmas mãos do início do livro? O que estão fazendo?). Etapa 3 Após a leitura Realizar as atividades de compreensão textual propostas como registro escrito. 1) Quem conta essa história? Marque com um X: ( ) Julieta. ( X ) A irmã mais velha de Julieta. 2) O que a irmã estava fazendo quando Julieta a chamou para brincar? A irmã estava fazendo lição. 3) O que Julieta fez para convencer sua irmã a brincar? Julieta segurou a mão da irmã e disse que estava presa e não poderia mais escrever. 4) Quem inventou a brincadeira Mão que conta história? Por quê? A brincadeira foi inventada pela irmã de Julieta. Ela inventou essa e outras brincadeiras que não precisam de olhos para ver, porque Julieta nasceu assim, sem enxergar. 5) Coloque V para as afirmações que forem verdadeiras e F para que as afirmações que forem falsas. ( V ) Julieta disse à irmã que seus dedos eram gordinhos. Perguntou se estavam assim por serem gulosos. ( F ) Julieta disse à irmã que seus dedos eram magrinhos. Perguntou se estavam assim por estarem de regime. ( F ) A irmã disse que Julieta estava com a mão molhada. Perguntou se estava assim por que sabia nadar. ( V ) A irmã de Julieta disse que sua mão estava cheirando alho porque fez uma pizza de alho para os seis vampiros que vieram para o jantar. ( F ) Julieta afirmou que seus dedos estavam manchados de vermelho porque havia comido morangos.
Produção textual Se você fosse brincar de mão que conta história com Julieta, em que gostaria de transformar suas mãos? E que perguntas faria à Julieta? Depois da história dos seis vampiros e das mãos que se sujaram de amoras, invente um outra situação para continuar a brincadeira. Etapa 4 Vivência A última etapa do trabalho consiste da ampliação da temática e na produção de um produto final. SUGESTÕES DE ATIVIDADES 1 Vivências que proporcionem a utilização dos 5 sentidos Durante essa atividade, destaque o valor das diferenças. Pomova uma vivência para que todos experimentem situações em que um dos sentidos seja limitado. 1. Escute uma música com as luzes da sala apagada. Depois proponha o registro dos sentimentos que a música proporcionou utilizando giz e folha de sulfite. 2. Proponha aos alunos que, com os olhos vendados tateiem objetos de diferentes texturas e adivinhem o que é. Também devem relatar a sensação que os objetos lhes causam. Exemplos de objetos: gelatina, sagu, tinta, algodão, sementes, caixas de diferentes formatos etc. 3. Solicite aos alunos que provem alimentos doces, salgados, amargos e azedos, de olhos vendados. 4. Promova um passeio pela escola, instigando os alunos a identificarem os diferentes cheiros no parque, na sala de aula, no banheiro, na cozinha etc. 5. Brinque com o jogo da memória para estimular a visão. 6. Construa o painel étnico da turma: produção com fotos, desenhos ou gravuras que traduzam as características étnicas e culturais dos alunos. 7. Solicite aos alunos que escolham um amigo para fazer o retrato com características individuais e entregar de presente ao companheiro escolhido. 8. Escute a Música Diversidade, de Lenine, e explore a diversidade de sentimentos, gostos, culturas, etnias, sociedades e religiões.
2 Na página 27, a autora fala sobre mãos de amora. Faça com seus alunos a receita culinária abaixo, destacando a importância de um trabalho cooperativo e respeitando funções e habilidades diferentes. GELEIA DE AMORAS Ingredientes 1 kg de amoras (ou outra fruta silvestre, como morangos, framboesas pode-se utilizar frutas congeladas) 700g de açúcar Suco de meio limão 1 pitada de canela em pó Preparo Coloque um pires no congelador. Lave bem as amoras, escorra e divida em duas partes. Coloque uma das partes na panela, e vá batendo a segunda parte aos poucos, no liquidificador, e despejando na panela. Pode-se bater toda a amora, ou bater a metade para obter uma geleia com pedaços da fruta). Junte o suco de limão aos ingredientes na panela, a canela e o açúcar, e mexa bem, ainda fora do fogo. Leve ao fogo alto, mexendo até ferver. Quando ferver reduza o fogo para médio [ou baixo, por precaução] e vá mexendo de vez em quando. Quando começar a formar espuma na superfície, retire-a toda com uma escumadeira, você vai notar que depois de um tempo a geleia para de formar espuma. Quando isso acontecer, vá mexendo até chegar ao ponto (uns 17 minutos). Para saber o ponto é fácil: retire o pires do congelador e pingue um pouco da geleia nele: ao passar o dedo sobre ela, deverá formar um caminho que não se desfaz. Acomode ainda quente em 2 vidros grandes, esterilizados, tampe-os e deixe esfriar. É mais fácil do que parece e deliciosa! Avaliação Ao final do projeto espera-se que os alunos tenham assimilado atitudes de demonstração de respeito às diferenças existentes entre as pessoas. Além disso, que estejam sensibilizados às necessidades que as limitações dos sentidos podem impor à rotina individual, e, assim, aprender e conviver com as diferenças.